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A marca de luxo Miu Miu se tornou uma das mais comentadas no mundo da moda essa semana, após lançar sua nova coleção primavera/verão 2026 na Paris Fashion Week. Com 65 looks femininos entre camisas oversized e polo, jaquetas pesadas, roupas de jardineiro, calças, vestidos curtos e longos e diversos acessórios como bolsas, colares e cintos, o que mais se destacou foi um item inusitado no evento: aventais.
Desfile vira critica social
Ao trazer aventais de diferentes estilos, como de couro, robustos, bordados, floridos e simples, o tema central da coleção se tornou “o trabalho das mulheres”, tanto o que é visivelmente valorizado, quanto o que passa despercebido pelos olhos da sociedade, como o que ocorre nos lares e se torna invisível e emocional.
Peça da nova coleção da Miu Miu (Foto: reprodução/Instagram/@miumiu)
Miucca Prada quis dar espaço para esse tipo de trabalho especificamente, mostrando que, apesar de não ser reconhecido, merece ser valorizado: “Nós, do mundo da moda, sempre falamos sobre glamour e riqueza, mas também precisamos reconhecer que a vida é bem difícil”, disse em entrevista para a revista Vogue Runway, “Para mim, o avental contém a verdadeira vida difícil das mulheres na história, desde as fábricas, até em casa”.
Uma celebração às mulheres
Nos últimos anos, o termo “trad wife” ganhou espaço nas redes sociais, se referindo a um ideal de mulher que se dedica exclusivamente a tarefas domésticas e a sua vida familiar. Como todos os outros tópicos, há pessoas que enxergam esse estilo de vida como algo desejável, enquanto outras o repugnam.
O termo “homekeeping” (sem tradução literal, mas podendo ser entendido como “cuidador da casa”), no entanto, parece fazer mais justiça a coleção, pois depende do que a audiência escolhe ver, mas podendo ser encarado como alguém que cuida do lar.
Desfile completo da marca na PFW (Vídeo: reprodução/YouTube/Miu Miu)
Miucca trouxe sua crítica desse lugar, refletindo sobre o trabalho invisível dessas mulheres e dizendo que ele merece ser reconhecido, sendo tratado como “um símbolo de amor e importância”. Sua intenção com os aventais não foi baseada em uma opinião pessoal, mas em como a grife celebra todas as mulheres.
A capital francesa mais uma vez ditou o ritmo da moda global. Nas passarelas, estilistas ousaram reinterpretar clássicos e atualizar estéticas já conhecidas. O resultado é um conjunto de tendências que equilibra feminilidade, força e praticidade.
De Balmain a Chloé e muitas outras marcas, Paris mostrou que a moda continua sendo um reflexo de sua capacidade de se reinventar. Entre releituras de peças históricas e propostas inovadoras, cinco tendências se destacaram e prometem marcar as próximas temporadas
Espartilhos modernos
A peça símbolo do romantismo do século XIX retorna em uma versão repaginada. Os espartilhos surgem menos rígidos, com cortes que acompanham a silhueta sem aprisionar. Materiais tecnológicos e acabamentos minimalistas deram um ar contemporâneo, mostrando que tradição pode caminhar junto ao conforto.
Alexander McQueen, Verão 2026 (Foto: reprodução/Instagram/@lovefelice_)
Nas coleções, o espartilho foi usado tanto em looks de festa quanto no dia a dia, coordenado com jeans, calças de alfaiataria ou sobreposições. A mensagem é clara: sensualidade e poder não precisam de exageros.
Rosa bailarina
O tom delicado ganhou protagonismo nas passarelas. Inspirado no universo do balé, o rosa claro foi aplicado em vestidos leves, saias esvoaçantes e até em acessórios sofisticados. A estética traduz romantismo sem deixar de lado a sofisticação.
Além da feminilidade, o rosa bailarina aparece como contraponto às cores vibrantes que dominaram coleções anteriores. Em Paris, ele reforçou a ideia de moda suave, ideal para quem busca um toque de delicadeza na rotina urbana.
