Sobre Thais Brunelli

Natural de Itabira-MG, Thaís é graduanda em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa e possui forte interesse pela área da saúde e o mundo pop. Acompanhe suas publicações abaixo!

São Paulo detecta 85 novos casos da variante Ômicron

A Prefeitura de São Paulo identificou 85 novos casos da variante ômicron da Covid-19. O anúncio foi feito nesta terça-feira (11), e a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) apontou que, das 105 amostras analisadas pelo Instituto Butantan, 85 (80,95%) foram positivas para a Ômicron e 20 (19,4%) para a Delta.

Segundo o Jornal da Band, a vigilância genômica é feita em parceria entre prefeitura e o Butantan. São cerca de 300 amostras de RT-PCR positivas para Covid-19 semanalmente. Para regular o monitoramento, a secretaria disponibiliza a realização de testes rápidos em suas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs), Prontos Atendimentos (PAs), prontos-socorros (PSs) e nas 469 Unidades Básicas de Saúde (SMS), no setor de triagem, para identificar os casos positivos de Covid-19 em pacientes com sintomas gripais.


Governo de São Paulo instrui sobre cuidados básicos para a proteção contra doenças respiratórias. (Foto: Reprodução/Instagram).


O aumento da testagem facilita a detecção e o tratamento da doença antes do seu avanço para possíveis casos graves. Além disso, o órgão também orienta que os indivíduos sigam com medidas de prevenção, tais como uso de máscaras e álcool em gel, cobrir a boca e nariz quando tossir ou espirrar e lavar as mãos imediatamente após contato com secreções respiratórias.

A Prefeitura de São Paulo deve contratar profissionais temporários em razão do aumento de casos da Covid-19 e o consequente afastamento deles. O crescimento do número de contaminados volta a pressionar o sistema de saúde, que, hoje, sinaliza a ocupação dos leitos de UTI em 41%. No dia 11 de dezembro, esse mesmo índice era de 25%. Nas enfermarias, a ocupação foi de 34% para 62%.

Amanhã, o Governo do Estado deve anunciar novas medidas restritivas. Contudo, o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), sinalizou que não haverá restrições para o comércio e o setor produtivo do agronegócio e da indústria. Ele ainda reforçou a necessidade de utilizar máscaras, que são fundamentais no combate ao avanço da Ômicron.

Foto Destaque: Variante Ômicron. Foto: Reprodução/Pixabay.

Helô Pinheiro admite sentir mágoa de Gisele Bündchen

A Garota de Ipanema, Helô Pinheiro, disse que sentiu mágoa de Gisele Bündchen por desfile ao som de “Garota de Ipanema” na abertura dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Nesta quinta-feira (06), em entrevista ao podcast “Papagaio Falante”, ela manifestou a insatisfação com o protagonismo de Bündchen.

“Eu fiquei realmente um pouco indignada, porque ela não é carioca, não é do Rio de Janeiro, e a música tem a ver com o Rio. Não que ela não merecesse estar ali desfilando, mas que tocasse uma “/Aquarela do Brasil”/, ou uma música brasileira, mas não aquela que eles me deram de presente. Doeu no meu coração”, desabafa.


Helô Pinheiro esperava mais consideração da supermodelo, Gisele Bündchen. (Foto: Reprodução/Metrópoles). 


Segundo Helô, ela contava com o apoio da modelo naquele momento revolucionário e não recebeu nenhum tipo de homenagem:

Você não sabe a revolução que foi isso. Porque ela poderia encontrar comigo no meio da passarela, e uma dar uma forcinha para outra, qualquer mimo, e tudo bem. Mas não. Foi uma coisa tão doída, eu não esperava. E depois, também, eu pensei: ela vai ligar, para dizer o porquê, mas nunca ligou. Ela conhece bem a Tici (Ticiane Pinheiro), que é minha filha, não custava nada“, lamentou.

Durante a entrevista, a ex-modelo comentou que foi lembrada por Anitta quando a morena resolveu criar a própria versão de “Garota de Ipanema”, a música “Girl from Rio”.

“A Anitta me ligou, depois ainda me mandou uma vitrolinha com o disco. Foi super simpática, super educada. Acho que isso é uma questão de gentileza. Agora, a Gisele, realmente pisou na bola“, conta.

