Sobre Stefani Quaresma

Redatora em Celebridades e News.

Biden celebra cessar-fogo em Gaza e reforça esperança de paz duradoura

O presidente Joe Biden demonstrou, nesta segunda-feira (13), satisfação e alívio com a suspensão dos confrontos na Faixa de Gaza e a libertação dos últimos 20 reféns vivos mantidos pelo Hamas. Em comunicado oficial, o democrata afirmou estar “profundamente grato e aliviado” por testemunhar o reencontro das vítimas com suas famílias e a oportunidade de reconstrução para os civis palestinos afetados pelo conflito.

Biden ressaltou que o cessar-fogo simboliza não apenas o término de um conflito, mas também um avanço significativo rumo à estabilidade na região. O presidente lembrou que os meses de negociações envolveram esforços intensos da diplomacia americana e aliados internacionais para garantir a libertação de civis e a interrupção da violência.

O líder norte-americano também ressaltou o sofrimento humano vivido por ambos os lados, reconhecendo as perdas “imensuráveis” enfrentadas pela população de Gaza e a dor das famílias israelenses que aguardavam a volta dos reféns. “Hoje é um dia de esperança, mas também de reflexão sobre o preço da guerra”, declarou.

Elogio a Trump marca momento raro de unidade política

De maneira pouco comum na política dos EUA, Joe Biden enfatizou elogios ao ex-presidente  Donald Trump pelo papel desempenhado na mediação do acordo. “Elogio o presidente Trump e sua equipe por seu trabalho para levar o novo acordo de cessar-fogo até a linha de chegada”, afirmou Biden, reconhecendo a importância da colaboração entre administrações rivais.

A fala causou surpresa entre os analistas de Washington, que estão habituados a acompanhar os dois líderes em posições opostas no cenário público. Especialistas apontam que a postura de Biden reflete uma tentativa de demonstrar que a política externa dos Estados Unidos pode transcender divisões partidárias quando se trata de segurança global e estabilidade internacional.


Donald Trump assina acordo cessar-fogo na Faixa de Gaza (Vídeo: Reprodução/Instagram/@cnnpolitica)

Trump, por sua vez, também adotou um tom conciliador ao afirmar que “a reconstrução começa agora” e que o foco deve estar na paz duradoura. Segundo fontes diplomáticas, a cooperação entre as equipes dos dois ex-presidentes foi fundamental para destravar as últimas etapas do processo de negociação com mediadores do Egito e do Catar.

Perspectivas para o futuro do Oriente Médio

Com o cessar-fogo firmado, líderes mundiais começam a discutir os próximos passos para garantir que a trégua se mantenha e que os esforços de reconstrução avancem sem novos impasses. Biden declarou que o Oriente Médio “está em um caminho para a paz que espero que perdure” e destacou o papel dos Estados Unidos no apoio à recuperação de Gaza.

A comunidade internacional, incluindo a ONU e a União Europeia, já anunciou planos de assistência humanitária e programas de reconstrução. Especialistas alertam, porém, que o sucesso da trégua dependerá do cumprimento dos compromissos assumidos por todas as partes envolvidas e da manutenção do diálogo diplomático.

Apesar do otimismo cauteloso, o desafio de transformar o cessar-fogo em uma paz duradoura ainda é imenso. Biden concluiu seu discurso destacando que a estabilidade somente poderá ser alcançada por meio de “ações equilibradas de paz, dignidade e segurança” para israelenses e palestinos — um compromisso que ecoa como promessa e desafio para a comunidade internacional.

STF julga núcleo da minuta do golpe e define novas etapas do processo

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para os dias 9, 10, 16 e 17 de dezembro o julgamento dos seis réus da Ação Penal 2693, processo que trata da tentativa de golpe de Estado investigada no inquérito das milícias digitais. A ação envolve integrantes do chamado “núcleo 2”, apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como responsável pela elaboração da “minuta do golpe” e pela coordenação de ações que visavam interferir no resultado das eleições de 2022.

De acordo com o STF, as sessões ocorrerão em quatro datas, com dois turnos nos dias 9 e 16 de dezembro — das 9h às 12h e das 14h às 19h — e turnos únicos nos dias 10 e 17, apenas pela manhã. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, solicitou a inclusão do julgamento na pauta da Primeira Turma, sob a condução do ministro Flávio Dino, presidente do colegiado.

