Coutinho e o Vasco: reencontro ainda busca um clímax

Philippe Coutinho voltou ao Vasco cercado de expectativas. Para muitos torcedores, a imagem do garoto formado em São Januário, que brilhou na Europa e vestiu a camisa da Seleção, trazia a promessa de um retorno triunfal, quase como um capítulo final de redenção. Mas a realidade, até aqui, é menos romântica e mais desafiadora.

Entre nostalgia e realidade

O Coutinho que a torcida reencontrou não é mais o jovem explosivo que despontou em 2009. O tempo, as lesões e as idas e vindas em clubes internacionais moldaram um jogador diferente: ainda talentoso, ainda decisivo em lampejos, mas mais consciente de suas limitações físicas.

O Vasco, por sua vez, não é o mesmo clube que o revelou. Hoje, busca afirmação no cenário nacional, equilibrando tradição com a necessidade urgente de resultados.


Coutinho comemorando gol em sua volta pelo Vasco (foto: reprodução/x/@brasiledition)

Essa colisão entre passado e presente cria um paradoxo: Coutinho é, ao mesmo tempo, símbolo de esperança e lembrança de um potencial que talvez nunca tenha atingido o auge em São Januário.

O papel de liderança silenciosa

Se antes esperavam dele dribles desconcertantes e gols decisivos, hoje Coutinho pode entregar algo menos evidente, mas igualmente valioso: liderança técnica e emocional. Ele conhece a pressão de jogar sob holofotes, sabe lidar com críticas e pode ser uma bússola para jovens atletas que buscam espaço no elenco. Mais do que “decidir sozinho”, o meia pode se tornar o elo entre gerações dentro do Vasco.

O ápice que pode ser reinventado

É verdade que Coutinho ainda não alcançou seu clímax no clube. Mas talvez a narrativa não precise ser sobre “atingir o auge perdido”, e sim sobre reinventá-lo. O ápice pode estar menos na estatística e mais no impacto coletivo, no passe que inicia a jogada, no posicionamento que organiza o time, na experiência que guia os mais novos.

No fim, a trajetória de Coutinho pelo Vasco não precisa repetir a promessa da juventude. Ela pode escrever um novo capítulo: o da maturidade, do equilíbrio e da entrega possível. E, quem sabe, é justamente esse papel menos óbvio que marcará sua passagem como definitiva.

Suspensões complicam Botafogo e aumentam pressão sobre equipe

O Botafogo vive momento crítico no Brasileirão às vésperas de confrontos decisivos. Suspensões se acumulam por acúmulo de cartões e expulsões, ameaçando a escalação ideal do time em jogos-chave. O técnico Davide Ancelotti reconhece que essas ausências pesam, mas reforça que o elenco precisa manter concentração e resiliência para reagir.

Desfalques por suspensão erguem desafio tático

Segundo o técnico, os desfalques já deixaram marcas — não só físicas, mas emocionais. Ele falou em “gestão da frustração” após partidas em que o Botafogo teve de lidar com decisões de arbitragem desfavoráveis, mas que não podem se tornar desculpas permanentes. Para Ancelotti, é natural que exista desgaste quando atletas importantes ficam de fora, mas esse cenário precisa ser encarado com maturidade e estratégia. O treinador acredita que a consistência mental do grupo será determinante para evitar que a sequência de suspensões comprometa o rendimento coletivo. Além disso, ele ressaltou a importância de líderes dentro de campo assumirem maior protagonismo nesse momento, ajudando a manter o foco e a competitividade do elenco.

O treinador reforça que a temporada ainda está aberta e que a recuperação depende da disciplina dentro de campo. Para ele, controlar os ânimos e evitar suspensões desnecessárias será tão importante quanto treinar jogadas e manter o ritmo físico. Se conseguir equilibrar esses fatores, o Botafogo pode transformar a crise em aprendizado e voltar a brigar entre os primeiros colocados.


