Segundo relatório da S&P Global, o índice de gerente de compras - "PMI", na sigla em inglês - do Brasil apresentou queda no mês de maio. Um dos motivos apontados é o desastre ambiental no Rio Grande do Sul, que vai impactar no PIB brasileiro. O "PMI" do país caiu de 55.9 em abril para 52.1 em maio. De acordo com a pesquisa, respostas de entrevistados do Rio Grande do Sul foram excluídas. Apesar do baque, a economia do Brasil segue em crescimento pelo quinto mês seguindo, visto que a taxa que determina expansão é de 50 pontos.
“Os resultados do PMI mostraram uma certa capacidade de resiliência do setor industrial do Brasil, excluindo-se as respostas de empresas diretamente afetadas pelas enchentes catastróficas no Rio Grande do Sul, uma vez que o crescimento de novos negócios, os níveis de compra e de emprego se mantiveram estáveis”, apontou a nota da S&P Global.
Dados de maio
A desaceleração no crescimento de vendas, o índice de produção estagnado e a atenuação da inflação dos preços foram os pontos-chaves apresentados no relatório. Internacionalmente, as vendas aumentaram pelo segundo mês seguido, embora tenham sido reduzidas se comparadas ao mês de abril.
Dados do PMI brasileiro em maio, coletado entre o dia 10 e 23 (Foto: reprodução/S&P Global)
Enchentes no Rio Grande do Sul
Ainda de acordo com os dados da S&P Global, o PMI teria aproximadamente dois pontos a menos caso as respostas das empresas afetadas diretamente pela tragédia no Rio Grande do Sul fossem computadas.
"Com as enchentes devastando casas, lojas, fazendas, aeroportos, estradas, pontes, entre outros, os fabricantes tiveram dificuldade para receber os insumos adquiridos e se mostraram preocupados com seu impacto sobre a economia em geral, os pedidos dos clientes e o orçamento fiscal.", apontou Pollyanna de Lima, diretora econômica associada S&P.
Entretanto, Pollyanna também aponta um cenário melhor para o próximo ano:
"Ainda assim, as expectativas de que esforços de socorro, investimentos e o lançamento de novos produtos poderiam apoiar a demanda nos próximos meses encorajaram as previsões otimistas de perspectivas de produção para o próximo ano e fomentaram a criação de empregos em maio."
Foto Destaque: interior de fábrica da indústria de vidros (Foto: reprodução/Freep!k)
