Nomeado diretor criativo da Gucci no final de junho, Demna Gvasalia confirmou que sua estreia oficial nas passarelas da maison italiana acontecerá apenas em março de 2026. A informação foi dada durante uma conversa nos bastidores do desfile de alta-costura da Balenciaga, onde comentou que um período de dois meses seria insuficiente para consolidar uma visão criativa à altura da marca que agora comanda.
Reposicionamento com tempo e estratégia
Desde a saída de Sabato De Sarno em fevereiro, a Gucci permanece sem uma direção criativa ativa e deve seguir sem apresentar novas coleções nas passarelas até 2026. A decisão sinaliza que o grupo Kering, responsável pela maison, aposte em uma virada de imagem mais sólida e bem construída, ainda que mais lenta.
Até março, as primeiras pistas sobre a nova fase da marca devem surgir por meio de campanhas publicitárias e lookbooks. A ideia é dar início a uma narrativa visual consistente que reflita o estilo autoral de Demna, conhecido por sua abordagem crítica da moda e por provocar diálogos entre o luxo e a cultura contemporânea.
Designer inicia nova fase na Gucci com olhar para os arquivos da marca
Em comunicado oficial, Demna afirmou estar genuinamente entusiasmado com sua chegada à Gucci. O estilista destacou que considera uma honra contribuir com uma maison pela qual nutre profunda admiração e respeito. Ele também expressou expectativa em colaborar com Stefano Cantino e toda a equipe na construção de um novo capítulo da história da marca.
Demna Gvasalia (Foto:reprodução/Instagram/@gucci)
Demna já iniciou pesquisas nos arquivos históricos da grife e, segundo o grupo Kering, sua atuação à frente da Gucci respeitará o DNA clássico da marca, mas com uma abordagem atualizada. A expectativa é que sua estética, conhecida por referências urbanas, críticas sociais e sensibilidade underground, ganhe novos contornos neste novo capítulo.
Antes disso, o estilista ainda apresentou sua última coleção de alta-costura para a Balenciaga nesta quarta-feira (9), marcando o encerramento de uma fase intensa e inovadora. A coleção, que foi aclamada por críticos e admiradores, trouxe elementos que sintetizavam a identidade disruptiva que Demna imprimiu na marca.
Balenciaga, inverno 2025, alta-costura (Foto: reprodução/Instagram/@balenciaga)
Com a coleção de alta-costura, Demna encerrou um ciclo criativo que deixou uma marca duradoura na história da moda. Este momento de despedida também representa uma transição importante para a Balenciaga, que agora precisará seguir em frente sem a orientação do designer que a transformou nos últimos anos.
