Alexandre de Moraes pede que defesa de Collor apresente exames de Parkinson
Alexandre de Moraes solicita à defesa de Collor que apresente em 48h exames que comprovem doença de Parkinson a fim de analisar pedido de prisão domiciliar

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, exigiu nesta terça-feira (29) que os advogados de defesa do ex-presidente, Fernando Collor, apresentem documentos comprobatórios relacionados ao diagnóstico de doença de Parkinson que foram realizados entre os anos de 2019 e 2022, a fim de avaliar seu pedido de prisão domiciliar.
Novo prazo
Moraes concedeu o prazo de 48 horas para a entrega de tais documentos para que assim ele possa analisar e decidir a respeito do pedido de prisão domiciliar humanitária que foi solicitado pela defesa de Collor. Além do Parkinson, a defesa alega que o ex-presidente sofre de uma grave apneia do sono, foi diagnosticado com transtorno afetivo bipolar, usa medicamentos diariamente e necessita de acompanhamento médico regular. Os diagnósticos foram usados para justificar o pedido da defesa, porém somente alguns exames foram entregues. O ministro exige a entrega de exames completos, incluindo os exames de imagem. O ministro pediu o “esclarecimento da inexistência dos exames relacionados ao Parkinson“.
Logo após a entrega dos exames, o pedido será entregue à Procuradoria Geral da República (PGR).
Por 6 votos a 4, STF decide manter ex-presidente Collor preso. Defesa do ex-presidente apresentou pedido para prisão domiciliar. Saiba mais com @ErickRianelli.
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— GloboNews (@GloboNews) April 29, 2025
Reportagem prisão de Collor (Vídeo: reprodução/X/@GloboNews)
Prisão de Collor
A Polícia Federal prendeu o ex-presidente durante a madrugada na última sexta-feira (25) no aeroporto de Maceió, quando o mesmo se encaminhava para se apresentar à justiça em Brasília. Segundo a PGR, Collor intermediou contratos entre a BR Distribuidora, que era vinculada à Petrobrás, e a UCT Engenharia. Com isso, teria recebido ao menos 26 milhões de propina entre os anos de 2010 e 2014. A condenação de Collor é pautada com provas concretas recolhidas pela Polícia Federal como, e-mails, planilhas, registros de entrada de empresas, mensagens, além de delações premiadas.
Após votação entre ministros, com o resultado de 6 a 4, o STF determinou que a prisão de Collor seguisse mantida. O ex-presidente foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro. Ele segue em regime fechado desde a última sexta-feira (25) no presídio Baldomero Cavalcante de Oliveira, localizado em Maceió (AL).
Foto destaque: Alexandre de Moraes (Reprodução/Pinterest/davilavadi)