Verde-militar
O verde voltou com força, mas em uma proposta utilitária. Jaquetas oversized, bolsos funcionais e cortes retos trouxeram ao tom militar uma leitura sofisticada. Mais do que tendência, o estilo transmite a ideia de resistência e atitude.
Nas passarelas, o verde-militar dialogou com tecidos de luxo, como seda e couro, quebrando a rigidez do visual. O resultado é um guarda-roupa versátil, que transita do casual ao elegante com a mesma imponência.
Rendas
A transparência da renda foi reinterpretada em vestidos, blusas e saias que brincam com a sensualidade de forma elegante. O tecido clássico ganhou cortes modernos, sobreposições ousadas e aplicações inovadoras.
Victoria Beckham, Verão 2026 (Foto: reprodução/X/@wwd_jp)
Essa releitura mostrou que a renda vai além do romantismo: pode ser poderosa, sexy e urbana. Nas passarelas de Paris, ela foi um dos materiais mais celebrados da temporada, comprovando sua atemporalidade.
Bolsas com alça única
No universo dos acessórios, o destaque ficou para as bolsas com alça única. O design prático e sofisticado conquistou os olhares ao unir funcionalidade com estilo. De modelos estruturados a versões mais fluidas, a proposta se mostrou adaptável a diferentes ocasiões.
Além do apelo visual, a praticidade da peça faz dela um acessório indispensável. Pequenas ou maxi, as bolsas com alça única prometem ser o novo desejo fashion para 2026.
A Semana de Moda de Paris reafirma sua posição como bússola criativa do setor. Ao revisitar clássicos com um olhar inovador, as tendências destacadas, do espartilho moderno às bolsas com alça única, revelam um equilíbrio entre tradição e contemporaneidade. Mais do que moda, trata-se de expressões de estilo que refletem o espírito do tempo.
Depois de apostar no estilo Boho na última coleção, a grife francesa Chloé decidiu voltar às origens na próxima estação. E apresentou no último domingo (05), durante a Semana de Moda de Paris, sua nova coleção primavera-verão, intitulada: “Entre Deux” (entre dois, em francês).
Sob direção da estilista alemã, Chemena Kamali, a proposta é mergulhar na dualidade entre a alta-costura artesanal e o espírito livre que sempre marcou a essência da maison. A coleção foi inspirada em Gaby Aghion, fundadora da maison.
Entre Deux
Inspirada na visão de Gaby Aghion: “Uma coisa bela e de qualidade deve ser vista nas ruas, usada por mulheres reais”, que defendia a beleza acessível da moda. Chemena Kamali propôs uma coleção que respeita o DNA da Chloé sem cair em clichês elitistas. Silhuetas fluidas e elegantes, drapeados orgânicos, volumes delicados e tecidos com estampas florais, marcaram presença na passarela do desfile da maison da Semana de Moda de Paris. Manifestando o luxo que não exige rigidez, mas exala leveza e naturalidade.
O nome da coleção, Entre Deux, simboliza o equilíbrio entre alta-costura tradicional e o prêt-à-porter acessível. Tecidos simples como o algodão popeline ganham sofisticação em peças marcadas por pregas, nós e sobreposições, que revelam um trabalho técnico refinado. E estampas florais criadas nos anos 1950, por Gaby, surgem repaginadas em composições fluidas e contemporâneas.
O desfile aconteceu na sede da UNESCO, em Paris. Uma construção pós-moderna que simboliza o diálogo, inclusão e a cultura. O local ecoa os cafés onde Gaby Aghion mostrava suas primeiras criações nos anos 1950, como o Café de Flore e a Brasserie Lipp, espaços públicos onde a moda se misturava à vida cultural da cidade, reforçando a proposta da coleção.
A maison francesa foi fundada em 1952, em Paris, pela egípcia Gaby Aghion. A Chloé nasceu como resposta a formalidade da alta-costura da época. Ao invés de roupas rígidas criadas sob medida para a elite, Aghion propôs peças sofisticadas, porém leves e acessíveis; criadas para mulheres reais em contextos cotidianos. Ela afirmava: “A alta-costura é maravilhosa, mas muito rígida. Eu queria algo belo e de qualidade que pudesse ser usado nas ruas.”
