Ancelotti recebe elogios e alerta sobre Neymar

A Seleção Brasileira se prepara para encerrar o ano em amizade contra a Tunísia, e o trabalho de Carlo Ancelotti voltou a ser tema de debate. Em entrevista, o jornalista Paulo César Vasconcellos avaliou o desempenho do treinador no Comando do Brasil e refletiu sobre o momento de Neymar, ausente das últimas convocações.

Primeiros meses

Vasconcellos destacou que o ciclo do italiano ainda é recente, mas já apresenta sinais positivos. Para isso, Ancelotti trabalha bem dentro das limitações do calendário e tende a usar sua experiência para acelerar a evolução da equipe. O comentarista também ponderou que Neymar ainda não tem condições físicas para retornar à Seleção, defendendo com cautela diante do histórico recente de lesões.


Treinamento e recuperação de Neymar (Vídeo: reprodução/Instagram/@neymarjr)


O jornalista acredita que uma definição sobre o atacante deverá ocorrer apenas na metade de 2026, quando Neymar tiver mais tempo para recuperar ritmo e mostrar desempenho consistente. Ele reforçou que uma convocação precipitada poderia expor o jogador e comprometer seu processo de retomada.

Cenário sem o craque

Para Vasconcellos, Ancelotti já trabalha com a possibilidade de disputar a Copa sem Neymar, priorizando um jogo coletivo mais sólido. Ele citou Estêvão, Luiz Henrique, Vinícius Júnior e Rodrygo como nomes capazes de assumir protagonismo caso o camisa 10 não esteja apto. Segundo o comentarista, o plano do técnico deve passar para fortalecer esses jovens, mas sempre com foco no conjunto.

Preparação final

O confronto com a Tunísia marca o último compromisso da Seleção em 2025. A partir do próximo ano, a CBF ainda terá janelas para agendar amistosos antes da Copa do Mundo, que será disputada entre junho e julho nos Estados Unidos, México e Canadá.

Com indefinições sobre Neymar, Ancelotti segue moldando a Seleção para chegar competitiva ao Mundial. A aposta em equilíbrio tático e no crescimento dos jovens talentos aparece como o caminho mais sólido para 2026.

Vitória sobre Senegal consagra “espinha dorsal” para a Copa de 2026

No último sábado (15), a Seleção Brasileira quebrou um jejum de 26 jogos sem vencer o Senegal. O confronto foi um amistoso para a Copa do Mundo 2026 e ocorreu no Emirates Stadium, em Londres, Inglaterra, com vitória de 2 a 0. Antes disso, a última vitória da Seleção Canarinho contra o elenco africano havia sido em 2023.

O feito do técnico italiano, Carlo Ancelotti, também marca a definição do que ele próprio chamou de “espinha dorsal” da equipe. Segundo o treinador, o período de testes encerrou e agora as convocações serão mais pontuais.

Espinha dorsal

Na coletiva de imprensa após a partida, Ancelotti comentou sobre a escalação do elenco. Em tom divertido, alegou que já possui sua “espinha dorsal” e que isso ficará cada vez mais claro a cada partida: “A espinha dorsal eu já tinha antes do jogo de hoje (…) Pouco a pouco nos aproximamos da Copa do Mundo e tudo fica mais claro”.

Por conta disso, o técnico disse que a “fase de testes” se encerrou. “Agora é uma linha mais direta para chegar na Copa do Mundo”.

Tudo indica que a “espinha dorsal” de Ancelotti seja a escolha dos zagueiros Marquinhos e Gabriel Magalhães, acompanhado dos volantes Casemiro e Bruno Guimarães.


Coletiva de imprensa de Carlo Ancelotti após partida contra Senegal (Vídeo: reprodução/YouTube/Confederação Brasileira de Futebol)


Destaques na equipe

Sob o comando do treinador italiano, o Brasil soma quatro vitórias, um empate e duas derrotas. Na coletiva, ele elogiou o desempenho da equipe. “Foi um jogo muito bonito (…) A qualidade dos jogadores na frente fez a diferença”.

