Sobre Stefani Quaresma

Redatora em Celebridades e News.

Entenda como a Fifa pode punir o Corinthians por dívidas não quitadas

O Corinthians enfrenta uma situação delicada no cenário internacional. O clube foi condenado pela Fifa a pagar R$ 6,2 milhões ao Midtjylland, da Dinamarca, por atraso no pagamento da contratação do volante Charles, que chegou em 2024. Esse é apenas um dos processos que pesam contra o Timão, que já soma seis condenações no órgão máximo do futebol mundial.

Atualmente, o Corinthians cumpre um transfer ban imposto em agosto, referente a uma dívida de cerca de R$ 40 milhões com o Santos Laguna, do México, pela contratação do zagueiro Félix Torres. Além disso, no final de setembro, o CAS (Corte Arbitral do Esporte) condenou o clube a pagar R$ 45 milhões ao meia Matías Rojas, por atraso no pagamento de direitos de imagem.

Ao todo, os valores em disputa ultrapassam R$ 120 milhões em diferentes ações, envolvendo ainda Talleres (Rodrigo Garro), Shakhtar Donetsk (Maycon) e Philadelphia Union (José Martínez). A soma desses débitos agrava ainda mais a dívida total do clube, estimada em R$ 2,6 bilhões.

Transfer ban: como funciona e quais os riscos

O transfer ban é a principal punição aplicada pela Fifa em casos de inadimplência. Ele impede que clubes registrem novos jogadores até que a dívida seja integralmente paga ou que seja firmado um acordo homologado com o credor. Segundo o advogado Nilo Effori, especialista em direito esportivo, a sanção pode se prolongar indefinidamente caso os valores não sejam quitados.

De acordo com o Código Disciplinar da Fifa 2025, após o vencimento do prazo de pagamento, o clube inadimplente sofre automaticamente a restrição de transferências. O bloqueio permanece ativo até que a dívida seja resolvida. Caso ocorram reincidências ou a soma de várias sanções, o órgão internacional pode estender o período da punição por múltiplas janelas de transferências.

No caso do Corinthians, o clube já foi punido em duas janelas de registro e segue sob risco de novas ampliações. Isso significa que, se não houver um acordo ou pagamento em curto prazo, o Timão pode ficar sem reforços por até três anos consecutivos, o que comprometeria diretamente seu planejamento esportivo.

Possibilidade de perda de pontos e rebaixamento

Além do transfer ban, existe a possibilidade de sanções esportivas mais severas. A Fifa prevê, em casos de inadimplência persistente, a dedução de pontos ou até mesmo o rebaixamento para uma divisão inferior. Embora essas medidas não sejam aplicadas de forma automática, o Corinthians corre o risco de ser punido caso não regularize seus débitos.

Segundo Effori, o Artigo 21 do Código Disciplinar da Fifa estabelece que, após três períodos consecutivos de proibição de registro sem que a dívida seja paga, o clube pode ser punido com perda de pontos. Em casos extremos, o rebaixamento também é possível. Além disso, a Fifa pode aplicar juros anuais de 18% sobre os valores devidos, o que aumenta ainda mais a dívida principal.


Corinthians publica treinos para os próximos jogos (Vídeo: Reprodução/Instagram/@corinthians)

Para evitar esse cenário, a diretoria alvinegra busca soluções financeiras, como a antecipação de receitas de contratos de patrocínio e acordos comerciais. A estratégia é quitar ou renegociar as dívidas para impedir que o clube seja alvo de medidas que possam impactar diretamente seu desempenho em campo.

Como o Corinthians pode resolver a crise

De acordo com especialistas, não há atalhos jurídicos que possam suspender as punições da Fifa. A única solução para o Corinthians é quitar as dívidas ou negociar acordos que sejam homologados pela entidade. Enquanto isso não ocorre, o clube segue impedido de contratar e sob risco de novas penalidades.

O advogado Nilo Effori destaca que a questão é essencialmente de gestão financeira. “O Código é claro: ou se paga, ou se negocia. Não há outra saída. Caso contrário, o transfer ban continua, e as sanções podem se agravar para perda de pontos ou até rebaixamento”, explica.

