The Row tem fila quilométrica durante liquidação em Nova York

Queima de estoque da The Row, marca de luxo das gêmeas Mary-Kate e Ashley Olsen, causou alvoroço em Nova York na última quarta-feira (22). Centenas de pessoas se reuniram em frente à loja no Metropolitan Pavilion, em Manhattan, formando filas que se estendiam por quarteirões. Alguns fãs chegaram a montar barracas e dormir na calçada para garantir descontos em produtos da grife americana.

Acampamento e correria nas ruas de NY

A liquidação organizada pelo grupo VIP Sample Sale, conhecido por promover grandes queimas de estoque de marcas renomadas, atraiu uma multidão de consumidores e revendedores em busca de oportunidades de compra. Em vídeos publicados nas redes sociais, é possível ver pessoas enroladas em cobertores e até levando cadeiras de camping para suportar as longas horas de espera. Segundo internautas, tem até quem pague $28 dólares a hora por quem fique acampado em seu lugar.

Os primeiros da fila passaram mais de oito horas aguardando a abertura do evento, que oferecia peças da The Row com preços reduzidos em até 75%. A cena inusitada chamou a atenção dos nova-iorquinos que passavam por ali e gerou comentários nas redes sociais. “O luxo silencioso… não é mais tão silencioso assim”, ironizou o perfil oficial da VIP Sample Sale ao publicar vídeos das filas quilométricas que dobravam quarteirões inteiros.


Filas quilométricas da The Row em Nova York (Vídeo: reprodução/Instagram/@vipsamplesalenewyork)

Além da The Row, o grupo já organizou liquidações semelhantes de marcas como Loewe, Jimmy Choo, Miu Miu. Essas sample sales são tradicionais em Nova York e costumam reunir fãs da marca, fashionistas, colecionadores e compradores profissionais em busca de raridades de luxo por preços mais acessíveis.

Entendendo mais sobre a The Row

Criada em 2006, a The Row surgiu do desejo das gêmeas Olsen de desenvolver peças atemporais e sofisticadas, distantes do estilo maximalista e chamativo que dominava o início dos anos 2000. O nome da marca faz referência à Savile Row, uma tradicional rua londrina conhecida pela alfaiataria de alta qualidade e por ser símbolo do quiet luxury (luxo silencioso), estilo característico na The Row.


Mary-Kate e Ashley Olsen (Foto: reprodução/Thos Robinson/Stephen Lovekin/Getty images Embed)

A marca surgiu após as irmãs deixarem a carreira de atriz em 2004 para se dedicar 100% à moda. Segundo entrevista à revista Cosmopolitan, elas queriam focar em outras áreas da vida profissional e atuar não era mais algo que as interessava tanto quanto outros projetos. E, assim, com design minimalista e foco em materiais nobres como caxemira e seda, a The Row conquistou um público que valoriza a discrição como sinônimo de elegância. As coleções da grife se destacam pela alfaiataria e cortes impecáveis, paleta neutra e modelagens clássicas que rapidamente se tornaram peças de desejo entre as fashionistas Kendall Jenner, Zöe Kravitz e, recentemente, da atriz brasileira Fernanda Torres.

Com menos de duas décadas de existência, a grife das irmãs atingiu o preço de mercado de  aproximadamente 1 bilhão de dólares em 2025, e recentemente ganhou como acionistas minoritários a família proprietária da Channel e herdeiros da L’Oréal.

Ateliê Mão de Mãe traz energia vibrante da Tropicália à passarela da SPFW

Em meio a debates sobre conservadorismo e liberdade de expressão que temos vivido nos últimos tempos, o Ateliê Mão de Mãe apresentou no último sábado (18), a coleção ‘Manifesto Tropical’, na São Paulo Fashion Week. Vinicius Santana e Patrick Fortuna homenagearam a Tropicália. Movimento cultural e artístico dos anos 1960 que desafiou por meio da música e arte o autoritarismo vigente na época.

