O feriado de 7 de setembro em que se comemora a Independência do Brasil, é marcado por protestos a favor e contra o governo em todas as capitais brasileiras. Manifestantes pró-governo vestidos de verde e amarelo, reuniram-se em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ataque aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Apesar do tradicional desfile cívico estar suspenso pelo segundo ano consecutivo, em virtude da pandemia do Covid-19, o presidente esteve na manhã desta terça-feira na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Apoiado por manifestantes defensores do voto impresso, Bolsonaro discursou em um carro de som por cerca de meia hora, reafirmando que as autoridades devem agir de acordo com a Constituição.
Bolsonaro discursa na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. (Foto: Agência Brasil)
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Ainda na tarde desta terça-feira, o presidente esteve na Avenida Paulista, em São Paulo, e discursou em ato a seu apoio, onde criticou o sistema eleitoral brasileiro e os governantes e prefeitos que adotaram medidas de combate à pandemia. Bolsonaro declarou que não irá acatar as decisões do ministro Alexandre de Moraes, do STF. "Dizer a vocês, que qualquer decisão do senhor Alexandre de Moraes, esse presidente não mais cumprirá. A paciência do nosso povo já se esgotou, ele tem tempo ainda de pedir o seu boné e ir cuidar da sua vida. Ele, para nós, não existe mais."
O ministro Alexandre de Moraes é responsável pelo inquérito que indaga o financiamento e organização de atos contra as instituições e a democracia, o qual ocasionou a prisão de aliados e apoiadores do presidente. Após o discurso de Bolsonaro, o ministro manifestou-se em suas redes sociais: “Nesse Sete de Setembro, comemoramos nossa Independência, que garantiu nossa Liberdade e que somente se fortalece com absoluto respeito a Democracia”
Manifestações contra o governo e a crise na economia também marcaram esta terça-feira nas 26 capitais do País com exceção de Palmas. Manifestantes protestaram com reivindicações a favor da democracia, empregos e vacinação contra a Covid-19. Frases como "feijão, sim; fuzil não" e "Fora Bolsonaro", foram o marco dos protestos em oposição ao presidente.
(Foto destaque: Aloisio Mauricio/Fotoarena/Estadão Conteúdo)