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Fim do DOC e TEC marca nova era em transferências bancárias

Encerramento das transações de DOC e TEC às 22h desta segunda-feira (15) sinaliza mudança nos hábitos de transferências bancárias dos brasileiros

15 Jan 2024 - 09h13 | Atualizado em 15 Jan 2024 - 09h13
Fim do DOC e TEC marca nova era em transferências bancárias Lorena Bueri

A era das transferências bancárias via DOC (Documento de Ordem de Crédito) e TEC (Transferência Especial de Crédito) chega ao fim às 22h nesta segunda-feira (15), marcando uma significativa mudança nos métodos de pagamento preferidos pelos brasileiros e o crescimento do PIX. O último dia para emissão e agendamento dessas operações é hoje, com o processamento final de operações agendadas ocorrendo em 29 de fevereiro.


Clientes realizam operações em agência bancária (Foto: reprodução/Portal do Beltrão)


História do DOC e TEC no sistema bancário brasileiro

Historicamente, o DOC, introduzido em 1985, e a TEC, criada em 2006, eram meios populares de transferência bancária no Brasil. Contudo, com o avanço tecnológico e a introdução do PIX pelo Banco Central em novembro de 2020, esses métodos tradicionais perderam espaço. 

O encerramento das operações via DOC e TEC foi anunciado pela Febraban, com o último dia para transações fixado para esta segunda-feira e o último dia para processamento das operações agendadas ocorrendo em 29 de fevereiro.

Tanto o DOC quanto o TEC tinham um limite de R$ 4.999,99 por transação. Enquanto para o DOC era necessário um dia para efetivar a transferência, a TEC permitia movimentações no mesmo dia. A TEC também oferecia a vantagem de transferir para múltiplas contas simultaneamente, uma funcionalidade não disponível no DOC e que possibilitava, por exemplo, a distribuição de salários pelas empresas.

Declínio do DOC e TEC com o avanço do PIX

O levantamento da Febraban mostrou um declínio acentuado no uso do DOC, com apenas 18,3 milhões de operações no primeiro semestre de 2023, contra 17,6 bilhões de transações via PIX, destacando a preferência nacional pelo novo método de transferência instantânea e gratuita.

Tanto a TEC quando o DOC deixaram de ser a primeira opção dos clientes e sua utilização vem caindo continuamente nos últimos anos. Os clientes têm dado preferência ao PIX, por ser gratuito, instantâneo e também pelo valor que pode ser transacionado”, afirmou o diretor da Febraban Walter Faria.

Bancos como Itaú, Santander e Banco do Brasil já adaptaram suas operações, antecipando o fim do DOC e TEC. Em 2022, o DOC movimentou cerca de R$ 55 bilhões, enquanto o PIX processou R$ 10,9 trilhões, refletindo a mudança nos padrões de transferência de dinheiro dos consumidores.

TED e outros meios de pagamento continuarão disponíveis

Em 2023, o uso do TED (Transferência Eletrônica Disponível, criada em 2002 e que continuará em vigor), boletos, e cartões de crédito e débito, no entanto, permaneceu elevado, com o TED registrando 448 milhões de transações e o uso de cartões de crédito e débito atingindo 8,4 bilhões de operações cada, enfatizando a diversidade no ecossistema de pagamentos no Brasil.

Foto Destaque: fila em agência bancária (Reprodução/Rovena Rosa/Agência Brasil)

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