O serviço de checagem de notícias falsas do "Projeto Comprova” desmentiu, nesta semana, informações amplamente divulgadas nas redes sociais, mais especificamento no facebook e no youtube. A notícia falsa afirmava que o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, orienta a não realização do carnaval no Brasil, em 2022. " Presidente da OMS não recomenda o carnaval em 2022. E agora? Como ficam os políticos, mídia e empresários mortadelas, que afirmaram ser crime de genocídio não seguir o determinado pela OMS?" , dizia a publicação. É importante ressaltar que, o Tedros é diretor-geral da organizaçãoo e não presidente, como afirma a notícia mentirosa.
O que se tem de orientações sobre aglomerações em massa, é um documento publicado em 04 de novembro pela OMS aconselhando que: " a orientação aos governos anfitriões, autoridades de saúde e organizadores de eventos nacionais ou internacionais sobre a tomada de decisões relacionadas à realização de reuniões de massa no contexto da pandemia COVID-19 e sobre a redução dos riscos de SARS-CoV-2 transmissão e pressão sobre os sistemas de saúde associadas a tais eventos, por meio de medidas de precaução específicas. As informações contidas neste documento incluem considerações para o planejamento prático e gerenciamento de reuniões de massa, bem como recomendações técnicas derivadas da orientação da OMS sobre aspectos específicos; estes foram consolidados e ajustados para facilitar sua aplicação ao contexto de reuniões de massa".
Mesmo que o número de casos de internação e morte por Covid-19 esteja caindo no áis, mais de 70 cidades brasileiras decidiram não fazer a maior festa popular do país. São Paulo já confirmou que a festa será realizada. Cidades com o Rio de Janeiro e Bahia ainda estudam com cautela a possiblidade de cediarem ou não o evento.
É sabido também que notícias falsas ou caluniosas, além de ser crime, trazem uma série de conseqüências ruins para a sociedade. Neste sentido, a Revista Baiana de Saúde Pública enfatiza que, “as fake news e notícias verdadeiras envolvendo aspectos da saúde da população estão sendo constantemente reproduzidas em redes sociais, como o Facebook, ou aplicativos de mensagens, como o WhatsApp. No entanto, essas mensagens são, em sua maioria, falsas, podendo prejudicar a saúde da população, interromper terapia medicamentosa, promover supostas medidas curativas e causar efeitos adversos”.
Diretor-Geral da OMS( Foto: Reprodução/instagram)
Durante a pandemia de Coronavírus, grupos anti-vacinas se juntaram para disseminar notícias enganosas com o intuito de manipular a opinião pública contra a ciência. Os atos atrapalham os trabalhos da comunidade científica. Em outubro deste ano, o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso enviou à procuradoria da República (PGR) um pedido de investigação pedindo a exclusão das contas nas redes sociais do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, por conta de informações divulgadas consideradas mentirosas.
https://lorena.r7.com/post/Youtube-anuncia-novas-medidas-contra-fake-news-sobre-vacina
Informação fake (Foto: Reprodução/Estadão)
Não é de hoje que grandes líderes mundiais prestam desserviço às nações com criação de informações enganosas. Um exemplo é o caso do ex-presidente de uma das maiores potenciais econômicas mundiais, Donald Trump, dos Estados Unidos da América (EUA) que foi, inclusive, banido das três maiores redes sociais da atualidade: twitter, facebook e instagram.
Para reprimir as fake news em torno da pandemia, o Ministério da Saúde criou um canal no WhatsApp exclusivo para checar a veracidade das informações veiculadas na internet. Por lá, os usuários podem enviar qualquer notícia ou fotos suspeitas para o número: (061) 99333-8597. O atendimento prestado o cidadão e cidadã é gratuito. No Brasil, temos ainda diversos veículos de comunicação como o Estadão, G1, UOL que fornecem serviços de checagem de notícias.
Foto Destaque: Tedros Adhanom aconselhou não realizar carnaval no Brasil em 2022. Reprodução/CNN Brasil