Porta-voz de Trump cogita sanções ao Brasil após julgamento de Bolsonaro

A declaração da porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, movimentou a cena política nesta terça-feira (9). De acordo com Leavitt, a gestão de Donald Trump estaria “preparada para recorrer a sanções econômicas ou até a medidas militares” em nome da defesa da liberdade de expressão, mencionando diretamente a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, que responde a julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). A fala foi dada em resposta a um questionamento do jornalista Michael Shellenberger, do site Public News.

Leavitt destacou que Trump “trata a liberdade de expressão como prioridade” e que não descarta agir caso considere esse direito em risco. Ao ser questionada sobre possíveis novas medidas contra o Brasil, a porta-voz afirmou que, por enquanto, não há ações em curso, mas deixou em aberto a possibilidade de decisões futuras. Pouco depois, a própria embaixada americana compartilhou o trecho da coletiva em suas redes sociais.

Reação brasileira

A reação do governo brasileiro veio logo em seguida. Em nota oficial, o Itamaraty repudiou o uso de sanções e qualquer ameaça de força contra a democracia nacional. O comunicado ressaltou que a defesa da liberdade de expressão deve caminhar junto com o respeito à soberania e às urnas. “Os três Poderes da República não se intimidarão diante de qualquer forma de atentado à nossa soberania”, destacou o texto.


 Porta-voz da Casa Branca fala sobre julgamento de Bolsonaro (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

O julgamento no STF

A polêmica acontece em meio ao julgamento de Jair Bolsonaro e de outros sete aliados próximos, apontados como integrantes do núcleo central da tentativa de golpe de Estado em 2023. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, já votou pela condenação dos réus, afirmando que o grupo atuou de forma organizada para tentar manter o ex-presidente no poder.

Entre os acusados estão ex-ministros, militares de alta patente e assessores diretos de Bolsonaro, como Mauro Cid e Braga Netto. As acusações envolvem crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe, organização criminosa e dano ao patrimônio público. Somadas, as penas podem ultrapassar 40 anos de prisão. O desfecho do julgamento ainda depende dos votos dos demais ministros da Primeira Turma do STF.

Audiência de caso Lively x Baldoni tem troca de acusações

Durante seu depoimento no processo contra Justin Baldoni, Blake Lively protagonizou um momento de forte tensão no tribunal. A atriz, reconhecida por trabalhos de destaque no cinema e na televisão, declarou acreditar estar no alvo de uma campanha difamatória articulada pelos réus — e chegou a incluir o próprio advogado do ator, apontando-o como parte desse movimento. Segundo Lively, as ações retaliatórias incluem a abertura de um processo contra ela, declarações públicas que colocam em dúvida seu caráter e a promoção de uma cobertura midiática prejudicial, indícios que, na visão da artista, demonstram que a ofensiva contra sua imagem segue ativa.

Confronto direto em plena audiência

Um depoimento recente de Blake Lively, ligado ao processo que envolve Justin Baldoni, acabou revelando um clima de tensão entre a atriz e o advogado do ator. Durante seu testemunho, Lively afirmou acreditar ser alvo de uma campanha difamatória conduzida pelos réus — e incluiu o próprio representante legal de Baldoni entre os envolvidos.

De acordo com informações do caso, no final de julho Baldoni esteve presente em uma audiência, acompanhado por sua equipe jurídica. Ao término da sessão, os advogados de Lively pediram que o tribunal aplicasse sanções contra o defensor do ator, alegando que ele teria feito declarações públicas com potencial de influenciar o júri.

Durante a oitiva, o advogado questionou a atriz sobre quando essa suposta campanha teria chegado ao fim. Lively respondeu de forma direta: “Não parece que tenha terminado”. Ao ser perguntada se ainda acreditava que ela continuava ativa, reforçou: “Parece que sim”.


Justin Baldini na Premiere de É Assim Que Acaba (Foto: Reprodução/Cindy Ord/Getty Images)

Blake Lively na Premiere de É Assim Que Acaba (Foto: Reprodução/Cindy Ord/Getty Images)

Instada a dizer quem, em sua visão, participava dessa ofensiva, a atriz não hesitou: “Acredito que, além do que sei por meio dos meus advogados, todos os réus estejam envolvidos. E acredito que você também.”

