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Doria manterá intervalo de 4 meses para dose de reforço em São Paulo

A mudança já estão sendo seguidas em São Paulo. Decisão de Doria contraria Anvisa, que declara que não há evidências de que os benefícios da redução de meses entre segunda dose e dose de reforço superem os riscos.

04 Dez 2021 - 19h00 | Atualizado em 04 Dez 2021 - 19h00
Doria manterá intervalo de 4 meses para dose de reforço em São Paulo Lorena Bueri

João Doria, governador de São Paulo sob a sigla do PSDB, afirmou neste sábado (4) que a decisão de reduzir o intervalo de aplicação entre a segunda dose e a dose de reforço da vacina contra a covid-19 será mantida, apesar das recomedações para que as medidas sejam reavaliadas, feitas pela Anvisa.

 

Doria disse, em uma coletiva de imprensa, que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária não pode interferir em decisões estaduais. "São Paulo vai seguir a orientação do seu comitê científico. A Anvisa não tem o poder de determinar, proibir decisões estaduais. Constitucionalmente, aliás, isso foi reforçado por uma decisão recente do STF: cabe aos estados definirem as suas políticas de vacinação e as suas políticas de saúde", afirmou Doria.


 


Aplicação de vacina contra a Covid-19. (Foto: Reprodução/Saúde RJ)


Na última sexta-feira (3) a Anvisa recomendou que a prefeitura reveja a decisão de reduzir o intervalo de aplicação da dose de reforço, afirmando que não há evidências de que os benefícios superem os riscos desconhecidos de aplicação diferente do que consta na bula das vacinas.

 

"No momento, não sabemos se os benefícios superam os riscos para o uso de reforço no intervalo de 4 meses para todos os adultos com 18 anos ou mais, independente da vacina ofertada e do esquema vacinal primário. Alertamos que a redução generalizada do intervalo para a aplicação da dose de reforço das diferentes vacinas contra a Covid-19 pode favorecer o aumento e o aparecimento de reações adversas desconhecidas", diz a agência em uma nota.

 

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A agência também afirma que dseve ser evitada a "assimetria no acesso às vacinas no país e que as estratégias de vacinação sejam coordenadas, considerando exclusivamente o interesse público".

 

A medida entrou em vigor na cidade de São Paulo na quinta-feira, dia 2. A gestão de saúde do estado decidiu também adotar as novas medidas, alegando preocupação com a chegada da variante ômicron ao país, temendo que ela cause uma nova onda de infecções e mortes. 



Foto destaque: João Doria, governador de São Paulo. Reprodução/Governo de São Paulo)

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