Técnico Davide Ancelotti (Foto: Reprodução/Instagram @foto_vitorsilva)

Ancelotti reconhece impacto emocional, mas cobra reação

Segundo o técnico, os desfalques já deixaram marcas — não só físicas, mas emocionais. Ele falou em “gestão da frustração” após partidas em que o Botafogo teve de lidar com decisões de arbitragem desfavoráveis, mas que não podem se tornar desculpas permanentes. Ancelotti solicita que o grupo se ajuste, valorize o que está à disposição e mantenha ambição nos próximos jogos.

O treinador reforça que a temporada ainda está aberta e que a recuperação depende da disciplina dentro de campo. Para ele, controlar os ânimos e evitar suspensões desnecessárias será tão importante quanto treinar jogadas e manter o ritmo físico. Se conseguir equilibrar esses fatores, o Botafogo pode transformar a crise em aprendizado e voltar a brigar entre os primeiros colocados.

Outubro no Brasil: Série A apertada, semis da Liberta e um jogo de xadrez físico

Outubro chega com roteiro diferente do planejado no início do ano: a CBF antecipou o fim do calendário do campeonato e empurrou a reta final da Copa do Brasil para dezembro. Na prática, o mês vira um túnel para os clubes que disputam o Brasileirao série A e, ao mesmo tempo, brigam por vaga na decisão continental. O ajuste oficial da entidade crava as semifinais da Copa do Brasil em 10 e 14 de dezembro e as finais em 17 e 21 de dezembro, fechando a temporada — mudança anunciada em 23 de agosto. Para a Série A, isso comprime as rodadas de outubro e reduz conflitos de datas com o mata-mata nacional, mas não alivia o peso da agenda internacional.

O que muda no dia a dia do Brasileirão em outubro

Com a alteração, as rodadas 27 a 38 passam a ser disputadas entre 4 de outubro e 7 de dezembro, o que transforma outubro em um período de alta densidade de jogos para quase todos os elencos. A leitura prática: menos janelas “mortas” para treinos, mais decisões de rotação e um risco maior de queda de pico físico na semana seguinte às viagens longas. O guia de calendário publicado após o anúncio da CBF destrincha as datas, reforçando que o Brasileiro segue sem paralisações prolongadas, inclusive durante o ciclo de amistosos da seleção no começo do mês, o que empurra escolhas duras para técnicos que perdem convocados. Para o torcedor e para a cobertura, o efeito é um outubro de maratona — partidas encavaladas e pouco respiro entre semana e fim de semana.


Jogadores do Fluminense na Copa do Brasil 2025 (Foto: reprodução/ Ruano Carneiro / Getty images embed)

Há também um ganho de previsibilidade na televisão e no planejamento de logística: com as fases decisivas da Copa do Brasil deslocadas, as datas nobres do Brasileirão em outubro ficam mais estáveis, reduzindo trocas de última hora. Ainda assim, o pacote não resolve a equação completa; quem está em três frentes (liga, continental e preparação para a reta final da Copa do Brasil) precisa construir planos B e C por posição para sobreviver ao mês..

A interferência continental: semis da Libertadores no meio do caminho

Se o Brasileiro foi “organizado” para outubro, a Libertadores foi intensificada: a CONMEBOL fixou as semifinais para 21–23 e 28–30 de outubro, com final em 29 de novembro, em Lima. Para clubes brasileiros vivos no torneio, isso cria um sanduíche competitivo: rodadas da Série A antes e depois de viagens continentais que tendem a ser longas e, por vezes, em ambientes de altitude ou calor. Em termos de gestão de elenco, minuto útil vira métrica-chave: pontuar no Brasileiro com rotações “B+” nas datas imediatamente anteriores aos jogos continentais pode ser a diferença entre chegar inteiro às semis e pagar a conta na volta. Os documentos e hubs oficiais da CONMEBOL e o calendário consolidado em veículos de referência confirmam o desenho: quartas em setembro, semis em outubro, final em novembro — exatamente o arco que comprime a Série A no último terço.