Entre os acusados estão o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, o delegado da Polícia Federal Fernando de Sousa Oliveira e o general da reserva Mário Fernandes. A PGR aponta que o grupo teria atuado para “neutralizar” autoridades públicas e mobilizar ações da PRF para dificultar o voto de eleitores da Região Nordeste.

PGR aponta planejamento e tentativa de interferência eleitoral

A Procuradoria-Geral da República detalhou que o “núcleo 2” foi essencial na tentativa de viabilizar o golpe de Estado. Segundo a denúncia, os réus articularam medidas para anular o resultado das eleições e elaborar um documento com instruções para a decretação do Estado de Defesa — a chamada “minuta do golpe”. O texto previa a intervenção militar e o afastamento de ministros do Supremo, em uma tentativa de manter o então presidente Jair Bolsonaro no poder.


 Especialista explica o que é e a importância da minuta do golpe (Vídeo: Reprodução/Instagram/@portalg1)

Além da elaboração do documento, os acusados teriam planejado ações de monitoramento contra autoridades públicas e estratégias de desinformação. Há também indícios de que o grupo tenha participado de operações que restringiram a mobilidade de eleitores, especialmente no Nordeste, no segundo turno das eleições de 2022.

A PGR reforça que a atuação foi coordenada, com divisão de tarefas e uso de estruturas estatais para fins políticos e eleitorais. Os crimes imputados incluem tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Supremo avança no julgamento e sinaliza rigor institucional

Com a conclusão da fase de instrução processual e o envio das alegações finais, o STF avança em mais uma etapa das investigações relacionadas à tentativa de golpe de 2022. O julgamento do “núcleo 2” ocorre após a condenação de dezenas de réus vinculados à invasão das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023. A expectativa é de que este novo julgamento aprofunde a responsabilização de agentes que ocuparam cargos estratégicos no governo anterior.

O ministro Alexandre de Moraes tem defendido que o Supremo atue com rigor para preservar o Estado Democrático de Direito e punir qualquer tentativa de ruptura institucional. O ministro Flávio Dino, que presidirá as sessões, destacou a importância de garantir a transparência e o devido processo legal durante o julgamento.

A decisão de agendar o julgamento para dezembro sinaliza a intenção do STF de encerrar as principais ações penais ligadas à trama golpista ainda em 2025. A conclusão desses casos é considerada essencial para consolidar a resposta institucional às tentativas de subversão da ordem democrática.

Ancelotti aposta em ataque e define Brasil ofensivo contra a Coreia do Sul

Na véspera do amistoso contra a Coreia do Sul, Carlo Ancelotti finalmente pôde comandar o primeiro treino com todos os 26 convocados à disposição. A atividade aconteceu na tarde desta quinta-feira (9), em Seul, início da manhã no Brasil, e serviu para ajustar os últimos detalhes da equipe. O técnico italiano sinalizou que pretende repetir a base do time que venceu o Chile por 3 a 0 no Maracanã, no mês passado.

O destaque ficou por conta da formação ofensiva que Ancelotti testou. O treinador manteve o goleiro Bento como titular e apostou em uma linha de frente veloz, com três atacantes e um meia de características ofensivas. A provável escalação tem Bento; Vitinho, Éder Militão, Gabriel Magalhães e Douglas Santos; Casemiro, Bruno Guimarães e Lucas Paquetá (ou Rodrygo); Estêvão, Matheus Cunha e Vini Jr.

O treino foi realizado com portões fechados, como de costume, e Ancelotti não confirmou oficialmente o time que começa jogando. No entanto, as movimentações da semana deixaram clara a intenção de montar uma equipe mais agressiva, especialmente pelas pontas, onde Vini Jr. e Estêvão prometem explorar a velocidade e a transição rápida.

Treinador busca atitude e confiança antes do Japão

Durante a coletiva de imprensa, Ancelotti reforçou que o amistoso contra a Coreia do Sul é mais do que um simples teste: trata-se de uma oportunidade para o Brasil aprimorar a postura tática e emocional. Desde que assumiu a Seleção, no fim de maio, o italiano tem repetido um mantra que envolve “melhorar a atitude e o convencimento”.

O jogo de amanhã é uma oportunidade para melhorar a qualidade, a atitude e o convencimento que a equipe precisa ter para se preparar bem para a Copa do Mundo”, destacou o técnico. Para ele, o desempenho deve ser convincente, independentemente do adversário, e os amistosos servem para consolidar um estilo de jogo competitivo e equilibrado.


