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Exclusivo: IZA explora sua feminilidade e o reencontro com o amor em “AFRODHIT”

IZA lançou nesta quinta-feira (03) seu segundo álbum de estúdio, intitulado como "AFRODHIT". Com 13 faixas, o projeto mistura ritmos musicais e tem feats com MC Carol, L7nnon, Russo Passapusso, King, Djonga e Tiwa Savage. Confira detalhes!

04 Ago 2023 - 08h00 | Atualizado em 04 Ago 2023 - 08h00
Exclusivo: IZA explora sua feminilidade e o reencontro com o amor em “AFRODHIT” Lorena Bueri

Após cinco anos desde que lançou seu primeiro álbum, “Dona de Mim” e com um projeto praticamente finalizado, IZA resolveu voltar do zero para entregar “AFRODHIT” aos seus fãs. Com 13 faixas autorais passeando e brincando com ritmos como funk, R&B, rap e lovesong, a artista carioca explora no misticismo novas temáticas como a liberdade sexual, empoderamento feminino, términos e reencontros com o amor. No álbum mais feminino de sua carreira, segundo ela mesma, IZA se imerge como uma protagonista intraterrena nas questões femininas, com uma liberdade e naturalidade sem precedentes em sua trajetória.  


Capa oficial do álbum "AFRODHIT" (Foto: divulgação/assessoria)


“AFRODHIT”, lançado nesta quinta-feira (03) em todas as plataformas digitais, tem feats com vozes potentes, que IZA admitiu admirar, como MC Carol, L7, Russo Passapusso, King, Djonga e Tiwa Savage, além de participações e letras de Pedro Baby, Pretinho da Serrinha, Jerry Barnes e Papatinho. As faixas, plurais no cerne do álbum, também são complementadas por samples e referências de “Tereza Guerreira”, de Antonio Carlos & Jocafi, “Vacilão”, de Zeca Pagodinho, Nave e Os Tribalistas. 

Em coletiva de imprensa em que o Portal Lorena.R7 marcou presença, a cantora contou detalhes exclusivos sobre a construção do álbum que, segundo ela mesma, é a totalidade de si.  

“AFRODHIT é 100% eu. É um álbum em que eu me reencontrei como artista. Eu entendo que passei por um processo de evolução pra conseguir falar sobre coisas que aconteceram e sobre coisas que eu não me sentia confortável para falar, como por exemplo falar sobre sexo mais explicitamente e como deixar claro sobre o que é cada música. Eu estou vivendo um momento muito especial de criatividade e isso é muito incrível. Esse álbum foi feito com pessoas que eu admiro, com muitas mulheres, então acho que também por isso esse álbum é muito mais eu agora. Esse é o álbum mais femininino que eu já fiz, mesmo que o primeiro tenha se chamado ‘Dona de Mim.”, afirma IZA. 


Ouça "AFRODHIT" (Reprodução/Spotify)


“AFRODHIT” é uma viagem entre ritmos que completa um ciclo dentro de suas faixas. Iniciando com “Nunca Mais” e finalizando com “Uma Vida é Pouco Pra Te Amar”, as 13 músicas perpassam por gêneros não explorados anteriormente pela artista. Perguntada sobre essa mistura, IZA afirmou não ter sido algo calculado. 

“Na verdade, isso não foi muito pensado. Eu não pensei em ir diretamente em um ritmo. Acho que o que aconteceu foi eu estar ouvindo muito esse estilo de música agora. Sempre gostei muito de funk, mas nunca lancei nada assim porque na verdade eu não tinha encontrado a minha versão nisso, ou algo que não soasse algo gratuito, no sentido de estar me aproveitando disso, porque o funk é uma das coisas mais incríveis que o Brasil desenvolveu. (...) E surgiu naturalmente. Eu estava apta para criar, estava ali, com tempo, parei tudo pra poder fazer isso. Então eu acho que foi uma conjuntura de ritmos que eu acabei visitando em AFRODHIT. (...) 


