O líder do governo no senado, Carlos Portinho (PL) do Rio de Janeiro, confirmou que o presidente Jair Messias Bolsonaro relatou aos senadores que fazem parte do seu partido, ter medo de ser preso por ordem do Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Segundo Carlos, o presidente, a bancada e a cúpula do partido liberal estão se sentindo acuados pelo ministro. 

O líder do governo solicitou a Valdemar Costa Neto que os senadores levem ao STF um habeas corpus preventivo na tentativa de proteger senadores e deputados do partido, visando evitar a prisão dos mesmos. 

O pedido seria essencial visto a inação de Rodrigo Pacheco ao não parar as medidas arbitrárias e exageradas do ministro do STF. 

“O presidente nos disse que acha que vai ser preso pelo STF. Está com medo de ser preso e nós também. Vejo isso acontecendo. Estamos sendo ameaçados pelo STF. Agora estou com medo de me posicionar na tribuna e as consequências que isso pode ter”, relatou o senador. 

_{Bolsonaro em sua última aparição para discurso ao seus seguidores (Foto/Reprodução: Site Metrópole)} 

Três dias antes da diplomação de Lula, Bolsonaro fez um pronunciamento aos seus seguidores incentivando o golpe, em seu discurso o presidente afirmou novamente não acreditar no resultado das eleições e que as forças armadas fariam o que seus seguidores pedissem e até a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva muitas coisas poderiam acontecer. Após essa fala de Jair Bolsonaro, bolsonaristas tumultuaram a diplomação de Lula, o grupo queimou o ônibus e carros e realizou ataques à sede da Polícia Federal em Brasília na última segunda-feira (12).

Na última quarta-feira (14) o ministro Alexandre de Moraes revelou que ainda existem várias pessoas a serem presas, seria uma tentativa de parar os atos antidemocráticos e a disseminação de fake News. 

A partir de 1º de janeiro, Bolsonaro deixa de ser chefe do executivo e perde o couro privilegiado. Em teoria, o então ex-presidente poderá ser julgado pela justiça comum. 

Foto destaque: Senador Carlos Portinho. Reprodução/Geraldo Magela

A investigação que envolve as suspeitas de que o vereador Carlos Bolsonaro empregava funcionários fantasmas em seu gabinete na Câmara municipal do Rio e pegava para si parte dos salários deles, em uma prática popularmente conhecida como rachadinha, está chegando ao final no ministério público do Rio de Janeiro. No mês de setembro os promotores que cuidavam do caso enviaram para o setor de perícias do órgão os quesitos que serão respondidos pela parte técnica visando mostrar o percurso do dinheiro sacado pelos funcionários do gabinete do vereador. 

Carlos Bolsonaro, acusado de praticar rachadinha enquanto Vereador (Foto/Reprodução: Caio Cesar)

As investigações começaram no ano de 2019, no início de 2022, após um ano da abertura do caso, a justiça determinou a quebra do sigilo bancário do filho de Jair Bolsonaro, foi encaminhado ao ministério público os dados fornecidos pelo banco que seguiram para análise da perícia. É esperado que o resultado fique pronto até janeiro, assim os promotores irão decidir sobre uma possível apresentação de denúncia contra Carlos Bolsonaro.

Segundo consta os dados  enviados ao ministério público, servidores recebiam nos bancos em dinheiro o total ou a maioria do que recebiam como salário, colocando em prática a famosa rachadinha. Dados recebidos com a quebra do sigilo é gigantesco, pois envolve aproximadamente 30 pessoas, entre eles está Carlos, familiares e funcionários de seu gabinete em um longo período, pois o segundo filho de Bolsonaro está há mais de 20 anos no cargo de vereador. 

Presentemente ainda não existe um entendimento judiciário do que é o crime de rachadinha, o ministério público tem o costume de enquadrar essa atitude como peculato, porém o Supremo Tribunal Federal sequer condenou um político dentro dessas práticas. Um caso parecido é o do deputado federal Silas Câmara, o mesmo é acusado de desviar o salário de funcionários no ano 2000. 