Resumo de outubro: menos margem para erro, mais planejamento fino. O Brasileiro corre em pista própria, mas o tráfego pesado da Libertadores atravessa a semana — e a reta final da Copa do Brasil, agora em dezembro, fica como clímax pós-ponto corrido. Para navegar, vale seguir as comunicados oficiais da CBF e o programa de partidas da CONMEBOL, que balizam as escolhas de rotação, viagem e risco até o apagar das luzes da temporada.

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Botafogo perde força na zaga e tropeça no Campeonato Brasileiro

Apesar de continuar entre as equipes menos vazadas da Série A, o Botafogo enfrenta um período de instabilidade que compromete sua aproximação ao topo da tabela. Em setembro, a equipe sofreu cinco gols em quatro partidas, quase um terço dos 18 tentos sofridos em toda a competição, sinal de que a solidez defensiva que marcou o início da campanha perdeu consistência nas últimas rodadas.

Preocupação com vantagens desperdiçadas

O dado mais preocupante é que a maioria desses gols aconteceu quando o time estava à frente no marcador, desperdiçando vantagens confortáveis. O episódio mais emblemático ocorreu diante do Mirassol, na semana passada, quando o alvinegro abriu 3 a 0 no primeiro tempo, mas acabou permitindo a reação adversária e cedeu um empate inesperado em casa. Dias depois, na última quarta-feira (24), a história se repetiu: diante do Grêmio, em Porto Alegre, o Botafogo segurava a vitória até os minutos finais, quando sofreu um pênalti convertido aos 45 do segundo tempo e saiu de campo apenas com um 1 a 1.



Botafogo cedeu empate ao Grêmio (Foto: reprodução/Instagram/@botafogo)

Para o técnico Davide Ancelotti, as razões para esses tropeços variam de jogo para jogo, mas a irregularidade é inegável. Ele admitiu que contra o Mirassol a equipe teve “um apagão” na etapa final, enquanto no duelo com o Grêmio o resultado escapou por fatores fora de controle. “Não é sempre o mesmo motivo. Hoje merecíamos ganhar, mas precisamos de mais constância, especialmente na organização defensiva”, avaliou o treinador, que também cobrou maior criatividade no setor ofensivo para evitar empates em partidas dominadas.

Clássico com o Fluminense será teste decisivo

A missão de recuperar a firmeza defensiva será colocada à prova já neste domingo (28), no clássico contra o Fluminense, no Maracanã. O Botafogo ainda ostenta a terceira melhor defesa do campeonato, atrás apenas de Flamengo (11 gols sofridos) e Cruzeiro (17), mas terá de superar desfalques importantes para manter esse posto. Os zagueiros Alexander Barboza e Kaio Pantaleão cumprem suspensão, abrindo espaço para a provável dupla formada por David Ricardo e o recém-chegado Gabriel Bahia. Outra alternativa considerada pela comissão técnica é a improvisação do lateral Marçal no miolo da zaga, caso seja necessário reforçar o sistema.

Com a reta final do Brasileirão se aproximando, a equipe sabe que reencontrar equilíbrio entre defesa e ataque é fundamental para manter viva a esperança de brigar pelas primeiras posições.

Clássico com tensão extra: Botafogo encara Fluminense com defesa remendada

O Botafogo chega ao clássico contra o Fluminense   no próximo domingo (28), cercado de expectativa e apreensão. Além da rivalidade natural, o time alvinegro terá de superar um problema que afeta diretamente sua espinha dorsal: a ausência de seus principais zagueiros.

Mas isso ainda não preocupa muito a torcida, pois existe um histórico recente em que o Fluminense não vence o Botafogo há muitos jogos.

Desfalques que mudam o jogo

As suspensões de Alexander Barboza e Kaio Pantaleão forçam o técnico Davide Ancelotti a redesenhar sua defesa. Sem a dupla, que vinha sendo referência no setor, o Botafogo perde experiência, entrosamento e uma das engrenagens que garantiam consistência ao time nas últimas rodadas.

Sem eles, o time vai em busca da vitória que agora é ainda mais importante, depois de empatar os dois jogos atrasados que o botafogo teve.

