COP30: Lula pede “a ambição precisa virar ação para o clima”

Durante a Cúpula de Líderes da COP30, nesta quinta-feira (6), em Belém, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou que o combate à crise climática exige medidas imediatas, e não apenas compromissos simbólicos. Em discurso no painel “Clima e Natureza: Florestas e Oceanos”, o presidente afirmou que é hora de transformar ambição em ação e reposicionar o desenvolvimento brasileiro em direção à sustentabilidade.

Compromissos do Brasil

Lula afirmou que o Brasil reduziu em mais de 50% o desmatamento na Amazônia e caminha para alcançar o menor índice em mais de uma década. Ele reafirmou a meta de zerar o desmatamento até 2030 e anunciou um plano nacional para recuperar 40 milhões de hectares de pastagens degradadas.



Além das ações terrestres, reforçou o compromisso com a “Amazônia Azul”, prometendo ampliar áreas marinhas protegidas de 26% para 30% e ratificar até o fim do ano o Tratado do Alto Mar.

Multilateralismo e financiamento global

Segundo Lula, nenhum país conseguirá enfrentar a crise climática de maneira isolada. Ele destacou que incêndios florestais, poluição marinha e eventos extremos ignoram fronteiras e exigem cooperação multilateral.

Nesse contexto, apresentou o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), modelo que remunera países pela preservação ambiental. O presidente defendeu ainda uma revisão profunda no sistema financeiro internacional para permitir que nações em desenvolvimento financiem transições verdes de forma sustentável.

A responsabilidade dos países desenvolvidos

Lula também cobrou maior compromisso das nações ricas, argumentando que o peso histórico das emissões globais não pode ser ignorado. Segundo ele, países industrializados devem assumir a liderança na redução de carbono e ampliar o financiamento climático destinado ao Sul Global.

O presidente afirmou que nações que mais contribuíram para o aquecimento global têm obrigação moral e econômica de ajudar aquelas que enfrentam, hoje, impactos desproporcionais das mudanças climáticas. Para Lula, sem responsabilidade compartilhada e justiça climática, acordos internacionais continuarão avançando de forma lenta e insuficiente.

ONU alerta que 2025 pode ser um dos anos mais quentes da história

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) afirmou nesta quarta-feira (06), que 2025 está a caminho de se tornar o segundo ou o terceiro ano mais quente já registrado.

O boletim foi divulgado pela agência meteorológica da ONU a poucos dias da abertura oficial da COP30, que acontece em Belém (PA) e mostra que as emissões de gases do efeito estufa e o calor nos oceanos atingiram níveis elevados e preocupantes.

Aquecimento global e derretimento de geleiras

Com o aumento da emissão dos gases estufa a cada ano, o aquecimento global vem provocando o aumento da temperatura no planeta e o derretimento de geleiras e calotas polares em retração acelerada.

“Essa sequência sem precedentes de altas temperaturas, combinada com o aumento recorde dos níveis de gases de efeito estufa no ano passado, deixa claro que será praticamente impossível limitar o aquecimento global a 1,5 °C nos próximos anos sem ultrapassar temporariamente essa meta”, alertou Celeste Saulo, secretária-geral da OMM

“Mas a ciência é igualmente clara: ainda é totalmente possível e essencial reduzir as temperaturas para 1,5 °C até o final do século”, finalizou.

A meta de 1,5 °C foi estabelecida pelo Acordo de Paris em 2015 para evitar impactos extremos do clima, como secas severas, elevação do mar, furacões e tempestades fora de controle e época.

Alguns estudos apontam que o planeta já pode ter ultrapassado os limites impostos pela ciência, e isso explicaria como grandes tragédias climáticas ganharam destaque na mídia nos últimos anos.



Os desafios dos países na COP 30

O relatório também foi citado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, em sua fala em Belém durante a Cúpula dos Líderes.