Estética do tropicalismo na passarela

Mantendo o crochê como carro-chefe, a coleção trouxe as técnicas manuais, características da marca, em cores mais vibrantes como vermelho e coral. O crochê foi visto em peças inteiras e em detalhes como flores, babados, franjas e aplicações; com destaque especial para a técnica de renda artesanal conhecida como frivolité, desenvolvida pelos próprios estilistas da marca.


Desfile da AMM na SPFW N60 (Foto: Reprodução/SPFW/Marcelo Soubhia/agfotosite)

A inspiração para as peças veio dos precursores da Tropicália: Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia e principalmente Gal Costa. “A gente estudou muito o que eles usavam e consumiam naquela época, então a gente vai do top curto à saia longa, trazendo muita referência de Gal, com babados, franjas, aplicações e detalhes artesanais, mantendo os códigos fiéis da marca.”, conta Vinicius Santana em entrevista à Capricho.


Desfile da AMM na SPFW N60 (Foto: Reprodução/SPFW/Marcelo Soubhia/agfotosite)

Além do artesanato, o linho também ganhou protagonismo na coleção e esteve presente em camisas e calças. A grande novidade desta temporada foi a presença de camisetas, que surgiram estampadas com frases que remetem ao tropicalismo, como “Divino Maravilhoso” sucesso imortalizado na voz de Gal Costa em 1969. A inclusão de camisetas ao catálogo foi uma estratégia para democratizar o acesso à marca. Bem como a parceria da grife com a tapeçaria Tach Rug, que enfeitou a passarela com tapetes que complementaram a narrativa do desfile no intuito de aproximar públicos mais jovens ao design e arquitetura.

 Arte como expressão de resistência e reflexão

Nos últimos anos o conservadorismo tem se fortalecido e influenciado diversos eixos da sociedade. Entretanto, manifestações artísticas seguem como forma de resistência e diálogo. O sucesso recente do filme ‘Ainda Estou Aqui’, de Walter Salles, que retrata as dores da ditadura militar e defende a importância democracia, é um exemplo disso e mostra como a arte tem papel essencial como instrumento político. Na passarela, Patrick e Vinicius retomaram esse espírito de crítica social presente no filme ao escolherem a Tropicália como referência artística.


 Desfile da AMM na SPFW N60 (Vídeo: Reprodução/Instagram/@ateliemaodemae)

“Esse tema surge da nossa preocupação com a política mundial. Há também um olhar muito preciso para o passado, [para o ano de] 1969 e o quão importante foi a gente ter o movimento Tropicália… então a coleção parte dessa memória, de a gente regatar também Gal, Bethânia, Gil e Caetano e a importância deles para a música, a arte e a moda como um todo.”, afirma Patrick Fortuna.

Assim como os artistas tropicalistas, que misturavam elementos da cultura nacional com influências estrangeiras para enfrentar o autoritarismo. Os estilistas celebraram o Brasil com cores vibrantes, crochês elaborados e técnicas manuais que exaltam nossa cultura.

Virgínia Fonseca celebra aniversário de Maria Flor em parque e ausência de Zé Felipe é sentida por internautas

Na manhã desta quarta-feira (22), a influenciadora digital Virgínia Fonseca organizou uma comemoração intimista para celebrar o terceiro aniversário da filha, Maria Flor. A celebração contou com poucos convidados e foi realizada no salão de eventos de um parque de trampolins, em São Paulo. Zé Felipe, pai da aniversariante e ex-marido da influenciadora, não esteve presente no local. Porém, há expectativas de que ele esteja na festa principal de Maria Flor, que acontecerá amanhã (23).

Aniversário com direito a princesa e bolo na cama

As celebrações do aniversário da pequena começaram logo cedo. Virgínia começou o dia surpreendendo a filha com um bolo de aniversário na cama. A cena “explodiu o fofurômetro” nas redes sociais, porque Maria Alice, irmã mais velha de Maria Flor, ainda estava sonolenta e disse estar “desmaiada de sono”. Além disso, para completar a surpresa, uma atriz caracterizada como Cinderela apareceu no quarto, encantando as meninas.


