Ibovespa volta a subir e dólar fecha em queda nesta segunda-feira
Bolsa acompanha mercado internacional, com Nasdaq e S&P 500 atingindo recordes em Wall Street; moeda reflete atenção dos investidores à guerra tarifária

A semana começou com um respiro para o mercado brasileiro, que fechou a bolsa nesta segunda-feira (21) com uma alta de 0,59% e uma pontuação de 134.166. Após duas semanas de queda, com um acúmulo de 2% de perda nos últimos sete dias, o Ibovespa ensaiou uma recuperação.
Já o dólar encerrou o pregão desta segunda com uma queda de 0,40%, cotado a R$5,565. Esse recuo frente ao real acompanhou o cenário internacional, onde a moeda norte-americana também operou em queda. As atenções do mercado estavam voltadas para o resultado das eleições no Japão e para as incertezas frente a guerra tarifária travada pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Guerra tarifária
Em entrevista à rádio de notícias CBN nesta segunda-feira (21), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que irá insistir em uma negociação comercial com Washington, mas não descartou a possibilidade das medidas tarifárias entrarem em vigor no dia um de agosto, em razão da falta de resposta das autoridades americanas.
A possível taxação de 50% sobre produtos brasileiros nos Estados Unidos e os seus desdobramentos vêm sendo monitorados com cautela pelos agentes do mercado, que controlaram os ânimos frente à alta do Ibovespa.
Entrevista de Fernando Haddad à CBN (Vídeo: reprodução/YouTube/Rádio CBN)
Alta no Ibovespa
A recuperação do principal indicador de desempenho das ações negociadas na bolsa brasileira foi impulsionada pelas ações da mineradora Vale, que chegaram a valorizar 4% durante a tarde e finalizaram o dia 21 com um avanço de 2,7%.
O Ibovespa acompanhou o mercado exterior. Em Nova Iorque, os índices S&P 500 e Nasdaq alcançaram novos recordes, com altas de, respectivamente, 0,14% e 0,38%. Ambos indicadores estão em recuperação, dado o acúmulo de duas quedas nos primeiros meses do governo Trump.
A alta em Wall Street foi impulsionada pelas empresas de tecnologia, como Alphabet e Tesla, que irão divulgar os balanços corporativos do segundo semestre nesta quarta-feira (23).
Investidores apostam em possíveis acordos comerciais para amenizar os danos econômicos do tarifaço global de Donald Trump.