Ancelotti elogiou a atuação do atacante Estevão, o autor do primeiro gol do amistoso. “Para mim, é uma surpresa encontrar um jogador com esse nível de talento (…) Ele trabalha muito bem. É uma pessoa que não parece a idade que tem, é maduro”.

Outro destaque no elenco ficou por conta de Éder Militão na lateral direita. Antes da partida, o técnico explicou que escolheu Militão por apresentar características distintas dos demais laterais e poderia acrescentar sua experiência para tornar o sistema defensivo mais sólido. Além disso, Ancelotti alegou que sua inspiração para a escalação foi o elenco vencedor da Copa do Mundo de 1994, focado na defesa.



Incógnita

O atacante Neymar segue como uma incógnita na escalação de Ancelotti. O italiano havia dito anteriormente que convocaria o atleta do Santos somente se o mesmo estivesse em plenas condições físicas para vestir a camisa da Seleção. Desde a chegada o treinador europeu, o brasileiro ainda não teve seu nome incluído na lista.

A última oportunidade para a convocação de Neymar será na Data Fifa de março de 2026, onde serão realizados amistosos nos Estados Unidos. O atleta deve aproveitar o período de férias para se preparar fisicamente.

O próximo amistoso da Seleção está marcado para a próxima terça-feira (18) contra a Tunísia. A partida acontecerá às 16:30 (horário de Brasília) no Stade Pierre-Mauroy, em Lille, na França. A transmissão fica por conta da Rede Globo, por meio de seu canal aberto, e no canal geTV pelo YouTube.

Vitor Roque mostra segurança após convocação para amistosos da Seleção

O atacante Vitor Roque não está de brincadeira. Aos 20 anos e com atuação em grandes clubes nacionais e internacionais, sua convocação para os próximos amistosos da seleção veio no momento certo. Jogando no Palmeiras, terá pela frente a disputa do título da Libertadores e do Campeonato Brasileiro e seu desempenho em campo, rende, até o momento, a vice artilharia do Brasileirão. Essas e outras qualidades o fazem um forte candidato na relação final de convocados para a Copa do Mundo de 2026.

Segunda convocação como profissional

O atual técnico da seleção, Carlo Ancelotti, divulgou nos últimos dias a lista de convocados para os próximos amistosos contra Senegal e Tunísia e pela segunda vez na carreira, Vitor Roque foi convocado. O atacante, que já integrou a seleção Sub-20, estreou no time principal em 2023 contra o Marrocos ao substituir Rodrygo. Hoje, mais maduro e experiente, o jogador de 20 anos já sonha com uma vaga no plantel que irá disputar a Copa no próximo ano.

Ramon Menezes, que na ocasião era o técnico interino, fez elogios ao atacante, que atuava no Athetico Paranaense an época. “Eu tive a oportunidade de assumir a principal depois do Sul-Americano. E nada mais justo do que levar alguns que se destacaram naquele torneio. Foi um jogo só, contra o Marrocos. Então, ele foi peça importante na parte tática, em relação à estratégia de jogo. É um jogador muito forte, de concentração e força”, disse Menezes durante uma entrevista.

A convocação veio em boa hora, e Vitor Roque entende que precisará batalhar pela vaga, e quem sabe, pela tão sonhada Camisa 9. “As vagas estão abertas. É continuar trabalhando, cada um fazendo o melhor no seu clube para tentar uma vaga. Vieram vários jogadores na posição. O mister pode ter um ou dois ali e possa ser que leve o terceiro”, disse durante uma entrevista coletiva nesta quinta-feira (13), em Londres.


Vitor Roque mostra que jogar na Seleção é um sonho de infância (Foto: reprodução/Instagram/@vitor_roque9)


Gratidão a Abel

A decisão de voltar a jogar no Brasil teve uma opinião de peso. Em dúvida, procurou o técnico palmeirense Abel Ferreira e o comandante lhe passou a confiança necessária tanto para assinar seu contrato com o time paulista quanto para dar continuidade ao futebol que não conseguiu mostrar na Europa. “Voltar ao futebol brasileiro não é um passo atrás. Às vezes tem que dar um passo atrás para dois a frente. Ter uma sequência é muito importante para retomar essa confiança. Consegui fazer meus gols, assistências”, afirmou.