Essa visão, revolucionária para o pós-guerra, moldou o espírito da marca, que sempre flertou com o romantismo e a liberdade feminina. Hoje, Chemena Kamali, uma das poucas mulheres à frente de uma grife de luxo, retoma esse princípio com autenticidade, propondo que a moda transite entre alta-costura e prêt-à-porter.
Nesse final de semana na Semana de Moda de Paris, tivemos mais uma estreia nas passarelas à frente de uma grife. O italiano Pierpaolo Piccioli estreou como diretor criativo à frente da Balenciaga, em um novo capítulo da maison.
Conhecido pela sua elegância e domínio em alta-costura, Piccioli fez o resgate dos códigos que sempre fizeram parte da identidade da Balenciaga, como a experimentação disruptiva de Demna e o rigor arquitetônico de Cristóbal Balenciaga, e o italiano resgatou esses pilares da casa de forma única.
Batidas de Coração
Para a sua estreia na maison, Piccioli trouxe para as passarelas francesas a sua assinatura poética: “batidas de coração”, tema que visa a conexão humana e emoções, marca registrada do italiano que traz a sensibilidade para as suas peças.
Com uma cartela de cores variada, o italiano trouxe peças de alfaiataria, mas peças com cortes estruturados, plumas, couro e pitadas de streetwear, assim como o seu antecessor Demna sempre trazia. Sapatos plataforma, acessórios com as mesmas cores dos modelitos e óculos escuros de diversos tamanhos e formatos também foram destaque nessa nova coleção.
Modelo usa vestido longo e vermelho no desfile da Balenciada (Foto: reprodução/Instagram/@balenciaga)
Sapatos plataforma foram um dos destaques na nova coleção (Foto: reprodução/Instagram/@balenciaga)
Diferente do estilo que a maison estava adotando nas últimas coleções, Piccioli traz mais leveza para essa nova fase da grife. O italiano não só reforça a sua identidade na nova fase da grife, mas respeita o passado histórico e icônico da casa, trazendo um novo capítulo mais fresco e alto astral para a Balenciaga.
Quem é Pierpaolo Piccioli
Nascido na Itália, o estilista de 58 anos iniciou a sua carreira na moda ao entrar na Fendi em 1990 e posteriormente, ficou vinte e cinco anos na Valentino de Maria Grazia Chiuri. Sua sensibilidade estética e experiência na alta costura com um olhar único o trouxeram para a Balenciaga após a saída de Demna.
Modelo usa look com as cores preto e pink na passarela da Balenciaga (Foto: reprodução/Instagram/@balenciaga)
Modelo usa look preto e branco com joias na passarela da Balenciaga (Foto: reprodução/Instagram/@balenciaga)
Sobre a sua entrada na nova fase da maison, Pierpaolo destacou que seria “estúpido e desrespeitoso” ignorar o legado dos outros diretores criativos que vieram antes dele, fazendo referência à Cristóbal Balenciaga e Demna, e por isso, vai honrar o legado dos seus antecessores mas trazendo a sua visão para a marca.
Issey Miyake levou cores à Semana de Moda de Paris nesta sexta-feira (03), com a coleção Being Garments, Being Sentient (Ser Vestimenta e Ser Senciente). A grife japonesa quis mostrar, por meio das roupas, a liberdade que fazia parte da visão de seu fundador.
Satoshi Kondo, atual diretor criativo, trouxe peças experimentais a fim de criar uma nova perspectiva para as roupas do cotidiano. Em entrevista à WWD, ele explica essa ideia:
“Roupas são algo fabricado, feito pelo homem, mas comecei esta coleção tratando e pensando nas roupas como se elas fossem vivas ou como se fossem conscientes, tivessem sentimentos igual um organismo vivo.”
Com esse conceito, Kondo não apenas explora o inusitado nas formas e tecidos, mas também reforça que o ato de se vestir não precisa seguir padrões rígidos.