Diante desse cenário, a diretoria tenta equilibrar o caixa em meio a uma dívida total bilionária. A pressão da torcida aumenta a cada nova punição, e a incerteza sobre o futuro esportivo do clube coloca ainda mais responsabilidade sobre os dirigentes. O desafio do Corinthians vai além do campo: passa por uma reestruturação financeira urgente para evitar prejuízos irreversíveis.

Palmeiras retoma treinos e foca no clássico decisivo contra o São Paulo

O Palmeiras se reapresentou na manhã desta quinta-feira (2), na Academia de Futebol, após vencer o Vasco por 3 a 0 no Allianz Parque. A equipe, comandada por Abel Ferreira, iniciou a preparação para o Choque-Rei contra o São Paulo, válido pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida está marcada para domingo (5), às 16h, no Morumbis.

Como de praxe, os atletas que atuaram por mais de 45 minutos no jogo contra os cariocas participaram de atividades regenerativas. O trabalho incluiu sessões de musculação, recovery e neurociência. Já os demais jogadores foram a campo para um treino técnico, com foco no último terço ofensivo e jogos reduzidos de quatro contra quatro.

A vitória sobre o Vasco manteve o Verdão firme na briga pela liderança. Com 52 pontos conquistados, a equipe superou o Cruzeiro, que soma 50, e se aproximou do Flamengo, líder da competição. Ainda nesta rodada, os cariocas enfrentam os mineiros em confronto direto, resultado que pode alterar novamente a tabela.

Flaco López vive grande fase no ataque

O destaque da vitória sobre o Vasco foi o atacante Flaco López, autor de dois gols e uma assistência. Com 21 gols marcados na temporada, ele assumiu a artilharia do time e vive seu melhor momento desde a chegada ao clube. O argentino, no entanto, dividiu os méritos com os companheiros de equipe.

É muito especial para mim. Cada ano, busco melhorar as estatísticas e ajudar o time. Estou feliz e motivado, mas tudo isso é fruto do trabalho coletivo. Espero contribuir ainda mais nesta reta final”, afirmou o camisa 42.


Palmeiras compartilha a tabela de jogos no mês de outubro (Foto: Reprodução/Instagram/@palmeiras)

Além da importância ofensiva, Flaco destacou a necessidade de manter a concentração para os próximos compromissos. “Temos jogos decisivos pela frente. É fundamental encarar cada partida com a mesma vontade de vencer para ficarmos mais próximos do nosso objetivo”, completou.

Choque-Rei promete emoção no Morumbis

O clássico contra o São Paulo traz um componente especial para o torcedor. O Palmeiras está invicto há oito jogos diante do rival, com quatro vitórias e quatro empates desde a última derrota, em julho de 2023, pela Copa do Brasil. Essa sequência positiva aumenta a confiança do elenco para o confronto.

“É um jogo espetacular, do tipo que todo jogador sonha disputar desde criança. Chegamos motivados e vamos seguir o que o professor pedir, sempre com vontade de ganhar e de gerar desconforto no adversário”, declarou Flaco.

Além do peso da rivalidade, o Choque-Rei pode ter impacto direto na luta pelo título. Com a disputa acirrada na parte de cima da tabela, qualquer deslize pode custar posições. A expectativa é de casa cheia no Morumbis e de um duelo equilibrado entre duas das principais forças do futebol paulista.

Governo avalia realizar conversa entre Lula e Trump por videoconferência

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta semana ter sentido uma “ótima química” com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A declaração foi feita após um rápido cumprimento entre os dois na sede da ONU, em Nova York. Segundo o próprio Trump, a conversa durou menos de um minuto, mas foi suficiente para que ambos indicassem a possibilidade de um encontro mais estruturado já na próxima semana.

No entanto, a avaliação do governo brasileiro é de que a reunião não deve ocorrer presencialmente. Fontes da diplomacia em Brasília apontam que a tendência é que a conversa seja conduzida por telefone ou videoconferência, como forma de evitar constrangimentos e de acelerar as negociações. Essa seria a primeira conversa direta entre os dois presidentes desde que Trump reassumiu a Casa Branca.

Entre os principais temas em pauta está o tarifaço de 50% imposto pelo governo americano sobre produtos brasileiros. Além disso, Trump sancionou recentemente autoridades do Executivo e do Judiciário do Brasil, medida que gerou forte repercussão em Brasília e acentuou as tensões diplomáticas entre os países.