Virgínia comemora o aniversário de 3 anos da filha, Maria Flor (Foto: reprodução/Instagram/@virginia)

Em seguida, Virgínia levou as crianças ao parque de trampolins, onde aconteceu a comemoração e contou com a presença dos irmãos de Maria Flor, Maria Alice, de 4 anos, e José Leonardo, de 1 ano; da mãe, Margareth Serrão, e da sócia Samara Pink, que levou o marido Thiago Stabile. Segundo a influenciadora, essa celebração foi apenas um “esquenta” e a festa principal acontecerá na próxima quinta (23), com um super show de Felipe Amorim.

Separados, mas presentes em momentos importantes

A ausência de Zé Felipe na festa chamou a atenção dos internautas. Porém, desde o anúncio do término, em maio deste ano, Virgínia e Zé Felipe têm mantido uma convivência amistosa durante eventos importantes dos filhos.

Na véspera do aniversário de Maria Flor, Zé Felipe encontrou os filhos e presenteou a pequena. Este momento também ficou marcado como a primeira aparição pública de Ana Castela, atual namorada de Zé Felipe, com as crianças. A expectativa é que Zé Felipe esteja presente na grande festa de Maria Flor, marcada para esta quinta-feira (23).

Otávio Müller fala sobre luto do filho Francisco, três meses após perda de Preta Gil: “Estamos na luta”

O ator Otávio Müller esteve presente na última terça-feira (21) na gravação da vinheta de fim de ano da TV Globo e compartilhou ao Gshow como a família tem lidado o luto pela perda de Preta Gil. Que faleceu em julho deste ano, após luta contra um câncer de intestino. Ele estava acompanhado da filha, Maria, durante a gravação que aconteceu nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro.

Otávio conta como o filho tem passado pelo luto

Durante o intervalo da gravação da tradicional vinheta de fim de ano da TV Globo, o ator, que é pai de Francisco Gil, único filho da cantora, falou à Luciana Tecidio, do Gshow, sobre o impacto da perda de Preta e como a família tem lidado com o luto. A cantora faleceu em julho deste ano nos EUA, vítima de complicações causadas por um câncer de intestino, enquanto se preparava para voltar ao Brasil. “Ontem fez três meses. Estamos na luta, sendo fortes. Não tem outro jeito.”

Otávio contou que o filho, voltou recentemente de uma turnê pela Europa com a banda Gilsons, integrada por ele, José e Francisco Gil. Para ele, a rotina profissional tem sido essencial no processo de luto. “Acho que o trabalho sempre ajuda, é uma forma de continuar vivo”. Ele ressaltou que estar no palco era algo que Preta gostava muito e declarou: “Estamos mantendo [Gilberto] Gil fazendo show, nós trabalhando, estamos continuando”.


Preta Gil grávida de Francisco, ao lado de Otávio Müller (Foto: Reprodução/Instagram/@imperiofamous)

Vinheta de fim de ano da Globo

Otávio participou do primeiro dia de gravação da vinheta deste ano ao lado da filha Maria Junqueira e relembrou a primeira participação em uma vinheta da Globo, em 1988. Quando integrou o elenco da primeira versão da novela “Vale Tudo”. Na trama ele vivia Sardinha, o melhor amigo de Solange Duprat. O ator comentou com bom humor que nasceu no mesmo ano em que a emissora foi criada: “Tenho a idade da TV Globo, 60 anos”. Também elogiou o ator Lucas Leto, que interpretou Sardinha na nova versão de “Vale Tudo”. “Ele foi me ver no teatro, se apresentou. Adorei o Lucas.” Vale destacar que os dois atores estrearam na TV Globo com o mesmo personagem.

