Alvo de Trump, Venezuela possui arsenal militar obsoleto

País liderado por Nicolás Maduro possui Exército defasado devido a problemas com sanções internacionais, milicias foram mobilizadas após ameaças de Trump

21 ago, 2025
Exército Venezuela | Reprodução/X/@ElNecio_Cuba
Exército Venezuela | Reprodução/X/@ElNecio_Cuba

Após a pressão dos Estados Unidos sobre a Venezuela, o “Balanço Militar” de 2025 realizado pelo o IISS (Instituto Internacional de Estudos Estratégicos), considerado expert mundial no assunto, afirmou que o país possui um Exército ultrapassado causado por sanções internacionais que impactaram negativamente na obtenção de armamentos e tecnologias militares, além da crise econômica que o país enfrenta.

Apesar do país contar com alguns equipamentos modernos, há incertezas sobre a real capacidade militar venezuelana

Pressão dos EUA

De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, Nicolás Maduro é acusado de manter envolvimento com o narco terrorismo e liderar o Cartel de Los Soles, um suposto grupo internacional de organização terrorista.

Diante disto, os EUA enviaram três navios destróieres de mísseis guiados para o Sul do Caribe, próximo à costa da Venezuela, na última segunda-feira (18), como forma de conter os cartéis de tráfico de drogas.

De acordo com Karoline Leavitt, porta-voz do governo de Trump, Nicolás Maduro é um presidente ilegítimo, fugitivo e chefe de cartel. Para ela, está é a justificativa para os EUA usarem “toda força” contra a Venezuela, caso seja preciso.

Como resposta ao envio dos navios norte-americanos ao seu país, Maduro revelou que 4,5 milhões de milicianos foram mobilizados para combater as ameaças dos Estados Unidos.

Segundo o relatório do think tank, instituição que reúne especialistas para gerar pesquisas, o orçamento da Venezuela possui menos de 0,1% do orçamento dispensado na Defesa dos Estados Unidos, porém China, Rússia e Irã estão entre os maiores parceiros militares do país.


Maduro convoca milícias (Vídeo: reprodução/youtube/@g1globo)

O que dizem especialistas

Apesar do atual momento entre os países estar sob uma escalada de tensão, o professor de Relações Internacionais da UFF e pesquisador de Harvard, Vitelio Brustolin, diz que as chances de haver bombardeios americanos à Venezuela são praticamente remotas.

Para ele, os EUA estão transmitindo um sinal de força e uma maneira de pressionar para que ataques pontuais possam ocorrer, se forem autorizados. Há uma ampliação de capacidade para haver interdição de ataques de precisão, mas isto não significa “ordem pública para derrubar o governo da Venezuela”.

Vitelio ainda diz que Maduro utilizou a posição dos Estados Unidos para unir a população em prol de uma causa. A convocação de milicianos serve para reforçar a presteza venezuelana.

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