Diplomacia brasileira adota postura cautelosa

No Itamaraty, a orientação é de prudência. A cúpula diplomática entende que o momento exige uma preparação cuidadosa para evitar que a reunião resulte em desgaste político. A lembrança de episódios recentes envolvendo outros líderes mundiais, como Volodymyr Zelenski e Cyril Ramaphosa, que foram alvo de constrangimentos públicos por parte de Trump, serve como alerta.

Para os diplomatas brasileiros, a estratégia é criar um ambiente seguro para que Lula não seja colocado em situações desconfortáveis. Nesse sentido, a opção por uma reunião virtual ganha força, já que reduz a exposição pública e facilita o controle sobre os termos do diálogo. O objetivo é assegurar que as pautas centrais — tarifas e sanções — sejam tratadas de maneira clara e objetiva.

Por parte dos Estados Unidos, a porta-voz Amanda Robertson declarou que a iniciativa de organizar a reunião partiu do breve contato entre os presidentes. Segundo ela, caberá às equipes diplomáticas definir os detalhes. Robertson ainda destacou que Washington vê a relação comercial com o Brasil como um tema urgente e que a renegociação de tarifas estará no centro da conversa.

Lula reforça defesa da democracia e da soberania

Em discurso na Assembleia-Geral da ONU, Lula respondeu indiretamente às ações de Trump, afirmando que a democracia e a soberania brasileira são “inegociáveis”. O presidente também classificou como “inaceitável” qualquer tentativa de enfraquecer o Judiciário e descartou a possibilidade de anistia para ataques contra as instituições democráticas.


Confira discurso completo de Lula na Assembleia Geral da ONU (Vídeo: Reprodução/YouTube/G1)

A fala de Lula foi interpretada como um recado direto ao governo americano, que mantém uma postura crítica às recentes decisões judiciais no Brasil, especialmente a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado. Trump, aliado de Bolsonaro, já havia demonstrado insatisfação com a condução do processo.

A viagem de Lula a Nova York, a primeira desde o início da crise tarifária, também teve impacto nos mercados. O dólar recuou para R$ 5,27 após o sinal de aproximação entre os dois países, e a Bolsa de Valores de São Paulo atingiu 146 mil pontos pela primeira vez. O movimento reflete a expectativa de que, mesmo em meio a divergências políticas, Brasil e Estados Unidos busquem um canal de diálogo para evitar maiores danos econômicos.

Ministério da Saúde recomenda mamografia para mulheres partir dos 40 anos

O Ministério da Saúde anunciou mudanças importantes nas diretrizes de prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. Agora, mulheres de 40 a 49 anos terão acesso garantido à mamografia, ainda que sem a obrigatoriedade do rastreamento bienal. Até então, a recomendação oficial restringia o exame de rotina apenas para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos, independentemente de sinais ou sintomas.

Segundo José Barreto, diretor do Departamento de Atenção ao Câncer, a decisão atende a um pedido antigo de especialistas e pacientes. Ele destacou que as regras anteriores dificultavam a detecção em mulheres mais jovens, que vêm apresentando aumento na incidência de casos. A partir desta mudança, o governo espera ampliar a prevenção e fortalecer a rede de cuidados oncológicos.


Veja quais são os sintomas do câncer de mama (Vídeo: Reprodução/Instagram/@bbcbrasil)

Além disso, a nova diretriz expande a faixa de rastreamento populacional até os 74 anos. Acima dessa idade, a indicação será individualizada, levando em conta o histórico clínico e a expectativa de vida da paciente.

Estrutura e investimentos em diagnóstico

A pasta também reforçou que a ampliação do acesso vem acompanhada de investimentos em infraestrutura. Em outubro, 27 unidades móveis percorrerão 22 estados para oferecer consultas, mamografias e biópsias, como parte do programa de carretas da saúde. Essa iniciativa tem como meta reduzir desigualdades regionais e facilitar o acesso ao exame em áreas mais remotas.

