Criado em 2020, o PIX é o método de transferência monetária mais utilizado do país. Apesar de sua praticidade e segurança, o sistema é alvo para golpes financeiros e deve resultar em perdas de no mínimo US$ 635,6 milhões até 2027. O estudo foi feito pela ACI Worldwide, em parceria com a GlabalData.
Golpistas do PIX se utilizam de várias contas para dificultar o rastreio do dinheiro. Previamente, existe um convencimento ao usuário para que o mesmo realize a transferência. Os motivos podem ser os mais variáveis possíveis. Vice-presidente da ACI Worldwide – empresa de sistemas de pagamentos -, Cleber Martins destaca o problema enfrentado pelos bancos (via G1):
"O que vemos dos bancos é que eles têm todo o controle de quem está começando a transação, qual a conta ou o celular, por exemplo, e tudo mais. Mas o problema é que agora temos uma situação grave, onde os próprios clientes iniciam a transação".
Como acontece?
Existem diversas formas conhecidas de golpes por meio do PIX. Elas são realizadas através do convencimento ou clonagem do número. Dessa forma, é possível que o criminoso se passe por um funcionário de banco, de empresa ou alguém próximo, da família do usuário.
De acordo com a ACI, o golpe mais realizado no Brasil (27% do total) ocorre por um pedido de adiantamento no pagamento de um produto ou serviço. Completam o Top-3 pedidos para comprar um item (20%) e pedidos de investimento (17%), seja baseado em produto ou empresa.
Roubo de informações financeiras é tema em golpes do PIX (Foto: reprodução/stevepb/Pixabay)
Prevenção e como se proteger
É sempre importante estar atento e desconfiar. Existem campanhas de conscientização em canais de comunicação, com bancos investindo de “maneira massiva” segundo a Febraban. Inclusive, Adriano Volpini, do Comitê de Prevenção da empresa, comentou a importância de se precaver (via G1):
"Pare, pense e desconfie. O cliente sempre deve suspeitar quando recebe uma mensagem de algum contato dizendo estar em alguma situação de emergência.”
Dessa forma, é importante que o usuário não clique em links suspeitos, recebidos por e-mail, SMS ou WhatsApp. Além disso, ativar a autenticação em dois fatores no WhatsApp garante mais segurança. Também vale ressaltar que banco algum se comunica com usuário pedindo transferência ou instalação de algum aplicativo.
Foto Destaque: PIX é o método de transferência mais usado no Brasil (reprodução/Marcello Casal Jr./Agência Brasil)