Dendezeiro traz a efervescência dos Bailes Black dos anos 1970 à passarela da SPFW

A marca baiana Dendezeiro, comandada pela dupla de estilistas Pedro Batalha e Hisan Silva, levou à passarela da São Paulo Fashion Week N60, no último sábado (18), o desfile “Brasiliano 3: Lei da Vadiagem”. A apresentação encerrou a trilogia que vem discutindo, por meio da moda, questões históricas e políticas ligadas à identidade negra e periférica no Brasil.

Desta vez com foco no impacto da legislação que criminalizava a pobreza e as manifestações culturais das periferias. A coleção traz referências dos Bailes Black dos anos 1970 e 1980.

Coleção “Brasiliano 3”

Criada em 1941, durante o Estado Novo, a chamada “Lei da Vadiagem” foi usada por décadas como instrumento de repressão. Essa lei permitia a prisão de indivíduos considerados “ociosos” ou “sem ocupação”, sendo mais aplicada a jovens negros que frequentavam espaços culturais como bailes funk, rodas de samba e blocos de carnaval.

É a partir dessa crítica que a Dendezeiro constrói sua narrativa visual. O desfile resgata e ressignifica a estética dos bailes black dos anos 1970 e 1980 e homenageia a resistência cultural que floresceu mesmo diante da criminalização imposta na época.


Desfile da Dendezeiro SPFW N60 (Foto: reprodução/Instagram/Danilo Grimaldi/@agfotosite)

Com uma coleção que mistura alfaiataria com referências do streetwear, a Dendezeiro fez da passarela um palco político. Os looks exploram padronagens como xadrez e listras, associadas às festas suburbanas, com tecidos como couro de tilápia, recortes ousados e ombros estruturados que desafiam o tradicionalismo da moda. O funk, movimento marginalizado e constantemente atacado, aparece aqui como protagonista do manifesto da marca.


MC Carol e MC Cabelinho desfilam para Dendezeiro (Foto: reprodução/Instagram/Danilo Grimaldi/@agfotosite)

MC Carol e Cabelinho se uniram ao casting de modelos, reforçando a presença de vozes periféricas e populares. A trilha sonora do desfile foi composta por funks de protesto e discursos potentes, como o de Mano Brown que completaram a atmosfera do desfile.


Desfile da Dendezeiro SPFW N60 (Vídeo: reprodução/Instagram/@eucabs)

Encerramento da trilogia “Brasiliano”

Desde 2022, a Dendezeiro vem desenvolvendo a série “Brasiliano” como forma de repensar os marcos da história brasileira pela ótica de quem foi sistematicamente silenciado. O primeiro capítulo da trilogia abordou o autoritarismo do Estado Novo; o segundo, a resistência da Cabanagem no Norte do Brasil; e o último, a criminalização da cultura negra por meio da Lei da Vadiagem.

A marca, nascida em 2018, em Salvador, vem se consolidando como uma das mais relevantes da nova geração da moda nacional. Não apenas por sua estética plural, mas por usar a moda como um canal de articulação política, de denúncia e de reconstrução identitária.

Santa Resistência leva as águas místicas do oceano à passarela da SPFW

No último sábado (18), a passarela da São Paulo Fashion Week foi inundada por “Águas de Si: Quando a Mulher Veste Mar”, nova coleção de verão da estilista baiana Mônica Sampaio, diretora criativa da grife Santa Resistência. Na passarela, referências a figuras femininas míticas, como Afrodite, Iemanjá, Iara e Atargatis deram o tom do desfile, que foi embalado por canções de Maria Bethânia e Clara Nunes.