CBF compartilha cliques do último treino antes do jogo em Seul (Foto: Reprodução/Instagram/@brasil)

A partida em Seul será a primeira de duas contra seleções asiáticas, um pedido do próprio Ancelotti à CBF. O Brasil encara o Japão na próxima terça-feira (14), em Tóquio, em mais um compromisso de observação e ajustes táticos antes da reta final de preparação para o Mundial.

Torcida sul-coreana lota estádio e promete pressão

Os mais de 60 mil ingressos colocados à venda para o duelo em Seul foram esgotados em poucas horas, o que mostra a expectativa local pelo confronto. A torcida coreana promete um ambiente intenso no Seul World Cup Stadium, o que deve servir de bom teste para a concentração e a maturidade da equipe brasileira.

Mesmo com o fator casa favorável aos coreanos, a Seleção chega embalada pela vitória sobre o Chile e pela confiança crescente de jovens talentos como Estêvão e Matheus Cunha. A combinação entre juventude e experiência tem agradado Ancelotti, que busca encontrar o equilíbrio ideal entre criatividade e solidez defensiva.

O amistoso contra a Coreia do Sul, portanto, representa mais do que um simples jogo de preparação: é um ensaio de identidade. Com um elenco recheado de estrelas e novas promessas, o Brasil tenta mostrar que pode aliar espetáculo e eficiência sob o comando do treinador italiano e chegar à Copa do Mundo com o “convencimento” de um time pronto para vencer.

Felipe Longo ganha chance e pode estrear pelo Corinthians em clássico

O Corinthians deve ter uma novidade importante no clássico contra o Santos, pela próxima rodada do Campeonato Brasileiro. Com Hugo Souza suspenso, o técnico Dorival Júnior deve escalar Felipe Longo como titular pela primeira vez no time principal. O jovem goleiro, de 20 anos, é uma das promessas formadas nas categorias de base do clube e tem sido observado de perto pela comissão técnica nas últimas semanas.

Felipe Longo já vinha treinando com o elenco profissional desde o início da temporada, após se destacar na campanha do título da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2024. Desde então, o jogador passou a alternar entre o grupo principal e o Sub-20, onde também foi peça importante na conquista do Brasileirão da categoria. Sua evolução técnica e maturidade chamaram a atenção da diretoria e do treinador, que decidiu dar-lhe uma oportunidade em um dos jogos mais esperados do ano.

A estreia, se confirmada, acontece justamente em um clássico de alta pressão, diante do Santos, na Vila Belmiro. Mesmo ciente do desafio, Felipe demonstra confiança. Internamente, é visto como um goleiro de excelente reflexo, boa leitura de jogo e personalidade marcante, características que o tornaram referência nas categorias de base do Timão.

Trajetória marcada por conquistas na base e Seleção Brasileira

Felipe Longo é cria do Parque São Jorge e faz parte de uma geração vitoriosa da base corintiana. Sua primeira convocação para os profissionais aconteceu em 2024, na partida contra o Água Santa, pelo Campeonato Paulista. Embora não tenha atuado naquela ocasião, o goleiro foi ganhando experiência e aprendizado junto aos atletas mais experientes do elenco.

Na base, coleciona conquistas expressivas: além da Copinha, levantou o troféu do Brasileirão Sub-20 e foi campeão sul-americano com a Seleção Brasileira Sub-20 no início de 2025. O bom desempenho com a camisa verde e amarela chamou atenção de olheiros europeus, mas o Corinthians optou por mantê-lo, planejando sua transição gradual para o elenco principal.


Corinthians publica bastidores da partida no Mirassol (Vídeo: Reprodução/Instagram/@corinthians)

Por conta desse planejamento, o clube inclusive vetou sua participação no Mundial Sub-20, realizado no Chile, a pedido de Dorival Júnior. O treinador considerou fundamental a permanência do jogador para reforçar o grupo durante o Brasileirão. A decisão reforçou a confiança do clube em seu potencial e consolidou sua posição como uma das principais apostas do Corinthians para o futuro.

Disputa por posição e chance de mostrar serviço

Com a ausência de Hugo Souza, Felipe Longo disputa espaço com Matheus Donelli e Kauê, outros dois goleiros formados no clube. Donelli, que chegou a ser titular no início do Brasileirão, perdeu espaço após a chegada de Hugo, e desde a 13ª rodada não foi mais relacionado. Kauê, por sua vez, segue em processo de amadurecimento na equipe Sub-23.