De acordo com o secretário de Atenção Especializada, Mozart Sales, o Brasil ainda enfrenta um desafio: quase 40% dos diagnósticos de câncer de mama são feitos em estágios avançados. Isso aumenta os riscos, encarece o tratamento e reduz as chances de cura. Para enfrentar esse cenário, o governo também lançará um manual de diagnóstico precoce voltado para médicos da atenção primária.

Outra frente será o incentivo à pesquisa. Em parceria com o CNPq, o Ministério destinará R$ 100 milhões para estudos sobre câncer de mama, colo do útero e colorretal. A expectativa é gerar conhecimento científico que contribua para novas formas de prevenção e tratamento.

Novos tratamentos pelo SUS

As mudanças no rastreamento foram acompanhadas pela incorporação de terapias inovadoras no Sistema Único de Saúde (SUS). Pela primeira vez, o país contará com um Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) exclusivo para câncer de mama, que orientará médicos e pacientes sobre as melhores opções disponíveis.

Entre as novidades estão medicamentos como os inibidores de CDK 4/6, que bloqueiam proteínas relacionadas à multiplicação celular e oferecem maior controle sobre o avanço da doença. Também foi incluído o trastuzumab entansina, considerado uma terapia de precisão que combina anticorpos e quimioterapia para atingir diretamente as células tumorais.

Além disso, o protocolo prevê o uso ampliado da neoadjuvância, terapia feita antes da cirurgia, agora também para estágios iniciais da doença. A medida pode aumentar as chances de preservação da mama e reduzir a necessidade de intervenções mais agressivas. Com essas mudanças, o Ministério da Saúde busca alinhar o Brasil às práticas recomendadas internacionalmente e reduzir os diagnósticos tardios.

Trump critica ONU e defende ação concreta para encerrar guerras

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez duras críticas à Organização das Nações Unidas (ONU) durante seu discurso na Assembleia Geral nesta terça-feira (23). Segundo ele, a instituição possui “muito potencial“, mas ainda está longe de alcançar a relevância prática que deveria ter no cenário global. Para Trump, o excesso de discursos não se traduz em soluções concretas.

Durante sua fala, o presidente ressaltou que “palavras vazias não encerram guerras”, afirmando que apenas ações efetivas podem mudar a realidade dos conflitos armados. Essa declaração foi feita diante de líderes mundiais, em um tom de cobrança direta ao papel da ONU na mediação de crises internacionais.

Trump buscou reforçar sua visão pragmática de política externa, sugerindo que a comunidade internacional precisa de medidas mais assertivas e não de discursos diplomáticos que se acumulam sem resultados tangíveis.

Ações e conquistas no governo

O presidente norte-americano aproveitou a oportunidade para destacar resultados de sua administração. De acordo com Trump, os Estados Unidos conseguiram encerrar sete conflitos armados apenas nos primeiros sete meses de seu segundo mandato. Sem citar diretamente os países envolvidos, ele argumentou que sua gestão prova como uma liderança firme pode gerar resultados rápidos.

Essas declarações foram vistas como uma tentativa de consolidar sua imagem como um líder que privilegia a ação em detrimento da retórica. Ao mesmo tempo, Trump reforçou o papel dos Estados Unidos como protagonistas globais, capazes de influenciar diretamente a estabilidade internacional.

No entanto, críticos apontam que o presidente omitiu detalhes sobre as negociações ou condições que levaram ao fim dos confrontos, levantando questionamentos sobre a veracidade ou durabilidade de tais conquistas diplomáticas.


Confira discurso completo de Donald Trump na Assembleia Geral da ONU (Vídeo: Reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Chamado à cooperação internacional

Apesar do tom crítico, Donald Trump também buscou abrir espaço para cooperação. Ele declarou estar disposto a “oferecer a mão da liderança e amizade dos Estados Unidos para qualquer ação nesta assembleia que esteja disposta a se juntar a nós para fazer um mundo mais seguro e mais próspero”.

O discurso combinou crítica e convite, uma estratégia que pode ser interpretada como pressão sobre os demais países para alinharem suas agendas às prioridades norte-americanas. Ao mesmo tempo, sinalizou abertura para parcerias em iniciativas que efetivamente promovam segurança global.

A fala repercute em um momento delicado, em que a ONU enfrenta questionamentos sobre sua capacidade de agir diante de crises internacionais prolongadas. Ao desafiar a instituição em seu próprio palco, Trump mais uma vez reforça sua postura de liderança assertiva e foco em resultados imediatos.

