Bem Estar

Redes Socais: Você pode estar viciado

Facebook, Twitter, WhatsApp, Instagram e TikTok são meios de aproximar amigos distantes, parentes de estados ou até países, fazer novos amigos, conhecer grupos com interesses em comum. Nos traz benefícios? Sim. Mas devemos usar com moderação.

23 Set 2021 - 18h25 | Atualizado em 23 Set 2021 - 18h25
Redes Socais: Você pode estar viciado Lorena Bueri

A evolução da comunicação modificou o mundo rapidamente. Falar com quem está distante é muito mais simples do que há 20 anos. Enviar uma mensagem de texto por aplicativos ou uma ligação em tempo real eram inimagináveis em meados da década de 1980 e 1990, quando a internet mal chegava ao Brasil. Cada vez mais temos conforto para se comunicar. O fato é que a dependência por redes sociais e aplicativos diversos, principalmente aparelhos celulares, cresce tanto quanto as tecnologias de comunicação. Mas não podemos deixar a dependência virar vício.

Facebook, Twitter, WhatsApp, Instagram e TikTok são meios de aproximar amigos distantes, parentes de estados ou até países, fazer novos amigos, conhecer grupos com interesses em comum. Nos traz benefícios? Sim. Mas devemos usar com moderação. O descontrole, sem ponderar o prejuízo às demais atividades, é prejudicial à saúde mental. Viciados em redes sociais preferem a vida online à vida real e perdem o discernimento do que está acontecendo ao seu redor.

As vantagens

Dentre as vantagens que as tecnologias trazem, citamos a rapidez nas pesquisas escolares ou de qualquer setor, a busca por contatos telefônicos e, especialmente pelas redes sociais, o contato com amigos e familiares, etc. É o caso da nutricionista Jane Souza que mora em Strasbourg, na França, e fica sempre conectada para se comunicar com sua família e amigos brasileiros. “Fico online o dia inteiro. Cozinho com o celular ao lado do fogão, vou para a academia com o celular na mão, trabalho com o celular por perto. Falo muito com minha família e isso me acalenta porque parece que eles estão perto. Além disso, eu compro roupa pelo Instagram, faço serviço nutricional pelo WhatsApp, sempre me atualizo com os posts de nutricionistas do Brasil inteiro sobre os últimos artigos publicados. A internet só me traz coisas boas”, destaca.

A aposentada Dalci Souza aproveita a internet para tentar encontrar amigos antigos. “Acho muito útil usar o Facebook e o WhatsApp. Antes era mais difícil para falar com a família e com os amigos só por telefone, mas agora a gente fala todo dia e a qualquer hora. E eu também gosto muito de uns vídeos bonitos que vejo no Facebook. Acho muito interessante e isso é muito valioso para mim, mas também acho que o uso excessivo é prejudicial, sim. Se eu fico muito tempo já sinto que me faz mal porque vou me esquecendo de tudo à minha volta. Já me peguei algumas vezes no Facebook e deixando de lado minha família que estava perto de mim”, relata.

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Jovens “virtuais”

Segundo especialistas, esse mal é comum em qualquer faixa etária, mas como outros vícios, crianças e adolescentes estão no grupo de risco. Estudiosos indicam ainda que pessoas que possuem distúrbios como depressão, transtorno bipolar, déficit de atenção ou hiperatividade também são mais suscetíveis. Um estudo de 2015 da agência de saúde pública de Ottawa, no Canadá, indica isso. Os pesquisadores analisaram os dados de 750 estudantes entre o 8º ano do ensino fundamental e o 3º ano do ensino médio. Eles responderam sobre hábitos nas redes sociais e ao seu bem-estar psicológico. 25% dos alunos afirmaram passar pelo menos duas horas nas redes sociais diariamente e eles foram os que mais mostraram sinais de depressão, ansiedade e pensamentos suicidas.

Conversamos com dois jovens recém-chegados da adolescência “virtual” para o mundo universitário. Cláudio Henrique  tem 18 anos e em seu relato é possível notar a importância das redes sociais para essa geração. “Quando estudo para uma prova, eu utilizo o celular seja para estudar ou para entrar nas redes, e levo o celular para a mesa e o utilizo durante as refeições”, conta.