O cenário abre uma janela de oportunidade para Felipe Longo mostrar serviço e conquistar a confiança definitiva do técnico Dorival Júnior. Uma boa atuação no clássico pode representar um divisor de águas em sua carreira, projetando-o para futuras titularidades e consolidando seu nome no elenco profissional.

Para o Corinthians, apostar na base é uma tradição que vem rendendo bons frutos. O clube vê na estreia de Felipe Longo mais um capítulo de sua história de revelações que marcaram o futebol brasileiro. A torcida, por sua vez, aguarda ansiosa para ver o novo goleiro em ação, em um confronto que promete fortes emoções e pode marcar o início de uma nova fase no gol alvinegro.

Congresso aprova Belém como capital durante a COP30

O Congresso Nacional aprovou, nesta terça-feira (7), um projeto que transfere simbolicamente a capital do Brasil de Brasília (DF) para Belém (PA) durante a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). O evento ocorrerá entre os dias 11 e 21 de novembro de 2025, transformando a capital paraense no epicentro das decisões políticas e ambientais do país.

A proposta determina que, ao longo desse período, todos os atos e despachos presidenciais e ministeriais terão como referência Belém, e não Brasília. A medida tem caráter simbólico, mas representa um gesto político importante ao colocar a Amazônia no centro das discussões sobre clima e sustentabilidade global.

O projeto agora segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Se aprovado, será a primeira vez na história que o Brasil realiza uma transferência simbólica de capital voltada para reforçar o protagonismo da região amazônica em um evento internacional de grande escala.

Medida reforça protagonismo da Amazônia nas negociações climáticas

A deputada Duda Salabert (PDT-MG), autora da proposta, afirmou que a medida é uma forma de fortalecer a COP30 e reconhecer a importância estratégica da Amazônia na agenda ambiental internacional. Segundo ela, transferir a sede simbólica do poder político brasileiro para Belém durante a conferência é um gesto de respeito ao bioma que mais impacta o equilíbrio climático global.

O relator do projeto no Senado, Jader Barbalho (MDB-PA), destacou que a decisão permitirá ao Brasil reafirmar seu papel de liderança nas negociações sobre mudanças climáticas. Em seu parecer, ele ressaltou que o evento dará visibilidade aos avanços nacionais em energias renováveis, biocombustíveis e agricultura de baixo carbono, pilares da estratégia brasileira de desenvolvimento sustentável.


ONU Brasil reforça a importância da COP30 para o combate às mudanças climáticas (Foto: Reprodução/Instagram/@onubrasil)

Além de reforçar o compromisso ambiental, o gesto  também busca aproximar as decisões do governo federal das comunidades locais, valorizando os saberes amazônicos e a participação social no debate sobre o futuro do planeta.

Governo projeta COP da verdade e não do luxo, diz Lula

Durante a aprovação do projeto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou que a COP30 será “a COP da verdade, não do luxo”. Segundo ele, o Brasil pretende conduzir a conferência de forma inclusiva, mostrando ao mundo que é possível conciliar desenvolvimento econômico, preservação ambiental e justiça social.

A realização da COP30 em Belém deve atrair líderes mundiais, ambientalistas, pesquisadores e representantes de povos tradicionais, consolidando a cidade como um símbolo de resistência e sustentabilidade. O governo federal trabalha para garantir infraestrutura adequada, segurança e mobilidade urbana compatíveis com o porte do evento.

Ao colocar Belém no mapa das grandes decisões globais sobre o clima, o Brasil envia uma mensagem clara: o futuro da humanidade passa pela Amazônia. A transferência simbólica da capital é, portanto, mais do que um ato protocolar, é um gesto político e ambiental que marca uma nova fase na diplomacia verde brasileira.

Tarcísio se desculpa por piada e promete reforçar combate ao metanol

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), divulgou nesta terça-feira (7) um vídeo pedindo desculpas por uma fala feita durante coletiva sobre os casos de intoxicação por metanol no estado. Ao comentar a gravidade da situação, Tarcísio disse que “só se preocuparia no dia em que começassem a adulterar Coca-Cola”, declaração que gerou forte repercussão negativa.

