Um dos pilares centrais da economia brasileira, o agronegócio, é um protagonista robusto no mercado internacional e visa ampliar a competitividade no setor. Porém, este protagonismo se vê ameaçado diante da suspensão temporária do Plano de Safra na última quinta-feira (20).
Um dos motivos da suspensão é a falta de aprovação do orçamento para este ano (2025), que só deve ser votado depois do Carnaval, mas o governo culpa também a taxa Selic atualmente 13,25%, elevando os custos da tomada de crédito em todo o país.
Reação dos envolvidos
A frente parlamentar agropecuária criticou o governo citando gastos excessivos e perdas do controle econômico do país. O deputado Pedro Lupion, presidente do movimento, reclamou a dificuldade de diálogo entre governo e legislativo, e destacou a falta de uma base forte do Executivo para poder liderar uma votação de orçamento.
Ministro da Fazenda Fernando Haddad (Foto: reprodução/Nelson Almeida/Getty Images)
Ação do governo
O governo busca amenizar o problema por meio de uma Medida Provisória, o ministro da fazenda, Fernando Haddad, disse em uma coletiva de imprensa que a verba proposta do MP é de R$ 4 bilhões e que o valor não ultrapassa os limites do Arcabouço Fiscal. O chefe da pasta disse ainda que vai oficializar o tribunal de contas da união (TCU) para encontrar um caminho para a retomada das linhas de crédito quanto antes, as medidas visam mitigar os efeitos negativos, mas acima de tudo evitam a alta dos preços e da inflação para os próximos períodos.
Vale destacar que o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) não será prejudicado com a suspensão do Plano Safra, sendo assim, o financiamento para a agricultura familiar com juros de baixo custo continua funcionando normalmente em todo o país.
Foto destaque: Máquinas em ação agro (Foto: Reprodução/Nelson Almeida/Getty Images)