Países membros do Brics respondem fala de Trump sobre tarifa adicional de 10%

No último domingo (6), Donald Trump, afirmou que os países que se alinhassem ao Brics, que, segundo o presidente dos EUA, possui “políticas antiamericanas”, pagariam uma tarifa adicional de 10%. Em resposta, as nações pertencentes ao bloco reagiram à declaração do chefe de Estado norte-americano, feita nesta segunda-feira (7).

Resposta a Trump

O porta-voz russo, Dmitry Peskov, afirmou que os países membros do Brics possuem uma visão de mundo única sobre como cooperar, baseado em seus próprios interesses. Dentro desses objetivos, Peskov garante que prejudicar outras nações não é um deles.

Seguindo na mesma linha dos russos, o porta-voz do Ministério do Comércio da África do Sul, Kammil Ali, garantiu que o país não é contra os EUA, e ainda reforçou a ideia de realizar acordos comerciais com os norte-americanos. Ali ainda disse que aguarda uma comunicação formal sobre o tratado.

A China não enxerga o uso de tarifas como uma ferramenta de coerção com “bons olhos”. Segundo o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do país, Mao Ning, a medida não serve a ninguém.

De acordo com Ministério do Comércio da Malásia, país parceiro do Brics, o país localizado na Ásia mantém uma política independente no cenário externo e econômico, com foco na facilitação do comércio e não no parelhamento ideológico do bloco.


 O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, discursa durante a primeira sessão plenária da Cúpula dos BRICS, no Rio de Janeiro (Foto: reprodução/Mauro Pimentel/AFP/Getty Images Embed)

Brasil lidera cúpula

O Brics é um bloco composto por países emergentes que tem como finalidade o desenvolvimento econômico. Criado em 2009, o grupo foi formado inicialmente por Brasil, Rússia, Índia, China, e posteriormente, a África do Sul foi integrada.

Com objetivo de aumentar a sua importância perante os países em desenvolvimento, o Brics integrou mais seis países de forma plena: Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Irã e Indonésia, além de outros nove parciais: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.

Essas 20 nações estão reunidas na cúpula do bloco deste ano, no Rio de Janeiro. Em seu discurso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brics não tem o intuito de enfrentar ninguém, mas sim, ser outro modelo de fazer política, no âmbito econômico, do desenvolvimento e da relação humana.

Trump impõe tarifa de 10% a países alinhados ao Brics: “Não haverá exceções”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (7) a imposição de uma tarifa adicional de 10% sobre todos os produtos importados de países que, segundo ele, “se alinharem às políticas antiamericanas do Brics”. Em publicação feita no Truth Social, rede oficial do atual presidente americano, Trump afirmou que a medida visa proteger a soberania econômica dos EUA e será aplicada de forma ampla: “Não haverá exceções a essa política”, ele declarou.

Pressão econômica contra o bloco emergente

O anúncio representa mais um passo da nova ofensiva econômica da Casa Branca sob o segundo mandato de Trump. O Brics — atualmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Indonésia — tem se fortalecido como um contraponto à influência do Ocidente, promovendo uma agenda de desdolarização e cooperação Sul-Sul.


BRICS summit no Rio de Janeiro, Brasil. (Foto: Reprodução/PABLO PORCIUNCULA/Getty Images Embed)

Para Trump, o bloco representa uma ameaça estratégica. “Países que se alinham ao Brics estão endossando uma agenda que mina os interesses dos Estados Unidos e do povo americano”, escreveu. O presidente ainda disse que “essa tarifa é uma resposta justa a governos que se envolvem em políticas hostis à liderança americana”.

O Departamento de Comércio dos Estados Unidos confirmou que a tarifa será implementada nos próximos 30 dias e poderá ser ampliada conforme o nível de “cooperação diplomática ou econômica” com o bloco.

Reações globais e impacto para o Brasil

A medida gerou críticas imediatas de países-membros do Brics. O Itamaraty, em nota oficial, classificou a medida como “discriminatória e contrária aos princípios do comércio multilateral”. O ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, declarou que o governo brasileiro buscará diálogo com Washington, mas advertiu que o país “não recuará de sua posição soberana dentro do Brics”.

Especialistas apontam que o impacto sobre a economia brasileira pode ser significativo, especialmente em setores como o agronegócio, mineração e manufatura, altamente dependentes do mercado americano. De acordo com a análise da Bloomberg, o percentual pode reduzir em até 12% o volume de exportações brasileiras para os Estados Unidos ainda em 2025.

Já a Reuters informou que a União Europeia acompanha a escalada com preocupação e poderá acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC), caso entenda que a tarifa viola acordos internacionais.