No pronunciamento, o governador reconheceu o erro e afirmou que o comentário foi inadequado diante do contexto. “Errei. Fiz uma brincadeira para descontrair a coletiva, mas ela foi mal interpretada e, de fato, não cabia naquele momento”, afirmou. Ele ainda destacou que o governo tem adotado uma série de medidas para enfrentar a crise, como parcerias com o setor privado e ações de fiscalização.

Tarcísio também dirigiu um pedido de perdão às famílias das vítimas, aos comerciantes e à população em geral. “Nosso compromisso é com as pessoas, com a verdade e com a solução do problema. Não tenho compromisso com o erro. Peço perdão às famílias que sofrem, aos que perderam entes queridos e aos que estão vendo seus negócios prejudicados.

Casos de intoxicação preocupam autoridades em São Paulo

O Estado de São Paulo concentra o maior número de registros de intoxicação por metanol no país. De acordo com o boletim mais recente da Secretaria da Saúde, são 176 casos notificados, sendo 18 confirmados, 158 em investigação e 10 mortes, das quais três já foram oficialmente relacionadas ao consumo de bebidas adulteradas.

A Polícia Civil trabalha com duas principais linhas de investigação: o uso do metanol na higienização de garrafas reaproveitadas e a adulteração intencional de bebidas com a substância. Segundo as autoridades, o álcool industrial pode ter sido usado para aumentar o volume de produção de bebidas falsificadas, sem o conhecimento de que o produto estava contaminado.


Dr. Drauzio Varella explica os efeitos do mentanol do organismo. (Vídeo: Reprodução/Instagram/@sitedrauziovarella)

A Superintendência de Polícia Técnico-Científica confirmou a presença de metanol em bebidas de duas distribuidoras. O governo paulista pretende solicitar à Justiça a destruição de garrafas, rótulos e selos apreendidos nas operações, que já resultaram na coleta de mais de 7 mil unidades suspeitas

Governo reforça medidas e alerta sobre consumo seguro

Após a polêmica, Tarcísio reafirmou o compromisso do estado em intensificar o combate à falsificação de bebidas. Entre as medidas anunciadas estão a criação de um programa de qualidade para distribuidores e comerciantes, a suspensão de inscrições na Fazenda de empresas envolvidas em irregularidades e o aperfeiçoamento da logística reversa das garrafas.

As autoridades também reforçam o alerta à população sobre os riscos do metanol, substância altamente tóxica usada na indústria. Quando ingerido, o metanol pode causar cegueira, insuficiência renal e até morte, sendo impossível identificá-lo pelo sabor, cheiro ou cor da bebida.

Especialistas recomendam que consumidores desconfiem de preços muito baixos, comprem apenas de fornecedores confiáveis e verifiquem lacres e selos fiscais nas embalagens. Em caso de sintomas como tontura, dor de cabeça intensa, visão turva ou confusão mental, a orientação é buscar atendimento médico imediato e informar a origem da bebida consumida.

Zubeldía mantém Fluminense em alerta no Brasileirão

Luis Zubeldía assumiu o Fluminense com a missão de elevar o desempenho da equipe no Campeonato Brasileiro. Desde que chegou, o técnico argentino mostrou resultados promissores, especialmente considerando sua trajetória recente no São Paulo. Entre 2024 e 2025, Zubeldía comandou 40 partidas de Brasileirão pelo Tricolor Paulista, somando 16 vitórias, 11 empates e 13 derrotas. Esse histórico representa um aproveitamento de 49%, índice que serve como parâmetro para analisar o potencial do Fluminense nas rodadas restantes do campeonato.

Atualmente, o Fluminense já disputou 25 jogos e ainda tem 13 partidas pela frente. Mantendo o mesmo aproveitamento de 49%, o clube poderia conquistar cerca de 19 pontos adicionais até o fim da competição. Somados aos 38 pontos já obtidos, a projeção indica que o Tricolor fecharia a temporada com 57 pontos. Historicamente, essa pontuação colocaria o time entre a sexta e a oitava posição no Brasileirão, fora da zona de classificação direta para a Libertadores.

Embora seja apenas um exercício estatístico, essa projeção acende um sinal de alerta para a diretoria e torcida. Garantir a vaga direta na competição continental é prioridade, e o desempenho de Zubeldía será decisivo para definir se o Flu conseguirá alcançar esse objetivo. A temporada ainda reserva desafios importantes, e a gestão do treinador argentino pode fazer a diferença na reta final do campeonato.