Elogios a parte, Vitor Roque evoluiu na parte tática, especialmente após jogar na Europa, após rápida passagem pelo Barcelona e Bétis, Em seu retorno ao país e sob o comando de Abel Ferreira, disputará pelo Palmeiras a final da Libertadores contra o Flamengo e a equipe é uma forte candidata ao título do Brasileiro deste ano. Até o momento é vice artilheiro da competição com 16 gols, um a menos que Arrascaeta, do Flamengo, e Kaio Jorge, do Cruzeiro.

Seleção Brasileira repete estratégia usada no ciclo do último Mundial

A seleção comandada por Carlo Ancelotti encerra o ano com dois compromissos internacionais na Europa, repetindo parte do caminho trilhado pela equipe brasileira na fase prévia do Mundial de 2022 , embora, desta vez, com uma margem maior para testes de alto nível antes da lista final para a Copa de 2026.

Agenda final do ano repete estratégias do ciclo anterior

Nos compromissos de novembro, o time brasileiro atuará novamente no continente europeu, seguindo uma lógica semelhante à que a equipe de Tite adotou no ciclo para o torneio realizado no Catar. A escolha dos rivais, os palcos das partidas e mesmo a base dos atletas chamados reforçam essa continuidade.

A diferença essencial é o calendário menos apertado. Agora, há espaço para dois confrontos de maior intensidade antes da definição dos nomes que irão ao próximo Mundial. No sábado (15), o Brasil encara Senegal no Emirates Stadium, em Londres; três dias depois, medirá forças com a Tunísia, em Lille, na França.

Paralelos com 2022 e o fator “janela extra” para 2026

O roteiro lembra o período pré-Copa de 2022, quando os últimos amistosos foram disputados contra Gana e Tunísia. E é provável que o grupo titular diante dos tunisianos, na terça-feira (18), repita boa parte do elenco utilizado três anos atrás. Entre os convocados de Ancelotti, Danilo, Marquinhos, Casemiro, Lucas Paquetá, Rodrygo e Richarlison estiveram em campo naquela ocasião, em Paris.

Naquele ciclo, o Brasil também utilizou a Data Fifa anterior para partidas na Ásia, diante de Coreia do Sul, em Seul, e Japão, em Tóquio, mesma estratégia adotada pela equipe atual. Até a sequência final das Eliminatórias se repete: Equador, Paraguai, Chile e Bolívia foram os oponentes que a seleção de Tite enfrentou antes do Mundial e que agora reapareceram no início da era Ancelotti, iniciada no fim de maio.


Time de Ancelotti mede forças com Senegal em amistoso na capital inglesa (Video: Reprodução/Instagram/@brasil)


Para 2026, porém, haverá um diferencial significativo: uma janela adicional em março. Este período extra será usado para enfrentar seleções europeias de forte posição no ranking, algo que não foi possível em 2022 devido às limitações de calendário.

Isso porque a preparação para o Mundial do Catar teve particularidades. A pandemia atrasou a agenda das Eliminatórias, reduzindo a margem para amistosos, e a Copa no fim do ano coincidiu com a Liga das Nações da Uefa, bloqueando duelos contra equipes europeias.

Agora, com as condições favoráveis, Ancelotti poderá comandar o Brasil em mais dois amistosos antes da convocação final para 2026. Essas partidas ocorrerão em março, nos Estados Unidos, e já contam com rivais definidos: a França deve ser um deles, enquanto o segundo adversário deve sair entre Holanda ou Croácia.

CBF critica declarações contra técnicos estrangeiros e defende respeito no futebol brasileiro

Gustavo Feijó, diretor de seleções da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), se manifestou publicamente nesta quarta-feira (5) após as declarações polêmicas de Oswaldo de Oliveira e Emerson Leão sobre técnicos estrangeiros. As falas ocorreram durante o 2º Fórum Brasileiro dos Treinadores de Futebol, realizado na sede da entidade, no Rio de Janeiro, e causaram desconforto ao técnico da seleção, Carlo Ancelotti.