Formatos diferentes e cores vibrantes
A Primavera/Verão de Issey Miyake trouxe peças marcadas por formas diferentes e combinações criativas. Havia ombreiras elevadas, camisas feitas com sobras de tecidos e calças de nylon que deixavam à mostra objetos usados por baixo. Algumas roupas pareciam tortas de propósito e foram combinadas com peças clássicas de alfaiataria.
Modelo desfilando para Issey Miyake durante a Semana de Moda de Paris (Foto: Reprodução/FashionNetwork)
Modelo desfilando para Issey Miyake durante a Semana de Moda de Paris (Foto: Reprodução/FashionNetwork)
Transparências e sobreposição de várias peças em um único look também chamaram atenção. Além disso, cores vibrantes apareceram em um cenário todo branco, destacando as roupas e mostrando a mistura entre estrutura e liberdade na coleção.
Modelo desfilando para Issey Miyake durante a Semana de Moda de Paris (Foto: Reprodução/FashionNetwork)
Modelo desfilando para Issey Miyake durante a Semana de Moda de Paris (Foto: Reprodução/FashionNetwork)
Modelo desfilando para Issey Miyake durante a Semana de Moda de Paris (Foto: Reprodução/FashionNetwork)
A moda experimental de Issey Miyake
Satoshi Kondo amplia a visão da marca ao transformar as roupas em uma experiência sensorial e emocional. Por isso, a nova coleção desafia conceitos tradicionais e mostra que a moda pode ser uma forma de liberdade e expressão pessoal.
Diante da proposta, Kondo reforça o legado de Issey Miyake como uma marca que aposta na inovação e na quebra de padrões. Além disso, coloca a maison japonesa como uma referência importante na moda contemporânea, unindo criatividade, funcionalidade e identidade.
Ocorreu nessa quarta feira (1) o tão aguardado desfile da Balmain no Paris Fashion Week. A grife apresentou sua nova coleção de primavera/verão 2026, entitulado como “Balmain Spring 2026” ou “Balmain Spring 2026 Ready-to-Wear”.
A estética da coleção foi descrita como “Life is a Beach” (A Vida é uma Praia), por ter elementos praianos como conchas, matérias que lembram a praia, o mar e texturas naturais, estabelecendo uma conexão com a natureza e materiais orgânicos, explorando contrastes, bordados e formas diversas.
Anitta marca presença no desfile
Sentada na primeira fila, a cantora brasileira foi um dos motivos pelos quais o desfile da Balmain se tornou um dos mais comentados da edição. O look foi descrito por diversos veículos como “power dressing”, sendo totalmente preto, apenas com pulseiras e um cinto trazendo um detalhe especial em dourado. Feito com um tecido que remete ao efeito de couro, com um decote profundo e um par de luvas para completar, Anitta teve um dos looks mais elogia dos da vez.
Anitta no PFW (Foto: reprodução/Instagram/@anitta)
Nas redes sociais, os elogios não pararam. Diversas postagens foram feitas por minuto, e elogios como “it girl”, “a mais bela” e “perfeita” foram vistos com frequência. Na entrada do evento, a cantora foi cercada de paparazzis, já na saída, fãs europeus a ovacionaram, a recebendo com muito carinho na cidade.
Outras convidadas do evento
Além de Anitta, outras famosas também foram vistas sentadas na primeira fila do desfile. Sabrina Sato, Cara Delevingne, Silvia Braz, Isabeli Fontana, Jade Picon, Annie Moon, Cindy Bruna, Becca Bloom, Taylor Hill, o casal Olivia Palermo e Johannes Huebl e a atriz turca Hande Erçel foram alguns dos que também ganharam destaque na noite.
Hande Erçel no PFW (Foto: reprodução/Instagram/@sheandgirls)
Sabrina Sato no PFW (Foto: reprodução/Instagram/@sabrinasato)
Silvia Braz no PFW (Foto: reprodução/Instagram/@silviabraz)
Hande optou por um vestido curto cinza de mangas longas, que lembra vagamente um cardigan, complementado por um par de luvas vermelhas. Sabrina também escolheu cinza como a cor da noite, mas com um tecido em brilho, sendo um macacão que envolve uma touca na cabeça e um casaco amarelo mostarda felpudo como destaque da peça. Já Silvia, assim como Anitta, escolheu um look all-black, composto por uma calça justa, blusa de manga comprida abafada e longas botas de couro.