Comparações com anos anteriores reforçam alerta

Se considerarmos os desempenhos das últimas temporadas, a projeção de Zubeldía coloca o Fluminense em uma situação semelhante à de anos anteriores. Em 2024, por exemplo, o clube terminaria em 7º lugar com 57 pontos, atrás do São Paulo, que somou 59. O campeão naquele ano foi o Botafogo, com 79 pontos, e o último time do G-4 fez 68 pontos.


Fluminense compartilha cliques dos treinos para próximo jogo em Mirassol (Foto: reprodução/Instagram/@fluminensefc)

Em 2023, a simulação repetiria a 7ª posição, com apenas um ponto a mais do que a pontuação real do Flu naquele ano (56). O Palmeiras conquistou o título, somando 70 pontos, enquanto o Flamengo terminou em quarto com 66. Já em 2022, o mesmo desempenho projetado de 57 pontos deixaria o Tricolor em 8º lugar, atrás de Atlético-MG e Athletico-PR (58 pontos cada), reforçando a dificuldade de garantir uma vaga direta na Libertadores com esse rendimento.

Esses números demonstram que, apesar do bom início de Zubeldía, o Fluminense precisa manter consistência nas próximas rodadas. O Brasileirão é competitivo, e pequenas diferenças de pontos podem determinar a classificação ou deixar o clube fora do G-6, grupo que normalmente garante acesso à competição continental.

Cenário atual e expectativa para o futuro

Atualmente, o Fluminense vive um momento positivo sob o comando de Zubeldía. O treinador está invicto nas três primeiras partidas à frente do time: venceu o Botafogo por 2 a 0, empatou em 2 a 2 com o Sport fora de casa e goleou o Atlético-MG por 3 a 0 no Maracanã. Essa última vitória marcou a primeira diferença de três gols desde maio, quando o Flu derrotou a Aparecidense por 4 a 1, na Copa do Brasil.

A diretoria mantém o foco no Campeonato Brasileiro como caminho mais seguro para a Libertadores, mesmo com a equipe ainda viva na Copa do Brasil. O confronto contra o Vasco na semifinal segue como desafio importante, mas o planejamento estratégico prioriza a competição de pontos corridos.

Apesar das projeções indicarem uma possível dificuldade para alcançar o G-6, o desempenho de Zubeldía gera otimismo. Com ajustes táticos e aproveitamento consistente, o Fluminense pode superar as expectativas e garantir a classificação direta para a Libertadores, cumprindo a meta estabelecida pela diretoria e mantendo a torcida engajada na reta final da temporada.

CBF apresenta áudios do VAR e tenta conter crise com o São Paulo

A polêmica envolvendo a arbitragem do clássico entre São Paulo e Palmeiras segue rendendo nos bastidores do futebol brasileiro. Na segunda-feira (6), o diretor-executivo do São Paulo, Rui Costa, participou de uma reunião com representantes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para discutir os lances controversos da partida. O encontro contou com a presença de Rodrigo Cintra e Péricles Bassols, membros da Comissão de Arbitragem, e teve como objetivo esclarecer decisões tomadas durante o jogo.

Entre os pontos levantados pelo clube estão cinco lances considerados problemáticos, dois deles em especial: um possível pênalti em Gonzalo Tapia, derrubado por Allan, e uma entrada dura de Andreas Pereira em Marcos Antonio, que não resultou em cartão vermelho. O árbitro Ramon Abatti Abel foi o centro das críticas, especialmente por não consultar o VAR em nenhum desses lances.

A ausência de revisão em campo aumentou a indignação do São Paulo, que solicitou a liberação pública dos áudios do VAR. No entanto, o pedido esbarrou nas normas da CBF, que só permite a divulgação quando há uma revisão protocolar — o que não aconteceu nesse caso.

CBF mantém protocolo e nega quebra de sigilo

Durante a reunião, os áudios do VAR foram apresentados apenas ao São Paulo, em um ambiente restrito. Segundo a CBF, não houve recomendação da equipe de vídeo para que o árbitro revisasse o lance do suposto pênalti. Em nota oficial, a entidade destacou que “não há possibilidade de quebra de protocolo” para divulgação pública das checagens silenciosas, que não envolvem revisão formal.

O presidente do São Paulo, Julio Casares, se manifestou pedindo que o protocolo fosse revisto em nome da transparência. “O São Paulo poderia ter jogado com um a mais. Precisamos desses áudios para entender o que acontece”, disse o dirigente, que reforçou seu apoio à nova gestão da arbitragem, mas cobrou coerência e diálogo.