Em cada ano em que se ultrapassar o limiar de 1,5 °C, as economias serão severamente afetadas, as desigualdades se agravarão e ocorrerão danos irreversíveis“, disse Guterres.

António Guterres ainda destacou a importância de agir agora, com rapidez e em larga escala para reduzir o aumento da temperatura antes do final do século.

A COP 30 visa reunir cerca de 191 países do mundo para debater ideias e definir metas para enfrentar a crise climática com atitudes sustentáveis e reduzir as emissões de gases de efeito estufa no planeta.

O Brasil, por exemplo, tem a meta de reduzir os gases de efeito estura em 53% até 2030 e zerar as emissões líquidas até 2050.

Brasil se torna líder mundial em geração de energia limpa

O Brasil se consolida como um líder mundial em energia limpa, com uma matriz energética elétrica majoritariamente renovável (entre 80% a 88%), e possui potencial para aumentar sua liderança global em setores como o de hidrogênio verde.

Fontes de energia renováveis como a hidrelétrica, a energia solar, energia eólica e a biomassa, colocam o Brasil entre os países que mais geram energia limpa no mundo.

 O Brasil tem uma grande chance para expandir ainda mais a geração de energia solar e eólica, o país ocupou o 3º lugar no ranking global de energia renovável em 2024, mas enfrenta polêmicas na área ambiental com a chegada de uma possível perfuração de um poço de petróleo na Amazônia que foi concedida pelo Ibama em outubro deste ano com autorização do governo brasileiro.

Saiba o que é a Reunião de Líderes da COP30

A Reunião de Chefes de Estado e de Governo da COP30 tem início oficial nesta quinta-feira (6), em Belém (PA), com a presença prevista de mais de cinquenta autoridades máximas de diferentes países. O encontro inaugura a etapa política da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que realizará suas discussões oficiais entre 10 e 21 de novembro.

Diferente de edições anteriores, como as realizadas em Glasgow, em 2021, e em Dubai, em 2023 , a reunião entre líderes ocorre antes do começo formal da conferência. A proposta é permitir que os negociadores técnicos disponham de mais tempo para tratar das decisões complexas sobre mitigação, adaptação e financiamento climático.

Organização e Propósito da Cúpula

O encontro foi articulado pela Presidência brasileira da COP30 e conta com a participação de dirigentes, vice-presidentes e ministros de cerca de 140 nações. O objetivo central é estabelecer um direcionamento político para as tratativas internacionais, sem que sejam tomadas decisões oficiais ou elaborados documentos com força deliberativa.

Embora o evento reúna representantes de todo o mundo, nem todos os países estarão representados por seus presidentes. Os Estados Unidos, por exemplo, não enviaram integrantes de alto escalão, e o presidente Donald Trump não participará da reunião.

Após compromissos bilaterais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará a abertura oficial da Cúpula, momento em que também lançará o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (Tropical Forests Forever Fund – TFFF). A iniciativa pretende incentivar políticas de conservação ambiental, além de reforçar compromissos internacionais voltados à erradicação da fome, à redução da desigualdade social e à ampliação do uso de biocombustíveis.

Belém se torna a capital do país durante a COP30 (Reprodução/Instagram/@curtebelem)


Estrutura do Encontro

A programação da Cúpula se estende por dois dias, com sessões plenárias e três mesas redondas de alto nível.

1. Florestas e Oceanos
Na primeira sessão, o governo brasileiro apresentará oficialmente o TFFF, fundo climático estruturado com base em investimentos de renda fixa. A expectativa é captar aproximadamente 625 bilhões de reais (ou 125 bilhões de dólares), somando aportes de países e fundações a recursos obtidos no mercado financeiro.
O rendimento será direcionado à compensação financeira de nações que mantêm áreas florestais preservadas, priorizando países tropicais como Brasil, Indonésia e República Democrática do Congo. O projeto destina parte dos recursos a povos indígenas e comunidades locais e veda aplicações ligadas a combustíveis fósseis.

