Musk chama ex-banqueiro do Morgan Stanley para comandar finanças da xAI

Elon Musk acaba de recrutar um nome de peso para cuidar do dinheiro e da estratégia da xAI, sua empresa de inteligência artificial: o ex-banqueiro do Morgan Stanley, Anthony Armstrong. A nomeação marca um novo capítulo para o império do bilionário, que tenta consolidar a fusão entre a xAI e a plataforma X (antigo Twitter), criando um ecossistema digital que mistura redes sociais, finanças e inteligência artificial.

Armstrong não é um estranho no universo Musk, foi um dos executivos do Morgan Stanley que ajudaram a estruturar o financiamento da compra do Twitter em 2022. Agora, ele assume uma função decisiva: recuperar o fôlego financeiro de um projeto que ambiciona desafiar OpenAI, Google e Anthropic em escala global.

De banqueiro a estrategista

A chegada de Armstrong mostra que Musk entendeu uma lição básica do Vale do Silício: inovação precisa de lastro financeiro. O novo CFO traz experiência em fusões e captações bilionárias, mas também carrega a reputação de ser meticuloso com custos e metas, exatamente o que falta à xAI em meio à recente reestruturação.


Elon Musk com chefe da Nvidia (Foto: reprodução/x/@luxalgo)

Desde que fundou a empresa, em 2023, Musk tem pregado uma IA “honesta e livre de vieses”, o oposto do que ele chama de “moderação política das grandes Big Techs”. Mas o discurso idealista encontrou o peso da realidade: queda de receita publicitária na X, altos custos de infraestrutura de IA e um mercado cada vez mais competitivo por talentos e chips.

A missão: fazer o caos dar lucro

Armstrong chega em um momento delicado. A xAI passa por trocas constantes na liderança, incluindo a saída de Mike Liberatore e a dança de cadeiras na X, que perdeu executivos de alto escalão nos últimos meses.

Sua missão não é apenas ajustar planilhas: ele precisará costurar a integração financeira entre duas empresas com ritmos e prioridades diferentes. Enquanto a X busca estabilidade e receita recorrente, a xAI quer velocidade e risco para competir com gigantes que investem bilhões por trimestre em pesquisa.

O sinal para o mercado

Com Armstrong no comando das finanças, Musk envia uma mensagem clara a investidores e ao mercado: a fase experimental acabou. A xAI quer se posicionar como uma empresa sólida, capaz de levantar capital e operar de forma sustentável, sem depender apenas do carisma do fundador.

A aposta é ambiciosa: transformar a fusão entre X e xAI em uma plataforma única, onde dados, conteúdo e inteligência se retroalimentem. Se der certo, será um modelo inédito de integração entre rede social e IA generativa. Mas, como costuma acontecer no universo de Musk, o sucesso depende de um equilíbrio instável entre genialidade, velocidade e caos. E é justamente essa tempestade que Armstrong foi contratado para organizar.

Tesla aposta em versão “popular” do Model Y para reacender o interesse global por seus elétricos

A Tesla prepara o lançamento de uma versão mais acessível do Model Y, seu SUV elétrico mais vendido, em uma jogada estratégica para reconquistar o público e enfrentar a desaceleração nas vendas globais.

Nos últimos trimestres, a empresa viu seus números perderem o brilho diante da avalanche de novos concorrentes, especialmente marcas chinesas como BYD e XPeng, que dominam o segmento de elétricos de entrada. Agora, Musk tenta transformar o que antes era luxo em desejo acessível: um Tesla mais “pé no chão”, mas ainda com o DNA futurista que construiu o mito da marca.

Da promessa ao reposicionamento

A ideia de um Tesla popular não é nova. Desde 2020, Musk flerta com o conceito de um modelo abaixo dos US$ 30 mil, mas o projeto parecia ter sido engavetado diante dos altos custos de produção e da pressão dos acionistas por margens robustas.

Desta vez, o plano é diferente: reaproveitar a base do Model Y, reduzir componentes, otimizar baterias e simplificar o design, tudo sem comprometer a segurança ou o desempenho que tornaram o carro um ícone global. Se der certo, a Tesla poderá preencher um espaço ainda pouco explorado entre os modelos premium e os elétricos compactos de entrada, aproximando-se de um público que sempre admirou a marca à distância.

Um mercado mais competitivo do que nunca

O desafio é grande. Montadoras tradicionais como Volkswagen, GM e Hyundai já oferecem SUVs elétricos com preços agressivos, enquanto startups asiáticas ganham escala e dominam o custo das baterias.


Imagem de informações de preço do Tesla (Foto: reprodução/x/@niccruzpatane)

Para competir, a Tesla aposta no que sabe fazer melhor: software, eficiência e experiência de usuário. O ecossistema de recarga Supercharger, a integração com o aplicativo e o piloto automático seguem como trunfos de fidelização.

