Na noite de ontem, quinta-feira (09), aconteceu a última rodada do brasileirão. Todos os jogos foram jogados simultaneamente às 21:30 (horário de Brasília). Havia três times brigando para não ficar com as duas vagas restantes do rebaixamento para a Série B. Os clubes eram: Grêmio, Juventude e Bahia. Os outros dois rebaixados foram a Chapecoense e o Sport.
O Grêmio era o principal time nessa briga contra o rebaixamento, pois no início do campeonato era considerado forte candidato para brigar pelo título, além de possuir uma boa administração financeira, que paga os salários em dia. O tricolor gaúcho tem a terceira maior folha do Brasil e trouxe nomes de peso, como Rafinha e Douglas Costa. A falta de consistência do clube no campeonato foi porque não conseguiram encontrar um substituto para o Renato Gaúcho. Ao longo da campanha, o time do Sul contou com três técnicos de filosofias diferentes: Mancini, Felipão e Tiago Nunes. Após a chegada do professor do penta, o Grêmio mandou um recado que brigaria pra não cair, mesmo com os torcedores não entendendo o porquê da escolha, já que o time era capaz de estar entre as cabeças. Com esse ano conturbado, o clube chegou à última rodada precisando contar com a derrota dos seus adversários para se salvar, o que não aconteceu, e o tricolor irá jogar a segunda divisão pela terceira vez em sua história.
Torcedores do Grêmio chorando com o rebaixamento. (Foto: Reprodução/Luciano Maciel/Onzex Press)
O Bahia é um time bem administrado nos últimos anos. Conseguiu se consolidar na Série A nas última temporadas, começou a contratar jogadores titulares de times considerados maiores como: o Daniel (Fluminense), Rossi (Vasco) e Rodriguinho (Cruzeiro). A administração esportiva não acompanhou a financeira. O clube baiano apostou no auxiliar Dado Cavalcanti, o qual havia assumido o time no campeonato passado e salvou do rebaixamento, mas não conseguiu evoluir o time em 2021. O substituído do ex-assistente foi Dabove, técnico argentino, que ficou 45 dias no comando do Tricolor Baiano e foi um fracasso. No fim, o Bahia apostou em Guto Ferreira, seu ex-técnico e que havia deixado o Ceará. O “Gordiola” fez um bom trabalho, mas chegou tarde para salvar o “Baêha” do rebaixamento.
O Juventude foi um time que havia acabado de subir para a série A. Era um clube cotado para cair principalmente pela falta de um elenco com cara de primeira divisão, mas o time do sul se mostrou consistente e "chato" de se ganhar, principalmente em seu estádio, o Alfredo Jaconi. O bom trabalho do ex-técnico Marquinhos Santos garantiu pontos o suficiente para brigar para não cair, diferente da Chapecoense e Sport, os quais, desde o início do campeonato, já deixavam claros sinais de que seriam rebaixados. Entretanto, no meio do campeonato, preocupados com o descenso para a segunda divisão, a diretoria optou por trazer um técnico que já havia sido contestado nos seus últimos dois times do campeonato. Chegou Jair Ventura para o comando do time, ex-Sport e Chapecoense. Para surpresa dos torcedores, ele conseguiu garantir o Juventude na série A.
Foto destaque: Jogador do Bahia chorando após rebaixamento. Reprodução/Kely Pereira/Estadão Conteúdo