São Paulo compartilha quais serão os próximos jogos (Foto: reprodução/Instagram/@saopaulofc)

A CBF, por sua vez, defendeu o atual modelo de transparência e ressaltou que os clubes têm acesso aos materiais técnicos mediante solicitação. Segundo a entidade, as análises são apresentadas nos Fóruns Permanentes das Séries A e B, realizados semanalmente, com participação dos clubes.

Entidade promete consultar a FIFA

Apesar de manter o protocolo atual, a CBF afirmou que consultará a FIFA sobre a possibilidade de divulgar registros de checagens silenciosas. A mudança, se aprovada, poderia tornar públicos os áudios de lances que não passam por revisão formal, ampliando a transparência em situações polêmicas.

A entidade também destacou que é a única federação nacional que publica integralmente todas as revisões protocolares de seus jogos. Ainda assim, a pressão por mais clareza nas decisões do VAR vem crescendo, impulsionada por clubes e torcedores que questionam a consistência dos critérios aplicados.

Enquanto isso, o São Paulo segue insatisfeito com o desfecho da partida e com a falta de punições visíveis aos envolvidos. O episódio reacende o debate sobre o uso da tecnologia no futebol brasileiro — criada para reduzir erros, mas que, cada vez mais, gera novos questionamentos sobre transparência e credibilidade.

Prêmio Nobel de Física 2025 revoluciona o entendimento da mecânica quântica

O Prêmio Nobel de Física de 2025 foi concedido aos cientistas John Clarke, Michel H. Devoret e John M. Martinis, que desvendaram detalhes fundamentais do “tunelamento quântico” — um fenômeno que permite que partículas atravessem barreiras aparentemente intransponíveis. A descoberta, anunciada pela Academia Real das Ciências da Suécia nesta terça-feira (7), reforça o elo entre a física teórica e suas aplicações tecnológicas mais avançadas.

O tunelamento quântico é um dos fenômenos mais intrigantes da mecânica quântica. Ele descreve o comportamento de partículas subatômicas que, em vez de refletirem uma barreira, simplesmente “passam por ela” — algo impossível segundo as leis da física clássica. Com o trabalho do trio, esse processo pôde ser observado e descrito com precisão inédita, abrindo portas para novas formas de manipular matéria e energia em escala nanométrica.

Essa compreensão não é apenas teórica. Ela impulsiona tecnologias de ponta, como sensores supercondutores, circuitos de ultra precisão e os processadores que compõem a base da computação quântica. O Nobel de 2025, portanto, simboliza o amadurecimento de um campo que redefine os limites do possível.

John Clarke: pioneiro da interferência quântica

John Clarke, nascido em Cambridge em 1942, é um dos grandes nomes da física experimental moderna. Professor emérito da Universidade da Califórnia em Berkeley, Clarke é reconhecido por suas contribuições ao desenvolvimento dos dispositivos SQUIDs (Superconducting Quantum Interference Devices). Esses instrumentos são capazes de detectar campos magnéticos extremamente fracos, sendo utilizados desde experimentos de física fundamental até exames de ressonância magnética de alta sensibilidade.


  Explicação do fenômeno (Foto: Reprodução/Instagram/@clubedeastronomiavega)

Em sua carreira, Clarke também se destacou pela busca de compreender os limites do ruído quântico — o ponto em que a incerteza fundamental da natureza começa a interferir nas medições humanas. Seu trabalho, além de ampliar o conhecimento sobre a estrutura da matéria, permitiu avanços em áreas como o estudo do cérebro e a busca por partículas exóticas, como o áxion, possível componente da matéria escura.

A abordagem de Clarke uniu teoria e experimentação em um equilíbrio raro. Ele mostrou que, para compreender o universo em sua menor escala, é preciso tanto engenhosidade técnica quanto coragem intelectual para enfrentar o imprevisível.

Devoret e Martinis: a ponte para a computação quântica

Michel H. Devoret, francês nascido em Paris em 1953, e John M. Martinis, norte-americano nascido em 1958, compartilharam uma trajetória voltada à aplicação dos princípios quânticos em sistemas eletrônicos reais. Professores em Yale e na Universidade da Califórnia, respectivamente, ambos são referências no estudo de circuitos supercondutores e na criação de “qubits” — as unidades de informação quântica.

