A cada dia, estudos provam mais benefícios do uso medicinal da cannabis para tratamentos de saúde. A maior parte desses benefícios são na área neurológica, com pesquisas provando a melhora de pacientes com epilepsia, esclerose, Alzheimer e autismo.
Também existem pesquisas comprovando a melhora de pacientes com câncer durante o uso de remédios à base de maconha. No entanto, o preconceito em torno da erva continua grande, principalmente aqui no Brasil.
A China começou a investir em uma subespécie de cannabis sem efeitos psicotrópicos. Desde então, o país oriental tornou-se líder na produção de cânhamo.
O cultivo da planta é extremamente proveitoso, pois o caule, folha, fruto e semente podem ser usados em algum tipo de produção. Enquanto o caule e a folha têm sua fibra reaproveitada para produção de tecido e papel, o fruto e a semente produzem, principalmente, algum tipo de tratamento medicinal.
Maria Eugênia Riscala, CEO da Kaya Mind, destaca a importância da sustentabilidade que existe no cultivo do cânhamo. “O cânhamo utiliza muito menos água que outras culturas. Além de ser forte, resistente ao vento e acostumada a nascer em qualquer lugar. Então, existe toda essa questão da sustentabilidade”.
Produtos medicinais da maconha. (Foto: Reprodução/Pixabay)
Segundo ela, o Brasil poderia arrecadar cerca de R$ 3 bilhões por ano em impostos, apenas com a liberação do uso medicinal da maconha. O lucro das indústrias seria acima de 9 bilhões.
Já a previsão de lucro das empresas com uso recreativo seria de cerca de R$ 11 bilhões. A arrecadação de impostos com essa indústria seria de quase 4 bilhões de reais.
Somando os lucros entre indústrias e impostos arrecadados, o Brasil poderia lucrar com a indústria do cânhamo, do uso medicinal e do uso recreativo da maconha, mais de R$ 35 bilhões. Esse valor é uma perda financeira que o nosso país tem a cada quatro anos.
Foto Destaque: Cannabis. Reprodução/Pixabay.