A Louis Vuitton escolheu um cenário que mistura grandiosidade e afeto para apresentar sua coleção primavera/verão 2026: os apartamentos de Anne da Áustria, no coração do Louvre. Ali, entre painéis dourados e tetos pintados, Nicolas Ghesquière revelou mais uma faceta de sua longa trajetória na Maison. O diretor criativo não se apoiou em reinvenções radicais, mas em algo mais íntimo: a ideia de que estar bem consigo mesmo é o maior dos luxos.
A voz de Cate Blanchett abriu o desfile, recitando versos de This Must Be The Place, dos Talking Heads, como um convite à introspecção. A partir daí, cada look parecia costurar passado e presente, tradição e frescor. Tecidos macios criavam silhuetas-casulo, vestidos remetiam a lingeries delicadas e robes evocavam o conforto caseiro. As estampas lembravam papéis de parede antigos, trazendo uma nostalgia que não pesa — pelo contrário, acolhe. Nos pés, slippers e botinhas acolchoadas reforçavam essa sensação de estar “em casa”, mesmo em um dos palácios mais célebres do mundo.
Intimidade traduzida em moda
Se o espírito era de acolhimento, os detalhes carregavam a energia vibrante da Louis Vuitton. Cada cinto com bolsos monogramados parecia mais do que um acessório funcional: era um gesto de praticidade envolto em sofisticação. As pedrarias coloridas aplicadas em casacos macios acrescentavam um toque lúdico, quase como pequenos brilhos guardados para momentos especiais. Essa sutileza contrastava com a atmosfera intimista do desfile, reforçando que luxo também pode nascer no detalhe inesperado.
Desfile da coleção primavera verão 2026 da Louis Vuitton (Vídeo: reprodução/Instagram/@tonigunns)
Os acessórios, por sua vez, foram protagonistas. O novo modelo Express retornou à passarela com ares de desejo imediato, enquanto clássicos como Speedy e Side Trunk reafirmaram sua força atemporal. Bolsas de ombro apareceram repaginadas, usadas como clutches improvisadas, em uma liberdade que reforça o espírito contemporâneo da Maison. Nesse diálogo entre tradição e reinvenção, Ghesquière mostrou que até a intimidade pode ser celebrada em grande estilo.
Entre tempos e referências
As referências temporais se entrelaçaram como um mosaico: drapeados que lembravam togas romanas, saias com ecos do século XVIII, brocados setentistas reinventados em cortes modernos. Tudo isso em harmonia, sem excesso, em um jogo de contrastes que é marca registrada de Ghesquière.
No fim, a coleção deixou claro que intimidade não é monotonia. Pelo contrário, pode ser palco de exuberância, cor e liberdade criativa. Em meio ao esplendor histórico do Louvre, a Louis Vuitton mostrou que “casa” é também um estado de espírito — e que o verdadeiro luxo está em sentir-se confortável na própria pele. Mais do que roupas, Nicolas Ghesquière apresentou uma narrativa sobre pertencimento: como o vestir pode traduzir quem somos quando nos permitimos habitar nossos próprios espaços, internos e externos, com naturalidade.
Nicolas Ghesquière e modelos com algumas das peças destaque da coleção Primavera Verão 2026 da Louis Vuitton (Foto: reprodução/Instagram/@louisvuitton)
Ao transformar referências históricas em peças de desejo contemporâneo, a Maison reafirmou sua capacidade de fazer do passado combustível para o futuro. A coleção não buscou apenas adornar, mas criar conexões — entre corpo e memória, entre tradição e modernidade, entre a grandiosidade de um palácio e a simplicidade do lar. Foi nesse contraste que a Louis Vuitton encontrou sua força: provar que a intimidade, quando elevada ao território da moda, pode ser tão espetacular quanto qualquer gesto de ousadia.