Durante o evento, Leão e Oswaldo criticaram o que chamaram de “invasão” de estrangeiros no futebol brasileiro, direcionando comentários ao italiano Ancelotti, convidado especial da cerimônia. O clima rapidamente ficou tenso, e o técnico da seleção ficou visivelmente incomodado com o episódio.

Feijó defende respeito e repreende postura dos técnicos

Em nota oficial, Gustavo Feijó classificou as falas como “no mínimo, deselegantes” e destacou que elas “não refletem o verdadeiro sentimento do povo brasileiro”. O dirigente reforçou que o futebol nacional deve ser um ambiente de acolhimento e aprendizado mútuo, independentemente da origem dos profissionais envolvidos.

“Assim como queremos que nossos treinadores sejam tratados com respeito fora do país, também devemos acolher com consideração os profissionais que escolhem trabalhar aqui. Opiniões divergentes fazem parte do debate, mas falas preconceituosas e desnecessárias não contribuem para o processo de reconstrução e valorização do nosso futebol”, afirmou Feijó em comunicado.


Carlo Ancelloti durante coletiva (Foto: reprodução/ Rafael Ribeiro / CBF)


A CBF, segundo fontes ouvidas pela reportagem, precisou contornar o constrangimento causado por Leão e Oswaldo de Oliveira para preservar o bom ambiente com o técnico da seleção.


O técnico Carlo Ancelotti durante o Fórum Brasileiro dos Treinadores de Futebol, na sede da CBF (Foto: reprodução/ Jo Marconne – CBF / O GLOBO)


Evento expôs tensão entre gerações de treinadores

Feijó encerrou sua nota ressaltando que o futebol brasileiro vive um período de renovação e modernização. “Vivemos um novo momento, com gerações se renovando, métodos se modernizando e profissionais brasileiros cada vez mais preparados”, concluiu o dirigente.

O 2º Fórum Brasileiro dos Treinadores foi organizado pela Federação Brasileira de Treinadores de Futebol (FBTF) e não contou com participação direta da CBF, que apenas cedeu o espaço para o encontro.

Ancelotti, que havia sido convidado apenas para receber uma homenagem simbólica, desceu de seu escritório na sede da confederação até o auditório principal, onde foi surpreendido pelas críticas públicas. O momento foi descrito por presentes como “constrangedor”.

Em evento com Ancelotti, Emerson Leão critica treinadores estrangeiros no Brasil

A CBF foi palco, nesta terça-feira (4), do 2º Fórum Brasileiro dos Treinadores de Futebol, evento que reuniu nomes históricos do esporte nacional e homenageou técnicos brasileiros e estrangeiros. O destaque da cerimônia foi Carlo Ancelotti, técnico da Seleção Brasileira, que recebeu uma placa de reconhecimento da Federação Brasileira de Treinadores (FBTF). No entanto, o momento de celebração também serviu de espaço para desabafos e críticas sobre a presença crescente de estrangeiros no comando de clubes e seleções do país.

Leão muda de tom, mas dispara contra “invasão estrangeira”

Emerson Leão, campeão mundial em 1970 e um dos técnicos mais icônicos do futebol brasileiro, foi direto em seu discurso. Embora tenha começado afirmando que mudou de opinião sobre a presença de um técnico estrangeiro na Seleção, o ex-goleiro não poupou críticas à chamada “invasão” de treinadores de fora.

“Eu sempre disse que eu não gosto de treinadores estrangeiros no meu país, e isso serve para o Mancini, que é o presidente (da Federação Brasileira de Treinadores). Estou falando aqui na frente da nossa casa. Antes eu falava que eu não suportava, não suportaria treinadores (estrangeiros). Você sabe que eu já falei isso, né, Zé (Mário)? Você sabe que eu já falei isso e não mudo. Não mudo a minha opinião. Mas tenho que ser inteligente o suficiente pra dizer que isso tudo tem um culpado. Nós. Nós, treinadores, somos culpados da invasão de outros treinadores que não têm nada a ver com isso”, declarou Leão, em tom firme.