Inspiração para a coleção: Mulheres oceano

Mônica Sampaio se inspirou na potência feminina para criar esta coleção: “Desde a primeira sereia, que surgiu na Odisseia, de Homero, nós temos a Vênus de Botticelli, da mitologia; sereia Iara, da nossa cultura indígena; e Iemanjá, da nossa cultura Yorubá, que atravessou o oceano vindo de território negro e é uma das divindades mais cultuadas no Brasil, independente da religião.” Mulheres fortes, protetoras dos mares. “Ao mesmo tempo que ela protege, leva para o fundo do mar também.”, reflete a estilista, que também traz a mulher real para o desfile “A esposa do marido pescador, as mulheres ribeirinhas que trabalham com escama de peixe, com artesanato e linha de pesca.”. A coleção simboliza a ligação mágica e de proteção entre o feminino e as águas.

Para dar forma a coleção, Mônica trouxe à passarela do evento texturas e volumes franzidos e formas sinuosas como as ondas e correntes marítimas. Predominaram as cores: verde-água, azul, branco, salmão e dourado.


Desfile Santa Resistência | SPFW N60 (Foto: reprodução/Instagram/@_the_vault_)

Colaborações femininas

A estilista baiana, é conhecida por se inspirar em figuras femininas fortes para suas coleções, como Maria Quitéria, Maria Padilha e Elizabeth de Toro, que foram homenageadas em coleções anteriores. Nesta coleção, Mônica foi além e contou com a colaboração de artistas talentosíssimas na criação: três estampas da coleção foram feitas a partir das aquarelas criadas pela designer Marcela Citon, uma delas, criada em parceria com a artista plástica Adriana Varejão, que fundiu duas de suas obras “Celacanto Provoca Maremoto” e “Figura de Convite III” em estampas de azulejo. Além delas, outra parceria que trouxe graciosidade ao desfile foram os dois looks esculturais de crochê, um representando Iemanjá e o outro águas-vivas, criados por Mônica e a artista têxtil, Milena Guerke.

Conhecidas por expressar arte em escamas, as artesãs da Associação Farol de Cabedelo, na Paraíba, assinaram dois looks: um vestido feito com linha de pesca e escamas de camurupim e um conjunto masculino do mesmo material. Entre suas referências e parcerias, Mônica quis transmitir nessa nova coleção leveza e fluidez e ao mesmo tempo a força e a potência presentes no interior feminino.

Marina Bitu leva pinturas modernistas à passarela da SPFW

Na última quinta-feira (16), a grife cearense Marina Bitu apresentou a coleção “Djanira” durante a São Paulo Fashion Week N60 (SPFW). A coleção homenageia a pintora modernista Djanira da Motta e Silva (1914-1979), que retratava o cotidiano e o trabalho manual das mulheres brasileiras que teciam, bordavam e costuravam. O desfile exaltou a moda artesanal com vestidos de tecidos fluidos e estampados com as trabalhos da artista.

Djanira como inspiração

Djanira foi uma das primeiras artistas brasileiras a valorizar, nas artes visuais, o trabalho das mulheres do campo, das casas e das comunidades. Suas pinturas, muitas vezes tidas como “ingênuas” pela crítica da época, são na verdade registros afetivos e políticos do Brasil da época, um país de rendeiras, costureiras, agricultoras e pescadoras.

A estilista Marina Bitu, ao lado do Instituto Pintora Djanira, responsável por preservar e difundir o legado da artista, criou uma coleção que parte diretamente de obras como: “Tecelã”, “Costureira”, “Bordadeira”, “Tecendo Rede” e “Escolhedoras de Café”; projetos da artista em que o trabalho manual feminino é exaltado como ato de criação, memória e principalmente resistência cultural. “Djanira foi uma cronista dos ritos e pintora de costumes. Seu olhar sobre o trabalho da mulher ecoa no que fazemos na Marina Bitu, onde a moda nasce das mãos de mulheres artesãs e da força do coletivo”, explica Marina, estilista da marca homônima.