OMS reforça que vacinas não causam autismo

As falas recentes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reacenderam debates sobre a relação entre medicamentos, vacinas e autismo. Ao sugerir que o paracetamol poderia aumentar o risco de autismo em crianças quando usado durante a gestação, ele colocou em dúvida um dos analgésicos mais prescritos do mundo. Além disso, questionou a eficácia das vacinas e defendeu mudanças no calendário oficial de imunização infantil, contrariando décadas de pesquisas científicas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) respondeu de forma imediata, destacando que não há vínculo comprovado entre o uso de paracetamol na gravidez e o desenvolvimento de autismo. Embora alguns estudos observacionais tenham sugerido uma possível associação, especialistas reforçam que os dados são inconsistentes e insuficientes para estabelecer qualquer relação causal. Na prática, a recomendação médica segue sendo a mesma: paracetamol é considerado uma opção segura para grávidas, especialmente quando comparado a alternativas como aspirina e ibuprofeno, que oferecem riscos no final da gestação.

Ao colocar em dúvida tratamentos e vacinas, Trump expõe não apenas um debate científico, mas também um risco de saúde pública. O discurso de líderes políticos pode influenciar decisões individuais que comprometem a proteção coletiva. Esse tipo de posicionamento tem sido alvo de críticas por parte de organismos de saúde em todo o mundo, que reforçam a necessidade de informação confiável para orientar populações.


ONG especializada explica direitos garantidos para pessoas com austimo (Foto: Reprodução/Instagram/@equipeautismodivulgacoes)

OMS destaca importância das vacinas para saúde global

Em coletiva de imprensa, o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, foi categórico: “Vacinas salvam vidas. Vacinas não causam autismo.” A afirmação direta tem como objetivo reverter a confusão causada pelas declarações de Trump e reafirmar a segurança de um dos pilares da saúde pública mundial.

Adiar, alterar ou interromper calendários de vacinação sem respaldo científico aumenta significativamente o risco de surtos de doenças infecciosas. O problema não afeta apenas crianças, mas toda a comunidade, já que a imunização coletiva depende de altas taxas de adesão. A OMS alertou que desinformação nesse campo pode colocar em risco avanços conquistados em décadas de campanhas globais.

A ligação equivocada entre vacinas e autismo não é nova. Desde o fim dos anos 1990, quando um estudo fraudulento associou a vacina tríplice viral ao autismo, o movimento antivacina ganhou força. Apesar de a pesquisa ter sido desmentida e retirada de publicações científicas, o impacto segue até hoje, alimentando teorias da conspiração que prejudicam a confiança em campanhas de imunização.

Autismo exige mais pesquisa e menos desinformação

A OMS também ressaltou a importância de aprofundar estudos sobre o transtorno do espectro autista (TEA), que afeta cerca de 62 milhões de pessoas no mundo. Embora o número de diagnósticos tenha aumentado nas últimas décadas, especialistas apontam que a principal explicação está na evolução dos critérios clínicos e na maior conscientização da sociedade, não em uma “epidemia” provocada por medicamentos ou vacinas.

O discurso do governo norte-americano de investigar em tempo recorde as causas do autismo é visto com desconfiança pela comunidade científica. Para pesquisadores, promessas políticas simplificam um tema complexo, que envolve fatores genéticos, ambientais e sociais, e cujo entendimento completo ainda demanda anos de investigação séria.

Mais do que criar polêmicas, autoridades são chamadas a apoiar a ciência. Para especialistas, o foco deve ser o investimento em pesquisas, o fortalecimento de políticas de saúde pública e a disseminação de informações confiáveis. Somente assim será possível oferecer respostas consistentes às famílias e garantir que o debate sobre autismo avance sem ser distorcido por teorias sem evidência.

Santos busca reação em clássicos e encara o São Paulo na Vila Belmiro

O Santos chega ao clássico contra o São Paulo com um histórico que acende o sinal de alerta. Até aqui, o Peixe disputou cinco clássicos na temporada, somando apenas uma vitória. O triunfo aconteceu no Campeonato Paulista, quando a equipe bateu o Tricolor por 3 a 1 na Vila Belmiro, ainda sob o impacto da volta de Neymar ao clube.

