Moraes pede detalhes à PGR sobre reforço policial na residência de Bolsonaro

Polícia Federal elaborou um ofício solicitando policiamento ostensivo por enxergar possibilidade de fuga do ex-presidente para embaixada norte-americana

25 ago, 2025
Ministro do STF Alexandre de Moraes | Reprodução/Ton Molina/Bloomberg/Getty Images Embed
Ministro do STF Alexandre de Moraes | Reprodução/Ton Molina/Bloomberg/Getty Images Embed

Nesta segunda-feira (25), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, solicitou detalhamento, em um prazo de cinco dias, à Procuradoria-Geral da República (PGR) a respeito do pedido de reforço policial na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Assinado pelo diretor-geral, Andrei Rodrigues, o ofício da Polícia Federal (PF) solicita reforço urgente nas intermediações da casa do ex-chefe de Estado brasileiro.

Risco de fuga de Bolsonaro

Solicitado pelo deputado federal e líder petista na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), a Polícia Federal elaborou um pedido ao STF para haver reforço policial ostensivo nas proximidades da casa de Bolsonaro, além de checagem do sistema de monitoramento eletrônico, incluindo a tornozeleira eletrônica usada pelo ex-presidente.


Bolsonaro mostra sua tornozeleira eletrônica à imprensa (Foto: reprodução/Arthur Menescal/Bloomberg/Getty Images Embed)

No ofício, a PF declara que possui conhecimento acerca de uma possível fuga de Bolsonaro, e uma evasão para o interior da Embaixada norte-americana, localizada a aproximadamente dez minutos de sua casa, podendo assim solicitar asilo político aos EUA. O político do PL cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, e ainda é réu, assim como outras 6 pessoas, por tentativa de golpe de Estado, caso esse que será julgado no dia 2 de setembro.


Diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues assinou o pedido de reforço policial na residência de Bolsonaro (Foto: reprodução/Ton Molina/Getty Images Embed)

Medidas cautelares

Desde o início deste mês, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar, podendo receber visitas apenas de advogados e familiares, sob autorização judicial. A pena aplicada ao ex-presidente decorre do descumprimento de medidas cautelares ordenadas pelo ministro Alexandre de Moraes.

Na semana passada, a Polícia Federal divulgou um relatório em que indicia o ex-presidente e seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL), por coação na suposta tentativa de golpe de Estado. O documento da PF ainda aponta novos descumprimentos de Bolsonaro das medidas cautelares.

O relatório revela também que Jair e Eduardo Bolsonaro teriam influenciado diretamente a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, acerca da aplicação de sanções contra autoridades brasileiras, como Alexandre de Moraes. Mensagens trocadas entre pai e filho corroboram para a tese em questão.

Com isso, o ministro do STF deu um prazo de 48 horas para que a PGR se manifeste a respeito das explicações prestadas pela defesa do ex-presidente. Em seguida, Moraes poderá decidir se manterá a prisão domiciliar de Bolsonaro, ou a converterá em prisão preventiva.

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