Devoret cunhou o termo “quantrônica” para descrever sua área de pesquisa: o estudo de efeitos eletrônicos mesoscópicos em que correntes e tensões exibem comportamentos puramente quânticos. Essa linha de investigação foi essencial para o desenvolvimento dos circuitos que hoje viabilizam protótipos de computadores quânticos.

Martinis, por sua vez, foi um dos primeiros a construir processadores de qubits baseados em junções Josephson — o mesmo princípio do tunelamento quântico estudado pelo trio. Sua pesquisa levou à criação de sistemas de baixíssimo ruído e alta estabilidade, usados hoje por empresas e laboratórios que disputam a corrida pela supremacia quântica.

Inteligência artificial amplia denúncias de abuso infantil com deepfakes no Brasil

O avanço das tecnologias de inteligência artificial (IA) trouxe benefícios em diversas áreas, mas também abriu caminho para novas formas de crime. Um levantamento da SaferNet Brasil, divulgado em outubro de 2025, revela que o país registrou quase 50 mil denúncias de abuso e exploração sexual infantil envolvendo deepfakes e imagens geradas por IA apenas nos primeiros sete meses do ano. O número representa 64% das 76.997 denúncias de crimes digitais recebidas entre janeiro e julho.

O aumento das notificações coincidiu com a repercussão do vídeo “Adultização”, publicado em agosto pelo influenciador digital Felca, que abordava a exposição sexual de menores nas redes. Após o conteúdo viralizar, com mais de 46 milhões de visualizações, a SaferNet recebeu 6.278 novas denúncias, metade delas apenas nas semanas seguintes à publicação.


Felipe Bressanim pública vídeo em rede social alertando sobre os perigos da adultização (Vídeo: reprodução/Instagram/@felca0)

A organização, que atua na defesa dos direitos humanos na internet, identificou ocorrências em dez estados brasileiros, com destaque para São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná. Casos envolvendo estudantes e escolas chamaram a atenção: quatro registros em instituições paulistas indicam que o problema também afeta adolescentes e ambientes educacionais

Deepfakes e a nova fronteira do crime digital

A pesquisa aponta uma tendência alarmante: o uso crescente de IA generativa para produzir e disseminar imagens e vídeos sexualizados de crianças e adolescentes. Com apenas alguns cliques, qualquer pessoa pode criar deepfakes, fotos manipuladas ou animações que imitam vozes e rostos reais, utilizando aplicativos amplamente disponíveis na internet.

Esses materiais, segundo a SaferNet, circulam em redes sociais, aplicativos de mensagens e sites de conteúdo adulto, frequentemente sem qualquer tipo de moderação. O resultado é devastador para as vítimas, que enfrentam assédio, bullying e traumas psicológicos prolongados, já que as imagens dificilmente são removidas de forma definitiva.

Outro fator agravante é a omissão das plataformas de pornografia, que frequentemente hospedam esse tipo de conteúdo sem filtros adequados. A ausência de ferramentas eficazes de verificação e denúncia cria um ambiente propício para o compartilhamento de material ilegal, incluindo imagens criadas artificialmente com o rosto de menores de idade.

Desafios legais e necessidade de ação imediata

A SaferNet já vinha alertando sobre o avanço dessa prática desde 2024, quando identificou um grupo com mais de 46 mil membros vendendo deepfakes de celebridades brasileiras por valores que variavam de R$ 19,90 a R$ 25. A nova pesquisa aponta 95 denúncias envolvendo diretamente o termo “inteligência artificial”, sendo 12 referentes a um único site que hospedava material de abuso infantil. A ONG reforça que os números representam apenas “a ponta do iceberg”, indicando subnotificação e falta de rastreamento das vítimas.

Para Juliana Cunha, diretora da SaferNet e responsável pelo estudo, o fenômeno está evoluindo rapidamente e exige uma resposta coordenada: “Empresas de tecnologia precisam desenvolver mecanismos de prevenção; o poder público deve regulamentar e fiscalizar; e a sociedade civil tem papel fundamental na conscientização e na denúncia”, afirmou.

A criação e divulgação de imagens manipuladas com conteúdo sexual envolvendo menores é crime previsto no Código Penal brasileiro, podendo gerar responsabilização civil e criminal. Especialistas reforçam a urgência de educação digital nas escolas, campanhas de prevenção e políticas internas que coíbam o compartilhamento de imagens falsas — um passo essencial para conter uma das faces mais perigosas da era da inteligência artificial.