Alternativas em teste

Com pouco tempo de preparação, as opções não são abundantes. Gabriel Bahia, recém-chegado, surge como aposta natural. Ao seu lado, David Ricardo é um dos nomes mais cotados. Há ainda a possibilidade de improviso, com Marçal deslocado para a zaga, medida que traria mais segurança na saída de bola, mas que expõe o time a riscos diante de atacantes velozes.


Arte do Botafogo para esperar o clássico de domingo (foto:reprodução/x/@botafogo)

Do outro lado, o Fluminense chega de olho nesse ponto frágil do adversário. A expectativa é de pressão constante sobre a nova dupla defensiva do Botafogo, explorando a falta de entrosamento. Num clássico onde detalhes fazem a diferença, a estratégia pode ser determinante.

O peso da escolha

Mais do que escalar nomes, Ancelotti terá de transmitir confiança a um setor fragilizado. A forma como a defesa irá se comportar pode não apenas decidir o clássico, mas também impactar a confiança do elenco para a sequência do campeonato.

O Maracanã será palco não só da disputa entre Botafogo e Fluminense, mas também de um teste de fogo para a capacidade do elenco alvinegro de se reinventar em meio às dificuldades.

Palmeiras atropela o Fortaleza e dorme na vice-liderança do Brasileirão

O Palmeiras venceu o Fortaleza por 4 a 1 no Allianz Parque, pela 24ª rodada do Brasileirão, na noite deste sábado (20). Com uma equipe praticamente reserva, o Verdão abriu o placar com Raphael Veiga, mas viu Lucas Crispim empatar ainda no primeiro tempo. Na etapa final, Ramon Sosa marcou seu primeiro gol pelo clube, enquanto Andreas Pereira brilhou ao anotar dois gols, garantindo a goleada.

Saiba como foi o duelo no Allianz Parque

O Palmeiras entrou em campo com uma equipe praticamente toda renovada, mantendo apenas o goleiro Weverton entre os titulares que derrotaram o River Plate na Argentina. Apesar da falta de entrosamento, o time de Abel Ferreira mostrou intensidade desde o apito inicial, abrindo o placar aos nove minutos.

Facundo Torres se destacou nos primeiros 45 minutos: avançou pela direita, entrou na área e foi derrubado pelo defensor adversário. Após revisão do VAR, o árbitro assinalou pênalti, convertido por Raphael Veiga.

O Fortaleza, aos poucos, passou a subir a linha de marcação e equilibrar as ações no meio de campo, embora de forma esporádica. Nos contra-ataques, porém, o time visitante se mostrou mais perigoso. Em uma dessas investidas, Weverton brilhou com duas grandes defesas em finalizações de Lucero e Mancuso. Na terceira tentativa, Lucas Crispim acertou o chute e igualou o placar, que permaneceu inalterado até o intervalo.

O segundo tempo começou equilibrado, mas logo ficou claro quem briga pelo título e quem luta contra o rebaixamento. Após lançamento de Micael, Ramón Sosa recebeu livre e marcou um golaço, colocando o Verdão novamente à frente — foi o primeiro dele com a camisa alviverde.

Com o resultado favorável, Abel Ferreira acionou a “tropa de choque”, incluindo Andreas Pereira. O meio-campista marcou de fora da área com um chute preciso, sem chances para o goleiro, e depois anotou seu segundo gol, definindo a goleada.


Melhores momentos do jogo entre Palmeiras e Fortaleza (Vídeo: reprodução/YouTube/@getv)

Noite brilhante de Andreas Pereira

Entrando do banco já com o Palmeiras na frente, Andreas Pereira ajudou a acelerar o ritmo da equipe, enquanto as mudanças promovidas por Palermo esfriaram o Fortaleza dentro do Allianz.

Poucos minutos após ser acionado por Abel Ferreira, Andreas marcou de fora da área, comemorado por todo o grupo. Na sequência, anotou seu segundo gol, que também foi o quarto do Palmeiras, consolidando a goleada.


