Reforço do Botafogo, Arthur Cabral rende percentual milionário ao Ceará

Anunciado pelo Botafogo no último domingo (8), Arthur Cabral chegou para jogar no lugar ocupado por Igor Jesus, que irá para o Nottingham Forest após o Mundial de Clubes 2025. Ex-jogador do Benfica, Arthur foi revelado pelo Ceará e dá ao clube o direito de receber um total de 2,6% por toda negociação que envolva a venda do atacante. Isso ocorre por conta do Mecanismo de Solidariedade da Fifa, dispositivo que gera benefícios aos clubes que formaram os atletas.

Negociação com o Botafogo e benefícios ao Ceará

Com a quantia de 15 milhões paga em euros, aproximadamente R$95,3 milhões se convertidos em reais, o Vovô tem direito de receber cerca de R$2,4 milhões pela venda feita pelo Benfica.

Arthur Cabral chega ao Botafogo e já está regularizado no BID, podendo estrear junto ao Botafogo no Mundial de Clubes, que se inicia no próximo domingo (15). O atacante entra no lugar de Igor Jesus, atuando como centroavante do clube.


Arthur Cabral, camisa 98 do Botafogo, é regularizado no BID (Foto: reprodução/Instagram/@botafogo)

Carreira de Arthur Cabral

Revelado pelo Ceará em 2015, permaneceu no clube até o final da temporada de 2018, quando foi vendido ao Palmeiras. No Alvinegro, conquistou junto ao time dois títulos estaduais e se consagrou destaque. No Verdão, o atacante ficou apenas um ano, quando foi transferido para o Basel, clube suíço.

Sua carreira na Europa girou em torno de três países: a Suíça, a Itália e Portugal, local onde atuava antes do Botafogo. Arthur jogou em solos suíços de 2019 até 2022, sendo transferido para a Fiorentina e, no ano de 2023, para o Benfica. Na Europa, o atacante se tornou o maior artilheiro da história da Conference League com o total de 12 gols.

Agora no Brasil, jogando pelo Botafogo, está apto a disputar o Mundial de Clubes 2025.

Borussia Dortmund acerta com irmão de Bellingham para o Mundial de Clubes

O Borussia Dortmund anunciou nesta terça-feira (10) a contratação do promissor meio-campista Jobe Bellingham, irmão de Jude Bellingham, ex-jogador do clube alemão e atualmente estrela do Real Madrid. Com apenas 19 anos, o jovem talento assinou um contrato de longa duração, válido até 2030.

O Borussia Dortmund está no Grupo F do torneio Intercontinental, o mesmo do Fluminense. Além da equipe carioca, o grupo é composto por Mamelodi Sundowns, da África do Sul, e Ulsan HD, da Coreia do Sul.

Jobe é um jogador de futebol extremamente talentoso, com um nível impressionante de maturidade e inteligência em campo para alguém tão jovem”, iniciou Lars Ricken, diretor-geral e lenda do Borussia Dortmund.

Não temos dúvidas de que ele se encaixa perfeitamente em nossa filosofia de desenvolver jovens talentosos e dar a eles a oportunidade de se aprimorarem e se consolidarem no mais alto nível. Seu profissionalismo, dinamismo e sede de sucesso o tornarão um verdadeiro trunfo para nossa equipe. Estamos ansiosos para trabalhar com ele e temos certeza de que ele terá um papel importante no futuro do Borussia Dortmund”.


Jobe Bellingham assina com Borussia Dortmund (Foto: reprodução/Instagram/@bvb09)


Um pouco sobre Jobe Bellingham

Dois anos mais novo que seu irmão famoso, Jobe Bellingham foi revelado pelo Birmingham City (assim como o próprio Jude) antes de se transferir para o Sunderland em 2023. Seu impacto no Stadium of Light foi imediato e significativo. Como um dos protagonistas na temporada que garantiu o acesso do Sunderland de volta a Premier League, Jobe demonstrou seu talento em ascensão, marcando quatro gols e dando três assistências em 43 partidas. Suas atuações impressionantes lhe renderam o prestigiado prêmio de “Melhor Jovem Jogador da Championship”, destacando seu potencial e sua prontidão para um palco maior.

Jobe resolveu seguir os passos do irmão, que também atuou pelo Dortmund entre 2020 e 2023.