2. Transição Energética
A segunda mesa será voltada à ampliação da produção e do consumo de energias limpas. As metas incluem triplicar a capacidade mundial de fontes renováveis até 2030 e duplicar a eficiência energética global. Outro foco será a consolidação do Compromisso de Belém pelos Combustíveis Sustentáveis, uma parceria entre Brasil, Itália e Japão, que pretende multiplicar por quatro a geração e utilização de biocombustíveis, biogás, hidrogênio verde e combustíveis sintéticos até 2035.

3. Avaliação do Acordo de Paris e Financiamento Climático
A última sessão discutirá os dez anos do Acordo de Paris e o avanço das metas nacionais até 2025, além da formulação de novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) para 2035. Outro tema será o plano Baku–Belém, apresentado conjuntamente pelas presidências do Azerbaijão (COP29) e do Brasil (COP30). A proposta busca mobilizar cerca de 1,3 trilhão de dólares anuais até 2035, reformulando a estrutura do sistema financeiro internacional voltado ao clima.

Participantes Confirmados

O Itamaraty confirmou a presença de 143 delegações, entre elas 57 lideradas por chefes de Estado ou de governo. Também estarão em Belém ministros das áreas de finanças, meio ambiente e relações exteriores, além de representantes de organismos multilaterais como ONU, Banco Mundial e FMI.

Entre as presenças confirmadas estão os líderes da França, Emmanuel Macron; da África do Sul, Cyril Ramaphosa; e do Reino Unido, Keir Starmer. Também participarão António Costa, presidente do Conselho Europeu; Jonas Gahr Støre, primeiro-ministro da Noruega; William Ruto, presidente do Quênia; e Andrew Holness, chefe de governo da Jamaica.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o príncipe William, representando o rei Charles III, também integram a lista de participantes.

Já entre as ausências estão Donald Trump, Xi Jinping e Javier Milei. O governo dos Estados Unidos optou por não enviar representantes políticos de primeiro escalão, e a China será representada apenas por uma equipe técnica. A Argentina, por sua vez, confirmou que não participará da reunião.

Papel e Significado da Cúpula

A Reunião de Líderes da COP30 não possui função decisória formal. Trata-se de um espaço de diálogo político em que cada chefe de Estado ou de governo apresenta, em tempo limitado, suas prioridades e compromissos climáticos.

Os encontros são organizados em grupos temáticos, tratando de questões essenciais como conservação florestal, uso sustentável dos oceanos, transição energética e financiamento climático. Diplomatas classificam o evento como um termômetro político, destinado a medir o grau de engajamento das nações e a orientar o tom das negociações que ocorrerão ao longo da conferência.

Apesar de não gerar resoluções vinculantes, a Cúpula tem relevância simbólica, pois define o ambiente político e sinaliza a disposição dos governos em avançar em temas centrais como adaptação, descarbonização e apoio financeiro a países em desenvolvimento.

Discursos e Encerramento

Os pronunciamentos de abertura serão feitos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, anfitrião do encontro, e pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. Espera-se que as falas enfatizem a necessidade de ação imediata diante da crise climática e a importância de transformar compromissos em medidas concretas. Também devem discursar líderes como Jonas Gahr Støre, António Costa e Ding Xuexiang, vice-primeiro-ministro da China.

A Cúpula acontecerá no Parque da Cidade, em Belém, o mesmo espaço que sediará a COP30. As atividades se estendem até sexta-feira (7). O local abriga as chamadas zonas azul e verde, destinadas às negociações oficiais e aos eventos paralelos da conferência.

A escolha da capital paraense é simbólica e estratégica. É a primeira vez que um encontro de líderes climáticos ocorre em plena Amazônia, região central nas discussões sobre sustentabilidade e combate às mudanças climáticas globais.

Embarcações transatlânticas da COP-30 chegam a Belém

Nesta terça-feira (4), a cidade de Belém recebeu os navios que irão hospedar as delegações participantes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climática (COP 30). Atracados no Porto de Outerio, em Belém, os transatlânticos Civil e Costa Diadema serão responsáveis por acomodar participantes do evento climático que acontecerá entre 10 e 21 de novembro.

