Nicolás Maduro é alvo de 646 acusações e pode ser condenado a mais de 30 anos de prisão

O Tribunal Penal Internacional (TPI) têm recebido denúncias de violações de direitos humanos por parte do atual presidente da Venezuela desde 29 de julho

13 ago, 2024

As denúncias, que surgiram logo após as eleições venezuelanas, serão incorporadas a um processo em andamento desde 2019, que investiga abusos cometidos durante o governo de Maduro. Os relatos abordam violações que vão desde perseguições políticas até práticas de tortura, reforçando a instabilidade atual do governo venezuelense. 

As acusações

De acordo com o advogado Orlando Vieira-Blanco, responsável pelo protocolo das denúncias ao TPI, são 646 desde 29 de julho, dia posterior à eleição na Venezuela. As acusações envolvem prisões arbitrárias, desaparecimentos forçados, perseguições políticas, violações de menores, tortura, segregação política, homicídios, perseguições, tratamentos cruéis e degradantes.

Os crimes foram apresentados ao procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional, Kharim Khan. Por enquanto, o processo ainda está na fase de investigação, e será sucedido por acusação e sentença, podendo levar Maduro a mais de 30 anos de prisão. Confisco de bens, multas e pagamento de indenização às vítimas também estão entre as possibilidades de punição.


Nicolás Maduro (Foto: reprodução/Instagram/@nicolasmaduro)


O histórico

O governo de Nicolás Maduro, que assumiu a presidência da Venezuela em 2013 após a morte de Hugo Chávez, tem sido amplamente criticado por alegações de violações de direitos humanos e repressão política. Sob sua administração, a Venezuela enfrentou uma grave crise econômica, marcada por hiperinflação, escassez de bens essenciais e um colapso no setor de saúde. As eleições realizadas durante seu mandato foram frequentemente questionadas por observadores internacionais quanto à sua transparência e integridade, e a administração de Maduro tem sido acusada de tomar medidas para consolidar seu poder, limitando a oposição política e restringindo a liberdade de imprensa.

Em resposta às críticas, o governo de Maduro tem defendido suas políticas como necessárias para a estabilidade e segurança nacional, alegando que enfrenta uma guerra econômica promovida por potências estrangeiras e interesses adversos. O governo também afirma que suas ações são justificadas pela necessidade de combater a corrupção e o terrorismo. Apesar disso, a administração continua a ser objeto de sanções internacionais e condenações de organismos de direitos humanos, que argumentam que a crise venezuelana e as violações relatadas são resultado das políticas e práticas do governo atual.

Foto destaque: Nicolás Maduro (Reprodução/Instagram/@nicolasmaduro)

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