O caçula dos Bellingham celebrou o novo desafio na carreira.

Estou muito feliz por agora ser jogador do Borussia Dortmund e lutar por títulos com este grande clube. Quero fazer a minha parte para celebrar com esta torcida incrível, e vou trabalhar todos os dias para conseguir isso. Estou muito feliz por vestir a camisa preta e amarela no Super Mundial de Clubes“, disse o meio-campista.


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Jobe Bellingham foi um dos destaques no título do Sunderland (Foto: reprodução/George Wood/Getty Images Embed)


Dortmund no Super Mundial

A chegada de Jobe Bellingham adiciona mais uma dimensão emocionante ao elenco do Borussia Dortmund, que está no grupo do Fluminense no Super Mundial, o que deixará os torcedores ansiosos para ver como o jovem meio-campista se desenvolverá e contribuirá para as ambições da equipe nas próximas temporadas.

O inglês usará a camisa 77 no clube aurinegro e já viaja com o clube alemão para a disputa do Mundial, nos Estados Unidos.

A estreia acontece contra o Tricolor carioca, no dia 17 de junho, às 13h (de Brasília), no MetLife Stadium, em Nova York.

J Balvin, Doja Cat e Tems farão show no intervalo do Mundial de Clubes

A exemplo do que acontece em outros eventos esportivos, como o intervalo do SuperBowl, a final campeonato de futebol americano dos EUA e nas aberturas dos campeonatos futebolísticos, como a final da Liga dos Campeões da Europa e da Libertadores da América, a FIFA decidiu também implementar uma atração musical no intervalo do Mundial de Clubes. Na primeira edição do torneio com o novo formato, J Balvin, Doja Cat e Tems terão a responsabilidade de agitar os espectadores.

Novo desafio

A competição se inicia no próximo sábado (14) e se estende até o dia 13 de julho, data da final do campeonato. Durante o intervalo da partida que finda o certame, os três artistas estarão em cena para levantar o público presente no MetLife Stadium, em Nova Jersey, nos EUA, e em casa, acompanhando a decisão pela TV. A apresentação terá a produção da Global Citizen, com curadoria de Chris Martin, vocalista da banda britânica “Coldplay”.

Além da responsabilidade de engradecer o espetáculo e promover maior visibilidade ao confronto derradeiro do Mundial de Clubes, J Balvin, Doja Cat e Tems terão também a missão de ajudar a arrecadar US$ 100 milhões para o Fundo Educacional Cidadão Global da Fifa, entidade organizadora do campeonato.


Presidente da FIFA, Gianni Infantino, ao lado da taça do Mundial de Clubes (Foto: reprodução/Brennan Asplen/GettyImagesEmbed)

Queridinho dos brasileiros

A edição deste ano do Mundial de Clubes marcará uma mudança significativa no torneio. A FIFA planeja renomeá-lo oficialmente como “Copa do Mundo de Clubes”, em alusão ao tradicional Mundial de seleções realizado a cada quatro anos.

Além da nova nomenclatura, a competição adotará o mesmo formato utilizado na Copa do Mundo até 2022: 32 equipes divididas em oito grupos com quatro clubes cada. Os dois melhores de cada grupo avançam para a fase eliminatória, totalizando 16 classificados que disputarão partidas de mata-mata até a final.

Desde 1960, clubes de diferentes continentes se enfrentam anualmente com o intuito de decidir qual deles é o melhor time do mundo do futebol. Diferente da edição que se inicia no próximo sábado (14), o campeonato intercontinental disputado há 65 anos possuía regras diferentes. Naquela ocasião, apenas times de dois continentes, a Europa e a América do Sul, considerada as duas regiões mais fortes no esporte, disputaram o título. Por vencerem o principal campeonato de seus respectivos continentes, o Real Madrid, campeão da Copa dos Campeões da Europa, e o Peñarol, campeão da Libertadores da América daquele ano, disputaram o mundial daquele ano. O clube espanhol derrotou os uruguaios, tornando-se, assim, o primeiro campeão intercontinental, segundo a Fifa.

O torneio variou entre uma final disputada apenas entre um jogo, em campo neutro, e dois, no estádio de cada participante até 2004. Antes disso, houve uma edição especial em 2000. Nesse ano, a FIFA decidiu organizar um torneio que contasse com os representantes de todos os continentes, além de um representante do país anfitrião da competição que acontecerá no Brasil. Melhor para o Corinthians, “dono da casa”, que derrotou o Vasco, que representava a América do Sul, na decisão.