Quando o advogado pediu que explicasse o motivo dessa acusação, Lively apontou para um conjunto de atitudes: “Mover um processo retaliatório, alimentar a cobertura da imprensa e fazer comentários sobre mim e sobre meu caráter foram, a meu ver, ações claramente retaliatórias.”

Mesmo firme em suas declarações, a atriz reconheceu que não poderia detalhar o papel de cada parte além do que havia sido informado por seus representantes: “Como já disse, fora das conversas com meu advogado, não tenho como responder.”

Processo teve início após denúncias no set de filmagem

O embate judicial teve início em dezembro de 2024, quando Blake Lively acusou Justin Baldoni — diretor, produtor e coprotagonista de É Assim Que Acaba — de adotar uma postura “imprópria” e “perturbadora” durante as gravações, criando um ambiente hostil no set. Entre as denúncias, ela afirma que Baldoni e outro produtor teriam entrado sem autorização em seu trailer enquanto ela estava despida, além de tê-la pressionado a simular nudez total e a realizar cenas sensíveis sem ensaio prévio, coordenação ou suporte técnico adequado.

Pouco depois, o ator contra-atacou com um processo contra o The New York Times, exigindo US$ 250 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão) por supostos danos, alegando que o jornal teria ultrapassado limites legais ao publicar informações da denúncia de Lively. A Justiça, no entanto, rejeitou o pedido em primeira instância, entendendo que não houve violação das regras processuais.

Sean Diddy Combs é inocentado de três das cinco acusações e família celebra

Nesta quarta-feira, 02, em Nova York, o Tribunal Federal de Manhattan emitiu o veredito sobre o julgamento de Sean Diddy Combs, o rapper foi inocentado de três das cinco acusações que vinha enfrentando na justiça. A mãe e os filhos do rapper comemoraram no tribunal com ele.

Combs responderá por crimes relacionados à prostituição, mas absolvido de acusações de extorsão e tráfico sexual. Caso tivesse sido condenado por todos os crimes, ele poderia enfrentar até prisão perpétua, porém, agora, está sujeito à pena máxima de dez anos de prisão.


Sean Diddy e familia no natal de 2024 (Foto: reprodução/Instagram/@kingcombs)

Família está comovida

Ao jornal Daily Mail, a mãe de Combs, Janice Combs, de 85, comentou: “Estou me sentindo maravilhosa, graças a Deus”. O filho Justin Combs também celebrou: “É um grande dia. Estamos felizes”.

O outro filho, Christian Combs, de 27 anos, diz que a família estava ansiosa conforme o processo desenrolava, “A esperança nunca nos deixou, mas sempre há aquele frio na barriga”, e não escondeu a emoção, “Mal posso esperar para dar um abraço no meu pai”.

Detalhes do processo e próximos passos na Justiça

O tráfico de pessoas para fins de exploração sexual — crime pelo qual Diddy é acusado — é um delito estabelecido pela Lei Mann de 1910. Em um documento apresentado à Justiça, o promotor assistente Maurene Comey afirmou que, pelas regras de sentença aplicáveis, Diddy poderia pegar mais de quatro anos de prisão, tempo que seriam descontados dos dias nos quais o rapper ficou preso desde setembro de 2024, ao entrar em custódia.

Enquanto aguarda a sentença, Diddy fez o pedido por liberdade condicional ao juiz Arum Subramanian, que negou o pedido do rapper. No próximo dia 8, ocorrerá uma audiência na justiça que discutirá quais serão as penas que o rapper cumprirá.


Homenagem de Chance Combs e Sean Diddy para seu pai no dia dos pais (Foto: reprodução/Instagram/@chancecombs)

O júri que decidiu o caso era formado por oito homens e quatro mulheres, com perfis diversos em termos de etnia, idade e origem, vindos de diferentes bairros de Nova York. As deliberações começaram na segunda-feira, 30 de junho, e se estenderam por mais de 13 horas até quarta-feira.

O escândalo envolvendo Diddy veio à tona em novembro de 2023 e causou grande impacto em Hollywood, gerando tensão entre o público e os amigos e colegas do artista, além de alimentar uma série de teorias conspiratórias. O processo incluía acusações de tráfico sexual, extorsão e transporte de pessoas com fins de exploração sexual.