O ex coordenador da bancada evangélica é réu em uma ação que começou a ser investigada no plenário do STF, o julgamento foi suspenso na semana passada após um pedido do ministro André Mendonça. Existem cinco votos a favor da condenação do deputado pelos tais crimes, porém há risco de prescrição se o caso não for concluído até dezembro. 

Foto destaque: Carlos Bolsonaro, filho do atual presidente da República (Foto: Gabriel Monteiro)

O perfil @Jesus viralizou no Twitter esta semana após a conta receber o selo azul de verificado, o fato ocorreu depois de o criador do perfil ter assinado a versão paga do selo de autenticidade, novidade lançada recentemente pela rede social.

A conta existe desde 2006 e possui cerca de 780 mil seguidores, o perfil postou na última quarta-feira (9) uma publicação comemorando o feito. Ontem (10) a conta fez uma nova postagem sobre a verificação e gerou polêmica. A mensagem dizia: “Por que a suposição de que sou falso?”

_{Postagem feita pela conta @Jesus questionando fala da jornalista da CNN (Foto/Reprodução: Twitter)}

A publicação em tom de indignação aconteceu devido um comentário feito pela jornalista da CNN internacional: “O Twitter deu o selo de verificação azul a Jesus Cristo… As coisas estão ficando um pouco confusas no Twitter sob comando de Elon Musk”.

O selo de verificação era atribuído a contas ativas, de grandes destaques e de interesse popular. A conta @Jesus utiliza em sua biografia a descrição: “Carpinteiro, Curandeiro e Deus”. Após a compra e gestão de Elon Musk, o Twitter passou a utilizar uma nova versão, o Twitter Blue, uma versão paga da rede social que passou a funcionar no dia 5 de novembro. A novidade possibilita todos os usuários a receberem a verificação da conta, basta assinar um pacote mensal no valor de U$S 8, é o que @Jesus fez.  

_{As contas verificadas na nova versão do Twitter terá em sua descrição, diferente das contas oficiais (Foto/Reprodução: Site g1)}

Com essa possibilidade de garantir o verificado, o número de perfis falsos aumentou significativamente. Contas falsas sobre figuras públicas passaram a ter o selo azul, sendo que eles não os famosos por trás daquelas páginas.

Para amenizar a situação, o Twitter lançou no dia 8 de novembro o selo oficial na cor cinza, esse selo serve para identificar contas de governo, marcas, meios de comunicação, artistas e todos outros que eram beneficiados pelo selo azul. 

Foto destaque: Perfil verificado da conta @Jesus (Reprodução: Twitter)

Nesta quinta-feira (10) em um evento realizado com políticos aliados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se emocionou ao falar do combate à fome no país, porém o que chamou atenção foram as meias que Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente, estava usando, meias pretas com bolinhas brancas.

As meias utilizadas pelo vice-presidente tornaram-se assunto nas redes sociais, os internautas questionaram onde foi que o político achou o item e obteve muitos elogios, outros disseram que poderia confiar 13 vezes mais em Geraldo por conta da suas meias estilosas. 

_{Postagem feita nas redes sociais sobre as meias de Alckmin (Foto/Reprodução: Twitter)}

Alckmin é coordenador da equipe de transição do governo Lula queirá assumir a presidência em primeiro de janeiro de 2023, os trabalhos foram divididos em grupos que debatem sobre saúde, economia e desenvolvimento social. O político anunciou neste evento novos membros que irão  compor o governo Lula, nomes como Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e da jornalista Anielle Franco, irmã de Marielle Franco, foram anunciados por ele.