O estudante Gustavo Ribeiro diz que usa o celular quase o dia todo, mas com ressalvas, pois tenta implantar um autocontrole: “Uso em média 12 horas diárias. Eu só não uso quando estou em sala de aula na faculdade. Se não tem rede eu fico ansioso, mas consigo manter o controle. Quando necessário, desligo a rede sem problemas. Tento não deixar esse hábito não atrapalhar as leituras. Leio no mínimo um livro por mês, além dos livros da faculdade. Para estudar normalmente não desligo o celular, mas silencio para o barulho das notificações não atrapalhar. Não desligo, pois, caso seja necessário, posso fazer pesquisas e tirar dúvidas com um colega pelo WhatsApp. Em casa, meus pais sempre proibiram de levar o celular para a mesa. Dessa maneira, peguei o costume de não usar durante as refeições”, explica.
Para as crianças, o efeito excessivo do uso das redes sociais faz com que a vida virtual se confunda ainda mais com a realidade. É o que conta a diretora pedagógica, Hilda Beatriz de Freitas. Ela destaca a falta de discernimento dos pais. “Os pais não sabem lidar com as redes sociais. A tecnologia deve ser usada da melhor forma para a criança ter leitura e escrita desenvolvidas dentro do planejado. Deve-se medir o uso e reprimir o exagero. Os pais deixam filhos de oito anos usarem o Facebook. Escola não ensina a criança a usar WhatsApp e Facebook. Nós não demos o celular para uma criança de oito anos. Aprendem em casa. Assim surgem problemas na escola. Vemos coleguinhas ofendendo o outro no Facebook e os pais colocam a culpa na escola. Mas quem permitiu? Foi a escola ou o pai? Não permitimos aqui dentro”, desabafa.


Jovens e idosos são grupo de risco no vício em redes sociais e aplicativos (Foto: Reprodução Agência Brasil)


Desligar e focar

Se não pode com ele, afaste-se dele. Essa é uma máxima inversa que muitos estudantes que almejam passar em um vestibular federal ou em um concurso público aplicam. “Minha meta é passar em Medicina, que é algo muito difícil. É necessária muita dedicação e foco. Certa vez li uma frase de Steve Jobs: ‘Foco é saber dizer não’. Disse não para o Facebook e Whatsapp para me livrar de distrações que tomavam bastante tempo do meu dia. Sem eles fico mais tranquilo para estudar”, conta o enfermeiro e vestibulando de Medicina Carlos Rocha. A fisioterapeuta Fábia Ferreira saiu do Facebook para estudar para um concurso público: “Está sendo uma experiência ótima. Senti falta no começo, mas os benefícios são maiores. Percebi que tenho mais tempo para estudar”.

Outra nova situação são os usuários acima de 60 anos. O aposentado Osmar Furtado se considera muito ativo nas redes: “Confesso que exagero. Uso WhatsApp desde a hora que acordo até quando vou dormir. Fico o dia inteiro ligado. A maioria das minhas atividades sociais posto no Facebook ou mando pelo WhatsApp. Por semana posto mais de seis conteúdos no Facebook. A postagem no WhatsApp é ao longo do dia, pelo menos três vezes”, revela. Com 70 anos, ele diz quais as vantagens, mas pondera. “Me reaproximei de amigos que não via. Sou também músico e empresário e é uma ótima ferramenta para a divulgação desses trabalhos, mas realmente estou muito ligado nas redes. Tenho ficado mais preguiçoso quanto à leitura. Fico sem paciência para ler um texto muito grande”, confessa.

Você pode estar viciado

-Sente ansiedade em se conectar à rede social para ver o que os amigos estão
fazendo.

-Checa seu perfil na rede social enquanto faz outra atividade, como trabalhar ou se
reunir com os amigos.

-Deleta mensagens que publicou na rede social para que os amigos não percebam a quantidade excessiva de informações publicadas em um pequeno espaço de tempo.

-Passa noites em claro nas redes sociais.

-Fica de mau humor se viaja para algum local onde não existe conexão com a internet.

-Deixa de ver os amigos pessoalmente e mantém relacionamentos apenas online.
-Tem mais amigos nas redes sociais do que no convívio pessoal.

-Acorda e vai conferir seu celular antes de qualquer outra coisa.

-Deixa de bater um papo na mesa de um bar para ficar teclando.

-Entra nas redes sociais enquanto assiste a um filme.

-Mente para familiares e amigos para continuar conectado nas redes sociais.

-Atualiza seu status várias vezes durante curtos períodos de tempo.

 

 Foto destaque: Agência Brasil.

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