Declaração de Emerson Leão sobre treinadores estrangeiros no futebol brasileiro (Vídeo: reprodução/Instagram/@ge.globo)


A fala de Leão foi recebida com aplausos e também com reflexões entre os colegas de profissão. Ele reconheceu que o problema vai além da presença de estrangeiros e que a categoria precisa se renovar para recuperar espaço. Mesmo aposentado, o ex-treinador reforçou que segue disposto a colaborar com as novas gerações.

Oswaldo de Oliveira reforça discurso a favor de brasileiros

Outro homenageado do evento, Oswaldo de Oliveira, também se posicionou contra a contratação de técnicos estrangeiros, ainda que com um tom mais conciliador. O treinador admitiu que, diante da decisão já tomada pela CBF, torceu para o escolhido ser Carlo Ancelotti.

“Eu não queria treinador estrangeiro, mas não tinha jeito, se tivesse que ser, que fosse esse senhor. Torci para ser esse senhor. Depois que ele for embora, campeão do mundo, que venha um brasileiro”, afirmou.

Ancelotti é homenageado e recebe apoio direto de Leão

Mesmo com as críticas, o clima do evento não se transformou em hostilidade. Carlo Ancelotti, que acompanhava tudo atentamente, foi homenageado pela CBF e pela Federação de Treinadores. Ao final, Leão dirigiu-se ao italiano e, olhando diretamente para ele, encerrou seu discurso com um gesto diplomático.

“Boa sorte para você também”, disse o ex-goleiro, em meio a aplausos. “Não estamos falando de nome, não estamos falando de nacionalidade. Estamos falando de erro nosso. Eu já parei. Eu não sou mais treinador, não sou mais atleta. Mas continuo dando a minha colaboração quando solicitado. Portanto, mudei de ideia nesse exato momento”, completou.

Mancini é apontado como voz da nova geração de técnicos

O presidente da Federação Brasileira de Treinadores, Vagner Mancini, que também comanda o Red Bull Bragantino, foi citado diversas vezes nos discursos. Leão e outros ex-treinadores destacaram a importância de sua liderança e o papel da entidade em defender os profissionais brasileiros.

“Vagner pode contar comigo com toda a colaboração que você precisar de um treinador antigo para passar algumas coisas para o jovem. Você tem tudo para se tornar uma pessoa muito, muito importante para nós brasileiros. Então, boa sorte no seu futuro. Boa sorte para você também”, afirmou Leão, encerrando o evento em tom de apoio.

Brasil sofre virada histórica e perde para o Japão em amistoso

Em um amistoso que marcou negativamente a trajetória recente da Seleção Brasileira, o time comandado por Carlo Ancelotti perdeu de virada para o Japão por 3 a 2, após abrir dois gols de vantagem no primeiro tempo. O resultado representa a primeira derrota da história do Brasil para os japoneses e acende um alerta sobre as fragilidades defensivas e a queda de rendimento da equipe na segunda etapa.

Equilíbrio inicial e domínio brasileiro

Os primeiros minutos foram equilibrados, com o Japão ocupando bem os espaços e pressionando a saída de bola brasileira. A primeira grande chance do jogo foi japonesa: aos 22 minutos, Doan fez bela jogada individual e encontrou Minamino, que cruzou para Ueda quase empurrar para o gol vazio. A bola passou rente à trave, com Hugo Souza já batido.

O susto despertou o Brasil. Três minutos depois, Vini Jr iniciou jogada pela esquerda e inverteu para Paulo Henrique, que tabelou com Bruno Guimarães e Paquetá antes de finalizar no canto esquerdo e abrir o placar. O segundo gol veio logo em seguida, aos 31, quando Paquetá encontrou Martinelli em belo passe por cobertura. O atacante finalizou de esquerda para ampliar.


Melhores momentos de Japão 3 x 2 Brasil (Vídeo: reprodução/YouTube/ge tv)

Mesmo com a vantagem, o Japão manteve postura ofensiva e impôs dificuldades na transição do Brasil, que controlava a posse, mas era obrigado a circular a bola com paciência para escapar da pressão.