_{Geraldo Alckmin durante evento nesta quinta-feira (Foto/Reprodução: Sérgio Lima)}

O presidente eleito no dia 30 de outubro discursou durante uma reunião com políticos aliados no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília nesta quinta-feira. O local onde foi realizado o evento está servindo para a transição do governo. Estavam presentes o presidente do PT, Geraldo Alckmin e a deputada Gleisi Hoffmann, presidente do partido dos trabalhadores.

Em seu discurso, Lula deixou bem claro que Geraldo Alckmin não será ministro do seu governo.

“Eu fiz questão de colocar o Alckmin como coordenador para que ninguém pensasse que o coordenador vai ser ministro. Ele não disputa vaga de ministro porque é o vice-presidente da República”, afirmou Lula.

Geraldo Alckmin foi eleito quatro vezes governador de São Paulo, sendo o político que ficou mais tempo no cargo. Antes de exercer este cargo ele foi vice-governador, deputado federal, deputado estadual, prefeito de Pindamonhangaba no interior paulista e vereador. Geraldo também tentou a presidência da República por duas vezes, mas não conseguiu se eleger em nenhuma delas, em 2006 o vice-presidente chegou a disputar o segundo turno, mas perdeu para  Lula. 

Foto destaque: meias utilizadas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin que ganhou destaque nas redes sociais (créditos: Sérgio Lima)

Está circulando um vídeo nas redes sociais onde mostram policiais rodoviários federais marchando por um campo aberto. É possível ouvir no áudio gritos dos policiais em tom de crítica ao Supremo Tribunal Federal (STF) e Alexandre Moraes, ministro do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral. 

No vídeo escutam-se os seguintes versos:

“O Supremo comunista quis me censurar. E mandou o de Moraes na minha casa perturbar. Quer calar a nossa amada liberdade de expressão. E mandar o nosso povo todo lá pro paredão. Pela nossa liberdade o povo tá em reação. Contra o abuso do Supremo e em defesa da nação. Liberdade, vamo lá!“.

_{Vídeo circulando nas redes sociais em que PRF estaria criticando o STF é Fake (Foto/Reprodução: Site Lupa)}

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Universidade Corporativa da Polícia Rodoviária Federal (Uni PRF) o vídeo em questão foi adulterado, o áudio utilizado é fake. 

A coordenação geral de comunicação institucional da PRF afirmou que: “A PRF não utilizou nenhuma música que denegrisse a imagem de nenhuma outra instituição durante treinamentos ou em qualquer outro momento. Este vídeo é uma montagem”.

O coordenador pedagógico do curso de formação profissional de 2022 da Universidade Uni PRF, Ricardo de Paula, afirma que o vídeo é realmente de um local da universidade. 

“É um vídeo fabricado, gravado durante uma formatura de alunos realizada na Uni PRF. Mas o áudio é totalmente inverídico, de péssimo gosto, colocado em cima da movimentação que os alunos fazem que exaltam civismo, o orgulho deles de se formar policial”, afirma o policial Ricardo. 

Segundo o coordenador, o vídeo revela o momento em que os alunos entraram. O mesmo diz que as filmagens foram feitas no local reservado para os familiares e eles não podem controlar para onde são enviadas essas gravações. Ele segue dizendo ser possível notar a manipulação presente no vídeo, pois o áudio que sobrepõem o verdadeiro mostra somente vocês masculinas e palmas.  

O áudio presente no video relacionado a PRF foi retirado desse áudio (Foto/Reprodução: Facebook )

O perito Nelson Massini explica que uma simples análise do vídeo já aponta a montagem presente, o som das palmas e as batidas das botas no chão não estão presentes no vídeo.

“O que possivelmente faz ruídos no vídeo (palmas, batida das botas e outros ruídos do local) não aparecem no áudio. Além disso, não há sincronismo vocal entre os soldados e o áudio apresentado. Isso engana bem porque prestamos atenção no que é falado e não vemos os detalhes”, relata Nelson Massini. 

Foto destaque: Fake em diversas telas (Créditos: Rodrigo Cunha/G1)