As acomodações na COP-30

A COP-30 é um evento que reúne líderes globais, cientistas e representantes civis para discutir ações de combate às mudanças climáticas. Neste ano, ocorrerá no Brasil, em Belém–PA. Algumas questões foram levantadas em relação à hospedagem das delegações durante o evento, mas o ministro do turismo, Celso Sabino afirmou que a “preocupação que alguns setores tinham em relação aos meios de hospedagem está totalmente superada” já que os navios possuem “cerca de 4 mil cabines, com aproximadamente 6 mil leitos”.


 

Embarcação chega a Belém para evento da COP-30 (Vídeo: reprodução/Instagram/@belemeregioes)


Na sexta-feira (6), começará a chegada desses líderes à capital paraense para as primeiras reuniões preparatórias, em que irão discutir metas e propostas relacionadas às mudanças climáticas.

Embarcações da Conferência

As embarcações Civil e Costa Diadema foram essenciais para o aumento da capacidade de hospedagem durante o evento e também trouxe mudanças para a cidade de Belém. Devido essas modificações, houve uma inauguração de um terminal portuário e um terminal de passageiros onde ocorrem os procedimentos de alfândega e imigração.


Embarcação chega a Belém para evento da COP-30 (Foto: reprodução/Instagram/@ojovemcruzeirista_oficial)


A cidade de Belém também expandiu sua capacidade hoteleira com a construção de novos estabelecimentos, incluindo hotéis cinco estrelas, e a ampliação de unidades já existentes. Mais de 160 delegações já confirmaram presença no evento. Segundo o ministro, o objetivo com a organização do evento é desenvolver algo inclusivo e para todos e não só focado na infraestrutura.

Além disso, Sabino afirmou que a discussão, que ocorrerá na principal porta de entrada da Amazônia, destaca a importância da preservação da floresta tropical.

Sobe para 40 número de mortos causado por tufão nas Filipinas 

Segundo autoridades Filipinas, o número de mortos causados pelo Tufão Kalmaegi aumentou para 40. A tempestade chegou a registrar rajadas de 180km/h e milhares de moradores tiveram que deixar suas casas.

A tempestade segue provocando fortes chuvas e inundações por toda região central do país. Foi o primeiro fenômeno a atingir o país após se recuperarem de uma série eventos climáticos e terremotos severo que sofreram nos últimos messes. O País tem por média de 20 tempestades tropicais por ano.

Aumento no número de mortos

Apesar de Tino, nome que localmente Kalmaegi é chamado, ter enfraquecido quando atingiu a costa das Filipinas no início desta terça-feira (4), ele continua com ventos fortes de 130km/h e suas rajadas chegam até 180km/h.

Segundo a porta-voz oficial de informações provincial, Ainjeliz Orong, quase todas as mortes foram registradas na província central de Cebu e apenas uma pessoa foi registrada morta na ilha vizinha de Bohol.

Quando questionada sobre o aumento repentino e inesperado no número de mortos – que, a princípio, seriam somente quatro mortes – ela falou que os resgates continuam em andamento e que as informações estão começando a chegar. “As buscas e os esforços de resgate continuam e há pessoas desaparecidas e sem paradeiro conhecido”. Ela também afirmou que as mortes foram causadas por afogamento ou queda de destroços.


Voluntários ajudando os moradores ilhados (Foto: reprodução/Alan Tangcawan/Getty Images Embed)


Cidades inundadas

Segundo autoridades, milhares de moradores das regiões de Visayas, incluindo a parte sul de Luzon e norte de Mindanao tiveram que deixar as suas casas com a chegada de Kalmaegi nesta terça. A expectativa é que o tufão deixe as Filipinas entre o final de quarta-feira (5) e o início de quinta (6).