Apagão e virada japonesa

O cenário mudou completamente no segundo tempo. Aos 6 minutos, Fabrício Bruno falhou ao tentar afastar uma bola simples, e Minamino aproveitou para diminuir. O Japão cresceu e empatou aos 17, após cruzamento de Ito que Nakamura completou para o gol. Sem reação, o Brasil se desorganizou e cedeu a virada aos 24 minutos: Ueda subiu mais alto que a defesa e cabeceou para o em cima de Hugo Souza que não consegue segurar com a bola terminando no fundo da rede, marcando o terceiro gol do Japão e a virada frente ao Brasil.


Minamino diminui com falha de Fabrício Bruno (Vídeo: reprodução/Instagram/@ge.globo)

Foi a primeira vez que o Brasil sofreu uma virada após abrir 2 a 0 em um jogo e, também, a primeira derrota para o Japão na história dos confrontos entre as seleções.

Reflexões e alerta para Ancelotti

As substituições promovidas por Ancelotti com as entradas de Rodrygo, Matheus Cunha, Joelinton, Estêvão e Richarlison não surtiram efeito. O time perdeu intensidade e teve dificuldades para criar. O Japão, ao contrário, manteve o ritmo e demonstrou maturidade tática, com destaque para as atuações de Ito, Minamino e Ueda.

A derrota serve como importante lição para o Brasil, que viu uma atuação segura se transformar em uma virada dolorosa por desatenção e falhas individuais. Para Ancelotti, o amistoso deixa claro que o trabalho ainda requer ajustes significativos, especialmente no sistema defensivo e na manutenção do foco durante toda a partida.

Goleiro do Corinthians estreia como titular na Seleção Brasileira

O técnico da Seleção Brasileira, o italiano Carlo Ancelotti, havia declarado que pretendia utilizar outros goleiros, já que não pode contar com Alisson. Na partida contra a Coreia do Sul, o treinador escalou Bento, do Al Nassr, de 26 anos. Para a próxima partida, Ancelotti escalou o goleiro do Corinthians, Hugo Souza.

Nascido em Duque de caxias, na Baixada Fluminense, esta será a estreia de Hugo na Seleção Brasileira e, com ela, o Corinthians quebra um longo jejum de 23 anos sem um goleiro do clube como titular da Seleção Canarinho. Além disso, Hugo quebra outro jejum, mas este, da Seleção: o retorno de um goleiro negro após 11 anos.

O sonho

Após a afirmativa de Ancelotti, Hugo comentou sobre a oportunidade de representar o Brasil: “É a realização de um sonho. Trabalhei a minha vida inteira para chegar a este momento”, disse. Ele disse estar feliz com a oportunidade oferecida e espera que seja a primeira de muitas.

Na coletiva de imprensa onde o treinador anunciou mudanças na posição, ele foi questionado por jornalistas sobre o motivo da convocação de Hugo ocorrem em virtude de suas defesas de pênaltis. O italiano foi enfático: para ele, é fundamental que um goleiro se utilize das mãos, e não dos pés, para exercer seu trabalho: “A avaliação que faz a comissão técnica não é porque é bom nos pênaltis, é porque é bom goleiro, tem personalidade, caráter, que trabalha bem, que defende”.


Hugo Souza fala sobre a expectativa de sua escalação (Vídeo: reprodução/Instagram/@cazetv)

Quebra de jejum

A convocação de Hugo quebra um jejum de 23 anos do Corinthians, que teve como último goleiro como titular da Seleção Dida, em fevereiro de 2002. Desde então, 11 clubes brasileiros conseguiram o feito de ter um atleta desta posição escalado, e nem mesmo Cássio conseguiu este feito. O atleta chegou a ser convocado para a Copa da Rússia, em 2018, mas somente ocupou o banco de reservas.

Além disso, Hugo quebrou outro jejum, desta vez, dentro da Seleção. Ele é o primeiro goleiro negro a ser escalado como titular após 11 anos. O último foi Jefferson, no extinto Superclássico das Américas.

