Gominho compartilha processo de superação com trilha após morte de Preta Gil

Após a morte da cantora Preta Gil, o influenciador Gominho tem dado sinais de recomeço em sua vida. Entre mudanças pessoais e momentos de reflexão compartilhados nas redes sociais, ele busca reorganizar sua rotina após um longo período de convivência com a doença e o luto, revelando apenas parte do processo que ainda vive.

Gominho faz trilha em Itatiaia

A perda de Preta Gil marcou o início de um período público de elaboração do luto para Gominho, que escolheu as redes sociais como espaço de expressão emocional. Nesta terça-feira (29), em meio ao luto, Gominho divulgou imagens de uma trilha feita no Parque Nacional de Itatiaia e informou, pelo X (ex-Twitter), que está à procura de um novo imóvel na cidade do Rio de Janeiro.

Ele registrou a subida pela trilha de 2.460 metros, uma das mais elevadas do país, compartilhando fotos e uma mensagem reflexiva em formato de carta. No poema publicado, o influenciador aborda temas como o silêncio, o vento, o recomeço e o amor, ressaltando que a trilha representou um momento de reconexão pessoal após a morte da amiga, com quem manteve uma convivência intensa.



Gominho aposta em atividades para superar luto (foto:reprodução/Instagram/@Gominho)

Luto após morte de Preta Gil

No velório da cantora, ocorrido na sexta-feira (25), o comunicador relatou os últimos momentos ao lado da amiga. Ele informou que levou alfazema para perfumar os cabelos da cantora e descreveu que ela estava sorrindo e serena. O influenciador afirmou ter acompanhado todo o processo desde o início da doença e declarou que, ao receber a notícia na quinta-feira (17) de que não havia mais possibilidades de tratamento, pediu a Deus que sua amiga fosse levada em paz. Segundo ele, Preta faleceu de forma tranquila e descansada.

Além da experiência natural, o comunicador confirmou estar determinado a avançar em sua vida, após enfrentar dois anos acompanhando a doença da amiga e meses imerso em um luto ativo.


Gominho no velório de Preta Gil (vídeo:reprodução/YouTube/Uol)

O luto entre silêncio e movimento

A decisão provocou respostas variadas nas redes sociais, que foram desde elogios à sua resiliência até críticas por uma suposta pressa em superar o luto. Em entrevista à CARAS Brasil, o psiquiatra José Fernandes Vilas ressaltou que tais julgamentos são equivocados, destacando que o processo de luto costuma iniciar antes do falecimento, em um estágio antecipatório. Gominho interrompeu sua trajetória profissional em Salvador para cuidar de Preta Gil, que enfrentava o câncer após ter sido abandonada pelo marido pouco depois do diagnóstico. Segundo ele, seguir adiante representa uma maneira de preservar a energia, a luz e a alegria que ela sempre lhe transmitiu.

O psiquiatra destacou o peso simbólico da mudança de residência no processo de luto. “A convivência com alguém em estado terminal cria vínculos que ultrapassam o emocional, atingindo o âmbito físico e espacial. A mudança de domicílio pode representar a reestruturação psicológica e o início de um novo ciclo.

Enquanto o luto frequentemente se traduz em recolhimento, para Gominho ele se manifesta como movimento e busca ativa por um ambiente que favoreça a reconstrução pessoal.

Campanha para alpinista que resgatou corpo de Juliana é cancelada após polêmica sobre taxa

No domingo (29), foi cancelada a vaquinha em apoio a Agam, o alpinista que se voluntariou para resgatar o corpo da brasileira Juliana Marins. Até as 19h do dia anterior, a iniciativa já havia reunido mais de R$ 522 mil em doações.

Em comunicado oficial nas redes sociais, a página Razões Para Acreditar, responsável pela campanha por meio da plataforma de vaquinhas online Voaa, anunciou o cancelamento imediato da campanha, com reembolso total e automático das doações pelos mesmos meios de pagamento, a partir desta segunda-feira (30).

Taxa de 20% gera críticas e leva ao fim da campanha

A decisão de encerrar a campanha ocorreu em meio a críticas e dúvidas levantadas por parte do público sobre a taxa administrativa de 20% aplicada à arrecadação. Em um post, a empresa informou que embora o aviso relacionado à taxa estivesse disponível no site desde o início, ela acabou causando insatisfação entre alguns doadores.

Segundo as organizações, a taxa de 20% aplicada pela Voaa reflete um modelo operacional único, que ultrapassa a mera oferta da plataforma de arrecadação. Contudo, admitiram que a comunicação sobre esses detalhes poderia ter sido mais transparente.

No comunicado, também foi informado que a devolução dos valores ocorrerá de forma automática, pelos canais originais de pagamento, sem que os doadores precisem realizar qualquer procedimento, respeitando os prazos estabelecidos por cada meio.


