Dismorfia corporal é uma transtorno psicológico, causado pelo estresse em se preocupar excessivamente com o corpo, consequentemente a busca por uma aparência perfeita, e inalcançável. Segundo dados, o transtorno dismórfico corporal foi diagnosticado pela primeira vez, pelo médico Enrico Morselli em 1886.
O transtorno afeta cerca de 1,7% a 2,9% da população, 4,1 milhões de pessoas só no Brasil, ele faz com que você veja uma imagem que não existe no espelho. Pacientes com esse transtorno relatam uma certa distorção de imagem, que começam os afetar no dia a dia. Coisas banais da rotina começam ser extremamente difíceis como, olhar fotos em que eles estão presentes, por medo do que irão ver, ou encarar sua imagem refletida, seja em câmeras de celulares, ou no espelho. Segundo especialistas, não existe uma idade para o transtorno aparecer, mas se torna mais comum dos 15 aos 30, por ser anos de mais vulnerabilidade.
O diagnóstico precisa ser dado por um médico, e se confirmado o caso, o tratamento com psicólogo/psiquiatra são iniciados imediatamente, para que não se agravarem e causem outros transtornos como, distúrbios alimentares, toc, depressão ou ansiedade.
"Prevenir o TDC não é fácil porque se trata de uma condição com múltiplas causas: hereditárias, psicológicas e sociais. Tudo que afeta a autoestima de alguém, como trauma ou bullying, pode contribuir para o surgimento de percepções distorcidas de sua aparência física", explica Marcel Higa Kaio, psiquiatra do Núcleo de Atenção aos Transtornos Alimentares da (UFSP).
Mulher durante um momento de distorção de imagem. (Foto: Reprodução/TuaSaúde)
"Identificar tal transtorno se torna difícil porque, muitas vezes, se confunde com a vaidade pessoal excessiva, a pessoa não aceita estar doente. Muitas vezes, é preciso introduzir o uso de medicamentos para tratar a ansiedade ou a depressão que costuma acompanhar o quadro. A psicoterapia, sobretudo a Terapia Cognitivo Comportamental é um dos meios mais indicados para o tratamento desse transtorno, embora seja bastante complexo, uma vez que grande parte das pessoas com a síndrome acreditam ser apenas vaidosas. O Transtorno Dismórfico Corporal é fonte de grande sofrimento e angústia para essas pessoas, sendo portanto, de suma importância buscar ajuda profissional", diz a psicóloga Therezinha Silveira (CRO 20/04142).
Foto Destaque: Mulher durante um momento de distorção em imagem. Reprodução: Revista Saúde.