A Cruz Vermelha Filipina está com suas equipes de resgate caminhando no meio das águas que chegam até os joelhos na cidade de Cebu, veículos e ruas estão debaixo d’água e os resgatistas estão usando barcos para conseguirem chegar até os moradores ilhados. Já na cidade de Liloan, casas também estão submersas, com apenas telhados ou andares superiores fora d’água.

A agência meteorológica Pagasa informou que o que ocasionou os fortes ventos e chuvas intensas na região foi a combinação do tufão com uma linha de cisalhamento.

Revista “Time” destaca Alok e outros brasileiros entre as 100 pessoas mais influentes na lista de climáticos

A Revista “Time”  destacou oDJ Alok recebeu menção especial pelo álbum criado em parceria com representantes de povos indígenas e toda sua luta com as mudanças climáticas. O presidente Lula e o embaixador André Corrêa também foram citados pelos trabalhos voltados à COP30 e Eduardo Paes. Além de Lula e André Corrêa, o prefeito Eduardo Paes  pelas ações ambientais implementadas no Rio de Janeiro.

Iniciativas climáticas promovidas por Alok

O veículo, inseroiu o DJ Alok na categoria de “agente transformador” do clima, graças ao álbum “O Futuro é Ancestral”, produzido em parceria com representantes de oito povos indígenas e indicado ao Grammy Latino de 2024. O texto também ressalta sua colaboração com o projeto musical “NATURE”, promovido pela ONU, voltado à conscientização ambiental e a expandindo para o plano mundial.


Cantor Alok se encontrando com indígenas (Foto: reprodução/ Instagram/ @rollingstonebrasil)


Revista destaca personalidades brasileiras

André Corrêa do Lago, designado pelo governo para presidir o evento, foi elogiado pela revista por liderar uma ampla mobilização global que reúne diversos setores para discutir ações práticas contra o impasse geopolítico destacado pela revista, sua importância contra a luta climática mundial.

O texto também ressalta a criação, anunciada por ele, de uma plataforma digital nacional dedicada ao engajamento climático, reunindo estudos, experiências e análises de compromissos assumidos em conferências anteriores da ONU.

A reportagem também menciona Eduardo Paes, ressaltando iniciativas como a ampliação do sistema BRT, a adoção de ônibus elétricos, o aumento das áreas verdes e a criação do primeiro protocolo de prevenção ao calor extremo em uma cidade latino-americana. O prefeito do Rio de Janeiro ainda recebeu elogios pela capacidade de atrair recursos e por serum dos fundadores do C40 Cities, rede global de metrópoles dedicadas ao enfrentamento das mudanças climáticas.

Além de Eduardo, o texto destaca Lula e afirma que, ao retornar ao comando do país, o presidente consolidou o protagonismo brasileiro na pauta climática ao sediar a COP30, realizada em Belém (PA) com vários presidentes de outras nações.

Além disso, o projeto evidencia a importância de preservar tradições culturais enquanto promove sustentabilidade. A visibilidade internacional fortalece o engajamento social e ambiental do músico, transformando seu trabalho em referência para causas globais e diálogo intercultural reforçando sua luta contra a pauta climática.

O texto destaca também que Lula, ao retornar ao comando do país, consolidou o protagonismo brasileiro na pauta climática ao sediar a COP30, realizada em Belém (PA) com vários presidentes de outras nações.

Governo mobiliza equipes diante de enchentes que assolam regiões do México

O México está lidando com uma grave emergência climática: as chuvas intensas das últimas semanas causaram inundações e deslizamentos de terra em diversas áreas, levando a dezenas de mortes e desaparecimentos confirmados. De acordo com dados oficiais, ao menos 130 pessoas estão entre as vítimas fatais ou desaparecidas.

As intensas chuvas resultaram na saturação do solo, transbordamento de rios e escavações repentinas, dificultando o trabalho das autoridades locais, que agora buscam resgatar vítimas isoladas e garantir assistência emergencial às comunidades mais atingidas.

