Saúde

No Brasil, média móvel de casos da Covid-19 aumenta 111% em duas semanas

Cresce média móvel de casos de Covid-19 no Brasil e variante Ômicron pode estar relacionada ao aumento. Na contramão, média móvel de mortes por Covid-19 no país cai 12%

02 Jan 2022 - 19h56 | Atualizado em 02 Jan 2022 - 19h56
No Brasil, média móvel de casos da Covid-19 aumenta 111% em duas semanas  Lorena Bueri

Dados do consórcio de veículos de imprensa informam que a média móvel de casos notificados de covid-19 subiu 111% no Brasil nas últimas duas semanas. O índice foi de aproximadamente 3,5 mil para 7,4 mil, atingindo um patamar similar ao do início do mês.

Possíveis motivos que justificam a variação seriam a instabilidade dos sistemas do Ministério da Saúde, impossibilitando o lançamento de novos dados; e, sobretudo, a disseminação da nova variante Ômicron no país – mais contagiosa do que a Delta. Alguns estados vivenciam um aumento das hospitalizações por Covid e, junto a isso, cresce a porcentagem de testes positivos, o que indica que a alteração na média de casos não é um acontecimento isolado.

A média móvel de mortes por covid-19 no Brasil apresentou 12% de queda no mesmo período. No entanto, Marcio Bittencourt, epidemiologista do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica do Hospital Universitário da USP, chama atenção para a possibilidade de a variante Ômicron ter se tornado a responsável pela maior parcela de infecções no Brasil. Conforme relata, o país está em período de aumento das demandas: “Está aumentando (a demanda por) testes, positividade, sintomas, suspeita, internação”, ressalta o epidemiologista.

 


Vacina é uma poderosa aliada na luta contra a Covid-19. (Foto: Reprodução/Pixabay).


Segundo Isaac Schrarstzhaupt, coordenador da Rede Análise Covid-19, o ideal é priorizar as ações de proteção como o uso da máscara, a vacinação e o distanciamento. Frente a um cenário epidemiológico de quadros gripais causados por diversos vírus da Influenza, sobretudo o H3N2 (a cepa Darwin), o especialista percebe a importância de continuar adotando medidas não farmacológicas. “Vemos um aumento de sintomas que se confundem e não temos monitoramento epidemiológico para distinguir”, explica ao jornal Estadão.

Além disso, Bittencourt alerta que “Ainda não deu tempo de ver os efeitos em mortes” por causa do aumento recente de infecções. Até este momento, o cenário é muito incerto e novo - com a emergência de novas variantes - para abandonar as medidas de proteção.

Foto Destaque: Vírus da Covid-19. Reprodução/Pixabay. 

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