Em parceria com a unidade de bioestatística MRC da Universidade de Cambridge, a Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido realizou um estudo, nas últimas semanas, que comprovou o menor risco de hospitalização da variante Ômicron, se comparada à variante Delta.
A variante Ômicron, descoberta na África do Sul, oferece 1/3 do risco de hospitalização, em relação à variante Delta. O estudo realizado no Reino Unido contou com análises de 528.176 casos de Ômicron e 573.012 casos de Delta.
De acordo com a Agência Brasil, no primeiro dia do ano, a Inglaterra registrou 162.572 casos de covid-19, um novo recorde. Tendo em vista o aumento de casos, sobretudo da variante Ômicron, o Reino Unido realizou o estudo para entender como o vírus está afetando a população local.
Ingleses vivenciam momento tenso com a elevação de casos da variante Ômicron. Foto: Reprodução/Pixabay.
Em dezembro, o assessor médico do governo do Reino Unido, Chris Whitty, demonstrou preocupação com a velocidade em que a Ômicron está se espalhando e afirmou que, em consequência, o sistema de saúde britânico pode ficar pressionado.
No entanto, a nova variante parece ser menos grave do que a sua antecessora, Delta. Segundo a Agência, a vacinação é uma aliada importante no combate à Ômicron:
"Nesta análise, o risco de hospitalização é menor para os casos de Ômicron com infecção sintomática ou assintomática após 2 e 3 doses da vacina, com uma redução de 81%... no risco de hospitalização depois de 3 doses em comparação com os casos de Ômicron não vacinados", informa. Além disso, a demanda por leitos com ventilação nos hospitais se manteve estável no último mês do ano.
Para Susan Hopkins, conselheira médica chefe da agência, embora a análise demonstre sinais positivos sobre a nova variante, a transmissibilidade da Ômicron ainda configura um problema relevante para o serviço de saúde da região:
"Ainda é muito cedo para tirar quaisquer conclusões definitivas sobre a gravidade da hospitalização, e o aumento da transmissibilidade da Ômicron e a elevação dos casos na população com mais de 60 anos na Inglaterra significa que continua sendo altamente provável que haja uma pressão significativa sobre o Serviço Nacional de Saúde nas próximas semanas", pondera a conselheira.
Para evitar novas contaminações, a prefeitura de Londres cancelou a festa de Ano Novo. A queima de fogos foi acompanhada de um show de luzes em pontos turísticos que puderam ser vistos pela televisão.
Foto Destaque: Estetoscópio médico. Foto: Reprodução/Pixabay.