As inundações afetam regularmente os estados costeiros do Golfo do México e as regiões centrais do país, causando danos a pontes, ruas e redes elétricas, além de prejudicar os sistemas de saúde e saneamento. Os moradores afirmam que a lama, os detritos e a falta de acesso dificultam a evacuação para áreas seguras. Nesse meio tempo, o governo federal indica que está mobilizando recursos e equipes para minimizar os danos e dar início ao processo de reconstrução.

Impactos imediatos e resposta das autoridades

As áreas afetadas enfrentam problemas como pessoas desabrigadas, interrupções no fornecimento de energia e danos à infraestrutura vital. Quando os rios transbordam, as comunidades vizinhas ficam isoladas, o que impede a chegada de veículos de socorro e dificulta a entrega de itens essenciais. Em várias áreas, equipes de resgate tiveram que atravessar água e lama para chegar aos moradores isolados.


@bbcnews At least 27 people have died and others are missing, according to authorities, after floods in Mexico triggered landslides and swept away homes, vehicles and bridges. #Mexico #PozaRica #GutiérrezZamora #Veracruz #Hidalgo #Floods #News #BBCNews ♬ original sound – BBC News
Impactos das chuvas no México (Vídeo: reprodução/Tiktok/@bbcnews)

O governo do México declarou estado de emergência em vários estados e enviou tropas e equipes de operações especiais para trabalhar nas regiões mais críticas. De acordo com autoridades federais, aproximadamente 100 mil casas foram impactadas.
Além disso, há preocupação com a propagação de doenças associadas à água parada, como a dengue, além de questões relacionadas ao fornecimento de água potável e higiene. A reconstrução será um processo demorado, pois as chuvas persistem em algumas áreas, e o solo já saturado aumenta o risco de novas inundações.

Desafios para reconstrução e prevenção futura

A reconstrução requer um planejamento cuidadoso para prevenir danos tão significativos em casos semelhantes no futuro. É imprescindível revisar os sistemas de drenagem urbana, fortalecer as contenções de encostas, atualizar as barragens e elaborar planos de evacuação eficazes para as áreas de risco. Os municípios afetados deverão dar prioridade à recuperação de infraestrutura crítica, como pontes e estradas, que asseguram a mobilidade em emergências.


@reuters Residents of Poza Rica, Mexico, continued cleanup efforts following devastating floods that destroyed homes and left streets covered in mud, debris and overturned vehicles. Elsewhere in Huauchinango, search and rescue teams with trained sniffer dogs scoured the mud and rubble for people still missing. #mexico #rain #flood #landslide #missing ♬ original sound – Reuters
Moradores realizam força tarefa para ajudar nas limpezas e reconstrução pós-enchente (Vídeo: reprodução/Tiktok/@reuters)

Ademais, será fundamental incentivar investimentos em monitoramento meteorológico e alertas precoces para comunidades em situação de vulnerabilidade, além de campanhas educativas sobre os perigos climáticos. Em um país sujeito a eventos extremos, essas ações poderiam minimizar danos humanos e materiais em possíveis ocorrências futuras.

A tragédia das enchentes no México destaca a crescente vulnerabilidade das regiões às mudanças climáticas e aos fenômenos meteorológicos extremos. Enquanto as vítimas batalham pela recuperação e sobrevivência, o foco se desloca para a resiliência das instituições e da comunidade: somente com uma infraestrutura fortalecida, políticas de prevenção e colaboração entre governo e população o México conseguirá encarar os futuros desafios hídricos com mais firmeza.

Cidade de São Paulo registra o inverno mais frio desde os anos 1990

A capital paulista vive seu inverno mais gelado desde os anos 1990, conforme apontam dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Segundo o órgão, a média das temperaturas mínimas registradas desde o início da estação até agora, medida na estação convencional do Mirante de Santana, foi de 12,2 °C — um grau Celsius abaixo da média histórica de 13,2 °C. Essa marca representa uma queda significativa e sinaliza uma das temperaturas mais baixas dos últimos 30 anos.