Mas o segredo estará no equilíbrio entre preço e percepção de valor. Um Tesla “barato” pode atrair novos consumidores, ou diluir o prestígio que sustenta seu posicionamento premium.

O impacto além das garagens

Se o plano funcionar, o mercado automotivo pode entrar em uma nova fase. Preços mais baixos podem democratizar o acesso à mobilidade elétrica e pressionar governos a ampliar infraestrutura e incentivos. A longo prazo, a jogada de Musk é mais do que comercial: é simbólica. Trata-se de redefinir o que significa “inovação acessível” em uma era em que sustentabilidade e tecnologia deixaram de ser luxo e passaram a ser expectativa.

Com o novo Model Y “popular”, a Tesla não quer apenas vender mais, quer voltar a liderar a conversa sobre o futuro dos automóveis elétricos. Resta saber se o público verá esse novo capítulo como o início de uma revolução democrática ou como o primeiro sinal de que até os gigantes da inovação precisam aprender a ser humildes diante da concorrência.

Tesla propõe pacote trilionário a Musk em projeto para expansão de IA e robótica

A Tesla apresentou, por meio de seu conselho de administração, uma proposta que pode redefinir como a indústria de tecnologia e mobilidade vê os planos de remuneração executiva. A empresa sugeriu um pacote ousado de compensação no valor de US$ 1 trilhão para Elon Musk, condicionado ao cumprimento de metas ambiciosas, como transformar a companhia em referência global em inteligência artificial, robótica e veículos autônomos.

Valor oito vezes maior

Segundo o plano, caso o valor de mercado da Tesla alcance US$ 8,6 trilhões — quase oito vezes a capitalização atual da empresa —, Elon Musk poderá receber até 12% de suas ações. A proposta não inclui salário fixo nem bônus em dinheiro, mas prevê premiações em cotas vinculadas a metas específicas, como à venda em larga escala de veículos elétricos, a implementação de robotáxis e a entrega de robôs humanoides com tecnologia avançada de inteligência artificial.

O movimento ocorre em um momento de transição estratégica para a Tesla, que busca expandir sua atuação além do setor automotivo, reforçando o investimento em inteligência artificial e disputando espaço com outras potências globais na corrida por soluções de automação e robótica.


Robô humanoide da Tesla (Vídeo: reprodução/Instagram/@teslamotors)

Outros planos de compensação

Apesar do impacto do valor oferecido, não é a primeira vez que a Tesla vincula a permanência de Elon Musk a uma compensação extraordinária. Em 2018, o plano concedido a ele foi estimado em US$ 56 bilhões, mas acabou sendo questionado judicialmente e ainda está em disputa nos tribunais de Delaware. Em 2024, após nova contestação, a companhia transferiu sua sede para o Texas, buscando maior flexibilidade regulatória.

Para os acionistas, o desafio vai além das cifras, já que a permanência de Musk é considerada estratégica, mantendo a capacidade de inovação da Tesla e garantindo vantagem competitiva em setores emergentes. CEO desde 2008, Musk é valorizado não apenas por sua visão tecnológica, mas também pela habilidade de atrair talentos no disputado mercado de tecnologia. Assim, o pacote trilionário reforça não só a confiança no potencial de Musk, mas também a aposta da Tesla em um futuro dominado por inteligência artificial, robótica e novas soluções de mobilidade.

 

Trump quer blindar os céus dos EUA, mas agora sem Musk

A aliança entre dois dos homens mais poderosos dos Estados Unidos parece ter chegado ao fim, e os efeitos já reverberam nas estrelas. Após o rompimento público entre Donald Trump e Elon Musk, o governo norte-americano iniciou uma reconfiguração urgente no projeto do “Domo de Ouro”, sistema espacial de defesa antimísseis que tem na SpaceX um de seus pilares.

Agora, o Pentágono corre para diversificar os fornecedores do programa, temendo os riscos da centralização tecnológica e dependência política. A palavra de ordem nos bastidores é clara: reduzir o protagonismo de Musk no escudo orbital que pretende proteger os EUA de ameaças balísticas e cibernéticas do futuro.

Da parceria à ruptura

O relacionamento entre Trump e Musk, antes marcado por trocas de elogios públicos e apoio mútuo, azedou após divergências sobre controle estatal, contratos com o governo e posicionamentos pessoais nas redes sociais. O estopim veio com uma série de declarações hostis entre ambos em junho, o que levou a equipe do presidente a reavaliar contratos estratégicos ligados à SpaceX.