Andreas Pereira (Vídeo: reprodução/Instagram/@palmeiras)

Posição do Palmeiras na tabela do Brasileirão

Com a vitória, o Palmeiras de Abel Ferreira subiu para a vice-liderança do Brasileirão, ficando a apenas um ponto do Flamengo, líder da competição. Já o Fortaleza segue na penúltima posição, cinco pontos atrás do Santos, primeiro clube fora da zona de rebaixamento.

Próximos jogos

O Palmeiras enfrenta o River Plate no Allianz Parque na próxima quarta-feira (24), pelo jogo de volta das quartas de final da Libertadores. O Fortaleza, por sua vez, recebe o Sport no Castelão, pelo Brasileirão, no próximo sábado (27).

Vasco encara clássico contra o Flamengo com dúvidas no elenco

O Vasco da Gama enfrenta desafios significativos para escalar o time no clássico contra o Flamengo, válido pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro, marcado para este domingo, às 17h30, no Maracanã. A equipe carioca terá desfalques relevantes, principalmente nas linhas defensiva e de meio-campo, o que preocupa o técnico Fernando Diniz para o confronto.

Desfalques importantes abalam a equipe

O volante Jair está oficialmente fora da temporada após passar por uma cirurgia no joelho durante a semana, afastando-o de todas as partidas restantes. Além dele, o lateral-esquerdo Lucas Piton também não estará à disposição. O jogador se lesionou durante o duelo contra o Botafogo, pelas quartas de final da Copa do Brasil, e ainda não atingiu condições plenas de jogo. Diante da ausência de Piton, a tendência é que Fernando Diniz recorra novamente à improvisação, utilizando o uruguaio Puma Rodríguez na lateral esquerda, posição que ele já desempenhou em partidas recentes. Essa adaptação será fundamental para manter a consistência defensiva da equipe, que já sofreu com alterações em sua linha de trás.

Outro nome que preocupa é o volante Tchê Tchê, que segue em recuperação de uma lesão muscular sofrida no jogo contra o Corinthians, em 24 de agosto. Ele tentou retornar à equipe após a pausa da Data Fifa, atuando diante do Botafogo, mas precisou ser substituído minutos depois devido a dores musculares persistentes. Sua participação no clássico ainda é incerta, aumentando a responsabilidade dos substitutos.


Tchê Tchê está fora do duelo contra o Flamengo (Foto: Reprodução/Instagram/@tchetche)

Na rodada anterior, contra o Ceará, Matheus Carvalho foi escalado para cobrir a vaga de Tchê Tchê, mas não conseguiu corresponder às expectativas, falhando na jogada que resultou no primeiro gol adversário e sendo trocado no intervalo.

Meio-campo busca alternativas estratégicas

Para o confronto com o Flamengo, a expectativa é que Hugo Moura retorne de suspensão e assuma novamente a posição de volante, formando dupla com o jovem Cauan Barros. Além de Hugo, Paulinho surge como alternativa para o meio-campo, oferecendo características próximas às de Tchê Tchê. O jogador voltou a atuar na última rodada após mais de dois meses afastado e deixou boa impressão, podendo receber minutos estratégicos no clássico, dependendo do plano tático definido pela comissão técnica.

Com esses ajustes, o Vasco encara um desafio duplo: superar os desfalques e buscar um resultado positivo contra o rival em plena casa do adversário, mantendo acesa a briga por posições no Campeonato Brasileiro.

Botafogo vive crise e vê torcida perder confiança

O Botafogo deixou escapar mais uma vitória importante no Brasileirão. No último domingo (14), no Nilton Santos, a equipe abriu 3 a 0 sobre o Mirassol, mas cedeu o empate e saiu de campo sob vaias da torcida. O tropeço expôs novamente os problemas do time e acendeu o sinal de alerta para o final da temporada.

Confiança abalada

O ambiente ao redor do clube reflete a queda de desempenho em campo. A torcida, que já esteve empolgada com a equipe, agora convive com a desconfiança. A irregularidade nas atuações e a falta de padrão de jogo alimentam a insatisfação. Planejamento questionável, mudanças constantes no elenco e tropeços em sequência têm minado a paciência dos alvinegros.