Anitta voltou a brilhar em um dos palcos mais prestigiados do mundo. Nesta segunda-feira (29), a cantora foi atração musical do desfile Le Défilé, promovido pela L’Oréal Paris, evento que abre oficialmente a Semana de Moda de Paris. Depois de ter surpreendido em 2023 ao desfilar, a artista agora retorna como uma das estrelas musicais da oitava edição, consolidando sua presença também no universo fashion.
O retorno ao Le Défilé
No ano passado, Anitta roubou a cena ao participar da passarela, deixando de lado o microfone por alguns minutos. Agora, a artista subiu ao palco para cantar sucessos como “Girl From Rio” e “Envolver”, reafirmando sua força no cenário internacional. “Ano passado foi incrível e uma surpresa enorme. Estar cercada de tantas mulheres poderosas foi um privilégio e uma grande emoção. Agora, imagina cantar na edição de 2025? O frio na barriga é ainda maior”, contou.
Anitta se apresentando no desfile Le Défilé (Vídeo: reprodução/X/@trackchartt)
Além de Anitta, diversas embaixadoras internacionais da L’Oréal e personalidades influentes da moda participaram do encontro. O desfile aconteceu diante do Hôtel de Ville, espaço de forte valor histórico por sua ligação com a Revolução Francesa e com a luta feminina por reconhecimento social.
Empoderamento feminino e representatividade
O Le Défilé, além de um desfile, é também um espaço que simboliza o empoderamento feminino. A proposta se conecta diretamente à trajetória de Anitta, que sempre usou sua música e imagem para combater preconceitos e valorizar a liberdade. Para ela, o convite foi uma chance de reforçar tudo o que já transmite em seu trabalho.
“Todos esses elementos estão presentes no meu trabalho, né? Liberdade, ousadia e empoderamento. Me tornei conhecida por abraçar esses preceitos por meio da minha música, clipes e posicionamentos. Então me apresentar no Le Défilé de L’Oréal Paris é um privilégio”, afirmou em entrevista.
Uma performance histórica
Mesmo acostumada a grandes palcos, a cantora admitiu que o evento traz um peso especial. “O evento, o cenário, o Hôtel de Ville… Tô achando tudo muito chique e histórico. A performance que estamos preparando vai brilhar muito nesse palco, me aguardem!”, declarou.
Com transmissão ao vivo pelos canais oficiais da L’Oréal Paris no Instagram, YouTube e TikTok, a apresentação reforçou a conexão da artista com públicos diversos e destacou a potência da música brasileira em um dos maiores eventos de moda do planeta.
Beleza latina em evidência
Além da performance, Anitta também chamou atenção pelo look escolhido. Ícone pop e fashionista, a artista mantém o equilíbrio entre liberdade e elegância em suas produções. No ano passado, usou um traje da Mugler; nesta edição, apostou em um conjunto vermelho da marca brasileira Artemis, levando ainda mais da cultura nacional para as passarelas internacionais.
As principais marcas são esperadas nessa temporada para o grande desfile na semana de moda parisiense. O desfile mais aguardado promete ser histórico já que contará com estreia de novos nove designers estão Mark Howard Thomas na Carven, Miguel Castro Freitas na Mugler, Glenn Martens na Maison Margiela, Duran Lantink na Jean-Paul Gaultier, Lázaro Hernández e Jack McCollough na Loewe, o maestro italiano Pier Paolo Piccioli na Balenciaga e para fechar a lista o Michael Rider na Celine.
Desfiles diários
Durante esses dias, haverá 36 apresentações programadas com hora marcada e 76 desfiles presenciais no Paris Fashion Week. O evento começará às 10h e irá até às 20h, apresentando grifes como Christian Dior, Loewe, Hermès, entre outras. A programação contempla tanto marcas consolidadas quanto nomes em ascensão, reunindo uma diversidade de propostas criativas que refletem a pluralidade da moda contemporânea. Ingressar no calendário tem seus desafios, já que os parisienses mantêm altos padrões no quesito criatividade, qualidade, produção e encenação.
