A dermatite atópica é uma doença de pele crônica comum, atacando especialmente as crianças. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, 15% a 25% das crianças e 7% dos adultos têm a doença que tem como características lesões avermelhadas, pele seca e coceira intensa. A dermatite atópica atinge as dobras do corpo, joelhos, pescoço e braços.
A dermatologista Clessya Rocha explica que a dermatite pode se manifestar através do contato com substâncias que contém reações alérgicas, sendo elas: poeira, tecido sintético, pelo de animais, etc. Alguns problemas emocionais como o estresse também podem desencadear a doença.
As causas da dermatite são desconhecidas, porém, evidências apontam para uma predisposição genética, casos familiares que tragam o aparecimento da doença. O quadro de lesão de pele é mais comum naqueles que já sofrem com outros tipos de alergias.
Sintomas
— coceira na pele a piorar com a transpiração
— lesões avermelhadas
— descascamento da pele
Quadro de dermatite atópica (Foto: Reprodução/drjanainamelo)
Diagnóstico
O diagnóstico é feito a partir do relato das coceiras, sua localidade, genética e a presença de demais alergias.
Tratamento
Segundo a doutora Clessya Rocha, há várias maneiras de tratar a dermatite, cremes e pomadas apropriados para a doença, são eficazes no controle do quadro, também é possível encontrar hidratantes que melhoram a barreira cutânea da pele auxiliando no sistema imune daquela área. Em casos graves o paciente precisa recorrer ao tratamento oral.
“Os ferimentos provocados por coçar a pele juntamente com a modificação da barreira cutânea e da flora da pele poderão juntos levar a infecções secundárias bacterianas ou virais, devendo ser tratados pelo médico dermatologista”, explica Clessya
Convivendo com o preconceito
Dados de uma pesquisa realizada em 2021 pelo instituto Datafolha, divulgada pela sociedade brasileira de dermatologia, revela que três de cada 10 brasileiros acreditam que a dermatite é contagiosa, 47% acham que a dermatite é causada por falta de higiene, 46%, acreditam que pessoas com dermatite não podem conviver com crianças e 36% revelam que pacientes com quadro visível da doença devem se manter isolados dentro de casa.
Foto Destaque: Dermatite apresentando descamação. Reprodução/Call clínica e laboratório