Desfile Maria Bitu na SPFW N60 (Foto: reprodução/SPFW/Zé Takahashi/@agfotosite)

Desfile dividido em três atos

A coleção de Marina para a SPFW foi dividida em três núcleos criativos, ou “famílias”, cada um inspirado em uma faceta do universo retratado por Djanira. O primeiro ato, intitulado: “Ofícios” reflete a força dos traços da pintora, com paleta neutra e materiais artesanais, como palha, que já faz parte da identidade da grife, organza plissada e jacquard. Um dos destaques é o uso de escamas de peixe camurupim; descartadas pela pesca local e reaproveitadas por artesãos do litoral cearense, reafirmando o compromisso e responsabilidade da grife com a sustentabilidade do território.


Desfile Maria Bitu na SPFW N60 (Foto: reprodução/Instagram/@arlindogrund)

O segundo ato, intitulado: “Costureira” foi inspirado na obra homônima de 1951. Esta fase da coleção traduziu, por meio de tecidos como o georgette e couro de salmão, o universo sensível e detalhista do “feito à mão”. Bordados com botões de madrepérola evocam o cuidado e a precisão do trabalho manual e criam um diálogo simbólico entre Marina e Djanira, duas artistas que exaltam a força feminina. Por fim, em um tributo ao bordado cearense, o terceiro ato, intitulado “Bordadeira”, mergulha no universo das mulheres rendeiras, especialmente as que trabalham com bilro para trançar a renda. As peças trouxeram cetim de seda pura, tecidos plissados, acabamentos ondulados e fios de miçanga, compondo visuais fluidos e poéticos.


Desfile Maria Bitu na SPFW N60 (Vídeo: reprodução/Instagram/@spfw@marinabitu)

Moda como herança de resistência

A coleção “Djanira” é homenagem e também releitura contemporânea de valores que atravessam gerações, como o saber manual e a força coletiva feminina. Para Eduardo Taulois, fundador do Instituto Pintora Djanira, a coleção representa o encontro entre a arte popular e a moda autoral: “Djanira retratou o ‘fazimento’ do Brasil, colocando a cultura popular como protagonista da nossa história. Marina Bitu resgata esses saberes e cria um diálogo direto e sensível com a obra da artista.” A coleção trouxe para a passarela do evento a proposta de interligar gerações e reafirmar a moda como expressão cultural, meio de resistência e instrumento de valorização das mulheres que constroem, com as próprias mãos, a história do Brasil.

Catarina Mina celebra a flora brasileira na SPFW e projeta o artesanato brasileiro no mundo

A marca cearense Catarina Mina apresentou na última quinta-feira (16), durante a São Paulo Fashion Week (SPFW), uma coleção que celebra a sustentabilidade e a criação artesanal. Intitulada Carnaúba, a coleção reafirma o compromisso da marca com o artesanato local como ferramenta de transformação social e destaca um trabalho que conecta comunidades de artesãs do interior do país à maior passarela da América Latina. A estilista Celina Hissa trouxe à passarela da SPFW a palha da carnaúba em bordados manuais feitos em tecidos finos de seda, linho, cambraia de rami e algodão. Em looks com silhuetas alongadas, próximas ao corpo, mais com movimento e transparências.

Carnaúba: a palmeira que molda a identidade da coleção

A carnaúba, conhecida como a “árvore da vida” no Nordeste, ganhou protagonismo na nova coleção da Catarina Mina. Não apenas pela presença estética, mas por tudo que ela representa: sustentabilidade, tradição e renovação. A palmeira – da qual se aproveita tudo, do caule ao fruto – esteve presente no início da grife cearense, quando a estilista Celina Hissa passou a mesclar sua palha com crochê em bolsas feitas manualmente. Quinze anos depois, a carnaúba retorna, agora, como elemento central. Reinterpretada em peças mais complexas, como saias esculturais, cintos amplos e estampas aquareladas. A passarela foi dominada por tons naturais de verde, terracota e branco.


Desfile Catarina Mina SPFW N60 (Foto: reprodução/SPFW/@agfotosite)

A coleção trouxe soluções pensadas para facilitar a produção em maior escala, mas sem perder a essência artesanal. O crochê aparece pontualmente em detalhes, e os acessórios surgem em formatos mais funcionais, como bolsas tipo sacola e pochetes e mostram que o design artesanal também pode ser funcional, conectando-se com as demandas do mercado nacional e internacional de moda.