Além disso, Helô conversou com Sérgio Mallandro e Luiz França sobre questões pessoais, políticas e do mundo do entretenimento em um encontro que durou quase uma hora e meia. Ao ser questionada sobre qual personalidade política ela gostaria de ver no cenário novamente, ela respondeu que, se pudesse, escolheria João Figueiredo, militar ex-presidente do Brasil.

 

Foto Destaque: Helô Pinheiro (direita) e Gisele Bündchen (esquerda). Foto: Reprodução/Instagram. 

Mateus Verdelho rebate críticas a aparência da esposa

O modelo Mateus Verdelho se pronunciou após ver um comentário polêmico de uma seguidora da sua esposa, Shantal Verdelho. Neste sábado (08), ele publicou uma mensagem em defesa da companheira nos stories do Instagram.

Recentemente, uma seguidora enviou a seguinte mensagem para a influencer:

“Você tem consciência de que seu marido é muito bonito para você? Sei lá, imagino que você deve ser insegura, mas não fique. O importante é o que você tem por dentro”. O comentário repercutiu nas redes sociais no formato de print e tanto Shantal, quanto o seu marido, resolveram se pronunciar sobre o ocorrido.

Em sua resposta, Shantal ressaltou que relacionamentos não devem se basear na beleza “porque a beleza física com o tempo, morre”. Hoje, o marido veio a público manifestar a sua insatisfação com a fala da seguidora:


Mateus Verdelho e a esposa Shantal. (Foto: Reprodução/Jovem Pan)


“Sobre o assunto “/da beleza”/. Bom, primeiro, que mensagem infeliz que essa pessoa enviou para a Shantal, desnecessário, enfim. E segundo que eu acho a Shantal uma mulher linda, sexy atraente, carinhosa, parceira, leal, correta, determinada, inteligente, trabalhadora, muito forte e, por fim, uma excelente mãe. Mas acho que todos já ouviram a frase “/beleza não se põe na mesa”/”, desabafa.

“Hoje em dia é muito difícil acreditar no amor, a maioria se baseia nas imagens, coitados… Tenho pena… Sei também que hoje em dia achar um parceiro (a) verdadeiro e leal é muito mais difícil do que ganhar na Mega-Sena. Mas, agora, se você não conseguiu achar a “/tampa da panela”/ ainda, não tente destampar a panela dos outros. Isso é feio, isso se você não sabe se chama inveja. Espero que você tenha um excelente 2022 e que você ganhe na Mega-Sena, porque a sua “/tampa da panela”/ pelo jeito, vai ser um pouco mais difícil de achar”, concluiu.

O casal enfrenta um momento delicado desde que Shantal denunciou ter sofrido violência obstétrica por parte do médico Renato Kalil, que teria exposto as partes íntimas da mulher para o marido e xingado palavrões durante o parto da sua filha mais nova, Domênica.

 

Foto Destaque: Mateus Verdelho e sua esposa Shantal. Foto: Reprodução/Instagram.

Rapper Fernanda Medrado aciona polícia após vizinho xingar seu filho

A rapper Fernanda Medrado acionou a polícia ao ouvir o vizinho xingar seu filho de “viado” e “mariquinha”. Nesta sexta-feira (07), Medrado abriu uma live em sua conta no Instagram para denunciar a possível situação de homofobia.

Indignada, a ex participante de “A Fazenda 13” disse que ninguém mexe com o filho dela: “Eu vi lá da minha janela esse p*u no c* chamar meu filho de mariquinha. Tá? Eu quero ver mexer com meu filho! Tá para nascer… Filho da put”/. Mariquinha é o caralho! Mesmo se fosse… Folgado, achou ruim vai na minha porta”, afirmou.

Frente à esquiva do vizinho que se retirou e não quis pedir desculpas ao menino, Medrado acionou a polícia e, em seu story, publicou a legenda: “Não era só na presença da polícia que ia descer? Vai pedir desculpas ‘pro’ meu filho sim!”.


Revoltada com a situação, Medrado acionou a polícia para o vizinho. (Foto: Reprodução/Instagram).