IZA no photoshoot de "AFRODHIT" (Foto: reprodução/Twitter/@IZA)


E por mais que eu sinta que estou fazendo um passeio, as coisas se arredondam e se comunicam entre si, quando a gente fala do tal do afrobeat. Eu me aproveitei muito da etimologia da coisa, que eu nem sei se é essa, mas eu inventei essa etimologia que é literalmente música preta para mim. Eu acho que tudo que ‘tá’ ali é música preta em sua maioria. Inclusive encontrar o nome ‘AFRODHIT’ também foi influenciado pelo afrobeat. Tem sido muito gostoso visitar esses estilos agora com um outro olhar e com uma outra vivência.”

O álbum não é potente apenas por suas canções. Em “AFRODHIT”, IZA mistura referências visuais da mitologia grega e da cultura pop para chegar ao resultado final da criatura potente exposta no photoshoot do álbum e no primeiro clipe da Era: “Fé nas Maluca” (feat MC Carol). Descontraída, a artista contou detalhes sobre a construção da personagem vigorosa que mostra uma mulher descobrindo sua força e conquistando sua liberdade. 


Assista ao clipe de "Fé nas Maluca" (Reprodução/YouTube)


“Eu sempre quis contar a história de um ser que fosse meio esquisito, sabe? Que não fosse humano e nem extraterrestre. Um ser que fosse ‘diferentão’. Tem um filme que eu amo muito que passava na Sessão da Tarde que é ‘Splash: Uma Sereia em Minha Vida’.” Ela interrompe sua fala, divertida, e pergunta aos jornalistas: “Não sei a idade de vocês, não precisam me falar, mas quem conhece esse filme? Não mintam!”. Alguns dos presentes levantam a mão e ela recomenda aos demais: “Vai ver esse filme! É o filme de sereia mais bonito, porque não tinha efeito especial na época, então a ‘bichinha' estava em apneia mesmo. É babado! Não é, gente? É muito legal!”. 


IZA no photoshoot de "AFRODHIT" (Foto: divulgação/assessoria)


IZA continua a contar sobre a referência e retoma o foco: “Aí tem uma cena muito doida em que ela [a sereia] está andando e vê um aquário cheio de peixes e aí ela enfia a mão e come o peixe. Ou então uma outra cena em que ela está em um restaurante e enche um copo com sal (porque ela é uma sereia) e bebe e as pessoas ficam tipo: ‘Quem é essa pessoa? Ela não é normal!’ E eu sempre quis contar a história de um ser meio esquisito, que se adapta, que ninguém pode saber que não é exatamente humana.”, finaliza ela, antes de revelar outra inspiração, essa, mais recente. 

“Eu sempre fui meio nerd, eu gosto de um desenho chamado ‘Steven Universe’.” Abro o microfone e digo que peguei a referência e ela brinca, antes de continuar “Esse tu conhece, né? Eu amo a Garnet! Eu nunca tinha visto uma super heroína que fala assim [faz uma voz mais grossa], é retinta como eu e é a fusão de duas ‘minas’. E ela é maravilhosa! Eu queria contar uma história que tivesse esse misticismo. 



Então como a gente amarrou essa história? Como fazer isso ter sentido? AFRODHIT é essa deusa mesmo, que volta pra Terra de tempos em tempos. Então aquelas placas que a gente vê no clipe, aquelas imagens, o rosto e tal, é como se fossem as representações de outros povos de outras vezes que ela veio. Então, dessa vez ela veio desse jeito, ela se manifesta de uma forma intraterrestre (eu sei, é uma viagem), que é a história contada no prólogo, ela sendo formada no seio da Terra. Ela vem pro mundo pra se ‘sujar’ de vida outra vez e experienciar o amor. O que é o amor, as várias formas do amor. Esse álbum é sobre amor. O amor próprio, início, término, os momentos (...) O clipe também tem referência a ‘Bacurau’ e ‘Cocoon’.”, finaliza. 

Foto destaque: IZA no photoshoot de "AFRODHIT". Divulgação/assessoria 

 

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