Do interior do Nordeste às passarelas

Mais do que uma nova coleção, o desfile da Catarina Mina apresentou o amadurecimento de um modelo de negócios que tem como base a valorização do saber artesanal, passado de geração em geração. O que começou com a palha e o crochê no Ceará, hoje se multiplica em várias frentes de atuação. A grife estruturou ao longo dos anos redes com comunidades artesãs em várias regiões do país, sempre aplicando metodologias que incentivam a autonomia e a formação técnica de mulheres.


Desfile Catarina Mina SPFW N60 (Foto: reprodução/SPFW/@agfotosite)

Um grande exemplo disso, é a parceria com as bordadeiras de Caicó, no Rio Grande do Norte, que trouxeram para a coleção bordados inspirados na flora da Caatinga. Elas se juntam às rendeiras de bilro, crocheteiras e artesãs da renda de Richelieu, que já fazem parte da base criativa da grife. O resultado dessa união, são peças que carregam o DNA da tradição e ao mesmo tempo se inserem com naturalidade em um guarda-roupa contemporâneo, com vestidos de linho, conjuntos de cambraia de rami e tênis usados com peças artesanais.


Desfile Catarina Mina SPFW N60 (Vídeo: reprodução/Instagram/@catarinamina)

Por fim, a visão de Celina Hissa é clara, segundo ela, o artesanal precisa ser economicamente viável. Por isso, a marca investe em adaptar técnicas tradicionais a processos de produção mais ágeis e eficientes, sem abrir mão do trabalho manual. Essa estratégia permitiu, inclusive, a primeira parceria internacional da Catarina Mina com a marca de calçados francesa Veja. O resultado dessa parceria é uma papete adornada com crochês feitos por artesãs brasileiras e montada por sapateiros da grife europeia.

Kéfera desabafa sobre ataques na internet e fala sobre efeitos na saúde mental

Nesta quarta-feira (15), a atriz e youtuber Kéfera Buchmann usou seu Instagram para fazer um sincero desabafo sobre os efeitos do ódio virtual, em sua saúde mental. Aos 32 anos e com 15 de carreira, ela revelou como a exposição constante na internet, desde os 17, cobrou um preço alto em sua vida ao longo do tempo. Kéfera também relembrou o início de sua trajetória no Youtube e expôs comentários maldosos que recebeu.

Kéfera expõe ataques na internet

No post, a atriz relembrou o início da carreira em 2010, quando criou o canal “5inco Minutos” no Youtube: ela foi uma das pioneiras na criação de conteúdo digital no Brasil e seu canal foi um dos primeiros a chegar a um milhão de seguidores. Kéfera destacou, que embora tenha escolhido esse caminho não previa na época à proporção que a internet tomaria, nem as consequências da fama repentina: “Sim gente, eu sei que fui que liguei a câmera… Foi uma escolha que me trouxe muita coisa boa… Principalmente, me proporcionou mudar a vida de toda a minha família…, mas isso teve consequências.”

Kéfera ressaltou que, apesar dos benefícios da carreira, os ataques virtuais se tornaram uma constante dolorosa: “A gente não escolheu ser massacrado todos os dias, com comentários extremamente agressivos de pessoas que nunca vimos na vida.”

Durante o desabafo ela compartilhou mensagens ofensivas recebidas, que incluíam xingamentos, como: “bipolar não tratada” e frases como “odeio a Kéfera simplesmente sem motivo”. Ela questionou o impacto dessa hostilidade: “Vocês têm ideia de quantas pessoas já foram destruídas emocionalmente pela internet?”.

A influenciadora disse que refletiu muito antes de expor toda situação, já se antecipando à críticas que minimizariam seu sofrimento. Ela concluiu o texto com um recado para os haters: “Vocês precisam entender de uma vez por todas que não existem pessoas públicas. Pessoas são pessoas. Eu sou uma pessoa.”