Ainda na live, ela explicou que o filho estava brincando com outras crianças e o homem apareceu na janela dizendo que a criança era gay e precisava mudar a voz de mariquinha. Ela, na companhia da irmã, ouviu os insultos e revidou.

“Tenho nojo de gente preconceituosa! Se ele faz isso com uma criança, que nem sabe ainda, né, imagina o que o cara não faz com pessoas na rua. Preconceituoso! Não vou deixar passar”, desabafou Fernanda.

De acordo com a ex-fazendeira, se o vizinho gosta de fazer as pessoas passarem vergonha, ele iria passar vergonha por todo mundo saber que mora ao lado de um homofóbico. Além disso, ela afirmou que não quer dinheiro e nem processar, mas “homofóbico não vai passar”, ainda mais se tratando dos seus filhos.

Fernanda Medrado tem dois filhos, Bryan e Josh, que são fruto do casamento com o produtor DJ Claytão. Na live, a cantora não revelou qual dos filhos foi vítima da agressão verbal.  

Foto Destaque: Rapper Fernanda Medrado. Foto: Reprodução/Instagram. 

Em Israel, brasileiro recebe nova pílula da Pfizer contra Covid-19

O brasileiro israelense Simcha Neumark foi o primeiro paciente a receber o medicamento Paxlovid da Pfizer contra a Covid-19 em Israel. Em entrevista à Globo News, ele conta que as pílulas são administradas seis vezes ao dia, sendo três pela manhã e três pela tarde. O jovem foi escolhido para o tratamento porque, após tomar cinco doses da vacina, continuava sem anticorpos para a doença.

Simcha contou que o sistema de saúde de Israel estava ciente da sua condição autoimune e, quando ele contraiu a Covid-19, foi procurado para receber o medicamento da Pfizer.  A iniciativa faz parte de um regime de autorização emergencial, que valeu à pena para o brasileiro:

“Chamaram-me e falaram que eu seria o primeiro, não tem muito teste, mas sim uma autorização de emergência, e para mim compensava pelo que eu sentia, febre e dor de garganta, eu tinha medo de parar no hospital”, desabafa.


Medicamento da Pfizer amenizou os sintomas de Simcha Neumark. Foto: (Reprodução/G1).


De acordo com informações do G1, o Paxlovid é um antiviral experimental que bloqueia uma enzima que o coronavírus precisa para se replicar. O remédio faz parte de uma classe de medicamentos chamada de inibidores de protease, que revolucionaram o tratamento do HIV e da hepatite C.

O comprimido foi dado aos pacientes junto com uma dose baixa de outro antiviral já conhecido: o ritonavir. Esse segundo remédio ajuda a desacelerar o metabolismo ou a quebra do Paxlovid, para que ele permaneça ativo no corpo por períodos mais longos em concentrações mais altas, para ajudar a combater o vírus.

Para avaliar a eficácia da iniciativa, existe um monitoramento por parte do sistema de saúde israelense, que entra em contato com Simcha duas vezes ao dia. Além disso, em 20 dias, se os testes de PCR derem negativo, ele estará liberado da quarentena.

Nesta quarta-feira (05), a Pfizer afirmou que seu comprimido experimental contra a Covid-19 reduziu o risco de hospitalização ou morte pela doença em 89%. O projeto configura mais uma possível saída da crise sanitária que assola o mundo desde 2020.

Foto Destaque: Cartela de comprimidos. Foto: Reprodução/Pixabay. 

Ministério da Saúde atrasa vacinação infantil contra Covid-19

Após 20 dias da liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina contra a Covid-19 já poderia ser aplicada em crianças de 5 a 11 anos, mas o Ministério da Saúde impôs diversos empecilhos ao esquema vacinal, que ainda não foi iniciado. O fornecimento da vacina será feito pela Pfizer, única aprovada para a faixa etária.

O Brasil vive um momento de ascensão do negacionismo científico, o que limita consideravelmente as ações de entidades científicas em prol da saúde e bem-estar social. Esse movimento causa prejuízos às crianças ao passo que o Ministério da Saúde considera estabelecer a necessidade de prescrição de receita médica para vacinar a categoria infantil.