Comunicado do cancelamento da vaquinha (Foto: reprodução/Instagram/@voaa_vaquinha e @razoesparaacreditar)

Alpinista enfrentou perigo para preservar corpo de Juliana

Agam, o alpinista voluntário, colocou sua própria vida em risco para alcançar o local onde estava o corpo de Juliana Marins, uma jovem brasileira que caiu de um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani.

Ele passou a noite ao lado da vítima, em uma encosta íngreme e instável, para impedir que o corpo deslizasse ainda mais. O gesto de Agam gerou grande repercussão nas redes sociais, o que impulsionou a arrecadação de mais de R$ 500 mil em poucos dias.

Valor de excursão para trilha onde Juliana Marins morreu chega a mais de 10 mil reais

Empresas brasileiras especializadas em ecoturismo estão oferecendo expedições ao Monte Rinjani, na Ilha de Lombok, Indonésia, local da trilha na qual a mochileira brasileira Juliana Marins morreu em junho de 2025. O valor médio cobrado por essas excursões supera os R$ 16 mil, segundo relatos de clientes que enfrentaram tempo extenuante de subida, terreno escorregadio e paisagens exuberantes.

Juliana Marins, natural de Niterói, desapareceu no dia 20 de junho enquanto realizava a subida ao vulcão de 3.726 metros. Quatro dias depois, seu corpo foi encontrado a cerca de 500 metros abaixo da trilha, em um local de acesso extremamente difícil. A morte foi confirmada pelas autoridades locais no dia 24 de junho.

Alta taxa em trilha com condições adversas

Segundo depoimentos de viajantes que retornaram ao percurso, os preços incluem transporte, guia local, alimentação e hospedagem básica. Mesmo assim, muitos afirmaram que o esforço físico exigido foi significativo: chuva, neblina e encostas escorregadias aumentam o grau de risco e exigem bom preparo físico, fatores que, para as empresas, justificam o preço elevado.

Há clientes que relataram ainda ter pago valores semelhantes para outras trilhas no sudeste asiático, mas afirmam que o trecho do Rinjani representa um dos mais desafiadores. Além disso, destacam a beleza natural do local, com vistas panorâmicas do vulcão e torno sublimes que, segundo os relatos, compensam parcialmente o desgaste físico.

Polêmica após tragédia de Juliana Marins

A cobrança de quantias tão elevadas reacende críticas após o trágico episódio envolvendo Juliana. Sua morte repercutiu nacionalmente, com cobertura intensa e mobilização do Itamaraty, que prestou apoio diplomático à família e acompanhou o resgate liderado por equipes indonésias.



O caso levantou uma série de questionamentos sobre segurança em trilhas de alto risco, preparação dos turistas e regulamentação das agências de turismo que operam internacionalmente. Segundo especialistas, a transparência sobre custos e exigências físicas das rotas deve ser prioridade para evitar acidentes e abusos.

Recomendações e cautela para aventureiros

Especialistas em turismo de aventura sugerem que os interessados em organizar a viagem busquem referências de outras expedições, exijam explicações detalhadas sobre o itinerário e evitem empresas que não esclareçam claramente os custos ou os riscos envolvidos. Treinamento físico, adaptação à altitude e equipamentos adequados são fundamentais.

Além disso, órgãos de defesa do consumidor recomendam que operadores brasileiros atuando no exterior garantam assistência mínima, seguros e cláusulas contratuais que protejam o viajante em caso de acidentes. O episódio envolvendo a morte de Juliana reforça a necessidade de protocolos mais rígidos e comunicação transparente em serviços turísticos de risco.

Pai de Juliana Marins divulga carta para filha e lamenta perda

Manoel Marins, pai de Juliana Marins, divulgou uma carta nesta quarta-feira (26) lamentando a perda da filha, no acidente que tirou sua vida na tarde desta terça-feira (25). Na postagem, ele comenta sobre a independência de Juliana ao decidir fazer o mochilão. “Quando lhe perguntei se queria que lhe dessemos algum dinheiro para ajudar na viagem, você nos disse: jamais“, ele afirma que ela viajou com os próprios recursos, oriundo de seu trabalho.

O atleta destacou a presença da filha na casa, que ficará no quarto e “no seu lugar preferido no sofá da sala“, assim como a marca na vida de quem “teve o privilégio de te conhecer e de conviver contigo“.

Ainda na carta, Manoel diz que o que acalenta o coração é saber que Juliana se foi fazendo o que mais gostava.

Pedaço de Mim

Em uma postagem feita na mesma rede social no final da noite de terça-feira (25), Manoel Marins publicou uma foto de Juliana com o inscrito “Pedaço tirado de mim” junto ao apoio da legenda. No texto, ele registrou a letra da canção “Pedaço de Mim” de Chico Buarque.