Nos demais duelos, o time não conseguiu manter a regularidade. Foram derrotas para Palmeiras e Corinthians no estadual e novo revés diante do São Paulo no Brasileirão. A única exceção positiva foi justamente contra o Tricolor, mas o rendimento geral deixa o Alvinegro Praiano em situação delicada.

O retrospecto preocupa, especialmente porque o clube ainda terá mais três clássicos pela frente até o fim da temporada. A falta de bons resultados nessas partidas pesa não apenas na tabela, mas também no moral da equipe e no apoio da torcida.

Mudança no comando e reforços disponíveis

A temporada do Santos também foi marcada por instabilidade no comando técnico. Após a saída de Pedro Caixinha, César Sampaio assumiu interinamente e comandou o time no clássico do primeiro turno contra o São Paulo. Mais tarde, Cléber Xavier esteve à frente da equipe em 17 partidas. Agora, Juan Pablo Vojvoda tem a missão de iniciar sua trajetória em clássicos e buscar um novo rumo para o time.


Santos em treino para os próximos jogos (Fotos: reprodução/Instagram/@santosfc)

O duelo deste domingo marca a primeira oportunidade de Vojvoda colocar sua filosofia à prova em um jogo de grande rivalidade. A expectativa é de uma postura mais organizada e competitiva, algo que o torcedor espera há meses.

Além disso, o treinador contará com o retorno de Benjamín Rollheiser, que cumpriu suspensão e está à disposição. A presença do argentino pode ser determinante, já que ele vem sendo uma das principais peças ofensivas do Santos.

Expectativas para o clássico na Vila Belmiro

O confronto diante do São Paulo será o único clássico do Santos em casa neste mês de setembro. A Vila Belmiro, tradicional palco de grandes jogos, promete receber bom público, especialmente porque a torcida alvinegra enxerga no duelo a chance de mudança de rumo.

O Tricolor chega embalado por boas atuações recentes, mas a pressão do mando de campo pode jogar a favor do Santos. O clássico também ganha peso extra pelo momento do Brasileirão, já que cada ponto pode ser decisivo na luta por posições mais altas na tabela.

Se conquistar uma vitória, o Peixe não apenas melhora seu retrospecto em clássicos, como também fortalece a confiança do elenco e da torcida para a sequência da temporada. O desafio é grande, mas pode representar um divisor de águas para o time de Vojvoda.

Confira os jogos de hoje e saiba onde assistir ao vivo nesta quinta (18)

A quinta-feira (18) promete fortes emoções para os torcedores brasileiros com a sequência das quartas de final da Libertadores. O São Paulo entra em campo contra a LDU às 19h, em duelo que será transmitido exclusivamente no Paramount+. Logo mais, às 21h30, o Flamengo mede forças com o Estudiantes, jogo que terá cobertura da ESPN e Disney+. A expectativa é de estádio lotado e muita tensão, já que as duas equipes brigam por uma vaga na semifinal do torneio mais importante da América do Sul.

Os confrontos da Libertadores costumam ser marcados pela intensidade e pela rivalidade entre clubes tradicionais. Para o São Paulo, a missão no Equador não é fácil, mas o time confia em seu elenco para buscar vantagem fora de casa. Já o Flamengo aposta na força de jogadores como Arrascaeta e Emerson Royal, que têm se destacado na competição. O clube carioca encara o Estudiantes em busca de confirmar o favoritismo e manter vivo o sonho do tetra continental.

Além da emoção em campo, a jornada da Libertadores é acompanhada de perto pelos torcedores que lotam bares, praças e até mesmo transmissões comunitárias. A atmosfera da competição se mistura ao sentimento de orgulho e esperança, reforçando a tradição do futebol sul-americano como um espetáculo cultural além do esporte.

Champions League movimenta a tarde na Europa

Mais cedo, a Champions League será o grande destaque no cenário internacional. O dia começa às 13h45, com dois confrontos simultâneos: Copenhague contra Bayer Leverkusen, exibido na TNT e HBO Max, e Club Brugge enfrentando o Monaco, transmitido pelo Space e HBO Max. Esses jogos abrem a rodada que promete agitar a competição mais prestigiosa do mundo.

