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Lançamento de álbum e EP: Banda Lagum fala sobre nova fase da carreira

Com lançamento de um "EP" e uma "Live Session" e o anuncio de novo álbum carregado com letras de músicas mais densas e reflexivas, a banda Lagum inicia uma nova fase em sua carreira musical

28 Mar 2023 - 17h00 | Atualizado em 28 Mar 2023 - 17h00
Lançamento de álbum e EP: Banda Lagum fala sobre nova fase da carreira Lorena Bueri

A banda Lagum anunciou nesta segunda-feira (28) o lançamento de seu novo álbum, que marca o início de uma nova fase para o grupo após lançarem o EP "FIM", composto por três faixas, que já antecipava a ambição da banda em explorar sons mais maduros e evoluir artisticamente. Além do EP, que está disponível nas plataformas digitais, uma Live Session está disponível no YouTube.


Live Session do EP "FIM". Reprodução/YouTube/LagumVEVO


Com uma sonoridade que mistura pop, rock e reggae, Lagum é uma das mais populares e queridas bandas nacionais. Formada em 2014 na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. A banda é composta por Pedro Calais (Vocalista), Zani (Guitarra), Jorge (Guitarra) e Francisco Jardim, o "Chico" (Baixo), com músicas animadas que te fazem refletir. 

Os membros da banda concederam uma entrevista exclusiva ao Lorena R7 para falarmos sobre o EP e o novo álbum. 

Confira a entrevista:

Começo perguntando sobre o EP que foi lançado recentemente. O que inspirou essa nova fase? 

Pedro Calais:A gente fez algo grande assim, sabe? Fizemos 16 músicas… A gente fez mais, mas nos peneiramos. E aí, olhando para esse projeto todo a gente percebeu que era um grande projeto musical, e também na carreira como um todo, não só musical, então resolvemos fazer uma introdução a essa próxima fase. Nisso então lançamos o EP ‘FIM” que conta com três faixas e são as músicas mais densas e que mais dizem sobre fim. E o álbum que a gente vai lançar, ele diz muito sobre, assim, vamos dizer “pós apocaliptico”, sabe? Os diversos fins que a gente passou individualmente, cada um, e por diversos fins que a gente passou na nossa estrutura como banda e se entendendo como nós quatro organizacionalmente. E esse EP, eu acho que ele é uma introdução audaciosa das escolhas de música. Acho que a gente nunca tinha feito nada tão denso, tão triste, sabe? Enfim, a gente resolveu assustar logo de cara”.

 

Você [Pedro] falou sobre “fins” que vocês individualmente tiveram, nesse sentido, com essa escolha para o nome do EP, vocês imaginavam que alguns fãs poderiam especular que esse seria o fim da banda?

Pedro:  "Vou deixar no ar porque é uma notícia que pode impactar muitas pessoas, assim, no sentido negativo, que é as pessoas acharem que a gente está acabando com a banda ou acharem que a gente está brincando com a cara delas. Então, a gente deixou de cara a mensagem de que isso é um recomeço, e se você assistir à Session que está no YouTube, a gente tenta deixar bem claro".

 

Como foi o processo criativo das músicas, conectar letras com sonora?

Zani: "A gente iniciou o processo dessa produção com pessoas que conhecem muito bem a gente. A gente foi fazer uma imersão, fomos para Campinas, onde moramos dois meses juntos, nos redescobrimos como banda, como amigos. Eu acho que em oito anos muita coisa muda, e a gente teve a oportunidade de se reconhecer nessa situação. Foi um processo de realmente imersão, assim, fomos para lá com o objetivo de estar entre a gente, de fazer uma coisa que a gente acredita, de estar isolado, de estar desconectado. Então, foi um processo para nós, como banda, e acredito que todos ficaram felizes com o resultado".

 

Vocês falaram em uma entrevista que essa foi a primeira vez que vocês tiveram a experiência de produção, desde o som até o visual, como foi ter essa experiência? Pretendem ter uma outra vez?

Jorge: "Pretendemos demais, a gente pode aprender muito com ela, é uma experiência que tem um impacto muito grande [risos], acredito até emocional de trabalho, porque é um envolvimento muito grande em todas as frentes, e é bom para aprender, é bom para entender todos esses processos que envolvem, por exemplo, uma gravação de uma Session, de um EP. E voltando para falar desse momento, assim, é um momento que eu acho, que todo mundo aqui consome esse tipo de vídeo nas plataformas, no YouTube e é um momento que condiz muito com a gente, porque queremos mostrar isso ao público, como músicos, fomos consumidor desse tipo de material, sabe? E foi um trabalho que busca abrir uma pincelada como no ao vivo. A gente já é conhecido por ter um ao vivo muito forte, muita pressão, o que era um pouco diferente das nossas músicas no digital. 