A música narra os sentimentos de saudades de alguém, como nos versos: “Que a saudade é o pior tormento/É pior do que o esquecimento/É pior do que se entrevar”.

O pai somente conseguiu chegar à Indonésia (local do acidente) no dia da primeira publicação, porém logo que aterrissou, recebeu a notícia do falecimento da filha. Antes de chegar ao país, ele teve de esperar por horas no aeroporto de Lisboa, em Portugal, porque o espaço aéreo no Qatar foi fechado temporariamente devido aos conflitos entre Irã, Estados Unidos e Israel.

Na segunda-feira (23), o Irã lançou mísseis em bases estadunidenses instaladas no Qatar.


    Carta na íntegra (Foto: reprodução/Instagram/@manoel.marins.3)

O que aconteceu

Juliana Martins ficou desaparecida desde sexta-feira (20), quando caiu durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia. Apesar dos esforços da equipe de resgate, o corpo da jovem foi encontrado apenas quatro dias depois, mas sem vida.

Segundo nota do Itamaraty, o trabalho foi dificultado pelas condições meteorológicas, do solo e de visibilidade. No entanto, a embaixada brasileira em Jacarta, capital da Indonésia, mobilizou as autoridades locais, ainda conforme a nota. O governo brasileiro prestou condolências à família da vítima.

Já o corpo de Juliana Martins só foi retirado na madrugada desta quarta-feira (25). A família da turista, no perfil oficial de atualizações sobre o acidente, se pronunciou dizendo que a filha sofreu “uma grande negligência por parte da equipe de resgate” e acrescenta que vão atrás de justiça por ela.

A jovem fazia um mochilão pela Ásia, tendo visitado outros países antes da Indonésia, como o Vietnã e a Tailândia.

Buscas por Juliana, brasileira presa em vulcão, ganham apoio de alpinistas

Na manhã desta segunda-feira (23), dois alpinistas experientes passaram a integrar a equipe de resgate que busca localizar Juliana Marins, brasileira que sofreu uma queda no vulcão durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, no último sábado (21). Segundo familiares, os profissionais estão a caminho da área onde ocorreu o acidente.

O perfil @resgatejulianamarins, criado pela família no Instagram e único canal oficial de informações, informou que ainda não há confirmação sobre a continuidade do resgate durante a noite. No entanto, destacou que a operação conta com reforço de equipamentos específicos para apoiar a equipe já presente na região.

Família cobra agilidade no resgate

O Parque Nacional do Monte Rinjani está localizado na Ilha de Lombok, na Província de Sonda Ocidental, com um fuso horário de 11 horas adiantado em relação à Brasília. Às 5h desta segunda-feira (horário de Brasília), meio da tarde na Indonésia, a família informou que as buscas haviam sido novamente interrompidas, três dias após o acidente, e que ainda não tinha informações sobre o estado de Juliana.

De acordo com a página oficial, ela estaria entre 500 e 600 metros abaixo no desfiladeiro. A família demonstrou frustração com a lentidão do resgate, relatando que, após um dia inteiro de buscas, a equipe avançou apenas 250 metros e acabou recuando, mesmo restando cerca de 350 metros para alcançar Juliana. Eles reforçaram o apelo por ajuda, destacando a urgência em chegar até ela quanto antes.

Além disso, expressaram indignação com a continuidade das atividades turísticas no parque, enquanto Juliana permanece sem resgate, em situação crítica e sem informações sobre seu estado de saúde.

No Brasil, Mariana, irmã da jovem, manifestou preocupação ao desmentir informações de que Juliana teria recebido mantimentos e agasalhos. Segundo ela, a equipe de resgate ainda não conseguiu alcançá-la devido à falta de cordas com comprimento adequado e à baixa visibilidade na região.


Família reclama da lentidão do resgate (Foto: reprodução/Instagram/@resgatejulianamarins)

Último registro de Juliana foi feito por drone

Juliana foi vista pela última vez por volta das 17h30 (horário local) do sábado, em imagens feitas por turistas com drone. Registros que, segundo a família, são autênticos e mostram a jovem caída na trilha.

Em publicação nas redes sociais, Mariana relatou que ela fazia a trilha com cinco pessoas e um guia local. No segundo dia da caminhada, ao dizer que estava cansada, o guia orientou que descansasse e seguiu com o grupo.

Mariana esclareceu que, ao contrário do que foi inicialmente informado, o guia não permaneceu com Juliana e que a queda ocorreu após ela ter sido deixada sozinha e ter ficado desesperada.

Desde fevereiro, a jovem realizava um mochilão pela Ásia, com passagem por países como Filipinas, Vietnã e Tailândia, antes de seguir viagem para a Indonésia.