A Netflix lançou nesta quinta-feira (15) o show completo do Rapper Paulista Emicida, realizado no teatro Municipal de São Paulo em 2019. Trechos do evento já haviam sido publicados pelo serviço de Streaming Americano, no Documentário AmarElo - É Tudo Pra Ontem Disponibilizado no ano passado, e conta com histórias do Brasil e principalmente sobre a luta negra contra o racismo, uma delas é o Movimento Negro Unificado (MNU) em 1978, contra o Regime Militar, Um Protesto em frente ao teatro contra a violência Policial e o racismo nos meios de comunicação.
O Show contou com a presença de artistas negros como Jé Santiago, Majur e Drik Barbosa. Além de contar com Pablo Vittar em uma das canções do evento. O Rapper tinha como objetivo, não apenas fazer uma apresentação, mas fazer história na música e na história negra do país, no documentário, Emicida já afirmava que nunca se imaginaria naquele local, porque segundo ele, aquele não era o local para "gente como ele", sua vó Negra que tem 80 anos, deu depoimentos também sobre nunca ter ido ao Teatro, que por muito tempo não se fazia presente para negros ou pessoas de baixa renda.
Em 2019, Emicida, quebrou parâmetros fazendo essa apresentação que além de um negro ser o artista principal ainda contou com presenças de duas Drag Queens (Majur e Pablo Vittar) e uma mulher negra (Drik Barbosa). o Rapper disse em um dos intervalos de uma música para outra a frase que ficou marcada na história do Teatro. “Esse é um prédio muito bonito e eu acho que esse é o dia mais bonito da história dele”.
Emicida, Majur e Pablo Vittar em Apresentação no Teatro Municipal de São Paulo (Reprodução/Netflix)
Não só o Público pagante pode acompanhar esse feito histórico, a produção montou uma tela com transmissão em tempo real do Show do Rapper, em frente ao teatro. Além disso, alguns ex-integrantes do "MNU" também participaram do evento com cadeiras cativas no local.
“Para que a gente esteja nesse lugar que foi negado aos nossos ancestrais, muitas pessoas suaram e sangraram no caminho. Se hoje a gente sorri dentro do Theatro Municipal, é porque algumas pessoas no auge da ditadura militar tiveram a coragem de se levantar contra o estado brasileiro e seu racismo assassino e dizer que o país precisava reconhecer o protagonismo das pessoas de pele escura na sociedade brasileira. A nossa vitória não vale de nada se ela não anistiar o espírito de todas as pessoas que foram assassinadas durane cinco séculos de escravidão” , disse Emicida, antes de anunciar os convidados ilustres do evento.
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Uma das coisas mais perceptíveis no show, foi a mescla de ritmos, onde a influências do samba e de gêneros estrangeiros além do rap, ficaram evidentes nas canções que escolheu para o show ocorrido antes da Pandemia da Covid-19 Tanto AmarElo Ao vivo quanto AmarElo: É Tudo Pra Ontem estão disponíveis no catálogo da Netflix e podem ser assistidos a qualquer momento. É recomendado assistir primeiro o documentário e depois o show completo.
(Foto Destaque: Netflix lança show completo de Emicida, 'AmarElo Ao Vivo'. Reprodução/Netflix)