Marlon Freitas assume responsabilidade pelo tropeço (Vídeo: reprodução/Instagram/@ge.globo)

As quedas na Copa do Brasil e na Libertadores também aumentaram a pressão. A primeira, considerada pelos torcedores como um caminho mais acessível para conquistar um título nacional, gerou ainda mais frustração. Já a eliminação na competição continental reforçou a imagem de uma equipe que não conseguiu manter a consistência necessária para avançar em torneios de peso.

Fragilidade no Nilton

O Estádio Nilton Santos deixou de ser um trunfo para o Glorioso. Sob comando de Davide Ancelotti, foram seis jogos em casa, com apenas uma vitória, diante do Bragantino por 4 a 1. O aproveitamento baixo como mandante derrubou as chances de título e trouxe dúvidas sobre até onde o time pode chegar no campeonato.

Pressão sobre Ancelotti

Sem apresentar evolução, Davide Ancelotti enfrenta sua primeira crise desde que assumiu o Botafogo. Em sua estreia como técnico principal, ele lida com a pressão externa e vê questionamentos sobre seu trabalho crescerem a cada rodada. A instabilidade, somada à perda de confiança da torcida, aumentam a tensão nos bastidores.


Davide Ancelotti fala sobre pressão como técnico (Vídeo: reprodução/Instagram/@ge.globo)

Com 36 pontos e ocupando a 5ª colocação, o Botafogo continua na zona de classificação para a próxima Libertadores. No entanto, os tropeços recentes deixaram claro que o time precisa reagir rapidamente. A próxima chance será no sábado (20), às 18h30, contra o Atlético-MG, em duelo decisivo para retomar a confiança e mostrar que pode dar uma resposta ao torcedor.

Santos busca reação em clássicos e encara o São Paulo na Vila Belmiro

O Santos chega ao clássico contra o São Paulo com um histórico que acende o sinal de alerta. Até aqui, o Peixe disputou cinco clássicos na temporada, somando apenas uma vitória. O triunfo aconteceu no Campeonato Paulista, quando a equipe bateu o Tricolor por 3 a 1 na Vila Belmiro, ainda sob o impacto da volta de Neymar ao clube.

Nos demais duelos, o time não conseguiu manter a regularidade. Foram derrotas para Palmeiras e Corinthians no estadual e novo revés diante do São Paulo no Brasileirão. A única exceção positiva foi justamente contra o Tricolor, mas o rendimento geral deixa o Alvinegro Praiano em situação delicada.

O retrospecto preocupa, especialmente porque o clube ainda terá mais três clássicos pela frente até o fim da temporada. A falta de bons resultados nessas partidas pesa não apenas na tabela, mas também no moral da equipe e no apoio da torcida.

Mudança no comando e reforços disponíveis

A temporada do Santos também foi marcada por instabilidade no comando técnico. Após a saída de Pedro Caixinha, César Sampaio assumiu interinamente e comandou o time no clássico do primeiro turno contra o São Paulo. Mais tarde, Cléber Xavier esteve à frente da equipe em 17 partidas. Agora, Juan Pablo Vojvoda tem a missão de iniciar sua trajetória em clássicos e buscar um novo rumo para o time.


Santos em treino para os próximos jogos (Fotos: reprodução/Instagram/@santosfc)

O duelo deste domingo marca a primeira oportunidade de Vojvoda colocar sua filosofia à prova em um jogo de grande rivalidade. A expectativa é de uma postura mais organizada e competitiva, algo que o torcedor espera há meses.

Além disso, o treinador contará com o retorno de Benjamín Rollheiser, que cumpriu suspensão e está à disposição. A presença do argentino pode ser determinante, já que ele vem sendo uma das principais peças ofensivas do Santos.

Expectativas para o clássico na Vila Belmiro

O confronto diante do São Paulo será o único clássico do Santos em casa neste mês de setembro. A Vila Belmiro, tradicional palco de grandes jogos, promete receber bom público, especialmente porque a torcida alvinegra enxerga no duelo a chance de mudança de rumo.

