Polícia Federal prende grupo suspeito de invadir sistema PIX de bancos
Oito pessoas foram presas na última sexta-feira (12), em São Paulo responsáveis por fraudar mais de um bilhão em sistemas de bancos

A Polícia Federal prendeu em flagrante, no início da manhã de sexta-feira, José Elvis dos Anjos Silva, Fernando Vieira da Silva, Rafael Alves Loia, Marcos Vinícius dos Santos, Klayton Leandro Matos de Paulo, Guilherme Marques Peixoto, Nicollas Gabriel Pytlak e Maicon Douglas de Souza Ribeiro Rocha, suspeitos de participarem de uma organização criminosa, que realizava ataques em sistema de bancos. O grupo teria desviado por volta de R$ 1,2 bilhão de contas bancárias.
Ao chegar no imóvel onde o grupo se reunia, a Polícia encontrou computadores que contava com dados privilegiados da Caixa Econômica Federal, onde realizavam os desvios de dinheiro, via PIX. Os suspeitos teriam retirado um computador de uma agência da Caixa, levando para a casa onde os suspeitos foram encontrados.
O início da operação
Foi identificado um ataque em junho, gerando um prejuízo de R$ 800 milhões ao BMP. Depois, foi identificado mais um ataque, onde foram desviados cerca de R$ 400 milhões, em outra plataforma.
Nas investigações, os agentes acompanharam os suspeitos transportando o computador para uma casa na zona leste de São Paulo, se reunindo com os outros integrantes do grupo para a realização das fraudes.
Grupo de hackers preso em São Paulo pela Polícia Federal (Vídeo: reprodução/YouTube/g1)
Ao chegar ao local, os suspeitos negaram as acusações, alegando estarem em reunião para uma festa. Foi apreendido um notebook, um pendrive e 12 celulares.
Os suspeitos respondem por dois crimes
Segundo a Polícia Federal, o grupo, que está em prisão preventiva, será julgado pelos crimes de organização criminosa e tentativa de furto qualificado por meio eletrônico. Há investigações para descobrir se ainda há mais envolvidos no esquema de ataques cibernéticos e se também teve a participação de funcionários dos bancos que sofreram com os prejuízos.
A advogada de dois suspeitos, Rafael Alves Loia e José Elvis dos Anjos Silva, disse ao canal GloboNews, que “não há indícios”, negando a participação de seus clientes em crimes citados pela Polícia Federal.