Fundo florestal idealizado pelo Brasil receberá apoio financeiro da China

No encontro entre Brasil e China ocorrido no Rio de Janeiro, o ministro das Finanças da China, Lan Fo’an, indicou que o país asiático pretende contribuir com o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF). A iniciativa, que está em fase de construção, é liderada pelo governo brasileiro e prevê o financiamento da preservação de áreas verdes em várias partes do mundo.

A reunião dos ministros

Diante da urgência do assunto, a proposta, apresentada pelo Brasil em fóruns internacionais, visa criar um modelo de investimento sustentável sem a dependência exclusiva das doações de países desenvolvidos.  Na reunião, não foi definido o valor da contribuição, mas segundo fontes envolvidas na negociação, a manifestação de apoio feita pelo chefe da pasta financeira chinesa Lan Fo’na, ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi interpretada como um sinal político claro de que a China está disposta a colaborar com a proposta.

A sinalização chinesa acontece num momento em que o Brasil articula para cooptar recursos não apenas de economias desenvolvidas, mas também das emergentes que apresentam um potencial financeiro significativo, como os países do Oriente Médio e do Sudeste Asiático. Com isso o Brasil busca permitir que essas contribuições ocorram de maneira voluntária, sem vínculo com as formalidades impostas pelo Acordo de Paris aos países ricos, apontados, historicamente, como os maiores responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa.


Imagens da reunião entre ministros de Brasil e China (Foto: reprodução/Instagram/@min.fazenda)

Estrutura e proposta de arrecadação

Apurações feitas junto a fontes ligadas ao planejamento do TFFF, dão conta de que o fundo será estruturado como um instrumento financeiro com grau de investimento elevado (AAA), com retorno anual que gira em torno de 3% e 4%. Operação que estima um investimento de US$ 4 por hectare na preservação ambiental. Cálculo estimado a partir da diferença entre o retorno previsto e os rendimentos mais altos dos bonds adquiridos, algo em torno de 8%.

De início, a proposta brasileira prevê uma captação de US$ 25 bilhões junto a governos e fundos soberanos, mas o objetivo futuro prevê atrair até US$ 100 bilhões em aportes privados. Outros países já demonstraram interesse na iniciativa, entre eles estão a Noruega, Alemanha, Reino Unido, França, Cingapura e Emirados Árabes Unidos.

A ideia de manter o fundo fora das negociações oficiais do clima, deve-se a crença do governo brasileiro em poder atrair novos tipos de investidores no futuro, em especial aqueles que demonstram interesse em projetos associados a valores éticos e ambientais. De acordo com fontes ligadas ao projeto, o propósito é que haja um alinhamento entre retorno financeiro e o impacto positivo, se valendo da tendência mundial de investimentos ESG.

 

Trump diz ter encontrado possível comprador para o TikTok

O presidente Donald Trump afirmou à emissora norte-americana Fox News neste domingo (29), que encontrou um possível comprador para a plataforma de vídeos curtos, TikTok. Segundo ele, o grupo de interesse na compra é formado por “pessoas muito ricas”, que serão revelados nas próximas semanas. 

Venda da plataforma

Em 2024, o Congresso americano determinou que a empresa chinesa ByteDance, operadora do aplicativo, encontrasse um comprador para continuar suas operações nos Estados Unidos. Com um prazo inicial de venda para 19 de janeiro, a plataforma chegou a suspender suas atividades no país no período, mas voltou a funcionar após um decreto de Trump que adiou a aplicação da lei por dois meses e meio. 

Desde então, o presidente já prorrogou o prazo outras três vezes. O adiamento mais recente, segundo Trump, foi pela falta de avanço significativo nas negociações. A ByteDance tem, agora, até o dia 17 de setembro para alienar os ativos do TikTok nos Estados Unidos. 

De acordo com a agência de notícias Reuters, as negociações feitas pela Casa Branca envolvem uma redução de ao menos 80% da propriedade da empresa chinesa sobre o TikTok – seguindo o que foi exigido pela lei.


Empresa chinesa ByteDance, proprietária do aplicativo TikTok (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)

Autorização do governo chinês

Ainda em entrevista para a Fox News, Trump apontou que a venda do aplicativo depende também do aval do governo chinês e afirma que há altas chances de conseguir a aprovação por parte do líder Xi Jinping. “Provavelmente precisarei da aprovação da China. Acho que o presidente Xi provavelmente o fará”, declarou o presidente

Um acordo chegou a ser elaborado anteriormente, com a proposta de realocar as operações do aplicativo de vídeos nos EUA em uma nova empresa, localizada em território norte-americano e operada majoritariamente por investidores do país. As negociações, porém, foram suspensas após a China não autorizar a operação. A decisão foi motivada, em especial, após declarações de Trump ligadas ao aumento de impostos sobre produtos chineses. 

A ByteDance, dona do TikTok, ainda não se manifestou oficialmente sobre os possíveis compradores mencionados por Donald Trump. 

