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Irã lança mísseis contra Israel

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Militares iranianos enviaram mísseis balísticos contra Israel nesta sexta-feira (13). A ação iraniana é uma resposta ao ataque israelense ocorrido na última quinta-feira (12) que buscava atingir bases militares e nucleares no país.

As Forças de Defesa de Israel informaram que a maioria dos mísseis enviados pelo Irã não conseguiram atingir os alvos ou foram interceptados, mas o governo afirma que os ataques iranianos tinham a intenção de atingir áreas com civis.

Israel Katz, ministro da defesa israelense, diz que a ação iraniana “passou do limite” ao lançar mísseis em áreas residenciais. Segundo o jornal Haaretz, há 40 pessoas feridas e duas delas estão em estado grave. Já a agência France Presse informa que uma operação para resgatar civis presos em um prédio está acontecendo em Tel Aviv, uma das cidades atingidas pelo bombardeio.

Ataque israelense

Na última quinta-feira (12), Israel fez ataques ao Irã e atingiu algumas regiões no país. A motivação para a ação da Força de Defesa de Israel seria a destruição do avanço nuclear iraniano. De acordo com Israel, o país possui urânio enriquecido para a montagem de nove bombas nucleares, e Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, afirma que seu país não deixaria, de forma pacífica, que o Irã possuísse armas de destruição em massa.

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Prédio atingido pelo bombardeio israelense em Teerã, no Irã (Foto: reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)

O ataque israelense foi responsável pela morte do Chefe das Forças Armadas do Irã, Mohammad Bagheri, do chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami e de mais dois cientistas. Segundo informações da Fars, agência de notícias do Irã, 78 pessoas foram mortas e mais de 300 ficaram feridas.

Resposta iraniana

Após o início dos ataques iranianos contra Israel, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, declarou que Israel terá um “destino amargo e doloroso”. Em uma carta direcionada à ONU, Abbas Araghchi, ministro das Relações Exteriores do Irã, pediu uma ação do Conselho de Segurança da organização, que logo convocou uma reunião de emergência para resolução da questão.

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 Aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã (Foto: reprodução/ATPImages/Getty Images Embed)

Além disso, o general Abolfazl Shekarchi, representante das Forças Armadas iranianas, afirma que Israel e os Estados Unidos pagarão caro pelos ataques ao país. Os EUA, acusados de estarem envolvidos nos bombardeios, negaram ter participação direta na ação israelense, e que sua maior preocupação é com os soldados americanos na região.

Donald Trump fala sobre possibilidade de ataque de Israel contra Irã

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Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, advertiu nesta quinta-feira (12) sobre a chance de haver um “conflito massivo” no Oriente Médio caso Israel inicie um ataque contra o Irã. As preocupações e tensões aumentaram após o governo iraniano confirmar que intensificaria suas atividades nucleares.

Possibilidade de um ataque

Autoridades legais estão cada vez mais apreensivas com a possibilidade de haver um ataque por parte de Israel, logo após os iranianos anunciarem que aumentariam os seus programas nucleares. A informação foi destacada por fontes de alto escalão ao jornal CNN.

A conversa do Irã ocorreu logo após a Agência Internacional de Energia Atômica ter validado uma resolução afirmando que o país não estava realizando seus acordos de não proliferação.

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Donald Trump (Foto: reprodução/Win McNamee/Getty Images Embed)

Com este cenário, foram feitas perguntas ao presidente dos EUA sobre a possibilidade de um ataque, Trump comentou que “pode ​​muito bem acontecer”. “Não quero dizer de imediato, mas é algo que pode muito bem acontecer”, declarou Trump a jornalistas em uma coletiva na Casa Branca.

Procedimento de emergência

As delegações dos EUA no Oriente Médio prepararam procedimentos de emergência nesta semana, e esse procedimento está em andamento enquanto o país acompanha as possíveis ameaças na região, comunicou as autoridades.

Quando foi perguntado sobre o que os israelenses lhe revelaram para incentivar a retirada dos cidadãos americanos da região, Trump disse: “Eles não me comunicaram nada, mas eu falei: olha, há uma possibilidade de um conflito massivo”, “Temos muitos americanos nesta área, e eu disse: olha, temos que dizer a eles para se retirarem porque algo pode ocorrer em breve. E eu não quero ser aquele que não deu qualquer aviso quando mísseis estiverem voando contra seus edifícios”, declarou Trump.

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Donald Trump (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Bloomberg)

Ele também expôs que o aviso foi considerado um “salva-vidas” para as pessoas que residem na área: “É possível. Então eu tive que fazer isso” disse o presidente dos EUA.

Ele também comentou que esperava poder salvar muitas vidas com esse alerta, mas também espera que não ocorra nenhum ataque entre os países, pois os Estados Unidos estão realizando um possível acordo nuclear com o Irã, e teme que isso possa atrapalhar.