Elon musk e Trump em seu último encontro (Foto: reprodução/x/@muskelon3312)


O Domo de Ouro e sua ambição colossal

O “Golden Dome” é descrito como a mais ousada proposta de defesa militar espacial da história americana. Trata-se de uma constelação de satélites e sistemas de interceptação capazes de detectar, rastrear e neutralizar mísseis hipersônicos, drones e ataques cibernéticos em tempo real, a partir do espaço.

O projeto, estimado em mais de US$ 175 bilhões, pretende posicionar os EUA como líder absoluto na chamada “guerra orbital”. No entanto, depender quase exclusivamente da infraestrutura da SpaceX, como os milhares de satélites Starlink e a capacidade de lançamento dos foguetes Falcon, tornou-se um risco geopolítico.

Buscando novos nomes no espaço

A partir de julho, o Departamento de Defesa passou a conversar com novos players do setor aeroespacial. Entre os nomes considerados estão:

Projeto Kuiper (Amazon): em desenvolvimento, com cerca de 80 satélites em órbita e foco inicial em conectividade;

Lockheed Martin, Northrop Grumman e L3Harris: veteranas da indústria de defesa, com histórico de contratos militares;

Startups espaciais como Rocket Lab e Stoke Space: ágeis, inovadoras e dispostas a entregar soluções sob medida.

O plano é construir redundância estratégica e limitar o poder de veto de qualquer fornecedor sobre o sistema como um todo.

E Musk, como reagiu?

Fiel ao seu estilo, Elon Musk usou o X (antigo Twitter) para minimizar a mudança. “A SpaceX nunca quis liderar programas de defesa orbital. Nosso foco é Marte”, escreveu, sugerindo que o distanciamento foi mútuo.

Nos bastidores, porém, fontes indicam que a empresa continua em posição privilegiada para lançamentos e manutenção orbital, pelo menos enquanto nenhum concorrente igualar sua eficiência.

O que está em jogo

Muito além da rivalidade de bilionários, o caso expõe uma questão-chave do século XXI: quem vai dominar o espaço e com que finalidade?

O Golden Dome não é apenas uma muralha invisível sobre os EUA. É um sinal de que a militarização do espaço está em curso, com novas regras, riscos e disputas de poder.

Ao reconfigurar seus contratos, Trump envia dois recados: um para Musk, de que ninguém é insubstituível, e outro para o mundo, de que os EUA pretendem manter seu domínio, mesmo fora da Terra.

Elon Musk e Donald Trump reacendem rivalidade com críticas públicas

A relação entre Elon Musk e Donald Trump voltou ao centro das atenções após uma nova rodada de declarações públicas entre os dois, indicando o aprofundamento de um distanciamento que já vinha se desenhando desde meados de 2024. Os dois, que já mantiveram uma relação de colaboração política e empresarial, agora protagonizam um embate que ganhou contornos mais diretos nos últimos dias.

A fala de Trump e a resposta de Musk

Durante um pronunciamento recente, Donald Trump mencionou Elon Musk de forma crítica, sugerindo que o bilionário deveria “ter mais cuidado” com sua atuação pública. Ele também fez referência à possibilidade de Musk ser alvo de medidas governamentais caso continue a se opor a certas propostas econômicas, como o pacote de cortes fiscais e de gastos públicos que vem sendo defendido por aliados do ex-presidente.

Em resposta, Musk utilizou a plataforma X, da qual é proprietário, para afirmar que pretende apoiar financeiramente candidatos que se oponham ao projeto fiscal promovido por Trump. Segundo ele, congressistas que apoiarem a proposta enfrentarão resistência nas prévias republicanas. A mensagem foi clara: o empresário deseja influenciar o cenário do partido.

Encontro entre Trump e Musk na CNN (foto/reprodução/x/@ElonMuskNews47)

O histórico da ruptura

Musk e Trump já haviam trocado farpas anteriormente. Em 2024, Musk demonstrou apoio crítico ao presidente, chegando a se reunir com ele em eventos de bastidores políticos. No entanto, a relação começou a se desgastar com divergências em torno de políticas econômicas e ambientais, além de questões relacionadas à liberdade de expressão nas plataformas digitais.

Nos últimos meses, Musk passou a criticar publicamente o projeto orçamentário conhecido como “One Big Beautiful Bill Act”, classificando-o como um plano que pode comprometer a sustentabilidade fiscal dos EUA. A posição foi vista por aliados de Trump como um sinal de ruptura definitiva.

Repercussões e movimentações nos bastidores

Fontes próximas ao alto escalão político em Washington indicam que assessores de ambos tentaram retomar o diálogo entre as partes, mas as diferenças ideológicas e estratégicas permanecem. Enquanto Trump reforça sua base com foco em controle fiscal, Musk adota uma postura mais voltada à inovação econômica e tecnológica, com foco na preservação de investimentos privados e no incentivo ao empreendedorismo.