Além disso, o setor governamental fez uma consulta pública sobre a vacinação desta faixa etária, que resultou em rejeição da obrigatoriedade da prescrição médica. Em entrevista à Globo News, o médico Drauzio Varella pontua que a demora não se justifica e a consulta pública era dispensável do ponto de vista científico. “A demora só acontece porque o presidente é contra a administração da vacina”, afirma o médico.


Audiência pública para discutir a vacinação infantil contra a Covid-19. Foto: (Reprodução/Instagram).


Nesse sentido, a pediatra e professora da Faculdade de Medicina da USP, Ana Escobar, contou hoje (05) à CNN que lamenta a demora no processo. “A primeira dose já poderia ter sido iniciada agora em janeiro, e a segunda dose, depois de três semanas. Já teríamos a perspectiva de boa parte das crianças começar o ano letivo com as duas doses da vacina. Perdemos esse tempo precioso”, disse a especialista. Ainda, a médica deixa uma mensagem aos pais que estão inseguros sobre a eficácia da vacina:

“Essa vacina é segura, é eficaz, o mundo inteirinho está usando, não tem razão nenhuma para terem medo ou desconfiança. Vacinem seus filhos, não há nenhum efeito colateral que justifique a não vacinação”, reforça.

Frente a importância da celeridade no esquema vacinal, o Ministério da Saúde, após realizar uma audiência pública nesta terça-feira (04), informou que a recomendação final sobre a vacinação das crianças deve acontecer hoje. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, prevê a chegada das doses pediátricas da Pfizer ao Brasil na segunda quinzena de janeiro.

Foto Destaque: Criança sendo vacinada. Foto: Reprodução/Pixabay. 

Moda nos Estados Unidos, “Jejum de dopamina” pode estimular quadro depressivo

O “Jejum de dopamina” consiste em evitar a prática de atividades que estejam envolvidas na síntese do neurotransmissor. Cunhado pelo psicólogo e investidor em tecnologia Cameron Sepah, o jejum da substância relacionada ao bem-estar ajudaria a elevar o foco e a produtividade no ambiente de trabalho.

Lançada na região do Vale do Silício, nos Estados Unidos, a proposta é apenas mais uma dentre as várias sugestões excêntricas em relação à saúde e bem-estar. De acordo com o jornal El País, os executivos de São Francisco já lançaram a dieta de jejum intermitente, a de beber água pura da chuva e de fontes sem tratar e o consumo de microdoses de LSD a fim de obter um melhor desempenho no trabalho.

A moda da vez sugere o afastamento de tudo que envolve a dopamina, mas por quê? Para começar, é necessário entender como o neurotransmissor funciona no corpo humano. A molécula de dopamina relaciona-se ao sistema de recompensa do nosso corpo, e, segundo os defensores do jejum, o cérebro possui uma espécie de vício na sensação provocada por atitudes dispersantes, tais como: Fazer sexo, comer chocolate, navegar pelas redes sociais, ouvir música e falar com amigos. Tendo em vista que isso atrapalharia o desempenho no trabalho, o Vale do Silício recomenda a exclusão dessas coisas “improdutivas”.


Molécula de dopamina desperta prazer e aumenta a motivação. Foto: (Reprodução/Pixabay).


No entanto, o método não possui comprovação científica, pelo contrário, neurocirurgiões alegam ser disfuncional, pois o corpo sabe exatamente a quantidade de dopamina que ele deve produzir para que não haja excesso, nem falta. Em resposta ao El País, o diretor da seção de Neurociência Cognitiva do Centro de Evolução e Comportamento Humano da Universidade Complutense de Madri, Manuel Martín-Loeches, pontua:

“Não há como restaurar algo que está em constante mudança desde antes do nascimento, como é o caso do cérebro. Se restringirmos a dopamina com o jejum, ocorrerá algo semelhante aos efeitos a longo prazo de um vício: falta de satisfação, que costuma levar à depressão”.

Dito isso, a orientação para aqueles que querem se libertar dos “vícios dispersantes” é canalizar o sistema de recompensa em exercícios saudáveis. A forma mais adequada de fazer um “jejum de dopamina” seria remanejar atividades que causam distração ou geram vício, e não abdicar completamente delas. Para tal, pode ser feito um investimento em práticas envolvidas na concentração e bem-estar, como a yoga e a meditação.

