Seul afirma que Coreia do Norte pode enviar novas tropas a Rússia em julho

Serviço Nacional de Inteligência sul-coreano declarou que militares servirão de apoio para possível ataque de Moscou contra a Ucrânia

26 jun, 2025
Praça Kim Il Sung em Pyongyang | Reprodução/narvikk/Getty Images Embed
Praça Kim Il Sung em Pyongyang | Reprodução/narvikk/Getty Images Embed

Parlamentares da Coreia do Sul afirmaram nesta quinta-feira (26), que novas tropas norte-coreanas podem ser enviadas à Rússia em julho ou agosto deste ano. As declarações se fundamentam em análises do Serviço Nacional de Inteligência (NIS) de Seul, capital sul-coreana, que consideraram envios anteriores de tropas pela Coreia do Norte e uma recente visita do secretário do Conselho de Segurança da Rússia ao país, Sergei Shoigu. 

A ida a Pyongyang, capital norte-coreana, aconteceu no dia 17 de junho. Segundo o secretário russo, o encontro teve relação com a parceria estratégica assinada pelos dois países, em que um dos pontos trata sobre um pacto de defesa mútua. 

Declarações de Seul 

De acordo com as autoridades sul-coreanas, o possível reforço servirá de apoio para uma nova investida que Moscou está planejando contra a Ucrânia. O NIS afirmou também que Pyongyang ainda mantém o fornecimento de armas para a Rússia, como mísseis balísticos – acusações das quais os países negaram anteriormente. 

O parlamentar da Coreia do Sul, Lee Seong-kweun, prevê que em troca da munição fornecida, Moscou enviará assessoria técnica sobre sistemas de orientação de mísseis e lançamentos de satélites para Pyongyang.


Presidente russso, Vladimir Putin, e presidente norte-coreano Kim Jong Un em foto (Foto: reprodução/Vladimir Smirnov/Getty Images Embed)


Pacto de defesa mútua 

Em relação ao envio de novas tropas para ataques, a Coreia do Norte e a Rússia ainda não se manifestaram publicamente. Em anúncio à imprensa, porém, Moscou divulgou que Pyongyang irá destinar militares e desarmadores de minas para auxiliar na reconstrução de Kursk, região de fronteira com a Ucrânia. 

O local tinha sido ocupado por forças ucranianas em agosto de 2024 e foi retomado no início deste ano, com o apoio do exército norte-coreano. A participação da Coreia do Norte  nesse confronto foi confirmada pela agência de notícias estatal do país, a KCNA. 

A cooperação entre os dois países se baseia em um tratado assinado pelo presidente russo Vladimir Putin e pelo líder norte-coreano Kim Jong Un, em novembro de 2024. Uma das cláusulas desta parceria estabeleceu um pacto de defesa mútua, que define assistência militar caso um dos países entre em guerra. 

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