O formato usado em 2000, com times de todos os continentes, só voltou a ser usado em 2005, ano em que o São Paulo derrotou o Liverpool, da Inglaterra, sagrando-se tri campeão mundial, e durou até os dias atuais, pois mesmo com o novo formato quadrienal, a FIFA deseja manter uma edição anual, dos mesmos moldes que fizeram torcedores de Corinthians, São Paulo, e Internacional, esse em 2006, sorrirem.

Diferente do que ocorre com torcedores de times de outros continentes, os adeptos brasileiros valorizam a competição intercontinental. É ela que é motivo de orgulho, ou decepção, na história de suas agremiações.

Mudança de comportamento de jogadores preocupa Mano Menezes: “muito distante do futebol”

Considerado um dos treinadores mais experientes do futebol brasileiro, Mano Menezes demonstrou inquietação com a conduta da nova geração de atletas. Em entrevista à GZH, o técnico do Grêmio destacou que os jogadores de hoje estão cada vez mais distantes do futebol, inclusive nas conversas do dia a dia. Segundo ele, a falta de interesse em discutir o jogo entre os próprios colegas é um sinal claro de uma desconexão preocupante com a essência do esporte.

Mano comentou que já foi comum ver atletas combinando jogadas, trocando ideias e discutindo estratégias de maneira espontânea, algo que ele observa com menor frequência atualmente. “O que mais me preocupa no jogador de hoje é que ele está muito distante do futebol. Ele fala menos de futebol. A gente tem incentivado os nossos a voltarem a falar, a sentar e conversar sobre a coisa mais importante na nossa vida”, afirmou o técnico, ressaltando a importância da troca de ideias entre os jogadores como um aspecto fundamental para o rendimento coletivo.

Embora reconheça a influência das redes sociais nesse novo comportamento, Mano evita adotar medidas radicais, como proibir o uso de celulares nos ambientes do clube. Para ele, a solução não está na imposição de regras, mas na conscientização dos atletas sobre a importância de retomarem a convivência mais próxima e o diálogo sobre o futebol. “Tudo que é imposto não tem um resultado tão bom como a gente gostaria”, analisou.

Distanciamento afeta desempenho coletivo

O treinador vê o afastamento entre os jogadores não apenas como um fator social, mas também como algo que prejudica o desempenho técnico em campo. Segundo Mano, a superficialidade das relações acaba diminuindo a capacidade de improviso dos atletas, o que se reflete diretamente no rendimento durante as partidas. A ausência de uma convivência mais íntima e estratégica entre os jogadores tem dificultado a criação de soluções espontâneas nas situações decisivas.


Treinador gremista Mano Menezes em campo (foto:reprodução/Ruano Carneiro/Getty Imagem Embed)

Para Mano, o futebol depende de conexões humanas e entendimento mútuo dentro do elenco. Ele acredita que reconstruir esse vínculo é essencial para a evolução da equipe. “A intimidade que se tinha antes já não se consegue ter tanto, e é uma intimidade necessária para o futebol. Acho que a gente tem que trabalhar para recuperar isso”, afirmou, indicando que o fortalecimento das relações internas pode ser um caminho para melhorar o desempenho dentro das quatro linhas.

Excesso de informação gera atletas dependentes

Outro ponto que o técnico gremista destacou é o excesso de informações repassadas pela comissão técnica aos jogadores. Na avaliação de Mano, isso tem gerado uma dependência excessiva das instruções dos treinadores, limitando a autonomia e a criatividade dos atletas em campo. “A gente esmiúça tanto o jogo que passa tudo. Isso foi criando um atleta muito escondido atrás da informação do treinador”, observou.

Mano defende que os jogadores devem ser mais protagonistas e tomar decisões com base em sua leitura do jogo, e não apenas cumprir o que foi determinado antes da partida. Para ele, recuperar a capacidade de improviso e incentivar o raciocínio próprio são tarefas fundamentais no futebol moderno. “Ele precisa tomar mais decisões. A gente sempre fala isso”, finalizou o treinador, que segue tentando resgatar nos atletas o espírito participativo e pensante do futebol de outras épocas.