Na última terça (8), após pedido de ajuda da concorrente, a exchange Binance anunciou a aquisição da FTX, porém “Como resultado da due diligence corporativa, bem como das últimas notícias sobre fundos mal administrados de clientes e supostas investigações de agências dos EUA, decidimos que não daremos continuidade à potencial aquisição da FTX.com” a empresa divulgou em comunicado.
No anúncio de terça, véspera da desistência da concorrente, o CEO da FTX, Sam Bankman-Fried anunciou que a empresa estava vendendo seu controle para a Binance. Em Janeiro, a FTX chegou ao valor de mercado de US$ 32 bilhões.
Logo Binance. (Foto: Reprodução/Pixabay)
A Binance fala no comunicado que “nossa expectativa era poder oferecer suporte aos clientes da FTX para prover liquidez, mas os problemas estão além do nosso controle ou capacidade de ajuda.” E continua, “toda vez que um grande player de um setor falhar, os consumidores de varejo sofrerão. Vimos nos últimos anos que o ecossistema de criptomoedas está se tornando mais resiliente e acreditamos que, com o tempo, os atores que fazem uso indevido dos fundos dos usuários serão eliminados pelo livre mercado.”
O CoinDesk, site de notícias com foco em criptomoedas, divulgou que a maioria dos ativos da Alameda, irmã da FTX, eram tokens gerados pela FTX, logo, ativos ilíquidos. Temendo que a Alameda não conseguisse bancar os seus ativos, os investidores venderam e saíram da plataforma visando evitar prejuízos.
A notícia balançou o mercado fazendo a criptomoeda mais famosa, o Bitcoin, atingir nova mínima de US$ 16.900 (~R$ 88.000), o Ethereum caiu abaixo de US$ 1.150 (R$ 5.980). Investidores aguardam próximos capítulos visando a alta dos seus ativos.
O cancelamento do negócio já era esperado, mesmo causando agitação nos investidores. Especialistas já previam a hipótese de não conclusão da transação, o que gerou problemas nos preços das moedas, causando seu recuo.
Foto Destaque: Bitcoin. (Reprodução/Pixabay)