Donald Trump dobra recompensa para captura de Nicolás Maduro

Donald Trump dobrou a recompensa para captura de Nicolás Maduro, intensificando acusações e tensão entre EUA e Venezuela por conta do tráfico de drogas

09 ago, 2025
Na imagem temos o presidente dos EUA, Donald Trump e o o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro | Reprodução/X/@MintPressNews
Na imagem temos o presidente dos EUA, Donald Trump e o o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro | Reprodução/X/@MintPressNews

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não esconde seu desejo de “conseguir a cabeça” de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela. Nesta semana, Trump dobrou a recompensa oferecida para quem capturar Maduro, elevando o valor para US$ 50 milhões.

O líder venezuelano já vinha sendo criticado por antecessores de Donald Trump, mas é neste mandato do republicano que Maduro tornou-se um alvo ainda maior de acusações por parte do governo americano.

Conflito Maduro vs Governo Americano

Embora a administração venezuelana liderada por Maduro já tenha sido alvo de críticas durante os governos anteriores dos Estados Unidos, como nas gestões de Barack Obama e Joe Biden, a postura do governo Trump trouxe uma nova intensidade ao conflito. A atual administração americana tem reforçado acusações contra o governo chavista, principalmente relacionadas ao tráfico internacional de drogas na América Latina.

Antes de aumentar a recompensa, o governo dos EUA reiterou diversas acusações contra Maduro, acusando-o de comandar organizações criminosas envolvidas com o narcotráfico. É importante destacar que essas acusações não são acompanhadas por provas concretas até o momento, gerando controvérsias no cenário internacional.


Noticiário espanhol anuncia o novo valor da recompensa para quem capturar Nicolás Maduro (Vídeo/Reprodução/Instagram/@informativostele5)

O interesse estratégico de Trump

Logo após assumir seu segundo mandato, Donald Trump classificou os grupos ligados ao tráfico internacional de drogas como organizações terroristas, abrindo espaço para operações militares em países estrangeiros sob o pretexto de “luta contra o terrorismo”. Essa estratégia é semelhante à intervenção norte-americana na Síria, no início da década de 2010, durante o combate ao Estado Islâmico (ISIS).

Chegou a ser cogitada uma intervenção militar contra o governo chavista da Venezuela, inclusive confirmada por Marco Rubio, chefe da diplomacia da administração Trump, aumentando ainda mais a tensão entre os dois países.

Em entrevista à rede EWTN, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que a suposta conexão do presidente venezuelano com cartéis, agora classificados como organizações terroristas, cria fundamentos para a utilização de recursos tecnológicos e militares nas regiões onde esses grupos atuam. Para Rubio, os EUA não podem continuar tratando “esses caras” como se fossem gangues locais, já que são grupos que possuem armas como terroristas ou membros do exército, que, em alguns casos, controlam territórios.

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