Virgínia é retida na China após não ser reconhecida em foto de passaporte

Virgínia compartilhou em seu story do Instagram, na manhã desta sexta-feira (20), um vídeo lamentando pelo ocorrido. A influenciadora contou que foi parada pela imigração no aeroporto de Xangai, capital chinesa, por não ser reconhecida em sua foto do passaporte.

“Mudei muito” disse a famosa

Ela embarcava em retorno ao Brasil, quando foi parada por agentes que ficaram na dúvida se era realmente ela. Em seu relato ela diz que foi para uma sala na qual passou 15 minutos sendo comparada com a foto.
“Aconteceu comigo agora. A mulher encafifa que não sou eu no passaporte. Eu fiz com 19 anos. Realmente, eu mudei muita coisa. Só que eu já viajei o mundo inteiro e ninguém nunca me parou”, disse.

Imagem de Virgínia mostrando foto do seu passaporte, compartilhado em seu story (Foto: Reprodução/Instagram/@virginia)


Polêmicas a perseguem

Nas últimas semanas, Virgínia tem sido alvo de diversas polêmicas. A influenciadora e também apresentadora do SBT, esteve entre os nomes listados aos indiciados na CPI das bets, que acusava influenciadores e empresários de divulgar jogos de apostas desencadeando a diversas pessoas endividadas. Além disso, a famosa tem sido alvo em decorrência do fim de seu relacionamento com o cantor Zé Felipe, a nova posição de rainha de bateria da Grande Rio e até débitos relacionados ao IPTU de uma sala comercial.

Influenciadora surge na China após sumiço nas redes sociais

Após sumir das redes sociais com a promessa de ir para um lugar secreto, Virginia retorna ao Instagram para divulgar que lugar misterioso é a China.
Em viagem a trabalho, Virgínia apareceu com a sócia Samara Pink após voar por 35 horas. Embora seja uma viagem profissional, a influenciadora tem esbanjado luxo, hospedada em um hotel cinco estrelas com diárias que podem ultrapassar a R$ 60 mil, o Wardolf Astoria Beijing, e compartilhar nas redes sociais as degustações que tem feito nos restaurante do lugar.

Lentes de contato infravermelhas permitem enxergar no escuro até de olhos fechados

Pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hefei, na China, desenvolveram lentes de contato inovadoras capazes de tornar a radiação infravermelha visível aos olhos humanos, inclusive com as pálpebras fechadas. O avanço, publicado recentemente na revista científica Cell, representa um salto significativo na integração entre o corpo humano e as tecnologias sensoriais.

A novidade dispensa os tradicionais e volumosos óculos de visão noturna. Feitas com polímeros flexíveis e nanopartículas de ouro, fluoreto de gadolínio de sódio e íons de metais como érbio e itérbio, as lentes funcionam como dispositivos de conversão ascendente, capazes de transformar a luz infravermelha (entre 800 e 1.600 nanômetros) em luz visível para o olho humano.

Visão infravermelha sem aparelhos

Diferente de tecnologias térmicas utilizadas por animais como cobras e morcegos, que detectam calor sem formar imagens, as lentes chinesas permitem a visualização de formas, padrões e até sinais codificados em infravermelho. A radiação, invisível a olho nu, passa pelas pálpebras e é convertida pelas nanopartículas em estímulos visuais que ativam os fotorreceptores da retina.

Em testes laboratoriais, camundongos e humanos conseguiram identificar símbolos e letras sob luz infravermelha, mesmo com os olhos fechados. Embora a nitidez ainda seja inferior à dos óculos de visão noturna tradicionais, a praticidade das lentes representa uma solução mais leve, portátil e promissora.


Resumo gráfico do estudo (Foto: reprodução/Yaqian Ma et all/Revista Cell 2025)

Potencial para segurança, medicina e wearables

Entre as aplicações previstas estão desde resgates em áreas de baixa visibilidade até procedimentos cirúrgicos de alta precisão, passando por autenticação de documentos com marcas ocultas, uso militar e integração com dispositivos vestíveis inteligentes, os wearables. A capacidade de enxergar luz infravermelha também pode beneficiar pessoas com daltonismo ou deficiência visual parcial.

O projeto ainda enfrenta desafios técnicos, como o aprimoramento da definição visual. Para mitigar a baixa nitidez provocada pelo espalhamento de luz, os cientistas incluíram lentes corretivas adicionais, solução que melhorou a qualidade da imagem. Contudo, a tecnologia ainda não supera os equipamentos convencionais de visão noturna em questão de eficiência.

Futuro promissor

Apesar das limitações, a criação marca um passo importante no caminho para ampliar os sentidos humanos com tecnologia não invasiva. Lentes de contato que enxergam o invisível podem inaugurar uma era na tecnologia de consumo, segurança e acessibilidade, colocando literalmente nos olhos dos usuários a próxima geração da visão aumentada.