Ontem (28), a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) anunciou as suas últimas projeções para este ano. Nelas, a Anec revelou que o Brasil provavelmente irá fechar 2021 com a menor quantidade de exportações de milho em cinco anos. De acordo com a sua estimativa, as exportações brasileiras devem totalizar cerca de R$20,7 milhões.
Para quem não sabe, o Brasil já ocupou a posição mais importante do ranking global de exportadores do cereal em 2019, ano em que colheu uma safra histórica e seus embarques cresceram mais de 80%, alcançando 44,9 milhões de toneladas. Segundo a associação, o país deve apresentar uma redução de aproximadamente 38% em comparação aos números do ano anterior, período no qual a exportação brasileira já havia caído quase 20% em receita e volume. Dentre os diversos acontecimentos que motivaram essa queda de produção, está o fato de o Brasil ter enfrentado várias intempéries, como secas e geadas, em 2021.
Dados da Anec afirmam que as vendas deste ano devem superar apenas aquelas obtidas em 2016 (Foto: Reprodução/Pixabay)
Outro fator que ajudou a limitar as vendas para o exterior foi a alta no consumo interno do cereal. Apesar da safra brasileira ter apresentado uma queda de 15,5 milhões de toneladas em 2020/21, isto é, uma redução de 15,1% em relação a 2019/20, a demanda da indústria de carnes e das usinas de etanol aumentaram significativamente, o que corroborou para a diminuição das exportações. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), cerca de "76,8 milhões de toneladas de milho deverão ser demandadas internamente ao longo da safra 2021/22."
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A Conab prevê ainda que, caso aconteça o aumento esperado de 28,1% na produtividade das lavouras, a produção de milho em 2021/22 deve ultrapassar 117,2 milhões de toneladas. Se tudo ocorrer como o desejado, o Brasil deve voltar a ocupar a segunda posição do ranking global de exportação do cereal, superando a Argentina e a Ucrânia.
Foto destaque: Espiga de milho. Reprodução/Pixabay