Moda

Hermès processa criador de NFTs inspiradas na bolsa Birkin

A Hermès abriu um processo contra o artista de Los Angeles Mason Rothschild, criador das NTFs MetaBirkins. A grife de itens de luxo o acusa de violar os direitos de marca registrada

20 Jan 2022 - 12h40 | Atualizado em 20 Jan 2022 - 12h40
Hermès processa criador de NFTs inspiradas na bolsa Birkin Lorena Bueri

O metaverso vem influenciando diversos setores, fazendo com que eles se mobilizem com o objetivo de garantir seu espaço em um futuro não tão distante. Essa corrida não é diferente com o universo da moda, principalmente no que se diz respeito às grifes de luxo. As NFTs, tokens não-fungíveis, por exemplo, já são apostas de marcas como a Balenciaga e, recentemente, o anúncio da MetaBirkin, uma versão virtual da clássica bolsa da Hermès, gerou comoção entre os fashionistas. Porém, a criação do artista Mason Rothschild, não agradou a grife francesa que agora está entrando com um processo contra o criador das NFTs, alegando violação de marca registrada. 


MetaBirkins criadas por Mason Rothschild (Foto: Reprodução/ Instagram)


As NFTs são tokens, códigos numéricos que possuem registros de transferência digital que tem a finalidade de garantir a autenticidade aos seus detentores. Os tokens não-fungíveis se tratam de itens colecionáveis, como uma obra de arte, que podem ser transferidos, mas não reproduzidos. 

Ocupando um lugar entre as bolsas mais caras do mundo, a Birkin foi criada em 1981 e se trata de um dos maiores sucessos da Hermès. Assim como o item físico, as MetaBirkins de Mason Rothschild atingiram grande nível de exclusividade, uma vez que o artista disponibilizou somente 100 NFTs para compra. Vendidas no início por 0,1 ETH, a criptomoeda do blockchain Ethereum, rapidamente, as bolsas virtuais dispararam com preços que chegam ao equivalente a 40 mil euros, ou seja, 248 mil reais. Entre as opções da MetaBirkin estão peças coloridas, com brilhos e peles. 


Bolsa Birkin da Hermès (Foto: Reprodução/ Edward Berthelot/ Getty Images)


De acordo com os documentos do processo aberto pela Hermès, Rothschild simplesmente reproduziu a Birkin e adicionou ao seu nome “meta” como prefixo. Em um comunicado publicado no jornal inglês Financial Times, a grife francesa afirmou que não consentiu ou autorizou a criação e comercialização das MetaBirkins e que, além de violarem os direitos de marca registrada, as NFTs do artista são um exemplo de peças falsificadas da Hermès no metaverso. 

Em suas redes sociais, Mason Rothschild alegou que a acusação da Hermès é infundada e declarou que as MetaBirkins são obras de artes e não falsificações. 

 

Foto destaque: Bolsa Birkin na cor verde. Reprodução/ Streetstyleshooters/ Getty Images

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