Desfile Chanel Semana de Moda de Paris (Foto: reprodução/Pascal Le Segretain/Getty Images Embed)
Calendário Semana de Moda
Confira os maisons presente nas datas divulgadas pela Fédération de la Haute Couture et de la Mode (FHCM) (29 de setembro a 03 de outubro)
Segunda 29 de setembro: Saint Laurent, Julie Kegels, Hodakova, Abra, Vaquera, Burc Akyol, Kimhēkim, Vautrait, Weinsanto
Terça 30 de setembro: Ruohan, Ganni, Mame Kurogouchi, Situationist, Stella McCartney,Mossi, Zomer, Courrèges, Anrealage, Dries Van Noten, Louis Vuitton, Matières Fécales, Lanvin
Quarta 01 de outubro: Tom Ford, Balmain, Alainpaul, Acne Studios, Pressiat, Marie Adam-Leenaerdt, Maitrepierre, Icicle, Christian Dior, Cecilie Bahnsen, Reverie By Caroline Hú, Gabriela Hearst, Casablanca, Litkovska
Quinta 02 de outubro: Carven, Loulou de Saison, Mugler, Uma Wang, Christian Wijnants, Enfants Riches Déprimés, Rabanne, Schiaparelli, Nehera, Rick Owens, Isabel Marant, Gauchee, The Row
Fechando a temporada primavera-verão 2026 com os desfile dos dias (04 de outubro e 07 de outubro)
Sábado 04 de outubro: Dice Kayek, Noir Kei Ninomiya, Elie Saab, Maison Margiela Hermès, Ann Demeulemeester, Maxhosa Africa, Florentina Leitner, Elie Saab, Barbara Bui, Florentina Leitner, Balenciaga, Alaïa, Comme des Garçons, Vivienne Westwood, Junya Watanabe,
Domingo 05 de outubro: Niccolò Pasqualetti, Valentino, Jean Paul Gaultier, McQueen, Junko Shimada, Paloma Wool, Margaret Howell, Celine, Ottolinger, Akris, Chloé, Lacoste, Magda Butrym
Segunda 06 de outubro: Sacai, Thom Browne, Zimmermann, Coperni, Ungaro, Chanel, Miu Miu, Boyarovskaya, Agnès b., Shiatzy Chen, Paula Canovas Del Vas
Terça 07 de outubro: Ruibuilt., Ujoh, Véronique Leroy, CFCL, Kiko Kostadinov, Didu, Christopher Esber, XULY.Bët, Meryll Rogge, Façon Jacmin, Pierre Cardin
D-3 da Semana de Moda Masculina de Paris® Primavera/Verão 2026 (Vídeo: reprodução/Youtube/@parisfashionweekofficial)
Será uma semana intensa, mas transformadora para o mundo da moda, trazendo peças esperadas e inovações revolucionárias. Durante os dias do evento, a edição contará com um formato inovador, expansões de localização, designs de espetáculos sustentáveis, realidade aumentada e experiências multissensoriais. A programação está recheada de desfiles e pode ser acompanhadas no fashion week online.
Durante a última edição da Semana de Moda Masculina de Paris, Pharrell Williams — diretor criativo da linha masculina da Louis Vuitton — mostrou que os acessórios podem, sim, roubar a cena. E não foi só isso: ele provou que as bolsas também podem contar histórias, refletir atitude e ditar tendências.
Entre os tantos elementos que marcaram sua apresentação, um detalhe brilhou mais alto: as novas versões da clássica Speedy e de outras bolsas icônicas da grife. Reinventadas em diversas cores, texturas e materiais, elas causaram frisson entre fashionistas, colecionadores e apaixonados por design.
A Speedy, como você nunca viu antes
Criada originalmente em 1930 como uma versão menor da mala Keepall, a Speedy sempre foi um dos modelos mais populares da Louis Vuitton. Agora, sob o olhar ousado e criativo de Pharrell, ela ganha um upgrade radical: monograma colorido, couro ultramacio, detalhes artesanais e uma presença visual que grita atitude.
