Devido às suas estratégias que não surtiram efeito e também a forte concorrência no mercado, as ações da gigante Nike caíram até agora 24% no ano. Com o declínio, a empresa faz uma reformulação na sua equipe trazendo o experiente Elliott Hill, ex-executivo com experiência para o lugar do CEO John Donahoe que se aposentará no próximo mês.
Nesse último ano a companhia desacelerou seu crescimento, a alta competitividade principalmente no ramo esportivo com marcas como Hoka e On que emergiram com muita força no mercado e também a abordagem feita pela empresa fizeram as vendas caírem mais de 10% suas vendas no último trimestre.
Símbolo da Nike (Foto: reprodução/Code6d/GettyImagesEmbed)
Estratégia equivocada
Pode-se explicar essa queda nas ações da Nike devido a sua distribuição de vendas com foco no seu público interno. A empresa deu mais atenção as suas lojas físicas e seus sites, com o argumento de que poderia faturar o dobro com essa ideia, mas o resultado saiu pela culatra. Concentrando seu foco nesse segmento, eles acabaram com parcerias terceirizadas e varejistas que movimentavam muito as vendas, sem esses parceiros as vendas em sites e lojas físicas caíram cerca de 8% das expectativas em Wall Street.
A mudança para esse segmento foi feita de forma muito abrupta por parte de sua equipe, que concentrou seus principais produtos em apenas 40 parceiros de varejo selecionados, como Dick’s Sporting Goods e Foot Locker. Uma das mais conhecidas marcas, a Converse, que tem como destaque a linha Chuck Taylor em reflexo a essa investida da Nike viu a receita despencar 18% devido às fracas vendas tanto na América do Norte quanto na Europa Ocidental.
Sede da Nike (Foto: reprodução/GettyImagesEmbed/ozgurdonmaz)
Mudanças no mercado
Muito se muda com o decorrer do tempo, atualmente grande parte do público não tem mais o interesse em gastar muito com tênis caros ou roupas de marca, a preferência é gastar com lazer e outras coisas que vão sair por valores menores. Atualmente uma grande parcela do público está interessado em roupas que não são tão consideradas "dentro da moda" e focam no conforto que as peças podem trazer, proporcionando assim, um bom custo-benefício.
Após essa estratégia falhada, a Nike já voltou a fazer parcerias com alguns de seus principais parceiros no ramo do varejo, inclusive o CEO Donahoe foi enfático ao dizer que dará prioridade aos materiais esportivos e focará em marcas novas para atender aos atacadistas que receberam menos atenção durante esse tempo que a empresa focou nos seus canais internos.
Foto Destaque: Nike Mercurial x Air Max (Reprodução/Creative Soccer Culture/Daniel Jones)