Elogios do Tetra

O preparador de goleiros da Seleção e tetracampeão mundial, Taffarel, elogiou Hugo Souza e disse que o atleta de 26 anos está preparado para a partida: “Vem trabalhando bastante, não só aqui na Seleção, mas também no clube. Então ele está com muito entusiasmo e isso que a gente quer dos jogadores”.

Taffarel destacou que esta é uma boa oportunidade para testar o jogador em campo e avaliar sua atuação: “Eu acho que é um momento muito bom, apropriado para ele e espero que faça um bom trabalho como o Bento fez”.


Taffarel fala sobre Hugo Souza (Vídeo: reprodução/Instagram/@tntsportsbr)

Próximo confronto

O Brasil enfrenta o Japão na próxima terça-feira (14), no Ajinomoto Stadium, em Tóquio, às 7:30 (horário de Brasília). A partida será transmitida pela Rede Globo em seu canal aberto, na SportTV e pelo ge.tv. Pelo YouTube, a transmissão poderá ser vista no canal Cazé Tv.

Das 13 últimas vezes em que o Brasil duelou contra o Japão, os brasileiros venceram 11. A última vez foi em 2022, na reta final para a Copa do Catar. Na ocasião, o gol de Neymar garantiu a vitória por 1 a 0.

Ancelotti exalta partida da seleção: “equipe mostrou que pode jogar neste nível”

Em uma atuação dominante, o Brasil de Carlo Ancelotti silenciou o Estádio Copa do Mundo de Seul ao golear a Coreia do Sul por 5 a 0, nesta sexta-feira (10), em amistoso válido pela Data FIFA. O técnico italiano ficou satisfeito com o desempenho da equipe e destacou o espírito coletivo como chave para o brilho individual de seus atacantes.

Hoje a equipe mostrou que pode jogar neste nível — com intensidade, qualidade e compromisso. Desde que cheguei, sempre repito: o compromisso coletivo é a base. Quando o grupo tem essa base, surgem muitas oportunidades de fazer as coisas bem. Hoje unimos esse compromisso à qualidade que esses jogadores têm, e é isso que a Seleção precisa”, afirmou Ancelotti após a partida.

Destaques e elogios do técnico

O treinador destacou especialmente as atuações de Estêvão e Rodrygo, autores de quatro dos cinco gols, mas fez questão de valorizar o desempenho coletivo.

Quando você tem uma base sólida e uma defesa consistente, a qualidade individual aparece naturalmente. Rodrygo fez uma grande partida, Estêvão também. A equipe tem muitas soluções ofensivas, e hoje conseguimos aproveitar as qualidades de cada um”, ponderou o italiano.


Rodrygo e Estevão foram os melhores jogadores durante a partida (Foto: reprodução/Chung Sung-Jun/Getty Images Embed)

O que disse Ancelotti sobre o jogo

Compromisso da equipe

Jogamos muito bem — com bola e sem bola. O compromisso foi exemplar. Quando a equipe se dedica dessa forma, a qualidade aparece. O jogo mostrou qualidades individuais muito importantes.

Atuação do Brasil

Fiquei muito feliz. Foi uma partida completa em todos os aspectos. Nossa trajetória rumo à Copa do Mundo começou bem, porque a equipe jogou com intensidade e inteligência. Gostei muito da postura e das qualidades que mostramos.

Como foi construída a goleada

A chave foi o primeiro gol. A Coreia começou bem, tentando se defender e pressionar nosso meio, mas o gol de Estêvão abriu o jogo. A partir daí, eles tiveram mais dificuldade para nos conter.


Ancelotti elogiou vários aspectos do jogo da seleção (Foto: reprodução/ANTHONY WALLACE/Getty Images Embed)

Domínio do início ao fim

Mesmo sob chuva intensa e diante de cerca de 65 mil torcedores, o Brasil foi amplamente superior desde o apito inicial. A Coreia do Sul, 23ª no ranking da FIFA (enquanto o Brasil ocupa a 6ª posição), priorizou a defesa, mas viu o time de Ancelotti controlar o jogo com linhas altas e movimentação constante.