O grande jogo do dia será às 16h, quando o Newcastle recebe o Barcelona. A partida terá transmissão da TNT e HBO Max, e coloca frente a frente um dos clubes mais tradicionais da Europa contra uma equipe inglesa em ascensão. Também às 16h, Manchester City enfrenta o Napoli, em duelo exibido pelo HBO Max, enquanto Sporting recebe o Kairat e Eintracht Frankfurt joga contra o Galatasaray.

A Champions League é sempre um espetáculo à parte, não apenas pela qualidade técnica, mas também pela oportunidade de ver craques internacionais em ação. Para o Barcelona, comandado por jovens talentos, o confronto contra o Newcastle é crucial para manter a confiança e seguir em busca do título. Já os clubes ingleses, como City e Newcastle, contam com a força da Premier League para confirmar seu favoritismo.



Futebol feminino e campeonatos alternativos ganham espaço

Além das competições mais tradicionais, esta quinta-feira também reserva jogos importantes em torneios femininos e campeonatos menos conhecidos, mas que vêm ganhando visibilidade. Pela Copa do Brasil Feminina, Ferroviária enfrenta o Vitória às 16h, com transmissão da N Sports, enquanto Internacional encara o Fluminense às 18h, no Sportv. Os jogos marcam a fase de oitavas de final e reforçam o crescimento do futebol feminino no país.

No cenário internacional, a Copa dos Campeões da Concacaf Feminina também terá destaque, com o América enfrentando o Pachuca às 22h, jogo disponível na Disney+. Outro atrativo é o Campeonato Saudita, que terá partidas ao longo do dia, como Al Taawoun x Al Ettifaq às 12h40, e Neom x Al Okhdood às 15h, ambos transmitidos no Canal GOAT.

A diversidade de torneios mostra como o calendário do futebol se tornou cada vez mais globalizado. Hoje, os torcedores podem acompanhar jogos desde a base, como na UEFA Youth League, até competições regionais de países da Ásia, África e América Central. Com transmissões acessíveis em plataformas digitais, a paixão pelo futebol rompe fronteiras e permite que novos públicos descubram diferentes estilos de jogo.

Ozempic e Mounjaro podem mudar percepção do sabor dos alimentos

Um novo estudo apresentado na Reunião Anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (EASD), em Viena, revelou que medicamentos como Ozempic, Wegovy e Mounjaro podem alterar a percepção do paladar. Segundo os pesquisadores, cerca de 20% dos pacientes que utilizam esses fármacos relataram sentir os alimentos mais doces ou mais salgados do que antes do tratamento.

A pesquisa envolveu 411 voluntários, dos quais 148 utilizavam Ozempic, 217 Wegovy e 46 Mounjaro. Apesar de o efeito não ter sido universal, a constatação chamou atenção pela consistência entre os relatos de diferentes grupos. Isso abre novas discussões sobre como a relação entre paladar, apetite e perda de peso pode ser mais complexa do que se imaginava.


Médico fala sobre os efeitos colaterais do Ozempic. (Vídeo: Reprodução/Instagram/@drmateusfreitasg)

Entre os participantes, 21,3% disseram sentir os alimentos mais doces e 22,6% mais salgados. Curiosamente, a percepção de amargor e acidez não apresentou alterações relevantes, reforçando que os efeitos parecem concentrar-se em sabores mais intensos, ligados diretamente à sensação de recompensa alimentar.

Impactos no apetite e na saciedade

Além da mudança no paladar, o estudo apontou uma conexão entre essa alteração e a redução do apetite. Mais da metade dos pacientes relataram sentir menos fome ao longo do dia, o que pode ser um fator-chave para o sucesso dos tratamentos no controle de peso.

Os dados mostraram que pessoas que perceberam o sabor mais doce ou salgado também tinham até duas vezes mais chances de relatar maior saciedade. Isso sugere que os medicamentos não apenas influenciam mecanismos fisiológicos ligados ao intestino e ao cérebro, mas também modulam como os sabores são percebidos.

De acordo com o professor Othmar Moser, da Universidade de Bayreuth, que liderou a pesquisa, compreender essa ligação pode ajudar médicos a oferecer orientações nutricionais mais precisas. A percepção de mudanças no paladar, por exemplo, pode servir como um indicador complementar de resposta ao tratamento.