Desabafo e alguns comentários que Kéfera recebeu (Foto: reprodução/Instagram/@kefera)

Enxurrada de críticas

Tudo começou após Kéfera publicar um vídeo na segunda-feira (13), no próprio Instagram, no qual refletia sobre o peso da exposição desde a juventude. No vídeo ela questiona: “Como você era com 17 anos? O que você seria se tivesse uma câmera acompanhando cada passo seu durante toda a sua juventude?” […] “O mundo esperava que eu fosse um exemplo, que eu fosse perfeita. Mas eu era só uma adolescente usando uma câmera como diário. Como você se sairia no meu lugar?”


Kéfera reflete sobre exposição na internet (Vídeo: reprodução/Instagram/@kefera)

O vídeo dividiu opiniões, enquanto muitos seguidores elogiaram a reflexão feita por Kéfera, outros passaram a criticá-la nos comentários, dizendo que seu trabalho na internet tem incontáveis vantagens se comparado a outros empregos e dizendo que ela escolheu a vida pública. No fim do texto postado hoje, Kéfera reforçou que figuras públicas também são seres humanos, e nenhum ser humano merece passar por esse tipo de tratamento.

Zé Felipe e Ana Castela levantam suspeitas de namoro ao surgirem com alianças combinando

Zé Felipe e Ana Castela voltaram a movimentar as redes sociais na última terça-feira (14), após aparecerem usando alianças semelhantes no dedo anelar da mão esquerda, levantando suspeitas de que oficializaram o namoro. O detalhe foi notado por fãs dos artistas. Mesmo com declarações diferentes sobre o status da relação, os dois têm sido vistos juntos com frequência, no domingo estiveram no programa Domingo Legal, e trocaram o primeiro beijo em público.

Alianças chamam atenção dos fãs

Uma das imagens mostra os dois ao lado do personal trainer da cantora, e o que mais chamou a atenção dos seguidores na foto, foi o acessório usado pelo filho de Leonardo, que foi rapidamente identificado. Mais tarde, Ana Castela publicou um stories em que exibia um anel semelhante no mesmo dedo anelar.

Apesar das aparentes alianças e da proximidade evidente entre os artistas, Ana continua afirmando que o relacionamento ainda está em fase inicial. Ela evita colocar rótulos e afirma que os dois estão apenas “se conhecendo”.


Ana Castela e Zé Felipe combinam alianças (Foto: reprodução/Instagram/@viver_castela)

Primeiro beijo em público

No último domingo (12), o casal protagonizou o primeiro beijo público, durante gravação do programa Domingo Legal, apresentado por Celso Portiolli, no SBT. Os dois participaram do quadro “Torta na Cara”. Na ocasião, Zé Felipe foi direto ao afirmar que está namorando Ana Castela. Por outro lado, a cantora preferiu manter cautela, destacando que ainda não quer “pular etapas” no relacionamento com o cantor. O programa será exibido no próximo domingo (19).


Zé Felipe e Ana Castela no "Domingo Legal" (Foto: reprodução/Instagram/@domingo_legal)

Como tudo começou

Os rumores do envolvimento entre os dois cantores começaram em julho deste ano, pouco tempo depois do anúncio do fim do casamento de Zé Felipe com Virgínia Fonseca. Quando foram vistos passeando juntos em um parque da Disney, em Orlando. Na época a assessoria dos artistas confirmou que eles se encontraram lá e passaram o dia juntos, mas como amigos. Logo depois, eles trabalharam juntos em duas músicas: “Só Quero Você” lançada em setembro, e “Sua Boca Mente”, uma adaptação em português da música “You’re Still the One”, de Shania Twain, lançada este mês.

Mesmo sem a confirmação oficial e divergência entre os dois sobre o status da relação, o uso de alianças têm alimentado ainda mais as especulações entre os fãs de uma possível oficialização em breve.