São Paulo registra maior onda de frio desde a década de 90 (Vídeo: Reprodução/Youtube/Band Jornalismo)

Além das madrugadas frias, as tardes também chamaram atenção. Entre os dias 20 de junho e 13 de agosto, a temperatura média das tardes foi de 22,4 °C. Esse valor só foi inferior no ano de 1996, quando registrou-se média de 22,0 °C. Vale lembrar que o inverno mais rigoroso de toda a série histórica ocorreu em 1994, com média mínima de apenas 10,8 °C — 2,4 °C abaixo da climatologia da época.

Previsão e comportamento do tempo para os próximos dias

De acordo com as previsões meteorológicas, o fim de semana será de sol e tempo seco em grande parte do país. Porém, o frio intenso ainda predominará nas noites, madrugadas e nas primeiras horas da manhã, especialmente no sábado. As tardes, por outro lado, devem ser mais quentes e secas, com umidade relativa do ar extremamente baixa em várias regiões. Destacam-se, nesse cenário, Belo Horizonte e Brasília, onde os níveis de umidade podem cair abaixo de 30% neste final de semana.

Chuva deve continuar restrita a algumas áreas do país, principalmente o litoral e o agreste do Nordeste, o norte da Região Norte (como Pará e Amazonas), além do Amapá e Roraima. Nessas localidades, há risco de precipitações fortes.

Impactos do frio na população

Este inverno marcado por mínimas acentuadamente baixas confirma que estamos vivenciando um dos períodos mais frios das últimas décadas em São Paulo. A combinação entre madrugada gelada, tardes mais amenas do que o usual e previsão de tempo seco no fim de semana reforça a necessidade de atenção ao frio, especialmente nas primeiras horas do dia. São elementos que podem impactar o conforto térmico da população, principalmente quem está em situação de vulnerabilidade.

Rússia vive os dias mais quentes em trinta anos

Moscou viveu, nesta quinta-feira (11), o dia mais quente em quase três décadas, com os termômetros atingindo 35ºC. Segundo dados do serviço meteorológico russo, esse registro superou o recorde anterior de 33,9ºC, estabelecido em 1996. O fenômeno chegou acompanhado de uma onda de calor que já persiste há vários dias e atinge grande parte do centro da Rússia, bem como regiões do sul da Europa.

A população local buscou alívio nas fontes, lagos e canais da cidade, apesar de proibições oficiais quanto ao uso recreativo dessas áreas, muitas vezes poluídas. Com o calor intenso, parques públicos, áreas verdes e residências de veraneio nos arredores da capital também se tornaram refúgio para quem tenta escapar das altas temperaturas.

Calor extremo em contexto global

Especialistas apontam que essas marcantes elevações térmicas têm se tornado cada vez mais comuns em países de clima temperado, como a Rússia, devido às mudanças climáticas. Dados divulgados pelo monitor climático Copernicus indicam que o mês de junho de 2025 foi o mais quente já registrado na Europa Ocidental. A região exibiu temperaturas de três a oito graus acima da média histórica, gerando condições classificadas como “estresse térmico severo”.


Onda de calor na russa causa dia mais quentes do ano (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

A onda de calor que agora castiga Moscou se estendeu por várias regiões centrais do país, incluindo também o sul da Europa. Projeções indicam que o calor intenso deve permanecer pelo menos até o início da próxima semana, quando há previsão de queda gradual nas temperaturas.

Consequências para a saúde e infraestrutura

O calor fora do comum representa risco especial para grupos vulneráveis, como idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas. Médicos relatam aumento no número de casos de desidratação, exaustão térmica e quadros similares. Trabalhadores que atuam ao ar livre, como operários da construção civil, também enfrentam dificuldades diante da intensidade do calor.