O técnico escalou um quarteto ofensivo formado por Rodrygo, Estêvão, Vini Jr. e Matheus Cunha, apoiado por Casemiro e Bruno Guimarães, que se aproximavam com frequência da área adversária. As duas assistências do primeiro tempo saíram justamente dos volantes: aos 12 minutos, Bruno Guimarães encontrou Estêvão entre os zagueiros para abrir o placar; aos 41, Casemiro serviu Rodrygo, que marcou seu oitavo gol em 34 jogos pela Seleção.

Segundo tempo de gala

No segundo tempo, a Coreia tentou reagir com uma alteração no meio-campo, mas acabou punida rapidamente. Logo no reinício, Estêvão roubou a bola de Kim Min-Jae e ampliou. Dois minutos depois, Casemiro interceptou novo passe e acionou Vini Jr., que encontrou Rodrygo livre para fazer o quarto gol.

Com o resultado encaminhado, Ancelotti aproveitou para rodar o elenco. Entraram Paulo Henrique (em sua estreia pela Seleção), Carlos Augusto, André, Paquetá, Richarlison e Igor Jesus. Mesmo com as mudanças, o domínio brasileiro continuou, e Vini Jr. ainda marcou o quinto gol, aos 32 minutos, fechando a goleada.

O Brasil volta a campo na próxima terça-feira (15), às 7h30 (horário de Brasília), contra o Japão, no Estádio de Tóquio — partida que encerra a série de amistosos asiáticos desta Data FIFA.

Ancelotti define meta da Seleção: vencer a Copa do Mundo

O técnico Carlo Ancelotti deixou claro, nesta quinta-feira (9), que o objetivo da Seleção Brasileira é um só: conquistar a Copa do Mundo de 2026, que será disputada em Canadá, Estados Unidos e México. Apesar do pouco tempo de trabalho até o torneio, o treinador afirmou que confia na preparação e na atitude dos jogadores.

Ambiente positivo

Em entrevista coletiva no Seul World Cup Stadium, palco do amistoso desta sexta-feira (10) contra a Coreia do Sul, Ancelotti destacou o bom clima dentro do grupo. Segundo ele, o entrosamento e a união dos atletas serão fundamentais para buscar o título.

O jogador brasileiro quer jogar pela Seleção. Dentro de um clube há muitos idiomas, mas numa seleção a comunicação é mais fácil. O ambiente onde você trabalha é muito importante para chegar ao objetivo”, disse o técnico.

Ancelotti também reforçou que quer jogadores comprometidos com o grupo e não com conquistas individuais. “O objetivo tem que ser ganhar a Copa do Mundo, e não ser o melhor jogador do torneio”, afirmou.


Rodrygo fala sobre período longe da Seleção (Vídeo: reprodução/Instagram/@ge.globo)

O volante Casemiro havia demonstrado preocupação com o curto período de treinos até o Mundial, mas o treinador italiano mostrou otimismo. Para ele, o Brasil tem uma base sólida e um elenco equilibrado: “A seleção tem uma base ampla, com jogadores muito profissionais. Estou convencido de que vamos preparar um ambiente muito positivo para a Copa”, declarou.

Escalação e ajustes

Ancelotti confirmou que o goleiro Bento será titular no amistoso contra a Coreia, enquanto Hugo Souza jogará a próxima partida. Ele afirmou que o confronto servirá para aprimorar a atitude e o convencimento do grupo. “Amanhã é uma oportunidade para melhorar a qualidade e a confiança da equipe”, destacou o treinador, que elogiou a postura defensiva do time nos últimos jogos.


Bento fala sobre possível titularidade pela seleção (Vídeo: reprodução/Instagram/@ge.globo)

Mesmo com pouco tempo até o início da Copa, Ancelotti acredita que a Seleção chegará preparada. O italiano aposta no ambiente saudável e na dedicação dos jogadores para transformar o objetivo em realidade: levar o hexacampeonato ao Brasil.