Foto Destaque: Homem perdido em meio ao ambiente empreendedor. Foto: Reprodução/Pixabay. 

No Brasil, média móvel de casos da Covid-19 aumenta 111% em duas semanas

Dados do consórcio de veículos de imprensa informam que a média móvel de casos notificados de covid-19 subiu 111% no Brasil nas últimas duas semanas. O índice foi de aproximadamente 3,5 mil para 7,4 mil, atingindo um patamar similar ao do início do mês.

Possíveis motivos que justificam a variação seriam a instabilidade dos sistemas do Ministério da Saúde, impossibilitando o lançamento de novos dados; e, sobretudo, a disseminação da nova variante Ômicron no país – mais contagiosa do que a Delta. Alguns estados vivenciam um aumento das hospitalizações por Covid e, junto a isso, cresce a porcentagem de testes positivos, o que indica que a alteração na média de casos não é um acontecimento isolado.

A média móvel de mortes por covid-19 no Brasil apresentou 12% de queda no mesmo período. No entanto, Marcio Bittencourt, epidemiologista do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica do Hospital Universitário da USP, chama atenção para a possibilidade de a variante Ômicron ter se tornado a responsável pela maior parcela de infecções no Brasil. Conforme relata, o país está em período de aumento das demandas: “Está aumentando (a demanda por) testes, positividade, sintomas, suspeita, internação”, ressalta o epidemiologista.

 


Vacina é uma poderosa aliada na luta contra a Covid-19. (Foto: Reprodução/Pixabay).


Segundo Isaac Schrarstzhaupt, coordenador da Rede Análise Covid-19, o ideal é priorizar as ações de proteção como o uso da máscara, a vacinação e o distanciamento. Frente a um cenário epidemiológico de quadros gripais causados por diversos vírus da Influenza, sobretudo o H3N2 (a cepa Darwin), o especialista percebe a importância de continuar adotando medidas não farmacológicas. “Vemos um aumento de sintomas que se confundem e não temos monitoramento epidemiológico para distinguir”, explica ao jornal Estadão.

Além disso, Bittencourt alerta que “Ainda não deu tempo de ver os efeitos em mortes” por causa do aumento recente de infecções. Até este momento, o cenário é muito incerto e novo – com a emergência de novas variantes – para abandonar as medidas de proteção.

Foto Destaque: Vírus da Covid-19. Reprodução/Pixabay. 

Tecnologia permite ‘criar’ proteína animal em laboratório

Tecnologia promissora, a agricultura celular visa a criação de novas formas de produzir alimento sem utilizar animais no processo. Para isso, cientistas pretendem elaborar réplicas de carne e laticínios em laboratório.

A cadeia alimentícia é responsável por grande parte da emissão de carbono, sendo a criação de gado encarregada de cerca de 14,5% das emissões de gases do efeito estufa. A indústria alimentícia como um todo representa 1/3 das emissões de carbono geradas no planeta, segundo o G1.

Além disso, cada etapa da cadeia alimentícia (desmatamento, transporte, armazenagem e gestão de resíduos) envolve um gasto de carbono. Para romper com tamanho malefício ao ecossistema, como proposto no Acordo de Paris sobre mudanças climáticas, cientistas trabalham com alternativas ao consumo humano que sejam mais sustentáveis – é onde entra a agricultura celular. 

A BBC conheceu dois casos de sucesso a partir da agricultura celular, o caso da start-up Perfect Day e da empresa A TurtleTree Labs de Singapura. Os bioengenheiros Gandhi e Ryan Pandya residem nos Estados Unidos e são responsáveis pela Perfect Day, onde trabalham com fungos geneticamente modificados para produzir certas proteínas do leite, como a proteína do soro. Segundo a agência, a dupla trabalha com genes decodificados para as proteínas do leite:

 

“Em vez de retirar DNA de uma vaca, eles inserem nos fungos genes já decodificados para as proteínas do leite. Os fungos então produzem as proteínas em um processo de fermentação. O produto resultante pode ser usado para criar um líquido com propriedades similares ao leite ou para fabricar sorvetes ou queijos cremosos, sem o uso de animais”, informa.


Iniciativa propõe uso de leite fabricado em laboratório (Foto: Reprodução/Pixabay). 