Eu acho que essa parte visual e audiovisual desse EP e dessa session que a gente botou no YouTube é justamente esse meio-termo do nosso ao vivo, do nosso digital, da nossa intenção de mostrar a gente como músico, de agregar muito em uma parte cinematográfica, de fotografia, e eu acho que abraçou tudo isso, a gente acaba muito por dentro de tudo da produção, desde o áudio, com vídeo, e contando com pessoas muito especiais que se dedicaram muito também com a gente. É um time muito grande que se juntou e fez tudo isso acontecer".

Como vocês farão para entrar nessa nova fase sem perder a essência do Lagum?

Jorge: "Eu acho que é interessante, porque quando o público olha para os nossos últimos lançamentos, que foram 'Olha Bela' e a Session [FIM], pode parecer uma coisa meio desconexa. Só que eu acho que com o álbum e tudo que a gente vai trazer dentro dele - a narrativa e as músicas - essas músicas vão fazer sentido juntas. Eu acho que o show vai ser o momento de consagrar tudo isso, sabe?! Até porque nosso show tem sempre um formato poderoso, mas ao mesmo tempo curto, para deixar um gostinho de quero mais. A gente tem um repertório que vai ser até um desafio de encaixar músicas novas com as músicas antigas, e nosso show é isso, né? É tocar tudo que a galera canta e, graças a Deus, a gente tem uma recepção muito boa do nosso público com músicas novas. A galera já aprende a cantar muito rápido. Um exemplo foram as músicas com a Anavitória, e eu tenho certeza que o show vai ser uma mescla disso tudo e trazendo detalhes, trazendo tudo que a gente já viu que agrega e torna uma experiência maior assim".

E o que podemos esperar desse novo álbum?

Pedro: "'Não espera nada! Não espera' nada eu digo no sentido de que tem tanta informação e tanta profundidade que acho que é melhor a gente tentar não falar. Eu quero que ele seja interpretado pelo ouvinte sem o manual de como ouvir, sabe? Porque cada um vai interpretar da sua maneira. É um álbum com sonoridades - nós sempre tivemos isso, né? Sonoridades muito distintas entre si. Mas, se tiver que esperar alguma coisa, acho que é profundidade em um mergulho para dentro de uma nova lagum. Mas o melhor é ouvir sem querer ouvir uma certa Lagum".

Zani: "Eu acho importante, também - completando e contradizendo ao mesmo tempo - eu acho que, para ouvir o álbum, é realmente parar, ouvir, tentar fazer uma imersão igual a gente fez, tentar entender. Tipo, o que tá sendo falado, tentar entender o que a história tá apontando, qual é o objetivo que a história traz. E eu acho que cada um naturalmente vai ter a sua interpretação. Mas é uma dica que eu darei: separa um tempo, senta e presta atenção, sabe? Assim, degustar. Eu acho que é algo muito degustador".

Jorge: "Eu estendo isso que o Zani e o Pedro falaram, esse convite, né? Você aí que gosta de assistir uma série de 30 minutos a uma hora, um filme... Reserva esse tempo. Se você gosta de ouvir música deitado ou ouvir música em um carro, reserve aí uns 45 minutos que vai valer a pena ouvir o álbum de cabo a rabo. Hoje tem muitas playlists de música picada. Muitas vezes, a gente deixa de ouvir uma obra completa, de entender ela, de pensar, de deixar com que ela nos faça refletir. Eu acho que esse álbum é isso, então reserve um tempinho que vai valer a pena".

 

Quais são as outras ambições da banda pro resto do ano? Pensam em uma outra turnê? Já que vocês praticamente acabaram de sair de uma, né?

Jorge:  “Esse ano, para a gente, vai ser muito importante. É o nosso terceiro retorno para a Europa. Então, a gente vai ter shows em Portugal, em Londres e Barcelona. É um ano também que marca o retorno do nosso festival 'A Ilha'. E esse ano vai ser uma edição especial, pelo lugar que vai ser, no Parque Municipal de Belo Horizonte, um lugar icônico e que eu acho que tem muito a ver assim com o que é o nosso som. Como que o nosso som se associa, é natureza, mas ao mesmo tempo, urbano, mas ao mesmo tempo, representando muito a história da cidade de Belo Horizonte. A gente vai para lugares maiores e importantes, que é o Espaço Unimed, antigo Espaço das Américas, em São Paulo, Vivo Rio, e vamos estar presentes também em vários festivais, cada vez mais em horários melhores, povos maiores. E eu tenho certeza que a partir do momento que a gente botar esse álbum no mundo a gente vai colher muitos frutos que a gente nem imagina e que eles vão acontecendo naturalmente”.

Para finalizar, eu gostaria de saber qual a música favorita de vocês do EP FIM?

Pedro: "Me esquece";

Chico: "Ponto de Vista";

Jorge: "Ponto de Vista";

Zani: "Foi mal".

Agradecemos aos meninos da Banda por essa entrevista, estaremos esperando ansiosamente para escutar o novo álbum.

Foto destaque: Alexandre Stehling. Divulgação/Assessoria. 

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