O que os resultados significam na prática

Embora as descobertas sejam promissoras, os especialistas alertam para algumas limitações do estudo. Os dados foram autorrelatados e coletados por meio de questionários online, o que pode introduzir vieses. Além disso, ainda não há comprovação de causalidade direta entre o uso dos medicamentos e as alterações no paladar.

Mesmo assim, os resultados abrem espaço para novas linhas de investigação. Se confirmada, essa relação poderá ajudar médicos a ajustar doses e acompanhar a evolução do tratamento de forma mais personalizada. Também pode indicar que a percepção do sabor tem um papel mais relevante do que se pensava na regulação do apetite.

Na prática clínica, monitorar mudanças no paladar de pacientes em uso de Ozempic, Wegovy ou Mounjaro pode oferecer pistas valiosas sobre o progresso da terapia. Ainda que o paladar não seja o principal fator de perda de peso, sua influência sobre saciedade e desejos alimentares mostra que o impacto desses medicamentos vai além do controle da glicose e da fome.

Papa Leão pede diálogo político após ataque que matou Charlie Kirk

O papa Leão XIV expressou sua preocupação crescente com o avanço da violência política e da polarização ideológica em diferentes países. Durante uma reunião com o embaixador dos Estados Unidos no Vaticano, Brian Burch, o pontífice destacou a necessidade de reduzir a retórica agressiva e buscar mais diálogo. A fala ocorre dias após a morte do ativista conservador Charlie Kirk, baleado em um evento universitário em Utah.

Segundo a Santa Sé, o Papa ressaltou que “diferenças políticas não podem se transformar em justificativas para a violência.”. O encontro foi marcado por um tom de condolência e reflexão, reforçando a posição da Igreja sobre a importância de preservar a dignidade humana em meio às disputas públicas.

Ao lado do embaixador norte-americano, Leão XIV deixou claro que a escalada de discursos hostis contribui para ambientes sociais mais tensos, tornando provável a ocorrência de episódios trágicos. Para ele, somente um esforço coletivo poderá conter esse ciclo de radicalização.

Reações após a morte de Charlie Kirk

Charlie Kirk, fundador do movimento conservador Turning Point USA, morreu na última semana após ser baleado em um evento na Universidade de Utah Valley. O suspeito do crime declarou às autoridades que agiu motivado por discordar do ativista, a quem acusava de disseminar ódio. A confissão reacendeu o debate sobre os limites da liberdade de expressão e os riscos da intolerância.

O caso teve ampla repercussão internacional, especialmente nos Estados Unidos, onde Kirk era uma figura influente entre setores da direita. Diversos líderes políticos manifestaram repúdio ao assassinato e pediram por investigações rigorosas. Para analistas, o episódio é mais um sinal de como o clima de hostilidade política pode se transformar em tragédia.

A embaixada dos Estados Unidos na Santa Sé também se pronunciou nas redes sociais, reforçando as palavras do pontífice. Em mensagem publicada no X, destacou que “as diferenças políticas jamais poderão ser resolvidas com violência.”, ecoando a preocupação do Vaticano.


Erika Kirk fala a primeira vez após o falecimento do marido (Vídeo: reprodução/Instagram/@metropoles)

Vaticano reforça apelo por diálogo

O encontro entre o papa e o embaixador Brian Burch aconteceu no último sábado (13), quando o diplomata apresentou suas credenciais oficialmente ao Vaticano. Desde então, as declarações de Leão XIV ganharam repercussão internacional, colocando o tema da violência política em destaque.

O pontífice afirmou estar rezando por Kirk, sua esposa e seus filhos, em um gesto de solidariedade que vai além da política e se concentra na dimensão humana da tragédia. A Igreja Católica, sob sua liderança, tem reforçado o chamado para que líderes de diferentes países promovam iniciativas de reconciliação e respeito mútuo.

Especialistas em diplomacia vaticana apontam que a fala de Papa Leão pode ser entendida como um alerta preventivo, sobretudo em um cenário mundial marcado por tensões eleitorais, campanhas polarizadas e discursos de ódio. O papa sinaliza que a paz social depende de escolhas políticas orientadas pelo diálogo, e não pela imposição ou pela violência.