O modelo apelidado de Speedy P9 foi visto nas cores rosa bebê, laranja queimado, pistache, azul royal e até lilás. Mas o mais impressionante é o acabamento: o couro espesso, quase maleável, confere à bolsa um aspecto de fluidez, como se estivesse “derretendo” — uma ideia que Pharrell abraça para quebrar a rigidez da tradicional marroquinaria.
Pharrell transforma a clássica Speedy em puro desejo fashion (Vídeo: reprodução/Instagram/@louisvuitton)
O luxo elevado à décima potência: conheça a Millionaire Speedy
Se você achou a Speedy P9 impactante, espere até conhecer a Millionaire Speedy. Como o nome já sugere, trata-se de um modelo feito sob encomenda, com couro de crocodilo, ferragens banhadas a ouro, corrente robusta e cadeado cravejado de diamantes. O preço? Aproximadamente US$ 1 milhão.
Pharrell apareceu usando uma versão amarela da bolsa durante a semana de moda, mas outras cores — como verde esmeralda, azul safira e vermelho rubi — também foram vistas em circulação. O resultado é claro: essa bolsa se tornou símbolo máximo de exclusividade e sofisticação.
Detalhes que elevam a experiência
Não se trata apenas de estética. Cada bolsa carrega um nível de acabamento que impressiona:
Couro grosso com forro de carneiro: oferece estrutura sem perder a suavidade ao toque.
Hardware exclusivo: com plaquetas comemorativas, corrente removível e cadeado estilizado, os detalhes reforçam o DNA de luxo da marca.
Monogramas vivos: o clássico logo LV agora aparece em tons intensos, vibrantes e contrastantes, tornando cada bolsa única.
Moda masculina, mas sem gênero
Mesmo dentro de um desfile masculino, as novas bolsas da Louis Vuitton conversam com todo mundo. Influenciadores, celebridades e entusiastas da moda de todos os gêneros adotaram os modelos — e com orgulho. Entre os nomes vistos com as novas bolsas estão LeBron James, Rihanna, Jacob Elordi e Tyler, The Creator.
Pharrell deixou claro que sua proposta é democrática: estilo é sobre expressão, não sobre regras. E as bolsas refletem isso — são versáteis, ousadas e acessíveis ao olhar de quem busca mais do que funcionalidade: busca identidade.
Bolsas coloridas, ousadas e com assinatura de personalidade (Vídeo: reprodução/Instagram/@louisvuitton)
Tendência global: o retorno da bolsa como peça central
O sucesso das novas Speedys reacende o desejo por bolsas estruturadas, coloridas e com personalidade — especialmente no universo masculino, onde elas antes eram vistas como acessórios secundários.
Essa virada traz à tona uma nostalgia dos anos 2000 (quando celebridades como Jessica Simpson eternizaram a Speedy) misturada com uma estética contemporânea e provocadora. O que antes era um ícone feminino, agora é universal. E mais: é fashion statement.
A coleção que fala com tanta gente
Porque é emocional: as cores, os acabamentos e a proposta lúdica despertam sentimentos.
Porque é ousada: Pharrell não teve medo de brincar com tradição e propor algo novo.
Porque é autêntica: em cada detalhe, a coleção carrega a assinatura de alguém que vive a moda além do look — vive como linguagem.
Da passarela para o mundo: a nova era da Louis Vuitton chegou (Vídeo: reprodução/Instagram/@louisvuitton)
Dificil escolher só uma
Entre a Speedy repaginada em couro lilás, a versão P9 azul vibrante e a exclusiva Millionaire cravejada, uma coisa é certa: Pharrell não apenas desenhou bolsas. Ele desenhou desejo.
E agora a pergunta inevitável: se você pudesse escolher uma, qual seria? A clássica com um twist moderno? A mais chamativa e divertida? Ou a peça de colecionador digna de museu?
A verdade é que qualquer escolha seria a certa. Porque nesta coleção, mais do que nunca, a moda está a serviço da expressão pessoal — e Pharrell provou que entende isso como ninguém.