Medalhista de Bronze nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, no revezamento 4x100 feminina, Rosângela Santos também representou o Brasil em mais quatro oportunidades, mesmo com atuações tímidas no Rio de Janeiro e em 2021, em Tóquio. Através de suas redes sociais, a atleta expressou a indignação depois de ser dispensada pelo Esporte Clube Pinheiros.
"Sem nenhuma explicação plausível do responsável. Acham mesmo que vale a pena passar por tudo isso. Ter que levantar cedo, ir treinar dois períodos, depois ter que pegar o carro e fazer corridas no app para poder ter renda? Estou vendo que o momento de me aposentar do atletismo está cada vez mais perto", disse ela. Rosângela agora trabalha como motorista de aplicativo para suprir as necessidades.
Rosângela Santos. Foto: Reprodução/CBAt
Rosângela conta que o Pinheiros havia prometido não rescindir o contrato também com outros atletas e tudo indica que o clube visava diminuir a folha salarial. O E.C Pinheiros não se pronunciou sobre o caso.
"Essa situação me revoltou muito, principalmente com a falta de respeito. Ser sincero e honesto, isso não foi feito. Fui a duas Olimpíadas, campeã Pan-Americana. Deixei de ir para outro clube para receber mais. Aceitei o corte esse ano com a promessa de receber depois, mas acabei dispensada", desabafou.
Rosângela contou sobre sua rotina e também revelou que planeja se despedir do atletismo. A atleta mora em Madureira, na Zona Norte do Rio de Janeiro e todas as manhãs, vai até a Urca, onde faz dois períodos de treinos. Depois disso, volta para Madureira e inicia sua jornada como motorista de aplicativo.
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Rosângela revelou que, no período em que morou nos Estados Unidos durante a preparação para as Olimpíadas de Tóquio, também trabalhou como motorista de aplicativo e, por isso, sofreu uma lesão nas costas por passar tanto tempo sentada. Rosângela também falou sobre a falta de comunicação com o clube.
"Ninguém entrou em contato. Foram sete anos de clube. Desses sete anos, só esse ano, que eu tive uma lesão na panturrilha, que eu não consegui correr o Troféu Brasil. Em todos os outros anos, ganhei medalha. Se não venci, fiquei em segundo ou terceiro lugar", concluiu ela.
Agora, Rosângela terá apenas o Bolsa Atleta e com apenas um patrocinador, o que torna mais difícil manter os treinos e as viagens para competições. O foco agora é o Mundial Indoor, em Nanquim mas a atleta ainda não sabe se irá permanecer nas pistas.
Foto destaque: Rosângela Santos. Wagner Carmo/CBAt