Nesta semana, analistas do banco Morgan Stanley declararam que a Embraer se tornou um “top pick” para o setor aeroespacial, ajustando seu preço-alvo dos ADRs (recibos de ações negociadas nos Estados Unidos) da companhia de US$19,50 para US$40. A empresa brasileira ainda irá apresentar os números do último trimestre, assim como os números de todo o ano de 2023 nesta próxima segunda-feira, dia 18 de março. Entretanto, com a declaração dos analistas do Morgan Stanley, as ações da empresa brasileira subiram 6,49% nesta semana, custando R$28,38 cada ação no Brasil e, nos EUA através dos ADRs, as ações subiram 6,02% chegando a custar US$22,73 cada ação.
Embraer E-Jet ou Embraer 190, um dos modelos de maior venda da empresa (Foto: produção/Venkat Mangudi/Wikipedia)
O pronunciamento dos analistas
No relatório da Morgan Stanley no qual é expressado a preferência da Embraer como “top pick”, os analistas afirmam que a empresa, entra em um momento oportuno. “Nós enxergamos a Embraer como um terceiro player aeroespacial comercial à altura da situação e forçando a entrada no duopólio da Boeing e da Airbus. Após décadas de investimentos, a Embraer entra em período de colheita."
Tal afirmação se dá em um contexto no qual ambas as empresas passam por dificuldades e a Embraer está em umomento de crescimento. Além disso, os analistas também afirmam no documento que há um aumento na procura pelas aeronaves. "Em um ambiente onde a demanda por aeronaves excede a oferta", explica o documento.
Ainda de acordo com o relatório, a avaliação dos especialistas sobre a capacidade da Embraer devido ao seu portfólio amplo, com aviação comercial, aviação executiva, defesa/segurança e serviços, é de que a empresa está preparada para vencer o desafio.
O que permitiu essa nova distinção da Embraer?
Também de acordo com o relatório dos analistas, a Embraer vive um momento bom agora devido à 2 fatores: o primeiro sendo a demanda por aviões ser maior que a oferta disponível no mercado, o segundo fator é o fato de que as empresas historicamente líderes no mercado, Boeing e Airbus, estão com problemas; a Boeing enfrenta problemas em produzir e entregar novos aviões, enquanto a Airbus possui um backlog já preenchido até o final da década, tendo pouca margem de manobra para novos pedidos.
Sendo assim, a antiga terceira opção no mercado cresce em preferência justamente em um momento de maior demanda pelo produto com baixa oferta.
Foto Destaque: Fábrica da Embraer em Portugal (reprodução/Mafalda Gouveia/Wikipedia)