Hamas liberta 20 reféns israelenses em Gaza

Após mais de 700 dias mantidos em cativeiro, em Gaza, os 20 israelenses vivos foram libertados na madrugada desta segunda-feira (13). Os outros 28 reféns ainda em solo palestino estão mortos, confirma Israel.

O plano de paz proposto por Donald Trump, para acabar com a guerra, foi anunciado na última quarta-feira (8), quando o Hamas concordou em libertar todos os reféns vivos e devolver os restos mortais das vítimas já falecidas. O grupo terrorista tinha até as 6h (de Brasília) para libertar todos os 48 reféns, mas pediu mais tempo para localizar todos os 28 corpos já mortos e contará com a ajuda da Turquia, que fará uma força-tarefa para ajudar a encontrar  os restos mortais das vítimas em Gaza.

Plano para encerrar a guerra

Foi iniciado a primeira parte do acordo proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que conta com o apoio do Egito, Catar e da Turquia. Este ponto conta com a libertação de todos os reféns israelenses sob o domínio do Hamas e também conta com o fim dos ataques à Gaza, com o recuo gradual das tropas militares de Israel.

Israel iniciou a libertação de quase 2 mil palestinos que estavam detidos, incluindo os prisioneiros condenados à prisão perpétua. Todos estão sendo levados para a cidade de Ramallah, na Cisjordânia, onde fica a sede da Autoridade Palestina.


Hamas liberta os 20 reféns israelenses vivos (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

A próxima parte do acordo ainda não está definido

A próxima etapa ainda está em negociação, pois Israel quer a garantia de que o Hamas entregue todas as suas armas, e o grupo palestino quer que Israel retire suas tropas por completo e que não tenha a permissão de realizar novos ataques. Também é preciso definir como será feito a transição do governo na Faixa de Gaza, já que o Hamas ainda não aceitou a ideia de um governo estrangeiro temporário e Israel não quer que o local seja dominado pelo grupo terrorista e nem pela Autoridade Palestina.

Brasil cobra Israel por libertação imediata de brasileiros

Israel foi condenado pelo governo brasileiro, nesta quarta-feira (01), devido as forças israelenses terem interceptado as embarcações da Flotilha Global Sumud, na madrugada. Nessa interceptação, foram detidos 15 brasileiros, entre eles, a deputada federal, Luizianne Lins, do PT. Itamaraty ordenou para que os cidadãos pegos pelas forças de Israel sejam libertados de imediato e cobra garantias.

Nota oficial do governo

O governo brasileiro reagiu de forma dura após a detenção de cidadãos nacionais por Israel em uma flotilha humanitária que navegava rumo à Faixa de Gaza. Em comunicado oficial, o Ministério das Relações Exteriores classificou a operação como “ilegal e arbitrária”, afirmando que houve desrespeito às normas do direito internacional e violação da proteção a missões de caráter humanitário.

Exigência de libertação imediata

A nota do Itamaraty pede a libertação imediata dos brasileiros e exige que Israel apresente explicações sobre os motivos da detenção. Além disso, cobra que sejam garantidas condições adequadas de tratamento aos detidos e que seja assegurado o retorno seguro deles ao Brasil.


Publicação sobre a Flotilha (Foto: reprodução/Instagram/@canalgov)

Apoio diplomático e pressão internacional

Segundo o comunicado, todas as representações diplomáticas brasileiras estão mobilizadas para acompanhar a situação e oferecer apoio consular. O governo também destacou que levará o caso a fóruns internacionais, como a ONU, reforçando a posição de que ações contra missões humanitárias não podem ser toleradas. A equipe da Embaixada do Brasil fará uma visita consular nesta sexta-feira (03), para verificar as condições de saúde e segurança que os cidadãos brasileiros estão tendo, além de darem orientação e assistência.

Contexto da flotilha

A embarcação fazia parte de uma flotilha organizada por grupos civis com o objetivo de levar suprimentos e apoio humanitário à população de Gaza, duramente afetada pela guerra. O governo brasileiro ressaltou que iniciativas desse tipo têm amparo em tratados internacionais e não deveriam sofrer intervenções militares.