O Tricolor chega embalado por boas atuações recentes, mas a pressão do mando de campo pode jogar a favor do Santos. O clássico também ganha peso extra pelo momento do Brasileirão, já que cada ponto pode ser decisivo na luta por posições mais altas na tabela.

Se conquistar uma vitória, o Peixe não apenas melhora seu retrospecto em clássicos, como também fortalece a confiança do elenco e da torcida para a sequência da temporada. O desafio é grande, mas pode representar um divisor de águas para o time de Vojvoda.

Vasco aproveita semana livre para ajustar a equipe antes do clássico

O empate em 2×2 diante do Ceará, no último fim de semana, deixou o Vasco em alerta, mas também abriu uma janela rara e estratégica para a equipe de Fernando Diniz. O Cruz-Maltino terá uma semana inteira de treinos antes de enfrentar o Flamengo, no próximo domingo(21), pelo Campeonato Brasileiro.

Neste período sem jogos será fundamental não apenas para corrigir falhas, mas principalmente para tentar recuperar jogadores lesionados que fazem falta ao elenco.

Jogadores lesionados

O Vasco segue preocupado com a situação de alguns de seus jogadores mais importantes antes do clássico contra o Flamengo. Um desses casos é o de Tchê Tchê. O volante, que é titular absoluto da equipe, deixou o duelo contra o Botafogo pela Copa do Brasil com dores musculares e chegou a ser dúvida para o confronto seguinte, diante do Ceará.

No entanto, os exames realizados descartaram uma nova lesão e a expectativa é de que esteja liberado para atuar no final de semana. Mesmo assim, sua condição física ainda será monitorada de perto pela comissão técnica.

Já Lucas Piton representa a maior dor de cabeça para Fernando Diniz. O lateral esquerdo sofreu uma lesão na panturrilha esquerda com edema muscular e dificilmente terá tempo para se recuperar até a partida.

A sua ausência complica não apenas no setor defensiva, mas principalmente no apoio ofensivo pelo lado esquerdo, uma de suas marcas registradas. Sem opções naturais para a posição, Diniz já testou alternativas, incluindo a improvisação de Puma Rodríguez no setor.


Lesão mais preocupante sofrida por Lucas Piton (Reprodução/Sports Press Photo/Getty Images Embed)


Outro atleta que pode retornar é Thiago Mendes. Fora das últimas três partidas, o meio-campista está em fase de transição física e trabalha para recuperar ritmo. A comissão técnica adota cautela no processo, mas mantém a expectativa de contar com o jogador, ao menos como opção no banco de reservas, no clássico.

Com cinco dias completos de treino até o clássico, Fernando Diniz terá uma oportunidade valiosa para ajustar o time e tentar suprir esses possíveis desfalques importantes, que deixam o técnico vascaíno muito preocupado. Além da recuperação física, o técnico busca retomar a consistência tática, que oscilou nas últimas rodadas.

Clássico de peso

Enfrentar o Flamengo nunca é um jogo comum. A rivalidade histórica aumenta a responsabilidade e a pressão sobre os dois lados. Para o Vasco, o clássico é ainda mais importante pelo momento na tabela, pois a equipe precisa somar pontos para se manter longe da zona de risco e ganhar confiança na reta final do Brasileirão, ainda mais em um clássico.

A vitória significaria não apenas três pontos, mas também moral elevada e confiança diante de um adversário considerado um dos mais fortes do campeonato.

Já a torcida cruz-maltina também vive a expectativa do duelo. Após se apoiar em peso em São Januário no último jogo, a pressão por desempenho diante do maior rival é enorme. A cada treino, dezenas de torcedores têm comparecido ao CT para incentivar os jogadores, cientes de que a recuperação de peças importantes pode ser determinante para o resultado no Maracanã.

Pois o clássico entre Flamengo e Vasco acontece neste domingo(21), no Maracanã, em jogo válido pela próxima rodada do Brasileirão. Com semana livre e chance de recuperar atletas fundamentais, o Cruz-Maltino tenta transformar tempo e trabalho em confiança para buscar um resultado que pode mudar os rumos da atual temporada.