Segundo pesquisa, os consumidores brasileiros devem gastar R$ 1 trilhão com comidas e bebidas até o final de 2024. O valor é 9,3% maior que a quantia gasta com os itens em 2023, o que correspondeu a R$ 930 bilhões. Os dados são do relatório Mapa do Trabalho Industrial, feito pelo Observatório Nacional da Indústria (ONI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O ramo alimentício tem sido um dos destaques na economia brasileira, gerando oportunidades de emprego e renda em diversas cidades do país. Os maiores consumidores dos produtos no país são os estados de São Paulo, que tem o consumo correspondente a R$ 259,5 bilhões, e Minas Gerais, com um total de R$101 bilhões.
O estudo ainda apontou que, até 2027, Minas Gerais vai precisar de 1,6 milhão de profissionais qualificados para atender à demanda do mercado.
Mineiros devem gastar 101 bilhões no ramo em 2024
Belo Horizonte é uma das cidades mais boêmias do Brasil. Conhecida como capital nacional dos botecos, a cidade mineira tem atraído a atenção de empreendedores de todo o país. Visando o crescente mercado, muitos empresários têm investido em espaços que ofereçam experiências culturais e gastronômicas completas.
O estado teve um crescimento de 10% no consumo no setor alimentício, sendo o segundo maior consumidor no ranking nacional. A capital mineira foi uma das cidades mais prejudicadas durante a pandemia, uma vez que possui grande percentual das atividades econômicas voltadas para o setor gastronômico e cultural.
De acordo com o pesquisador Marcos Pazzini, o consumo dos itens registrado no estado em 2024 foi acima da média esperada. “O consumidor teve um aumento na sua renda e tem, consequentemente, se alimentado melhor. Inclusive, fora de casa, categoria que havia sido gravemente comprometida no período pós pandemia de Covid-19 – fase em que muitas empresas foram fechadas”, explicou.
Conhecida como capital dos botecos, BH foi uma das cidades mais abaladas economicamente durante a pandemia de Covid-19 (Imagem: reprodução/Instagram/@redentorbar)
Recuperação econômica pós pandemia
Conforme afirma Pazzini, o momento é ideal para o investimento empresarial no ramo alimentício, uma vez que a economia brasileira se encontra aquecida e possui potencial de crescimento. O pesquisador destaca que o consumo da população brasileira tem sido maior que a oferta de serviços. Com isso, existe uma grande projeção de recuperação da economia abalada durante a pandemia, período em que os estabelecimentos foram temporariamente ou mesmo permanentemente fechados.
Foto destaque: amigos confraternizando em um bar (Reprodução/Mesquita FMS/GettyImages Embed)