Ainda é preciso conversar sobre o consumo consciente na moda, no mundo hodierno. A indústria têxtil sozinha, é responsável por emitir cerca de 8% da emissão de gás carbônico na atmosfera, e em escala global por ano aproximadamente 1,2 bilhão de toneladas de gases de efeito estufa.
Com o aumento em procuras, logo, em demandas de fabricação, o “/fast fashion”/ tem alavancado nos últimos anos. O termo foi criado para designar a produção rápida de peças com qualidades sugestivas e baratas, com sua obsolescência programada. Uma roupa comprada para uma única ocasião em lugares que produzem de forma “/fast fashion”/, não são feitas com um material adequado, e sua tendência é estragar rapidamente, e ir parar em lixões, te fazendo reviver a compra mais e mais vezes. Esse novo conceito não é dominante só no mundo atual, ele está presente desde a década de 90, com o tempo ele só ganhou forças e novos adeptos. Segundo uma pesquisa recente da Global Fashion Agenda e The Boston Consulting Group, cerca de 20% do lixo de roupas é coletado para reuso e reciclagem, enquanto o restante é incinerado, ou tem seu destino final aterros sanitários.
Como supracitado, todos esses fatores contribuem para o impacto socioambiental. Por isso, a importância de comprar em lugares que prezam a moda consciente, como lojas declaradas amigas do meio ambiente, ou que deixam claro sua responsabilidade coletiva, com a moda sustentável. Separamos algumas marcas eco-friendly, para você conhecer:
– Reserva (@reserva)
– Pantys ( @pantys)
– Timirim Brasil (@timirimbrasil)
– Yes I am Jeans (@yesiamjeans)
– Zum Tecido de Cera (@zumtecidodecera)
– Studio Adriana Valente (@studioadrianavalente)
– Emi Beachwear (@emi.beachwear)
– Vert Shoes (@vert_shoes)
– Insecta Shoes (@insectashoes)
Existem também centenas de brechós pelo país, por isso, conversamos com a Eduarda França (@eduardaafranca), Influenciadora digital, e dona do (@repeatpoa), com sua irmã Paula (paulaafranca), que juntas construíram um com o intuito de fazer suas peças não mais usadas circularem. Mas tudo isso começou ainda na infância delas, com sua mãe as incentivando passar para frente suas roupas que estavam paradas no guarda-roupa há algum tempo. E em 2020, no início da pandemia, a Paula decidiu abrir um espaço no Instagram para pôr a venda algumas peças suas, com a intenção de abrir um lugarzinho em seu armário, consequentemente ganhar uma graninha extra.
A Eduarda seguia na parte de divulgação da loja, por ter mais seguidores e já ser algo do seu nicho. Com o tempo, ela passou pôr suas roupas lá também, já que isso era um costume desde sempre, passar adiante o que não usa, e ai curtiu muito a ideia e ficou comandando com sua irmã.
“Com o passar do tempo, veio a enorme procura e demanda, ficou muito dificil manter só o Instagram, e ai decidimos procurar um espaço fisico”, começou Eduarda.
“Eu sempre quis ter algo meu, mas não sabia o que, eu sou muito envolvida com o mundo da maquiagem também, ai ficava pensando. Mas tô amando, minha família sempre foi envolovida com a moda, minha mãe tinha uma loja de roupas. Minha outra irmã tem showroom, e representa várias marcas lá em Santa Catarina, enfim, sempre estivemos envolvidas nesse mundo. E a galera recebeu super bem o brechó, e estamos ai, muito felizes com a repercussão”, completou.
“Eu sempre pratiquei a moda circular, mas de forma inconsciente, sabe? eu ainda não tinha noção do quão prejudicial é a indústria têxtil. Só depois de ter o brechó que eu fui atrás para saber e aprender mais sobre o assunto, e ai descobri tudo isso. Hoje, eu realmente só compro roupa quando preciso, e já vou em peças chaves, que realmente usarei. E agora, eu tento passa isso para as minhas clientes, meus amigos pessoais, sabe? eu tenho introduzindo esse assunto com os meus segudiores aos poucos, não só com as clientes da Repet, mas os meus. Eu quero pouco a pouco indo os conscientizando”, finalizou.
Video achados do brechó. (Reprodução/Instagram)
Paula mostrando um look a venda. (Foto:Reprodução/Instagram)
Duda mostrando um look a venda. (Foto:Instagram)
A Netflix também tem exposto muito esse assunto com alguns documentários em sua plataforma, que valem muito a pena conferir. Eles abordam a produção em si, e como isso afeta o mundo inteiro, deixando claro que pequenas práticas podem sim fazer a diferença. São esses:
– Minimalism;
– Living on one dollar;
– The true cost.
Foto Destaque: Future Is Fashion. Reprodução/InBs