Além do impacto humano, a alta pressão térmica coloca em risco a infraestrutura urbana: pavimentações expostas ao sol intenso podem derreter, sistemas de eletricidade e ar condicionado passam por sobrecarga, e há aumento considerável no consumo de energia. Moradores relatam ainda preocupação com a poluição da água nos lagos e canais, que, em muitos casos, encontra-se acima do permitido.

Outros episódios históricos de calor extremo na Rússia servem de alerta para a situação atual. No verão de 2010, uma onda derrubou recordes até 44ºC, provocou incêndios florestais e levou à declaração de emergência em diversas regiões. Naquele ano, os efeitos socioambientais foram dramáticos, com milhares de pessoas afetadas pela seca e pela fumaça tóxica. Os especialistas recomendam atenção e políticas públicas mais eficazes para lidar com essas emergências climáticas.

Chuvas intensas no RS elevam alerta para novas enchentes e deslizamentos

O Rio Grande do Sul entrou em estado de atenção máxima neste domingo (29) em razão da previsão de chuvas volumosas, associadas a um sistema ciclônico extratropical que já vinha se formando desde sábado (28). As precipitações devem ultrapassar 100 mm em algumas regiões, e podem alcançar o dobro disso, em apenas 24 horas.

Na metade norte do estado, incluindo regiões como Serra Gaúcha, Vale do Taquari, Vale do Rio Pardo e a Região Metropolitana de Porto Alegre, os acumulados previstos, entre 150 mm e 200 mm, superam a média total do mês de junho. O solo, já saturado pelas chuvas anteriores, amplia consideravelmente o risco de alagamentos, transbordamentos e deslizamentos, especialmente em encostas sujeitas a instabilidade.

Rios em alerta e evacuações preventivas

A Defesa Civil estadual emitiu avisos para diversas bacias, como Jacuí, Taquari, Sinos, Caí, Gravataí e o lago Guaíba, que já apresentam níveis críticos. Municípios como Eldorado do Sul aparecem na lista das áreas mais vulneráveis: quase 6,000 pessoas já foram deslocadas, e há orientação para não retornarem até a normalização das condições.


Chuva aumenta risco de novas enchentes no Rio Grande do Sul (Video:Reprodução/Youtube/G1)

O governo montou gabinetes de crise em cidades estratégicas, Santa Cruz do Sul, Caxias do Sul e Lajeado, e mobilizou mais de 400 bombeiros, 150 policiais militares, cinco aeronaves e dezenas de viaturas para apoiar ações preventivas e resgates. Eduardo Leite, governador do estado, pediu que moradores de áreas de risco evacuem temporariamente, visando evitar perdas irreparáveis.

Risco de chuva relâmpago e condições severas

Especialistas alertam para a formação de chuva intensa em curtíssimo período, o que pode causar inundações rápidas e cheias repentinas em áreas planas e urbanas. A Climatempo e o INMET destacaram que acumulados entre 100 mm e 200 mm podem ocorrer no intervalo de apenas 12 horas, sobretudo durante a madrugada e manhã de domingo.


Chuvas intensas deixam 4 mortos no Rio Grande do Sul (Vídeo: reprodução/YouTube/SBT News)

Além disso, ventos com rajadas superiores a 70 km/h estão previstos, e podem alcançar até 100 km/h em áreas costeiras e serranas, elevando o risco de quedas de árvores e danos à infraestrutura urbana.

Como agir diante do alerta

O recomendado pelos órgãos de defesa é que moradores de áreas baixas e encostas busquem abrigos fornecidos pelos municípios e fiquem próximos aos familiares ou em locais seguros. Afirmam que os sistemas de drenagem estão saturados e não comportarão a chuva prevista, e que até o muro do Cais Mauá pode ficar sobrecarregado por conta do alto nível do Guaíba.

A nota oficial da Defesa Civil enfatiza a necessidade de evitar deslocamentos desnecessários, desligar equipamentos elétricos durante tempestades e seguir orientações emergenciais divulgadas pelos canais oficiais.