Já a TurtleTree Labs, de Singapura, é a primeira empresa do mundo a usar células-tronco de mamíferos para produzir leite em biorreatores. A produção de leite em laboratório diminui a necessidade de vacas no processo, o que reduz a extensa quantidade de gás metano sendo liberada na atmosfera. Fora isto, a TurtleTree garante que os custos do transporte também serão atenuados devido a possibilidade de os biorreatores serem instalados perto dos locais de venda do leite.

Outro produto no qual os cientistas imprimem esforços é a carne, sendo Mark Post o pioneiro na criação de hamburguer em laboratório, no ano de 2013. O alimento criado por ele era composto de pequenos feixes de fibras musculares produzidas com o cultivo de células retiradas de uma vaca. Para o entusiasta, a criação teve um bom começo e sua companhia Mosa Meat tem capacidade de criar 80 mil hambúrgueres atualmente.


Carne também está na lista de alimentos que podem ser produzidos em laboratório (Foto: Reprodução/Pixabay). 


As principais dificuldades para implementar essa nova maneira de fazer alimentos são os custos de produção, que só baixam ao alcançar uma larga escala, e o desperdício da população. Conforme dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), pelo menos 61% dos desperdícios ocorreram nas residências.

O diretor do programa de ambiente e sociedade da organização britânica Chatham House, Tim Benton, afirmou que se diminuirmos a demanda por alimentos, será possível reduzir a agricultura intensiva, fazendo com que a biodiversidade não seja destruída por produtos químicos e demais agentes tóxicos ao ecossistema. 

 

Foto Destaque: Leite puro. Foto: Reprodução/Pixabay. 

Ômicron oferece menor risco de hospitalização, diz estudo

Em parceria com a unidade de bioestatística MRC da Universidade de Cambridge, a Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido realizou um estudo, nas últimas semanas, que comprovou o menor risco de hospitalização da variante Ômicron, se comparada à variante Delta.

A variante Ômicron, descoberta na África do Sul, oferece 1/3 do risco de hospitalização, em relação à variante Delta. O estudo realizado no Reino Unido contou com análises de 528.176 casos de Ômicron e 573.012 casos de Delta.

De acordo com a Agência Brasil, no primeiro dia do ano, a Inglaterra registrou 162.572 casos de covid-19, um novo recorde. Tendo em vista o aumento de casos, sobretudo da variante Ômicron, o Reino Unido realizou o estudo para entender como o vírus está afetando a população local.


Ingleses vivenciam momento tenso com a elevação de casos da variante Ômicron. Foto: Reprodução/Pixabay.


Em dezembro, o assessor médico do governo do Reino Unido, Chris Whitty, demonstrou preocupação com a velocidade em que a Ômicron está se espalhando e afirmou que, em consequência, o sistema de saúde britânico pode ficar pressionado.

No entanto, a nova variante parece ser menos grave do que a sua antecessora, Delta. Segundo a Agência, a vacinação é uma aliada importante no combate à Ômicron:

“Nesta análise, o risco de hospitalização é menor para os casos de Ômicron com infecção sintomática ou assintomática após 2 e 3 doses da vacina, com uma redução de 81%… no risco de hospitalização depois de 3 doses em comparação com os casos de Ômicron não vacinados”, informa. Além disso, a demanda por leitos com ventilação nos hospitais se manteve estável no último mês do ano.

Para Susan Hopkins, conselheira médica chefe da agência, embora a análise demonstre sinais positivos sobre a nova variante, a transmissibilidade da Ômicron ainda configura um problema relevante para o serviço de saúde da região:

“Ainda é muito cedo para tirar quaisquer conclusões definitivas sobre a gravidade da hospitalização, e o aumento da transmissibilidade da Ômicron e a elevação dos casos na população com mais de 60 anos na Inglaterra significa que continua sendo altamente provável que haja uma pressão significativa sobre o Serviço Nacional de Saúde nas próximas semanas”, pondera a conselheira.

Para evitar novas contaminações, a prefeitura de Londres cancelou a festa de Ano Novo. A queima de fogos foi acompanhada de um show de luzes em pontos turísticos que puderam ser vistos pela televisão.

Foto Destaque: Estetoscópio médico. Foto: Reprodução/Pixabay.