Israel ataca Irã e atinge bases nucleares

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Na noite da última quinta-feira (12), horário de Brasília, o governo de Israel realizou um ataque a instalações nucleares iranianas. Segundo o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a ação foi motivada pelo avanço do desenvolvimento nuclear do Irã, o que, de acordo com Netanyahu, representa uma forte ameaça a Israel. 

Após o ataque, o governo de Israel publicou um vídeo assumindo a autoria. Até o momento, segundo as informações divulgadas pelas Forças de Defesa israelenses, foram utilizados 200 aviões de combate, que atingiram mais de 100 regiões do país, incluindo a capital iraniana, Teerã. 

Ainda no vídeo divulgado por Israel, Benjamin Netanyahu afirmou que a capacidade nuclear no Irã está cada vez maior, e o país “poderá produzir uma arma nuclear em um prazo muito curto”, fato que justificaria a necessidade de ataque. O primeiro-ministro também destacou que a operação poderá permanecer por tempo indeterminado.  

Após a realização do ataque, autoridades israelenses destacaram que o país está em estado de emergência, com seu espaço aéreo fechado, devido ao risco de retaliação.

Irã promete reagir ao ataque de Israel  (Vídeo: Reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Resposta do Irã

Autoridades iranianas destacaram que o país irá responder ao ataque. O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo iraniano, afirmou, por meio de pronunciamento na TV estatal do país, que Israel “deve esperar punição severa”. De acordo com as Forças de Defesa de Israel (FDI), o governo iraniano já iniciou sua retaliação, com um ataque de 100 drones ao território israelense. 

Já o porta-voz das Forças Armadas iranianas, general Abolfazl Shekarchi, endossou a fala do líder nacional, acrescentando que os Estados Unidos também serão punidos. Aliado de Israel, o governo norte-americano classificou o ataque como “unilateral”, e, apesar de autoridades estadunidenses saberem da sua idealização, o país afirma que não se envolveu diretamente no episódio.  

Autoridades iranianas mortas no ataque

Segundo a mídia estatal iraniana, o chefe das Forças Armadas do país, Mohammad Bagheri, e da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, foram vítimas da operação. Além dessas autoridades, o ataque israelense vitimou pelo menos dois cientistas nucleares iranianos.

Embarcação de Greta Thunberg com destino a Gaza é interceptada por Israel

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A embarcação Madleen, liderada por Greta Thunberg, seguia em missão de ajuda humanitária com destino à Faixa de Gaza quando foi interceptada por forças israelenses na noite deste domingo (08), madrugada de segunda-feira (09), no horário local. O Ministério das Relações Exteriores de Israel confirmou que todos os tripulantes estão em segurança e estão sendo conduzidos à costa israelense, de onde devem ser enviados para seus países de origem.

O barco partiu da Itália na semana passada e, entre os voluntários a bordo, está o brasileiro Thiago Ávila. A equipe de Greta, Thiago e outros militantes chegou a publicar nas redes sociais um vídeo previamente gravado, afirmando: “Se vocês estão vendo este vídeo, fomos sequestrados pelo governo de Israel”, e pedindo que as autoridades de seus países exijam da Embaixada de Israel garantias de segurança e liberdade para os ativistas.

A embarcação navegava em águas internacionais e tentava romper o bloqueio territorial imposto por Israel à Gaza, medida tomada para impedir o fornecimento de armas e ajuda externa ao grupo Hamas. A interceptação ocorreu poucas horas após o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmar que medidas seriam tomadas para barrar a chegada da embarcação ao território palestino.

Itamaraty acompanha o caso

Em nota divulgada na manhã dessa segunda-feira (09), o Itamaraty diz estar acompanhando “com atenção” a interceptação dos 12 ativistas. “Ao recordar o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais, o Brasil insta o governo israelense a libertar os tripulantes detidos. […] a necessidade de que Israel remova imediatamente todas as restrições à entrada de ajuda humanitária em território palestino”, relata trecho da nota.

Greta Thunberg em vídeo divulgado em seu Instagram (Vídeo: reprodução/Instagram/@gazafreedomflotilla)

Iate da selfie

Este é mais um episódio polêmico no contexto da longa guerra entre Israel e o grupo Hamas. As relações diplomáticas de Israel com outras nações têm se tornado cada vez mais tensas. Recentemente, o presidente Lula acusou o país de “vitimismo”, e o Reino Unido suspendeu as negociações de um acordo comercial bilateral.

Após a interceptação, o governo israelense classificou a missão liderada por Greta Thunberg como um “truque midiático” e afirmou que a embarcação “não passava de um iate para selfies de celebridades”, alegando que a quantidade de alimentos não era suficiente “nem para encher um caminhão”. Autoridades israelenses, entretanto, afirmam que os suprimentos serão encaminhados à Gaza por meio dos canais oficiais de ajuda humanitária.

Irmã do ativista Thiago Ávila em vídeo (Vídeo: reprodução/Instagram/@thiagoavilabrasil)

Até o momento da publicação desta matéria, familiares dos ativistas relatam que ainda não conseguiram contato com os detidos.